top of page

399 resultados encontrados com uma busca vazia

  • Como vai a comunicação da minha empresa em meio a pandemia?

    Vivemos um momento de isolamento social e, por isso, a necessidade de comunicação das empresas e associações cresceu e tem modificado com o passar dos minutos. Percebemos uma mudança enorme na forma de comunicação institucional nesse momento. A comunicação digital acontece com a mesma velocidade dos acontecimentos por ser um meio muito acessível por grande parcela da população. Porém, não todos conseguem realizar isso e quem sofre mais são microempreendedores de baixa renda, como aqueles com os quais trabalhamos na Aventura de Construir. Por isso apoiamos a iniciativa descrita no artigo da AUPA e que estamos compartilhando. Cada um precisa se fazer duas perguntas: como vai a comunicação da minha empresa diante desta pandemia? E será que eu poderia também ajudar a alguém a mais em melhorar a própria? Um exercício breve: consegue se lembrar como as empresas as quais você consome produtos e serviços têm se comunicado? A estratégia mudou durante esta época de isolamento social? Agora faça esse mesmo exercício pensando em micro e pequenos empreendimentos ao seu redor, que nem sempre têm em seu orçamento estratégias bem definidas de comunicação e marketing. Com o isolamento social, enquanto medida de proteção, empreendedores têm se virado para continuar ofertando seus produtos e serviços. E muito dessa força vem de estratégias que alinham criatividade, redes sociais e acesso à internet – sendo este último um recurso não tão acessível assim. Sem esquecer, claro, do impulso das parcerias. O Comitê de Impacto Social, por exemplo, é um destes coletivos que buscam dialogar com pequenos empreendedores de diferentes maneiras para que eles possam vender seus produtos e serviços em épocas de crise. Encabeçado por Emperifa, Aupa, Meninas Mahin e Back to Basics, o comitê atende sobretudo pequenos empreendimentos de regiões periféricas com técnicas de vendas, comunicação, dicas para usar redes sociais e processos de entrega de produtos. Para receber os conteúdos e os alertas das lives, você pode se cadastrar neste link. Encontro online do Comitê de Impacto Social. Na imagem, Marcelo Machado, da causar, dialoga com Ednusa Ribeiro, do coletivo Meninas Mahin. Créditos: Divulgação. Marcelo Machado, fundador da causar, plataforma de conteúdo focados em propósito, foi um dos convidados pelo comitê para o diálogo com empreendedores, via webinar. Na oportunidade, ele compartilhou sua experiência no mercado audiovisual e deu dicas para tornar o celular e sua câmera aliados na hora de expor e vender um produto. por exemplo. “Estamos vivendo um momento inusitado e convivendo com algo para o qual não estávamos minimamente preparados. Fomos convidados, ainda que de forma compulsória, a ficarmos em casa e repensarmos sobre quem somos e como são nossas relações com nós mesmos, com o outro e com o mundo”, pondera ele. A relevância das parcerias é um caminho também para enfrentar velhos problemas estruturais e suas consequências – como uma espécie de união entre os pequenos negócios. “Vivemos em um país pressionado por três crises simultâneas: sanitária, econômica e política. Isso tudo num Brasil com extrema desigualdade social (raça, gênero, renda) e baixíssima mobilidade social o que agrava ainda mais os nossos problemas, sobretudo nos territórios periféricos onde vivem pessoas em vulnerabilidade”, destaca Machado. Designers em ação! “E se cada um dos profissionais de design, marketing e tecnologia ajudar um micro-negócio local durante a crise e a se adaptar a um mundo totalmente digital?”. É com esta provocação que a iniciativa Designers do Povo se apresenta. Trata-se do encontro de profissionais digitais com os proprietários de pequenos negócios, de maneira colaborativa e sem custo. Uma forma de firmar parcerias e apoiar a economia local e os pequenos empreendimentos que não se encontram na classificação de negócios essenciais – e que sentem com mais força as consequências do impacto econômico, sobretudo devido à pandemia. A iniciativa pretende atuar em escala global (já conta com a adesão de designers de países como Itália, Canadá e México) e explora potencialidades da Economia Criativa e da comunicação digital. Os designers são voluntários e cadastram-se pelo app, onde é possível procurar um pequeno negócio para auxiliar. Se você é um nano ou microempreendedor e precisa de ajuda, basta acessar gratuitamente este formulário. A ideia é fazer a ponte entre quem precisa e quem está disposto a ajudar estas marcas. Rui Lira é o idealizador da iniciativa e ressalta a importância de aliar o conhecimento e a tecnologia em momentos de crise como o que vivemos. “É onde o nosso trabalho se torna mais relevante, pois o potencial de transformação social está latente”, explica. Ele também fala sobre a urgência de globalizar a ideia. “Para criar consciência sobre a relevância do comércio local e do microempreendedor para a prosperidade das economias locais e vitalidade das cidades”, completa. Em pouco tempo de desafio, a iniciativa já cumpre o seu propósito: na primeira semana, já foram mais de 100 designers e 30 proprietários envolvidos. Rui Lira, idealizador da iniciativa Designers do Povo. Fonte: Site do Rui Lira/ruilira.com. Para outras informações, você pode entrar em contato com a iniciativa pelo e-mail ou pelas redes sociais Facebook e Instagram BOX: Articulação, parceria e mobilização Um dos negócios que recebeu auxílio foi a mobilização liderada por Alex Fisberg e Vitor Motomura, ao lado da Pivoart e do Feito a Laser, para a confecção de máscaras do modelo face shield para instituições de Saúde, sobretudo aquelas que atendem ao SUS. Eles contaram com o apoio da designer Paula Ynemine na criação de posts para a campanha de arrecadação. “Essa era uma campanha bem emergencial, por questão de necessidade. Existe um pequeno empreendimento por trás da iniciativa”, comenta Paula. Um exemplo de comunicação digital e design aliado ao impacto social positivo – e urgente. A campanha de doação, feita no site Benfeitoria, foi concluída e alcançou as seguintes marcas: Dados da campanha de doação de máscaras face shield feita pela Pivoart e pelo ateliê Feito a Laser. Créditos: Equipe de Arte da Aupa – Jornalismo de Impacto.

  • Banco de Alimentos e AdC

    Junho de 2020: As mais variadas notícias inundam diariamente nossas telas, olhares e atravessam nossas vidas. Sabemos que a vida não está fácil. A Aventura de Construir sempre realizou um trabalho contínuo de acompanhamento com os microempreendedores, e durante esta pandemia, apesar de não ser óbvio, o vínculo se estreitou ainda mais. A criatividade e a responsabilidade da equipe da AdC unida ao engajamento dos empreendedores vem mostrando que apesar de tanta tristeza, existem brechas que garantem o fôlego para seguir o caminho de olhos atentos. E quais são essas brechas, afinal? Em fevereiro de 2020, a satisfação em concluir mais um ciclo de capacitações foi ainda mais forte, pois além da participação ativa de todos os envolvidos, quatro empreendedoras tornaram-se também executoras durante as aulas. Com dedicação e técnica, o conhecimento delas foi compartilhado e inspirou a todos presentes, evidenciando que a formação de multiplicadores é, além de bem-vinda, bem sucedida por aqui! Segunda quinzena de maio de 2020: após mais de dois meses intensos de ligações individuais buscando compreender a situação de vulnerabilidade de cada um dos empreendedores para assim orientá-los da melhor forma possível sobre como seguir trabalhando diante deste cenário, identificamos, além de inúmeras necessidades pontuais, um desejo intenso por parte de alguns de ajudar. Seres inquietos estão sempre atentos às transformações das realidades e, muitas vezes, sabem enxergar as possibilidades que aparecem mesmo durante as tempestades. Apesar de não ser a área de atuação da AdC, o cenário atual exige novos movimentos, e a equipe entrou em contato com Banco de Alimentos [1], e foi contemplada com a doação de 200 vouchers compras no valor de R$ 120,00 para serem distribuídos entre a rede de beneficiários e indicações dos mesmos. Fomentando a lógica de potencializar cada vez mais o protagonismo dos beneficiários e torná-los também multiplicadores, cinco empreendedores referência da AdC, sendo quatro de localidades diferentes (Pirituba, Vila Aurora, Jardim Canaã e Cidade São Pedro) foram os responsáveis pela distribuição dos cartões em seus bairros no esforço de diminuir os impactos da pandemia, fortalecendo o território onde trabalham e vivem. Carla Caputo (filha da empreendedora Maria Eliane Caputo), Cristiane Moura, Maria Alcione, Rodrigo Pedroso e Sabrina Maciel são empreendedores de diferentes ramos de atividades (salão de cabeleireiro, produtos farmacêuticos, assistência técnica de eletrônicos, comércio de roupas e mercado) e possuem em comum, além da força diária para superar desafios, uma enorme vontade de ajudar. Além das indicações da própria equipe da AdC, os multiplicadores entregaram os cartões para pessoas que eles identificaram a partir da experiência viva que é morar e trabalhar nos bairros citados acima. Eles fazem de seus trabalhos algo que transborda a rotina: criam vínculos, sabem acolher bem as pessoas, sabem os nomes delas, seus gostos e também suas dores. Por esses motivos estes empreendedores foram fundamentais para a distribuição destes cartões. Ora, mas é tão difícil distribuir uns cartões? É trabalhoso, exige organização. Eles preencheram planilhas, tabelas, tiraram fotos e acima de tudo, respeitaram todas as normas de segurança. Além de fazer o que foi pedido, fizeram a mais: alguns após o término de seus trabalhos, levaram os cartões para pessoas impossibilitadas de recebê-los nos estabelecimentos combinados, como idosos acamados ou aqueles que não tinham dinheiro nem para a condução. A experiência de participar ativamente de uma rede de solidariedade como essa transformou cada um deles, como foi relatado por Cristiane e Carla, respectivamente: “O que nós aprendemos é que reclamamos muito, reclamamos de um boleto que você não conseguiu pagar, a gente reclama de um carro que quebrou, a gente reclama de uma casa que não é grande o suficiente, mas nós aprendemos que tem muita gente com necessidades tão maiores…” “Mesmo com dificuldades com minha família neste momento tão delicado, eu estava sentindo a necessidade de auxiliar as pessoas de alguma forma, quando a Aventura de Construir entrou em contato, falando da ação, achei fantástico!” E a pergunta do começo do texto retorna: e quais são estas brechas, afinal? Além de identificar as oportunidades no meio da tempestade, as brechas aumentam com ações. Estes empreendedores encontraram em suas dificuldades cotidianas força para ajudar e fortalecer outras pessoas. Refletiram sobre suas próprias vidas e ganharam fôlego para seguir a caminhada. Cristiane finaliza: “(…) o bem está em todo lugar e a Aventura de Construir e o Banco de Alimentos me proporcionaram a enxergar isso, a entender mais a realidade de pessoas que muitas vezes estão próximas de mim. Essa oportunidade me ensinou a ser mais grata pelo pouco que eu tenho!” [1] “ONG fundada em 1998. É uma associação civil que recolhe alimentos que já perderam valor de prateleira no comércio e indústria, mas ainda estão perfeitos para consumo, e os distribui onde são mais necessários.”

  • Sustentabilidade no mundo dos negócios e economia regenerativa

    Estamos vivendo um momento de mudanças cruciais e profundíssimas nas nossas vidas. Aquilo que podia ser difícil assumir e aceitar no passado, em poucos meses está se impondo. Na Aventura de Construir chamamos esta mudança, que nos solicita novos pensamentos, hábitos, estilos de construção e trabalho, de “o OUTRO normal”. Este artigo da AUPA nos ajuda em aprofundar o que significa este “outro normal” quando se refere a sustentabilidade, que não é um conjunto de regras a serem cumpridas como muitos ainda enxergam, mas, sim, um jeito de considerar a vida em tudo o que se faz. Boa leitura!!! E se deixem provocar porque cada um de nós tem uma responsabilidade sem limites neste outro normal! O termo “sustentabilidade”, muitas vezes, é deixado de lado como um conceito abstrato, carregado de jargões. Porém, os negócios têm um papel crítico na aceleração da mudança transformacional, aliada às demandas sociais, ambientais e econômicas que dizem respeito aos três pilares da sustentabilidade. Consequentemente,no futuro, as empresas que prosperarão serão aquelas que descobrirem como aproveitar essas mudanças para atender às reais necessidades humanas – colocando a sustentabilidade no centro da estratégia de negócios. Portanto, os compromissos socioambientais estão ganhando espaço no mundo dos negócios, simultaneamente ao fato do planeta enfrentar inúmeros desafios globais. Hoje, muitas empresas que estão cientes do problema começam a agir incorporando o conceito de sustentabilidade como um dos pilares do trabalho. À medida que os consumidores se tornam mais instruídos, também procuram negócios que compartilhem seus valores. Um exemplo dessa preocupação é a Fundação Ellen MacArthur que, com sede no Reino Unido, mas que também atua na América Latina, na América do Norte, na Ásia e na Europa. Esta fundação incentiva um modelo de crescimento econômico que busca a proteção do meio ambiente, seguida da prevenção da poluição e do desenvolvimento sustentável. Inclusive, no Brasil, o Mapa de Negócios de Impacto Social+Ambiental (2019), realizado pela Pipe.Social – plataforma de conexões para fomentar o impacto social –, mostra os principais desafios e oportunidades para esse tipo de empreendedorismo, aqueles voltados ao negócio social. Este estudo faz um panorama da área como forma de pensar em estratégias para apoiar os diversos setores. Para este mapeamento, foram analisados 1.002 negócios das áreas de Educação, Saúde, Serviços Financeiros, Cidadania, Cidades e Tecnologias Verdes. O crescimento das tecnologias verdes se destaca em negócios que olham para a sustentabilidade, estando em 46% das áreas de impacto. Todo esse movimento vai ao encontro do alerta publicado em novembro de 2019, na revista BioScience. O “Aviso de Emergência Climática do Cientista Mundial” foi assinado por mais de 11.000 cientistas de todo o mundo. Confira um trecho: “… declaramos, claramente e inequivocamente, que o planeta terra está enfrentando uma emergência climática. (…) atenuar e adaptar-se às mudanças climáticas, honrando a diversidade de seres humanos, implica grandes transformações nas formas como nossa sociedade global funciona e interage com os ecossistemas naturais.” O alerta preocupa, mas também serve de apoio e reflexão. Para as empresas alcançarem o sucesso em suas operações e despontarem na competitividade é importante que aprimorem suas práticas de inovação voltadas à sustentabilidade. Mas como isso funciona? Com esforço, projeto e muito trabalho, e, principalmente, agregando valor à economia regenerativa nas empresas. Economia regenerativa em ambiente corporativo Por economia regenerativa entende-se o negócio que prioriza a renovação e a reutilização. Ela começa com o desenvolvimento pessoal, permitindo que as pessoas cooperem para criar abundância compartilhada, em vez de reforçar padrões ultrapassados de escassez competitiva. É o desejo de ter um impacto regenerativo no mundo. O passo da sustentabilidade para a regeneração é mais do que uma mudança na terminologia simples. É uma mudança de mentalidade e visão de mundo que conduzirá a profundas transformações. Tais esforços estão criando projetos e trabalhos nas empresas que têm impacto positivo e oferecem oportunidades de aprendizado e inovação. A pergunta que fica é: os negócios verdadeiramente regenerativos são, de fato, possíveis dentro dos limites de nosso sistema econômico estruturalmente disfuncional e degenerativo? No artigo “O mercado da economia circular”, escrito por Patricia Berardi e Joana Maia Dias, publicado na Biblioteca da Fundação Getúlio Vargas, é apontado que esse tipo de economia se apresenta como um ciclo fechado, que aumenta a eficiência do uso de recursos e reduz os níveis de poluição. Tal modelo ainda apresenta os três princípios da economia circular: Preservar e aumentar o capital natural, sendo fundamental controlar estoques finitos e equilibrar o uso de recursos renováveis. Otimizar o uso de recursos na produção, em que a ênfase se dá em circular produtos e materiais com o máximo de utilização (ciclo técnico e ciclo biológico). Fomentar a eficácia do sistema, por percepção e eliminação das externalidades negativas dos processos. Como exemplo da sustentabilidade no mundo dos negócios e agindo também acerca da questão destacada estão empresas que praticam o seu comprometimento: a Mercur, fabricante de produtos voltados à educação, sediada em Santa Cruz do Sul (RS), a Semente Negócios, que atua nodesenvolvimento de negócios inovadores, localizada em Porto Alegre (RS), e a Conexsus, uma rede que une empreendedores sociais no desenvolvimento de organizações e negócios comunitários, sediada em Belém (PA). Quando discorremos sobre a sustentabilidade no mundo dos negócios é comum explorar a teoria, mas a prática é que fala e mostra o que está sendo feito. Por isso, esta reportagem apresenta os cases citados, de empresas que partem dessa mudança de mentalidade, tanto na estratégia do negócio quanto no próprio objetivo traçado pela corporação. Mercur: por um futuro mais sustentável Há alguns anos, umas das decisões da Mercur, empresa com 95 anos de atuação, foi de parar com a produção de licenciados da Disney e de outras marcas, mesmo que estes apresentassem um bom rendimento para empresa. Jorge Hoelzel, facilitador da empresa, conta que essa decisão trouxe alguns impactos. “Para a Mercur, aconteceram impactos negativos, como a queda do faturamento e da lucratividade. Porém, mais importante do que estes, foi o impacto positivo de afirmar o posicionamento da empresa com o cuidado com as pessoas e suas relações”, conta ele. O processo de adoção da estratégia de gestão pela sustentabilidade aconteceu gradativamente. Hoelzel defende que, para aplicar a sustentabilidade no mundo dos negócios, é “Fundamental que se possa estar com as pessoas, construir com elas o mundo que se quer viver”. Há alguns anos, essas mudanças foram de dentro para fora da empresa, como apontou o facilitador: “Começamos diminuindo as barreiras que nos separam, como hierarquias de comando e controle, salas fechadas e reuniões secretas”. Nessa mudança, ele ressaltou ainda que “O cotidiano da Mercur é muito aberto e participativo, tanto nas ações quanto nas responsabilidades”. Para Hoelzel, a partir da experiência da empresa gaúcha, “a sustentabilidade não é um conjunto de regras a serem cumpridas, mas, sim, um jeito de considerar a vida em tudo o que se faz”. Já sobre a economia regenerativa, Hoelzel admite que a Mercur ainda não atua de forma efetiva, mas que “A partir da evolução dos aprendizados sobre o nosso posicionamento, nossas ações passarão a produzir impactos positivos suficientes para regenerar as cadeias de atuação onde estamos inseridos”. Semente Negócios: educação empreendedora Por sua vez, a atuação da Semente Negócios parte da tese de que o empreendedorismo fortalece a autonomia de pessoas e de comunidades de prática, promovendo as tecnologias presentes nos territórios. Desde 2011, a empresa trabalha com programas de desenvolvimento territorial e de impacto social e ambiental nos negócios. Ellen Carbonari, head de impacto da Semente Negócios, comenta sobre a atuação da empresa frente à sustentabilidade no mundo dos negócios. “É importante que haja iniciativas inovadoras que estejam alinhadas a uma nova economia e uma nova relação com os recursos naturais, de modo a provocar as organizações a refletirem sobre a geração de valor compartilhado nas suas estratégias de longo prazo”, explica. No trabalho, um mapeamento feito a partir de um processo de imersão e estrutura da organização e da sua comunidade de prática permite que sejam implementados “Programas de aceleração, inovação aberta e laboratórios de inovação social que geram os resultados esperados”, explicou a head de impacto. O resultado? Já participaram oito mil empreendedores inovadores e organizações, como Natura, Instituto Conexsus e Fundação Telefônica Vivo. Para Carbonari, empresas que estão aquém de sua posição dentro da sustentabilidade podem encontrar dificuldades. A head de impacto da Semente Negócios alerta que: “uma empresa que não está atenta ao impacto que gera, encontra dificuldades de engajamento de clientes, talentos e, em breve, também de investidores”, Desse modo, o empreendedorismo inovador só ocorre “A partir da inclusão da diversidade, do uso de tecnologias sociais e do acompanhamento de métricas para garantir que estamos indo em direção aos resultados desejados”, esclareceu Carbonari. Nesse sentido, ela explica que “A regeneração é uma tendência no consumo de orgânicos e tem como premissa curar os danos que já foram feitos à terra”. E ainda completou: “Ou seja, temos um volume de consumidores cada vez mais conscientes e exigentes. Entretanto, o verdadeiro impacto só será possível quando as indústrias e as grandes corporações aderirem à agenda produtiva sustentável. É preciso mudar a forma de produzir tanto quanto a de consumir”. Conexsus: desenvolvimento de negócios comunitários Desde 2016, o trabalho da Conexsus é formado por uma equipe descentralizada e dinâmica de empreendedores sociais e planejadores regionais. A equipe busca desenvolver o ecossistema dos negócios comunitários de impacto socioambiental e realiza a articulação das conexões para a evolução do setor e o fortalecimento dos seus impactos positivos. Segundo Monika Roper, coordenadora do Desafio Conexsus, a empresa “Busca intermediar novos arranjos e desenvolver soluções inovadoras com os atores do ecossistema, que além dos negócios comunitários, abrange organizações de apoio, órgãos públicos, agentes do mercado, financiadores e investidores, bem como instituições acadêmicas e de pesquisa”. A atuação nesta frente é constituída em rede e trabalha em três pontos: modelagem de negócios, comercialização e soluções financeiras. A Conexsus também lidera o “Movimento Negócios pela Terra”, iniciativa que busca trabalhar gargalos e desafios a partir da demanda real de empresas e indústrias nas cadeias em que os negócios comunitários estão inseridos. “O Desafio Conexsus possibilitou desenvolver um entendimento inicial destes elementos e buscar caminhos para a construção de soluções nos elos iniciais do ecossistema. Mas a ativação do conjunto de atores fundamentais para o seu desenvolvimento ainda apresentará novos desafios”, pontua Roper. Os dados do Desafio Conexsus mostram todo o potencial acerca da iniciativa. Do lançamento em junho até final agosto de 2019, 82 empresas dos mais variados portes manifestaram demandas por quase 300 produtos. Segundo a explicação da coordenadora, a partir do cruzamento com as bases de dados sobre os negócios comunitários, a Conexsus identificou cadeias prioritárias e iniciou o trabalho de construção de arranjos de comercialização. Percebe-se, a partir das três experiências, o quão importante se faz hoje refletir sobre sustentabilidade nos negócios. Fica o questionamento: Quem é que faz na prática e quem é que apenas usa o discurso para parecer sustentável? E mais: faz parte da reflexão o quanto precisamos de empresas e pessoas que prestem atenção à qualidade da experiência humana no local de trabalho e ao impacto dos negócios no ecossistema, mas que isso seja visto na prática e não fique apenas na teoria. Matéria acessada em: AUPA – Jornalismo de Impacto – Junho/2020

  • QUANTA ATENÇÃO A CADA ASPECTO DA VIDA PEDE ESTA NOVA REALIDADE

    Seguimos com um novo tema proposto hoje por Monica Minelli Gostaria de falar sobre a Imunidade, neste momento de COVID -19 que estamos vivendo. Vamos propor aqui uma lista dos principais alimentos indicados para aumentar a imunidade do nosso corpo. Confira os melhores alimentos e não deixe de incluí-los no seu prato. IMUNIDADE é o nome que damos à capacidade do organismo de se defender de invasores, no caso vírus, bactérias ou fungos que possam causar doenças. Quando ela está baixa, ficamos muito mais propensos a ter pequenas e grandes infecções e quadros como gripes. Se você percebeu que sua imunidade anda em baixa, uma ótima pedida é apostar em ajustes nas refeições. Isso porque os alimentos são ricos em vitaminas, minerais e outras substâncias que auxiliam na manutenção do sistema imunológico. Sugerimos consumo diário de frutas e vegetais, assim você já garante uma defesa melhor para o seu organismo: 1. Frutas cítricas Frutas cítricas, como laranja, acerola, kiwi, tomate, além de brócolis, couve e pimentão verde e vermelho são ricos em vitamina C, antioxidante que aumenta a resistência do organismo. 2. Vegetais verdes escuros Alimentos como brócolis, couve, espinafre são ricos em ácido fólico. O nutriente auxilia na formação de glóbulos brancos, responsáveis pela defesa do organismo, e também pode ser encontrado no feijão, cogumelos (como o shimeji e o shiitake) e a carne de fígado. 3. Alimentos ricos em zinco Carne, cereais integrais, castanhas, sementes e leguminosas (feijão, lentilha, ervilha, grão de bico), são ricos em zinco, nutriente que combate resfriados, gripes e outras doenças do sistema imunológico. 4. Oleaginosas Além de zinco, as nozes, castanhas, amêndoas e óleos vegetais (de girassol, gérmen de trigo, milho e canola) são ricos em vitamina E. Ela é benéfica, principalmente para os idosos, agindo no combate à diminuição da atividade imunológica por conta da idade. 5. Tomate Rico em licopeno, o tomate é forte aliado para combater doenças cardiovasculares, removendo radicais livres do organismo. Esses compostos aceleram o envelhecimento celular e deixam o corpo mais propício a desenvolver doenças. 6. Alimentos fonte de ômega-3 O ômega 3 presente, por exemplo, no azeite e no salmão, auxilia as artérias a permanecerem longe de inflamações, ajudando a imunidade do corpo. 7. Fontes de antioxidantes A castanha-do-Pará e cogumelos (como o champinhom) contêm selênio, um forte antioxidante que combate os radicais livres, melhorando a imunidade do corpo e acelerando a cicatrização do organismo. 8. Gengibre Rico em vitaminas C, B6 e com ação bactericida, o gengibre vai além de ajudar a tratar inflamações da garganta e auxilia nas defesas do organismo. 9. Pimenta A pimenta é fonte de betacaroteno, substância que se transforma em vitamina A, nutriente que protege o organismo de infecções. 10. Iogurte O consumo regular de iogurte ajuda a recompor as bactérias benéficas da flora intestinal – chamadas pro bióticos. Elas são verdadeiros soldados lutando para expulsar do organismo as bactérias “ruins”. Esses microrganismos contribuem para aumentar a imunidade. O intestino saudável é capaz de separar o que não nos faz bem e absorver os principais micronutrientes, como as vitaminas. 11. Alho O alho, além de trazer um sabor delicioso para os mais diversos pratos, reduz e ajuda a diluir o muco nos pulmões, sendo eficaz contra tosse persistente e bronquite. Inclusive, o alho pode ser consumido junto a antibióticos. Por ser rico em vitamina A, C e E, alho é um forte aliado para reforçar o sistema imunológico. 12. Cebola A cebola é rica em substâncias anti-inflamatórias, antivirais, antiparasitárias, antibacterianas e antifúngicas, como a alicina, que ainda reduz o risco de alguns tipos de câncer, como o de boca, laringe, esôfago, cólon, mamas, ovário e rins. Por isso, é um ótimo remédio para afastar gripes, resfriados e infecções em geral. 13. Própolis O própolis contém proteínas e compostos com capacidade de alterar e regular o sistema imunológico, além dos benefícios de ser antibacteriano e antiviral. O própolis ativa os passos iniciais da resposta imune, estimulando receptores específicos e a produção de citosinas, que modulam os mecanismos da imunidade. 14. Óleo de coco O ácido láurico e o ácido cáprico, presentes no óleo de coco, tem a propriedade de modular o sistema imunológico, agindo contra fungos, vírus e bactérias. Além disso, uma forma indireta de ele contribuir com a imunidade está na melhora do trabalho do intestino ao eliminar as bactérias ruins. 15. Batata yacon Por agir estimulando o crescimento da flora intestinal benéfica, a batata yacon é efetiva no extermínio de bactérias que entram em nosso organismo por meio da alimentação. Assim, o desenvolvimento da flora intestinal proporcionado pela batata yacon ajuda diretamente na prevenção de doenças e no fortalecimento da imunidade. 16. Gérmen de trigo O gérmen de trigo acumula vitaminas A, E e K em grandes quantidades, que possuem excelente poder antioxidante, previnem o envelhecimento das células e contribuem para o aumento da imunidade, além de ajudar a regular o sistema digestório, estimular o apetite e tonificar a pele, mantendo-a saudável. Ele também é responsável pela boa coagulação sanguínea e contribui para o fortalecimento dos ossos. O gérmen de trigo pode ser consumido em molhos, iogurtes, frutas e outros alimentos como complemento alimentar. O consumo deve ser de cinco porções por dia, sendo três de frutas e duas de vegetais. Você verá os benefícios de uma alimentação balanceada PROTEGENDO SEU ORGANISMO. O que espera??!!!

  • Aproximação em tempos de crise

    Em tempos de isolamento social a Aventura de Construir percebeu a aproximação de empreendedores por diversos canais de comunicação. Os motivos que levaram essas pessoas a buscar assessorias foram principalmente a gestão do negócio, com foco na parte financeira, como se verificará nos casos de Stella com Açaí da Iaiá, Marcela com Salão Rara Beleza e Suiane com a Sorveteria da Suzi. Uma particularidade dos atendimentos, é o uso de aplicativos para conversas por vídeo conferência nos três casos. “Cuidado com as pequenas despesas. Um pequeno vazamento afundará um grande navio” Benjamin Franklin Salão Rara Beleza Em março de 2020, Marcela de Oliveira começou a ser assessorada pelos consultores da Aventura de Construir e já foi na contramão de muitos donos de empreendimentos, utilizando o período de isolamento para aprender sobre a gestão financeira e com o conhecimento melhorar a saúde financeira do seu salão de beleza. As assessorias foram realizadas incialmente por telefone, e depois por vídeo conferência, por meio da ferramenta Zoom. Incluir esta ferramenta no processo de assessoria expandiu a teia de conhecimentos de Marcela e dinamizou o trabalho, permitindo um acompanhamento mais efetivo da trajetória da empreendedora. Durante as assessorias, o primeiro passo foi entender a situação de Marcela e orientá-la. Depois, com o panorama geral bem definido e conhecendo mais o modo de pensar e de agir da empreendedora, o foco das assessorias foi a solução dos problemas de lançamento financeiro. Marcela conseguiu separar contas de casa e pessoais, das contas do negócio, hoje a empreendedora consegue fazer um fluxo de caixa, tanto diário, quanto mensal, com lançamentos de entradas, saídas e cartões de débito e crédito (dificuldade presente em muitos negócios). A empreendedora ainda realiza suas planilhas em um caderno específico, mas já está se familiarizando com o aplicativo Pagbank (criado pela pagseguro) para tornar os processos financeiros do salão mais automáticos e contará com todo apoio da equipe de assessores da Aventura de Construir. Açaí da Iaiá A empreendedora Stella dos Santos, teve a primeira assessoria realizada pela Aventura de Construir, em março de 2020. A maior dificuldade encontrada pela empreendedora, era realizar a separação entre orçamento pessoal do orçamento do negócio. Stella administra dois negócios, o Açaí da iaiá e a loja de serviços de chaveiro que o marido (Marcelo) toma conta. Atualmente, o foco das assessorias está na separação de contas com sugestão de pró-labore para os envolvidos e já orientou a empreendedora, por meio da ferramenta o google meet (vídeo conferência e compartilhamento de tela, a registrar de forma sistemática as entradas e saídas do empreendimento e fazer um fluxo de caixa. O Excel foi a ferramenta escolhida por Stella e sua planilha apresenta quatro abas: Diário, Mês, Pessoal e Cartões de Crédito Sorveteria da Suzi A empreendedora Suiane Vieira chegou até a Aventura de Construir por meio das redes sociais em março de 2020. Diferentemente das outras empreendedoras deste caso, ela não chegou a participar de nenhuma atividade presencial realizada pela Aventura de Construir. As primeiras assessorias presenciais com os empreendedores sempre apresentam desafios e aorealizá-las de forma totalmente virtual, os desafios são ainda maiores. Partir da realidade é um dos pilares metodológicos da Aventura de Construir e este valor fundamenta cada dia mais o trabalho realizado. Os olhos e ouvidos estão sempre atentos a ferramentas que contribuíam para o trabalho continuar sendo realizado com total ímpeto e organização. Com Suiane não foi diferente, as assessorias foram realizadas com êxito. Por meio do diálogo honesto e da seriedade, a empreendedora se sentiu totalmente confortável para comunicar sua realidade e suas questões. Ela é responsável pela Sorveteria Suzi, que sofreu os impactos da crise de maneira devastadora, mas o espirito empreendedor não deixou que o negócio fechasse as portas de vez, já que a empreendedora vinha com dívidas controladas, mas com valores altos, sem margem para erros. A solução foi colocar as máquinas e equipamentos que havia na sorveteria para funcionar, antecipando a produção de hamburguês, que era um planejamento para o futuro e foi posto em prática nesse período, Suiane fez o cadastro no Ifood e conseguiu até o momento vender por meio de delivery, assim contornando e suavizando os impactos da crise. A empreendedora tem um bom controle financeiro, utilizando planilhas em Excel para lançamentos do mês e o fluxo diário por meio de aplicativo de celular. Mesmo com o controle realizado, a tabela precisou de ajuste no lançamento de cartões para não haver problemas no lançamento geral. Nesses três casos, nota-se a importância das ferramentas digitais para atuar nesse período de isolamento social. Outro ponto verificado é que mesmo com o controle financeiro alinhado você corre riscos, mas consegue ter uma ação mais coordenada e assertiva para enfrentar os problemas. Essas empreendedoras participam ativamente em ações da Aventura de Construir, como por exemplo, a orientação para arrecadar auxílios financeiros (Fundo de Auxílio a Mulher Empreendedora e do Governo Federal), além de doação coletiva (Matchfunding) em parceria com a Fundação Tide Setúbal. Os recursos arrecadados para o período de isolamento social vão ser bem administrados, se depender do conhecimento construído nas assessorias realizadas pela Aventura de Construir e pela força de vontade das empreendedoras. Se tivessem me perguntado se eu apostaria no que estou vendo continuamente acontecer nestas semanas não teria feito … a realidade é sempre maior que os nossos pensamentos!!!!

  • ECONOMIA CRIATIVA E SUAS OPORTUNIDADES

    Em tempos de modernização, transformação do mercado como um todo e a constante atualização da tecnologia, a economia passou a basear-se não somente no crescimento econômico em valores reais, mas também na capacidade intelectual dos trabalhadores, aliada à capacidade de inovação e revolução empresarial. É assim que o conceito de economia criativa surge e é exatamente sobre isso que vamos falar nesse texto. O que é economia criativa? Por se tratar de um termo relativamente “novo”, existem diversas interpretações para o conceito de economia criativa. A economia criativa surge em um momento de valorização e exploração do potencial criativo e financeiro dos setores da cultura e da imaginação. Porém, a primeira menção sobre o termo foi feita em 1994 pelo ministro australiano Paul Keating que lançou um conjunto de políticas públicas com foco em cultura e arte. No documento que chamava-se Creative Nation continha o termo economia criativa. De acordo com a Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) economia criativa é: “um conjunto de atividades econômicas baseadas no conhecimento com uma dimensão de desenvolvimento e ligações transversais a níveis macro e micro à economia global.” Simplificando um pouco, economia criativa é o setor econômico formado pelas indústrias criativas, ou seja, o conjunto de atividades econômicas que tem como matéria prima a criatividade e as habilidades dos indivíduos ou grupos que oferecem esses produtos ou serviços. No Brasil, foi criada a Secretaria de Economia Criativa em Junho de 2012 que é vinculada ao Ministério da Cultura e considera 20 setores na economia criativa brasileira: artes cênicas, música, artes visuais, literatura e mercado editorial, audiovisual, animação, games, software aplicado à economia criativa, publicidade, rádio, TV, moda, arquitetura, design, gastronomia, cultura popular, artesanato, entretenimento, eventos e turismo cultural. Economia criativa em números Estamos falando sobre um termo relativamente novo, com uma Secretaria criada há apenas 8 anos. Mas qual o real tamanho da economia criativa no Brasil e no mundo? Se a economia criativa mundial fosse um país, teria o 4º maior PIB de 4,3 bilhões de dólares de acordo com a pesquisa realizada pelo Banco Interamericano. No mundo todo, são cerca de 144 milhões de pessoas que trabalham inseridas nos setores da economia criativa. No Brasil, o setor tem mais de dois milhões de empresas, responsáveis pela geração de 110 bilhões de reais para o PIB brasileiro, cerca de 2,7% de todo valor produzido internamente. Podendo chegar a 735 bilhões (18% do PIB) se for envolvida toda a cadeia de produção. Valores adquiridos na pesquisa do SEBRAE de 2015. Oportunidades da economia criativa Com essas informações está mais do que provada a importância e o crescimento exponencial da economia criativa no mundo e também aqui no Brasil que é comumente chamado de “celeiro da criatividade”. Mas chegamos à pergunta de 1 milhão de reais: Como ganhar dinheiro na economia criativa? No Brasil sempre foi desafiador viver da arte e da cultura, dependendo-se sempre do apoio público e de leis de incentivo. Porém, hoje existem diversas ferramentas que nos ajudam a divulgar e trabalhar no setor. E a maior delas é a Internet. Com ela, é possível divulgar artes e projetos pelas redes sociais, vender produtos digitais como e-books, utilizar meios como o Youtube para produzir conteúdo entre outras milhares de ferramentas e possibilidades. Para te ajudar, trazemos algumas dicas para ser bem sucedido na internet com seu trabalho, seja ele voltado à arte, criatividade, inovação independente do site, do app, da rede social que será utilizada: Seja profissional: Tenha em mente que é o seu produto e o seu suor que você estará vendendo, mantenha o profissionalismo nas suas redes, site ou qualquer outro espaço em que o objetivo for a divulgação do seu produto. Seja interativo: Procure interagir com o meio em que você está inserido. Responda comentários, curtidas, mensagens ou qualquer que seja o meio de comunicação que seu potencial cliente tenha com você. Seja atualizado: No mundo digital, as coisas mudam o tempo todo e novidades aparecem a cada segundo. Esteja sempre atento à novas tendências do meio e do mercado em que você está inserido. Seja assertivo: Tenha em mente que para ser um sucesso, o seu produto precisa atender às necessidades reais do seu público. Seja criativo, inove e principalmente, pesquise para entender o seu público e que tipo de produto suprirá a real necessidade. Seja criativo. Com a constante evolução tecnológica mundial, o ramo de tecnologia emprega cerca de 37,1% dos trabalhadores inseridos no setor da economia criativa e é o segmento com a maior média salarial de todo o setor segundo estudo da FIRJAN. Neste momento histórico de crise por que faz sentido abordar este tema? Porque para ter sucesso nesse meio é imprescindível aliar a criatividade com o conhecimento das novas tecnologias, é um momento no qual a economia criativa pode se expandir também entre populações de baixa renda que até agora ficaram excluídas destas oportunidades. Neste momento com um acesso ainda mais democrático à tecnologia, devido a pandemia, terá mais oportunidades reais também para um público como o nosso. De fato, não existe como colocar um limite para o setor de economia criativa, pois depende principalmente da criatividade e capacidade do ser humano perante às necessidades apresentadas em cada momento. Portanto, este pode ser realmente um momento favorável e por isso nos próximos projetos a Aventura de Construir estará dedicando energias e tempo para criar novas soluções a partir destas teorias e experiências. “Criatividade é a arte de conectar ideias.” – Steve Jobs

  • AÇÃO COL3TIVA

    Um voluntario da Aventura de Construir, José Mauricio Pinto Coelho, que nos apoia neste período escreveu este texto de agradecimento pela ação Col3tiva. Um texto que foi uma surpresa antes de tudo para nós da ADC pela sua sensibilidade, identificação com a causa, incentivo a seguir construindo juntos. Aqui segue na sua versão integral para que todos se deixem provocar!!! Estamos muito felizes com os resultados da ação realizada pelo Col3tiva que terminou na última sexta (15/5). O grupo é formado por três jovens artistas – Ara Teles, Bruno Romi, Wagner Vidal – que doaram duas obras cada para sorteio entre os compradores da rifa, que tinha o valor de R$20,00 cada número. Foram mais de 110 doações individuais que auxiliarão nossas ações através do Fundo Emergencial formado para esse momento tão delicado. Em um momento como este, de tantas incertezas, nos enche o coração ver este resultado. Estamos todos em constante estado de alerta, alarmados não apenas pelos vírus, mas por nosso futuro, nossos empregos, nossos entes queridos. Mas mesmo assim encontramos pessoas dispostas a doar por uma causa maior. Não vamos resolver os problemas do mundo de forma isolada, mas ao doar um pouco de nosso tempo, nossa atenção, nosso dinheiro começamos por acender uma faísca que pode sim, em conjunto, catalisar as mudanças que desejamos ver. O momento nos pede isolamento, o que sabemos não tem sido fácil para ninguém. Os trabalhos, em sua maioria, passaram a ser executados remotamente. A solidão aflige a muitos. Mas ao reconhecermos a necessidade do outro e fazermos algo para ajudar, criamos também em nós a esperança de que tudo pode e vai melhorar. Muitos devem estar se perguntado o que tirar de aprendizado desse momento tão delicado. Acreditamos que, mais do que nunca, tornou-se imperativo olhar para o outro com olhos do amor, olhos de (auto) reconhecimento. Eu me reconheço no outro, que se reconhece em mim. Somos espelhos dos outros e enxergamos nossos próprios reflexos ao mesmo tempo em que refletimos o que há em cada ser que nos observa. O diálogo volta então como uma necessidade em um momento de desaceleração conjunta. Fica assim evidenciado que não voltaremos a existir enquanto não nos vermos como grupo, como entes individuais que formam um grupo social – que podem e devem se auto-ajudar. E é em nome desse empenho coletivo de olhar e auxiliar os mais necessitados nesse momento que deixamos nosso muito obrigado.

  • O QUE É ECONOMIA COLABORATIVA?

    Vivemos um momento conturbado e diferente de tudo que foi vivido até agora e, em meio à tantas perguntas ainda sem respostas, percebemos cada vez mais que somos parte de uma sociedade e que mais do que nunca dependemos uns dos outros para desenvolvermos um ambiente econômico e social cada vez melhor. Pensando nisso, replicamos abaixo o conteúdo do site do nosso parceiro InovaSocial que trata sobre economia colaborativa e como isso está aos poucos mudando nossa forma de nos relacionarmos. É um texto que num cenário como o atual nos desafia profundamente porque coloca a confiança como fator fundamental dos relacionamentos e do crescimento econômico e da melhora social. Será que seguiremos tendo estas disponibilidade e abertura? De forma resumida, Economia Colaborativa é um ecosistema socio-econômico construído em volta do compartilhamento de recursos físicos e intelectuais. O que inclui o compartilhamento da criação, produção, distribuição, troca e consumo de bens e serviços disponibilizados por diferentes pessoas e organizações. A Economia Colaborativa é algo relativamente novo e vem sido conhecida principalmente pelo surgimento de diversos serviços e start-ups que possibilitam diferentes negociações entre pessoas físicas. E isso é apenas o começo. Alguns exemplos de projetos que usam a Economia Colaborativa como base: Airbnb Uber DogHero Tem Açúcar? A ideia parece simples, mas, para que esse sistema funcione, ele precisa ter algo que é essencial: Pessoas. Pessoas são o coração da Economia Colaborativa: aqui, falamos de cidadãos ativos, que participam de suas comunidades e da sociedade em geral. Os integrantes da Economia Colaborativa são indivíduos, comunidades, empresas, organizações e associações, todos inseridos em um sistema de compartilhamento eficiente, ao qual todos contribuem e se beneficiam. São as pessoas que fornecem os serviços e os bens; são os criadores, colaboradores, produtores e os distribuidores. Nesse sistema, pessoas criam, colaboram, produzem e consomem. E, por causa desse ponto principal, a Economia Colaborativa vem mudando a forma como o ser humano se relaciona entre si, devolvendo a proximidade muitas vezes ausente nessa Era Tecnológica e com a vida nas grandes cidades. Ao invés de se hospedar em um hotel, que tal ser recebido em casa por um anfitrião local? E o que você acha de compartilhar itens com a sua vizinhança? Da xícara de açúcar ao carro, tudo é possível quando pessoas se incluem no ciclo da Economia Compartilhada e se dispõe a colaborar e consumir. Texto acessado em Maio/2020 em: InovaSocial

  • COMO ORGANIZAR ALIMENTOS NA GELADEIRA

    Neste momento estamos todos mais comprometidos com a limpeza e a organização dos nossos espaços e casas … Monica Minelli segue nos acompanhando com novas dicas! Vamos passo a passo e também considerar cada tipo de geladeira/freezer: Tamanhos, (em litros), design (vertical na maioria das casos), cor (chamada de linha branca, mas atualmente as campeãs de vendas são as brancas e aço inox); Voltagens: 110 WV X 220 WV: Depende do tipo de instalação elétrica de cada residência/comercio. Esta opção é feita na hora da compra do aparelho; Com mais espaço para freezer ou NÃO: Cada família/empreendedor, já 1 tipo de escolha na hora da compra, dependendo da sua necessidade: número de pessoas que manipulam o aparelho e necessidade de cada família/empresa; Levar em consideração a quantidade de alimentos congelados: proteínas, sorvetes, gelo, e a sazonalidade de cada alimento congelado. Mas todas as geladeiras tem sua maior função: ARMAZENAR OS ALIMENTOS, PRESERVAR E AUMENTAR SUA VIDA ÚTIL, fazendo com que toda compra de hortifrútis, proteínas, frutas, ovos, frios…tenham uma conservação adequada a sua característica e destino. Quanto mais maduros e prontos para consumo, maior é a necessidade de 1 armazenamento adequado: portanto, seguem algumas dicas importantes para a preservação de cada alimento. IMPORTANTE: Sempre que possível, acondicionar os alimentos em embalagens PROTETORAS: saquinhos tanto de plástico como de papel. Hoje em dia, sabemos que os plásticos prejudicam nosso Planeta, PORTANTO VAMOS UTILIZAR OS BIODEGRADAVEIS. Vamos falar sobre a importância da higiene e conversação na geladeira: Se sua geladeira é FROST FREE: Deixar todos os alimentos acondicionados em potes ou saquinhos plásticos, pois este sistema de conversação “desidrata os alimentos”. Iniciamos fazer a higienização mensal, com ela desligada. Se sua geladeira é convencional, também é importante colocar os alimentos em potes para evitar a contaminação cruzada de “odores”, e uma vez por mês se dedicar ao degelo para higienização e manutenção do freezer também. Em ambos os casos é importante a HIGIENIZAÇÃO do interior da geladeira/freezer: indicamos a mistura de água dom BICARBONATO DE SÓDIO num pano úmido: limpa, elimina odores e mantem as borrachas da portas lubrificadas. As dicas abaixo, fazem parte de uma pesquisa sobre a conservação adequada de alimentos. Não lave os alimentos antes de guardá-los; Se você tem a mania de lavar frutas e legumes antes de guardar, vai precisar rever os seus conceitos. Você até pode limpá-los com um guardanapo de papel, mas nunca com água, para não perder a camada que os protege e que atrasa o apodrecimento; Frutas e Legumes preferem ambiente SECOS: a umidade facilita o surgimento de fungos. Seque bem os alimentos antes de guardar. Coloque toalhas de papel no fundo dos potes, elas ajudam a absorver o excesso de umidade; Guarde os abacates em sacolas de papel: um abacate verde é melhor conservado na temperatura ambiente e enrolado em jornal ou em uma sacola de papel grosso. Quando ficar maduro, leve à geladeira e coloque em um saquinho plástico. Algumas frutas e legumes não devem ser colocados na geladeira: tomates, pepinos e pimentões devem ser mantidos na temperatura ambiente. Na geladeira, os pimentões perdem o aroma e ficam moles, enquanto que os tomates e os pepinos ficam pegajosos. As frutas e os legumes verdes devem ser mantidos fora da geladeira. Coloque-os na geladeira apenas quando estiverem maduros. Enrole com um pedaço de plástico o final da banana: em primeiro lugar, banana não combina com geladeira. Além disso, enrole um pedaço de plástico no final para conservá-la ainda mais. Legumes descascados se conservam em água: desse jeito, é possível conservar na geladeira as cenouras e o aipo, durante muito tempo. Coloque uma pequena quantidade de água e use potes de vidro ou de plástico; Quanto menor a temperatura, menos se conserva o aroma e o frescor. Para guardar os alimentos por mais tempo, deixe-os embaixo, onde é menos frio; Algumas frutas e legumes não devem ser guardados e conservados juntos: Quando maduras, algumas frutas começam a eliminar gás etileno, por exemplo bananas, melões, mangas, tomates, etc. Alguns alimentos, como maçãs, berinjelas, cenouras e brócolis, amadurecem mais rápido sob seu efeito. Ou seja, melhor mantê-los separados; Cebola e batata em diferentes compartimentos: Ao colocar cebolas e batatas no mesmo lugar, as batatas começam a brotar, o que é pior para o seu cozimento; Alho e cebola gostam de escuridão. O mesmo vale para as batatas. Não deixe as batatas onde bate sol. Melhor deixá-las em um lugar escuro e seco; Coloque uma maçã junto com as batatas, elas ficam frescas por mais tempo; Brócolis e couve-flor adoram umidade: você pode colocar na água, desde que troque todos os dias. Outra possibilidade é enrolar em uma toalha úmida; Legumes precisam de corrente de ar quando estão ao ar livre: Não deixe-os em uma caixa fechada ou embaixo da pia, pois assim eles tendem a apodrecer mais rápido. A melhor alternativa são cestas de plástico ventiladas e colocadas em espaços onde o ar circula; As uvas devem ser mantidas em um saco plástico: Se as uvas ainda não estão maduras, coloque-as em um saco plástico e deixe na geladeira. Desta forma, elas ficam mais suculentas e frescas. E como vamos organizando as prateleiras? Parte superior – frios e laticínios Compartimento extra frio: localizado na parte superior do refrigerador, o compartimento extra frio é ideal para conservar frios e laticínios como iogurtes e queijos, além de gelar bebidas mais rápido e sem congelar. Assim você consegue organizar a sua geladeira de forma rápida. A primeira prateleira – ovos, manteiga, sobras de comida A primeira prateleira é ideal para você armazenar ovos – sim, nunca coloque-os na porta, pois a constante mudança de temperatura pode acabar estragando-os – sobras de alimentos, essas devem ser sempre armazenadas em potes com tampa e nunca na panela e manteiga. A segunda prateleira – leite, doces, alimentos enlatados Na segunda prateleira você pode guardar, leite, doces, alimentos enlatados, garrafas de suco, vinho e alimentos que não precisam de máxima refrigeração. Teria imaginado que a organização de geladeira pudesse incidir nos sabores além que na conservação dos alimentos? Seguimos aprendendo … e agora a experimentar os novos sabores que nascem desta organização!!!

  • ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL PARA TODOS = SAÚDE

    Um momento para repensar em tantos aspectos da nossa vida … e a alimentação? Podemos ainda aprender algo? Deixamos a palavra com a especialista Mônica Minelli, consultora, gestora e profissional no setor de alimentos orgânicos, naturais, saudáveis e dietas especiais, atuando na elaboração da estratégia para implantação de Startup, na prospecção, abastecimento e vendas dos respectivos produtos, que nos enviou uma proposta para qualquer pessoa, independente de raça, condição econômica, profissional ou perfil social. Vamos falar aqui sobre ALIMENTAÇÃO SAUDAVEL! = SAUDE!! Somos seres humanos, desde o início das mais antigas civilizações: portanto, viemos da TERRA. Nossa alimentação, desde os primórdios da humanidade veio do cultivo das raízes: alimentos cultivados e preparados com receitas familiares! Alimentação saudável, vem da TERRA, cultivada SEM agrotóxicos, sem pesticidas artificiais, sem qualquer química que faça o alimento se deformar da sua condição natural. O QUE É UMA ALIMENTAÇÂO SAUDÁVEL? Vem da PALAVRA SAÚDE! Somos seres saudáveis, e nosso DNA vem de uma ancestralidade da terra: portanto não nos cabe a industrialização alimentar. Passamos por décadas de transformações sociais, comerciais, políticas, e acima de tudo comportamentais…mas nada se compara a evolução da SAÚDE DO SER HUMANO. Hoje, mais do que nunca priorizamos a qualidade da nossa alimentação: pesquisas mostram o quanto O MAIS SIMPLES E NATURAL É O MELHOR!!! Vamos aqui falar da simplicidade das cadeias alimentares: carbo-hidratos, proteínas, gorduras: o que é SAUDAVEL? Vamos evitar: ALIMENTOS INDUSTRIALIZADOS, PROCESSADOS e ARTIFICIAIS. Nosso corpo humano é UMA MÁQUINA PERFEITA: Todos nossos órgãos funcionam em perfeita harmonia, portanto: TUDO O QUE PRECISAMOS PARA NOS NUTRIR VEM DO CULTIVO DA TERRA. Então, vemos como aproveitar melhor o alimento de cada estação, bem como seu uso na nossa culinária: ALHO e CEBOLA: Sempre excelentes em cada início de cozimento LEGUMES E VERDURAS: Ricos em vitaminas A, B, e anti-inflamatórios. Ideais tanto crus como cozidos FRUTAS: Fonte de energia, vitaminas e antioxidantes PROTEÍNAS: Sempre responsáveis pelo equilíbrio hormonal, muscular e energético. Enfim, cada vez mais os alimentos funcionais tem uma participação fundamental no equilíbrio da nossa saúde. Cada alimento tem uma função específica em nosso corpo, mente e alma. Assim, é muito importante definirmos nossas escolhas nutricionais: Vamos evitar alimentos industrializados: embutidos, artificiais, junk food, alimentos geneticamente modificados Vamos evitar: Conservantes, aromatizante, acidulantes, e todas as categorias químicas descritas nos rótulos dos produtos. CUIDADO: Quanto mais tempo alguns alimentos ficam fora da geladeira, mais artificiais eles são!!! E quanto é fundamental respeitar a NATUREZA DE CADA CULTIVO e por isso utilizar a tabela de cultivo natural de cada alimento e priorizar a tabela ARCO ÍRIS: alimentos de TODAS as CORES em nossas vidas (geladeiras ou não): Brancos: nabo, maças, couve flor, batatas – todas, inhames), abobrinhas Amarelos: mandioquinhas, pimentões amarelos), Laranjas: cenouras, pimentões) Verdes: pepinos, folhas, pimentões, alho poro, salsão) Vermelhos: Beterrabas CONDIMENTOS: Alho, cebola roxa, branca, alecrim, salsas, cúrcuma, alecrim, entre outros… Além de: cardamomo, louro, gengibre. Com estas dicas construa o seu projeto “A MINHA GELADEIRA”. Analise os itens da sua geladeira para compor um cardápio dentro da sua realidade com aquilo que descobrimos nesta jornada!!! E se ficou feliz e mais entusiasta aproveite também para apoiar microempreendedores de periferia que trabalham com isso https://benfeitoria.com/alimentacaoorganica, melhorando assim a nossa sociedade. Boa preparação, que seja criativa!!! Quantas boas energias se despertarão em você com este novo aprendizado!!!

  • ODS em Pauta: Aventura de Construir e o ODS5 Igualdade de Gênero

    Será que organizações do Terceiro Setor possuem capacidade de colaborar positivamente com a Agenda 2030 da ONU? Quem acompanha nosso blog já sabe que a resposta é SIM! Todo trabalho social conecta-se diretamente aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Inclusive, por conta disso, foi criado o Pacto Global – do qual a Aventura de Construir (ADC) faz parte. Essa série de artigos “ODS em Pauta” surgiu na tentativa de explicarmos como a ADC está envolvida com algumas metas da Agenda 2030. Já explicamos um pouco sobre o que são os ODS aqui no Blog. Em março de 2020, inauguramos esta série com o ODS1 Erradicação da Pobreza. E, nos mês passado, falamos sobre nosso envolvimento com o ODS4 Educação de Qualidade. Agora vamos falar um pouco sobre como nossa missão de desenvolvimento territorial inclusivo através do apoio ao microempreendedorismo de baixa renda fortalece aspectos do ODS5 Igualdade de Gênero. Alcançar a igualdade de gênero significa acabar com todas as formas de discriminação, violência e práticas nocivas (como os casamentos prematuros, forçados e mutilações genitais, tráfico e exploração sexual) contra todas as mulheres e meninas de todo o planeta, tanto nas esferas públicas quanto privadas. Além disso, também trata-se de reconhecer e valorizar o trabalho doméstico não remunerado, assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva, garantir a igualdade de direitos e de oportunidades, promovendo o empoderamento das mulheres em todos os campos. Neste sentido, a ADC vem trabalhando em projetos capazes de responder, especificamente, a igualdade de direitos e de oportunidades através do empoderamento feminino. Exemplo prático disso é o projeto Mães Esplendorosas, realizado em 2019. Neste projeto desenvolvemos atividades que promoviam a autovalorização da mulher com o objetivo de também estimular um novo processo de aprendizagem, priorizando dinâmicas e exercícios associados ao desenvolvimento humano integral e financeiro. Para a construção coletiva de conhecimento é necessário tempo e continuidade. E, justamente por fazermos este trabalho de acompanhamento, conseguimos verificar que as 20 mulheres participantes do projeto conquistaram os seguintes resultados: Aumento da autoestima e protagonismo pessoal Aumento do potencial em criação de estratégias Aumento da capacidade em poupar Ampliação da visão de negócio Perspectivas futuras baseadas em fatos concretos Conscientização sobre a própria organização financeira e contábil A ADC chegou nesses resultados após realização de uma Avaliação de Impacto criteriosa, a qual aplicamos em todos as nossas atividades. Além dos indicadores quantitativos que utilizamos para mensurar o impacto do projeto, também aplicamos uma pesquisa qualitativa para compreender como a vida dessas mulheres se transformaram. Sobre isso, vale a pena compartilhar a história de Roseli Cardoso, mulher de 61 anos que mora com seus três filhos e o neto de 3 anos. Dona Roseli criou seus filhos sozinha e ajuda diariamente na criação do neto. Nos contou que buscou as capacitações da Aventura de Construir para entender de forma prática sobre poupança. E encontrou muitas coisas além do que imaginava. Aprendeu a importância de anotar suas fontes de renda e seus gastos. Antes, achava que essa ação era perda de tempo. Hoje constatou que é a partir da visualização de suas rendas e gastos que é possível se planejar para poupar. Ela reconhece que não tem uma relação saudável com os filhos. Sente falta de diálogo e carinho, o que afeta sua autoestima. Mesmo assim, é ela que sustenta a maior parte da casa, seja com a renda de seu trabalho como artesã, ou mesmo bicos. A sua prioridade é garantir uma vida com qualidade para o neto. Na experiência vivenciada com a Aventura de Construir, Roseli conheceu outras pessoas, rompeu um pouco com o cotidiano mais duro da vida e conseguiu aprender coisas novas para facilitar sua rotina. Conseguiu dialogar com as pessoas e se sentiu mais segura por isso. Uma de suas metas é comprar um terreno no litoral, para isso ela entende que é preciso mais do que simplesmente desejar: é preciso se programar, mensurar seus objetivos e direcionar sua ação. Cuidar da casa, criar os filhos sozinha e agora dedicar tempo ao neto, não são tarefas fáceis. Mas Roseli nos ensinou muito com sua postura positiva e ativa. A idade não é empecilho, pelo contrário, usa de suas experiências anteriores para somar com os novos conhecimentos e se empoderar. A realidade das mulheres brasileiras, como a de Roseli, está mudando: cada vez mais as famílias são chefiadas por elas. Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), mais de 80% das crianças possuem uma mulher como primeira responsável e 5,5 milhões não apresentam o nome do pai no registro de nascimento. As mães solo criam seus filhos, trabalham dentro e fora de casa e ainda têm de enfrentar preconceito por grande parte da sociedade. Elas vivenciam desafios constantes, mas seguem firmes e fortes, por isso a ADC está com essas mulheres e apoio ao ODS5. Conheça aqui todas as metas relacionadas à igualdade de gênero! Se quiser saber quais indicadores as organizações podem usar para mensurar os impactos de suas respectivas atividades que se conectam ao ODS5, consulte o Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA). Agora que você já sabe como o ODS5 da Agenda 2030 das Nações Unidas (ONU) pode ser trabalhado por organizações do Terceiro Setor, mãos à obra para alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas ao redor do planeta, começando daquelas mais próximas, pois com certeza cada um certamente conhece algumas!

  • ONGs: Impactos que vem de dentro e de fora

    Em um momento como esse, que organizações da sociedade civil correm grande risco na própria continuidade, porque dependem do financiamento de outras instituições e empresas, e, ao mesmo tempo, são as que mais respondem às necessidades da população mais vulnerável, é crucial que compartilhemos esse artigo da AUPA. O objetivo é fazer entender o real impacto positivo que estas organizações da sociedade civil geram entre os mais necessitados. “O que você pensa quando o assunto são as Organizações Não Governamentais, as ONGs, e o ecossistema de impacto? Apesar de serem constantemente associadas a reduções preconceituosas, tais organizações exercem um trabalho estratégico na busca por soluções socioambientais – afinal, costumam atuar em territórios específicos e em questões complexas. Segundo a pesquisa “As Fundações Privadas e as Associações Sem Fins Lucrativos no Brasil – FASFIL”, divulgada em 2019 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), houve registro de 236.950 fundações privadas e associações sem fins lucrativos. No gráfico abaixo, é possível conferir a distribuição por classificação das entidades sem fins lucrativos, número de unidades locais e pessoal ocupado assalariado em 31 de dezembro de 2016. Você pode interagir com a visualização e fazer diferentes agrupamentos com os dados disponíveis nas chaves. Seja nos centros ou nas periferias, o trabalho das ONGs junto às comunidades locais trata do diálogo e da solução a partir das urgências do território, uma atuação que vai além da responsabilidade social. Não por acaso, tais organizações desempenham importante função politica em busca de transformações que atinjam, sobretudo, a base da pirâmide socioeconômica. Para se ter ideia deste papel social, o Instituto Doar premiou as 100 Melhores ONGs em 2019, com destaque a representantes também por área de atuação — veja a lista completa das organizações premiadas neste link. Na ocasião, a Associação Peter Pan foi eleita a melhor ONG do ano, em virtude de seu trabalho em prol da cura e da melhora de qualidade de vida de crianças e adolescentes portadores de câncer e suas famílias. Ao mesmo tempo, em constrangimento ocorrido em novembro, o governo federal acusou ONGs e seus ativistas de envolvimento com os incêndios ocorridos em Santarém, no Pará. Tal fato gerou desconforto e crítica da opinião pública, devido à ausência de provas. Quebrar preconceitos e agir em rede Algumas empresas, ao lado de institutos e fundações, ajudam a compor o conjunto dos atores chamados de facilitadores no ecossistema de impacto. São as organizações intermediárias, que conectam, facilitam e certificam Organizações da Sociedade Civil (OSCs) sem geração de renda, OSCs com geração de renda, negócios de impacto e empresas comerciais, que demandam de capital. Essa conexão é feita com aqueles que podem ofertar capital, como o governo, as pessoas jurídicas e físicas, as fundações e as associações, os organismos nacionais de fomento, as instituições de finanças comunitárias e as organizações multilaterais de crédito. Tudo isso feito a partir de mecanismos, ou seja, modalidades e fluxos de capital com ou sem fins de lucro. A Rede Temática do GIFE (Grupos de Institutos, Fundações e Empresas) é uma das principais articuladoras entre organizações intermediárias e suas ações no ecossistema de impacto. Além disso, a rede é referência no tema investimento social privado, precioso ao universo das OSCs e das ONGs. Há ainda o papel do Instituto Empresarial de Cidadania (ICE) também um dos principais entusiastas nesta ponte entre investimentos e negócios de impacto socioambiental. A cada dois anos, o ICE promove o Fórum Brasileiro de Finanças Sociais e Negócios de Impacto, por exemplo. 10º Encontro da Rede Temática de Negócios de Impacto Social. O diálogo ocorreu em outubro de 2019. Crédito da foto: Ivan Zumalde. O Mapa das Organizações da Sociedade Civil (OSCs) organizado e disponibilizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) é um raio-x que permite contextualizar tais organizações – e, consequentemente, as ONGs. E vale a ressalva feita pelo Sebrae a respeito das siglas do setor: “embora algumas ongs possam ser qualificadas como organização da sociedade civil de interesse público (oscip), pode-se dizer que toda oscip é uma ong, mas nem toda ong é uma oscip”. O mapeamento feito pelo Ipea revela que das 781.921 OSCs existentes, 323.522 estão no Sudeste, ao passo que o Centro-Oeste conta com 63.154 OSCs. No Norte estão 55.870 OSCs, no Nordeste, 194.033, e no Sul, 145.315. Intermediário especialista em ONGs: Phomenta Dentro do ecossistema de impacto há empresas que apoiam líderes e empreendedores sociais à frente das ONGs. Um exemplo é a Phomenta, fundada em 2015, um negócio social especializado em ferramentas de inovação, empreendedorismo e gestão voltadas ao universo das ONGs. “A Phomenta enxerga essas organizações como empreendimentos sociais. Elas identificam um problema, o validam e trazem soluções por meio de serviços, a fim de resolverem alguma questão complexa e específica da sociedade”, explica Izadora Mattiello, cofundadora e presidente da empresa. Segunda edição da Maratona de Aceleração Social, ação ocorrida na Semana do Carinho da Johnson&Johnson. A Phomenta acelerou 10 ONGs da área da saúde na ocasião. Fonte da imagem: Instagram Phomenta/@phomenta. Contudo, o próprio termo intermediário traz suas fragilidades quando aplicado em um universo onde a todo momento tentam colar narrativas preconceituosas, como o das ONGs. “No Brasil, a palavra ‘intermediário’ não é muito acolhedora. Da mesma forma, o termo ‘ONG’ tem estigmas. As pessoas não sabem muito sobre o que é ser um intermediário, então é preciso educar futuros clientes e a sociedade por um todo”, diz Mattiello, sobre o entendimento da importância dessas instituições que fazem pontes também com os mundos corporativo, de inovação/startups e do Terceiro Setor. E, definitivamente, a extinção das ONGs não é uma opção, por questões práticas e históricas na atuação social. “se as ongs deixarem de existir, entraríamos em um caos, devido à sua importância na atuação e para a resolução de problemas sociais. não importa se distribui lucros ou não: o mais importante é que estas organizações estão resolvendo um problema que já foi validado”, explana mattiello. Ela ainda complementa: “Não dá para falar de impacto social sem considerar o histórico e a experiência das ONGs. Afinal, elas são as verdadeiras especialistas em problemas socioambientais e sobre desigualdades”. Desafios E qual seria o desafio no que diz respeito à gestão de ONGs? A resposta talvez seja a mesma para qualquer empreendimento, sobretudo, o pequeno: priorização. “As pessoas têm dificuldade em saber o que priorizar. Ainda mais em ONGs, onde há uma causa muito forte e é difícil sair do técnico, que é apoiar, na ponta, o beneficiário. O desafio é ir mais para os bastidores, pensar estratégias e tomar decisões”, comenta Mattiello. Ainda dentro da estratégia de prioridade, destacam-se ações como saber falar “não”, hierarquizar as demandas, ser estratégico para atrair parceiros, pensar na parte financeira e ter visão de longo prazo. Izadora Mattiello é cofundadora e presidente da Phomenta, negócio social especializado em ferramentas de inovação, empreendedorismo e gestão voltadas ao universo das ONGs. Fonte da foto: site da Phomenta. Os saberes para atuar empreendendo, principalmente no setor de impacto socioambiental, vão além das formalidades acadêmicas – requerem também quilometragem, as vivências com erros e acertos.“Muitas ONGs vão pelo coração e pela causa técnica, social. Há ainda alguma falta de conhecimento e de ferramentas, que fomentam essa estrutura de não priorização na hora de estruturar”, explica Mattiello. Não ser centralizador também é um dos desafios dentro da gestão das ONGs, afinal, é preciso que o empreendedor passe o conhecimento técnico a outras pessoas para que ele possa focar em pontos mais estratégicos para o negócio e que façam este ficar de pé. Neste aspecto, o papel da Phomenta é apresentar possibilidades de ferramentas aos empreendedores, promover consultorias individuais e ser a ponte que promoverá encontros presenciais entre as ONGs, para trocas de experiências. “A gente tenta facilitar a vida desse empreendedor para que, de certa forma, ele saiba priorizar, delegar e pensar de uma forma mais estratégica para que aquela ONG tenha um impacto social maior”, diz a presidente da Phomenta. Certamente, não há caminho solitário para quem está no ecossistema de impacto.” Fonte: AUPA – Jornalismo em Negócios de Impacto Social Post acessado em maio/2020: https://aupa.com.br/ongs-impactos-que-vem-de-dentro-e-de-fora/

bottom of page