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  • Um novo olhar para o ESG nas empresas: entrevista com Gabriel Cardoso, gerente executivo do Instituto Sabin

    ESG - O caminho da transformação, uma série da Aventura de Construir Por Ana Luiza Mahlmeister A adoção do conceito ESG na gestão dos negócios não é óbvia. A integração das questões ambientais, sociais e de governança prevê a políticas que visam a sustentabilidade e a responsabilidade corporativa em suas operações e decisões. Na área social, supõe a aderência a direitos trabalhistas, promoção da diversidade e inclusão, apoio a causas e atuação com a comunidade. Essas práticas – em especial na rubrica social – fazem parte do dia a dia do Instituto Sabin , Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), responsável pela gestão do investimento social privado do Grupo Sabin , empresa de promoção à saúde, com sede no Distrito Federal e presente em mais de 15 Estados. A missão do instituto, nas palavras do gerente executivo, Gabriel Cardoso , é a melhoria da qualidade de vida, do bem-estar e da prosperidade nas comunidades onde atua, incentivando a inovação social. Para Gabriel, a agenda ESG é uma lente sobre como as empresas conduzem seus negócios. Em sua visão, o ESG, por si só, não é suficiente: é necessário complementar essa abordagem com uma reflexão mais profunda sobre o impacto gerado pelas empresas. “Não basta operar de forma responsável; é fundamental considerar também os efeitos concretos que os produtos, serviços e operações provocam na sociedade e no planeta”, analisa Cardoso. Com governança independente, o Instituto Sabin direciona os recursos doados anualmente pelo grupo para a realização de projetos com finalidade social. “Essa separação garante que, embora exista uma conexão estratégica entre as duas instituições, as decisões e a condução das ações sociais sigam princípios de transparência e autonomia”, explica. As políticas ESG do grupo são inspiradas pela atuação do Instituto Sabin — e não o contrário. As diretrizes da empresa são coordenadas por uma das diretorias do grupo e envolvem diferentes áreas internas, cada uma contribuindo com sua perspectiva. A dimensão social do Instituto Sabin é voltada para o impacto na comunidade da porta para fora. A escolha dos projetos apoiados pelo instituto é ancorada na missão institucional, revisada a cada três anos.  Atualmente, esse portfólio conta com cerca de 70 iniciativas em andamento. “A entrada de novos projetos não é uma prática recorrente pois priorizamos a consistência e o alinhamento com nossa visão de futuro e os resultados de impacto que buscamos gerar”, afirma Cardoso. O Instituto Sabin , fundado há 20 anos, promove campanhas de arrecadação, doação de recursos e bens, e o voluntariado corporativo. Na promoção da saúde e do bem-estar, desenvolvem projetos assistenciais e preventivos como o Cuidando da Comunidade : doação de exames para pessoas em extrema vulnerabilidade social; Ludotecas : espaços lúdicos e terapêuticos para acolhimento de crianças vítimas de violência; Embaixadores da Saúde : formação de lideranças sociais para atuarem como promotoras de saúde, e o Ciclo do Cuidado : abordagem integrada de atenção à saúde de beneficiários de organizações sociais parceiras. No eixo Organizações e Ecossistemas de Impacto oferece programas de incubação e aceleração de negócios; desenvolvimento institucional de Organizações Sociais da Sociedade Civil (OSCs); formação de novos empreendedores sociais, e disseminação de conhecimento relevante para o campo. Cardoso destaca ainda o desenvolvimento da Plataforma Inova Social, referência em conteúdo sobre inovação social; e o apoio à Stanford Social Innovation Review Brasil, publicação reconhecida internacionalmente pela reflexão crítica sobre impacto e transformação social.  “Contamos com uma ampla rede de parceiros com quem mantemos relações duradouras e de confiança construídas ao longo de 20 anos de atuação por meio de vivência em eventos e interações no campo”, afirma Cardoso. Ele explica que o Instituto Sabin não trabalha com chamadas públicas formais para atração de parceiros, mas com uma rede de organizações que impulsionam o impacto social em seus territórios.  Esses parceiros são escolhidos pelo alinhamento de valores e o histórico da organização, sua reputação e consistência ao longo do tempo e sede nos territórios onde o instituto está presente, buscando representatividade de todas as regiões do Brasil.

  • Da Ideia à Loja: Mulheres que Transformam a Periferia - Podcast Empreendendo na Periferia #11

    Neste episódio, conhecemos a história de Simone , empreendedora da Zona Leste de São Paulo que, junto com outras quatro mulheres da região, criou uma loja colaborativa de utensílios domésticos: A Espaço Tupperware . A iniciativa nasceu da união e da vontade de transformar a própria realidade por meio do trabalho coletivo. Participando do projeto Empreendendo na Leste , Simone vem aprendendo a lidar com os desafios da gestão e fortalecendo o sonho de crescer junto com quem caminha ao seu lado. Acesse pelo link O Podcast Empreendendo na Periferia  é um espaço onde histórias reais e dicas práticas se encontram para fortalecer o empreendedorismo que nasce das periferias do Brasil. É uma produção da Aventura de Construir, a AdC, ONG que atua no apoio ao crescimento pessoal e à transformação socioeconômica  desse público, os microempreendedores das periferias , promovendo sua formação e fortalecimento. A cada episódio, traremos convidados especiais que compartilham suas experiências, desafios e sucessos no mundo do empreendedorismo . São verdadeiros protagonistas de suas vidas, seus negócios e suas comunidades. Não perca nenhum episódio!  Nos siga nas plataformas de áudio e nas redes sociais. Apresentação  de Ana Luiza Mahlmeister Produção  de Verônica Silva e Cláudia Alcântara Edição  de Vinicius Dutra

  • Fluxo de Caixa: O Pulso Financeiro de uma Empresa

    Por Pedro Trench Controlar o dinheiro que entra e sai é uma das tarefas mais essenciais para qualquer negócio, seja ele pequeno, médio ou grande. O fluxo de caixa vai além de um simples relatório: ele é o verdadeiro retrato da saúde financeira de uma empresa, mostrando em tempo real sua capacidade de pagamento, investimento e sobrevivência. Neste artigo, vamos entender o conceito, sua importância estratégica e o passo a passo para elaborar um fluxo de caixa eficiente. O que é Fluxo de Caixa? O fluxo de caixa é o acompanhamento detalhado de todas as entradas ( receitas ) e saídas ( despesas ) de dinheiro em um determinado período. Ele demonstra a movimentação financeira de uma empresa, permitindo saber, com exatidão, quanto dinheiro a empresa tem disponível em caixa. Diferente do lucro contábil, o fluxo de caixa revela a realidade líquida: o que de fato entrou e saiu do caixa. Além disso, o fluxo de caixa pode ser: Passado: o que já aconteceu. Presente: a situação atual do caixa. Futuro: projeções e cenários de recebimentos e pagamentos. Por que ter um fluxo de caixa? Previsibilidade: Antecipar possíveis faltas de caixa e evitar crises financeiras. Tomada de decisão: Apoiar investimentos, corte de gastos e negociações com fornecedores. Planejamento estratégico: Basear decisões de expansão ou retração das atividades. Relacionamento com credores: Empresas com fluxo bem gerido conseguem melhores condições de crédito. Prevenção de surpresas financeiras: Evitar surpresas desagradáveis por falta de caixa para pagamentos importantes. As Três Categorias do Fluxo de Caixa Fluxo de caixa operacional É o coração do negócio. Inclui todas as entradas e saídas relacionadas às atividades principais da empresa, como recebimento de vendas, pagamentos a fornecedores, salários e impostos operacionais. Fluxo de caixa de investimento Reflete as movimentações relacionadas à aquisição ou venda de ativos fixos, por exemplo compra de máquinas, venda de equipamentos e investimentos em outras empresas. Fluxo de caixa de financiamento Abrange as operações de captação ou devolução de recursos junto a terceiros. Por exemplo, empréstimos, financiamentos, emissão ou recompra de ações e pagamento de dividendos. Como Elaborar um Fluxo de Caixa 1° Passo: Defina o período de controle O fluxo pode ser diário, semanal, quinzenal ou mensal dependendo da movimentação financeira da empresa; 2° Passo: Levante o saldo inicial, ou seja, quanto há em caixa, contas bancárias e aplicações resgatáveis; 3° Passo: Liste todas as entradas de caixa, como: vendas realizadas, recebimentos de clientes e rendimentos financeiros; 4° Passo: Liste todas as saídas de caixa, incluindo todas as obrigações financeiras. Por exemplo, aluguel, folha de pagamento, fornecedores, impostos e outras despesas operacionais; 5° Passo: Calcule o saldo final, a fórmula básica é simples: Saldo Final = Saldo Inicial + Entradas – Saídas 6° Passo: Analise e Projete. Identifique tendências, riscos e oportunidades de melhoria. Caso preveja déficits futuros, antecipe soluções. Dicas de Ouro para um Fluxo de Caixa Eficiente Atualize regularmente: O fluxo de caixa deve refletir a situação real, sempre. Inclua todas as movimentações: Não deixe nada de fora, nem as pequenas despesas. Use ferramentas digitais: Excel, Google Sheets ou softwares como ContaAzul, Omie e QuickBooks facilitam muito o controle. Atenção a despesas sazonais: Planeje-se para épocas de maior ou menor fluxo de caixa. Para refletir Ter um bom controle do fluxo de caixa é como manter o coração financeiro da empresa batendo forte e saudável. Ele não é apenas uma ferramenta de gestão, mas uma proteção contra imprevistos e uma alavanca para o crescimento. No final, empresas que monitoram seu fluxo de caixa com atenção têm maiores chances de crescer, inovar e resistir a tempos difíceis.

  • Empreender não é sorte: é planejamento, é território, é resistência

    Por Livia Magraner O ser humano é um ser social. Essa é uma das ideias defendidas pelo filósofo Aristóteles ao observar que a nossa espécie só sobrevive se em conjunto. Não somente a vida e a sobrevida dependem desta inter-relação, como o mundo dos negócios. De que seria um supermercado, por exemplo, sem os fornecedores, colaboradores e, principalmente, clientes? É sobre estas relações de comunidade e interações que falaremos aqui hoje. Todos os tipos de negócio precisam de estratégias e planejamento para darem certo, mas não é o suficiente. Todo negócio precisa de suprimentos, clientes e, principalmente, rede de apoio. Quantas vezes você já não comprou algo porque alguém lhe disse que era bom, confiável ou de excelente qualidade? O boca a boca segue sendo uma das melhores fontes de conseguir clientes. No entanto, fidelizá-los é a chave. Quando se trata de um comércio local, uma peça muito importante no planejamento de seus negócios é sobre como incluir e promover benefícios para a vizinhança, de forma a conquistá-la e fazê-la promover sua marca de maneira orgânica - isto é, indicam sem ganhar nada em troca, fazem porque gostam, sem ser forçado. Construir relações verdadeiras fortifica os valores defendidos pela empresa, contribui com a recompra e possibilita que novas ideias sejam criadas sobre a percepção dos clientes acerca de seu produto/serviço. Mesmo depois de consolidar-se no mercado, é importante relembrar suas raízes e promover auxílio local. O pertencimento é uma sensação intrínseca e tem grande participação no processo de tomada de decisão. É muito mais fácil conquistar pessoas que tenham mais familiaridade com os valores defendidos pela marca do que conquistar novos clientes. Faça com que o seu negócio seja tão memorável que seja como um hábito consumir dele. É importante lembrar que, para ser apoiado, é preciso apoiar. Sem investir no comércio de outros empreendedores locais, torna-se mais difícil que outras pessoas comprem a sua ideia. Alimentando outros tipos de comércio, abre-se uma margem para que uma parceria seja feita e conquiste mais e mais clientes. Conte conosco nessa Aventura de Construir!

  • Muito Além do Relatório: O ESG Integrado ao Dia a Dia

    ESG - O caminho da transformação, uma série da Aventura de Construir Ana Luiza Mahlmeister Ela gostava de química e muito cedo se interessou pelas ciências ambientais, “curso que se conecta a todos os campos de conhecimento”. Assim começou a trajetória de Petrina Teixeira Santos, responsável por uma área criada especialmente para as políticas ambientais, sustentáveis e de governança (ESG) na Volkswagen (VW) Financial Services. Já são 20 anos de experiência profissional, e nos últimos três na VW Financial Services, braço financeiro do grupo VW. Nessa posição, Petrina tem como missão a articulação institucional de respostas corporativas às boas práticas de ESG. A companhia faz financiamentos e locação de veículos para frotas, com R$ 60 bilhões de ativos no Brasil. As metas ESG da VW Financial Services são ambiciosas, com foco em resultados concretos. Em 2022 a matriz, na Alemanha, anunciou o projeto Mobility 2030 para 42 mercados e traça estratégias para os próximos cinco anos. “Sustentabilidade está entre os cinco pilares, sendo um dos três pilares ignitores junto com performance e Tecnologia & Dados, que dão suporte aos pilares principais: Veículo e Lealdade do cliente”, diz Petrina. O Mobility 2030 é fruto de um estudo que definiu indicadores e objetivos que dão coesão às políticas ESG e conta com representantes de todas as áreas de negócio da VW Financial Services. A Volkswagen Financial Services Brasil, que já registrou uma redução de 50% nas emissões de escopo 1 e 2, tem como meta o carbono neutro, em suas operações internas, até 2030. Uma das exigências é que toda energia consumida venha de fontes renováveis, com a migração para o mercado livre na compra direta de recursos de usinas eólicas, solares e hidroelétricas, que aconteceu em agosto de 2024. “As políticas ESG têm que ser genuínas e conectadas a benefícios para os colaboradores”, ressalta Petrina. No pilar social, ou o S da ESG, a companhia apoia políticas de equidade de oportunidades para mulheres e minorias, e tem um plano de desenvolvimento de carreira para pessoas com deficiência, pretas e pardas. Hoje 50% da força de trabalho é composta por mulheres, mais de 40% estão em posição de liderança, e mais de 30% em posições executivas. A empresa equalizou o bônus para homens e mulheres, uma vez que estas últimas tinham descontos devido à licença maternidade; e equiparou a licença parental, oferecendo auxílio creche também para os pais. Na área de governança, a partir da atualização da NR-1 (Norma Regulamentadora), reforçou a atenção à saúde mental e riscos psicossociais no ambiente de trabalho como parte do Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR). A VW Financial Services segue a regulação e as normas de governança do mercado financeiro e tem o selo de participante do pacto global da Organização das Nações Unidas (ONU) que exige 100% de transparência na governança. “Um dos critérios determinantes para a liberação de crédito é o risco socioambiental e climático para pessoa jurídica que avalia a capacidade da empresa de responder a esse cenário, antecipando crises que impactam a produtividade”, diz Petrina. Faz parte do seu dia a dia mostrar o retorno do investimento em ESG. A conta fecha? “É uma nova forma de enxergar a destinação do dinheiro com retornos indiretos a partir de boas práticas e isso não pode representar mais custos para o cliente”, reforça. A migração para o consumo de energia renovável – participando do mercado livre, por exemplo, -- abate parte do desembolso. A frota com etanol é mais custosa do que o uso da gasolina, mas é compensada com o desconto na conta de energia. “O mais importante é a visão holística que dá conta do impacto positivo e compensações em diversas frentes”, afirma. No escopo social, a VW apoia o desenvolvimento territorial inclusivo e microempreendedorismo com diagnósticos sobre a comunidade do entorno, além de priorizar a contratação de mulheres e minorias, incluindo os prestadores de serviço e fornecedores. Além de ações de voluntariado que reúne mais de 100 profissionais em várias edições, a companhia é parceira de Organizações Não Governamentais (ONG) como a Gerando Falcões no apoio a um projeto de inclusão produtiva por meio da cessão de veículos aos empreendimentos. Profissionais voluntários da VW Financial Services apoiam também a ONG Aldeia do Futuro, com mentorias de carreira para jovens aprendizes que visitam as várias unidades da VWFS, e beneficiou mais de 60 estudantes da comunidade de Americanópolis, no último ano. Petrina destaca a importância de ouvir as pessoas e incentivar a integração entre as áreas, que vai dos funcionários de funções patrimoniais ao CEO, para que tudo não fique apenas na teoria ou em relatórios vazios. “O indicador de sucesso é ver as pessoas se tornando protagonistas, que reconhecem a importância da sustentabilidade no seu dia a dia”. O próximo passo é o desenvolvimento de parcerias para acelerar práticas ESG no escopo 3. “ESG é trabalho duro, não pode só ficar no discurso, é preciso mergulhar nas exigências com uma visão estratégica que resulta na adoção efetiva”, resume Petrina.

  • Relatório de Atividades e Impacto 2024 - Aventura de Construir

    Está no ar o Relatório de Atividades e Impacto 2024 da Aventura de Construir! Em um ano marcado pela construção conjunta, a AdC seguiu firme no propósito de transformar vidas em profundidade . Com coragem, consistência e escuta ativa, demos novos passos rumo à nossa missão, apoiando o crescimento pessoal e a transformação socioeconômica de microempreendedores das periferias , promovendo sua formação e fortalecimento, com o objetivo de fomentar a geração de renda e o desenvolvimento territorial local inclusivo. Em 2024, mantivemos o foco em nosso trabalho, em busca de resultados duradouros, que gerem mudanças reais e estruturais na vida das pessoas que acompanhamos. Diretamente, acompanhamos 401 pessoas  em seus projetos e empreendimentos, proporcionando suporte personalizado e focado em suas necessidades específicas. Além disso, de forma indireta, alcançamos 2.005 indivíduos , oferecendo capacitação, assessoria e apoio que geraram um impacto tangível em suas comunidades e negócios locais. Mais do que números, esses resultados traduzem relações de confiança, autonomia fortalecida e sonhos sendo construídos todos os dias , tijolo por tijolo. Quer entender como tudo isso aconteceu? Confira agora o Relatório de Atividades e Impacto 2024  e inspire-se com as histórias, os aprendizados e os caminhos percorridos!

  • Fabiana e a OBÁ Moda Afro: Afroempreendedorismo, Estilo e Consciência - Podcast Empreendendo na Periferia #10

    Neste episódio, conhecemos a história potente de Fabiana Costa , fundadora da OBA Moda Afro, marca que cria roupas e acessórios com estampas afrocentradas, inspiradas na história, na ancestralidade e na força do feminino. A OBA nasceu em Sorocaba (SP), da ausência de representatividade na moda local. E a missão de Fabiana é clara: democratizar a moda afro e fortalecer o orgulho da identidade negra através do vestir. Acesse pelo link O Podcast Empreendendo na Periferia  é um espaço onde histórias reais e dicas práticas se encontram para fortalecer o empreendedorismo que nasce das periferias do Brasil. É uma produção da Aventura de Construir, a AdC, ONG que atua no apoio ao crescimento pessoal e à transformação socioeconômica  desse público, os microempreendedores das periferias , promovendo sua formação e fortalecimento. A cada episódio, traremos convidados especiais que compartilham suas experiências, desafios e sucessos no mundo do empreendedorismo . São verdadeiros protagonistas de suas vidas, seus negócios e suas comunidades. Não perca nenhum episódio!  Nos siga nas plataformas de áudio e nas redes sociais. Apresentação  de Ana Luiza Mahlmeister Produção  de Pedro Menezes e   Vinicius Dutra Edição  de Vinicius Dutra

  • Como fazer um plano de negócio

    Por Thiago Loucatelli Carramenha e Giovanna Ometto Elaborar um business plan (plano de negócios) é o primeiro passo para transformar uma ideia em um empreendimento sólido e bem estruturado. Esse documento funciona como um roteiro estratégico que reúne todas as informações essenciais sobre a empresa: desde sua missão, visão e valores, até o público-alvo, análise de mercado, plano financeiro e operacional. Mais do que um simples plano, ele é uma ferramenta de gestão que orienta decisões, minimiza riscos e aumenta as chances de sucesso no mercado. Neste guia, você aprenderá como construir um business plan passo a passo, com base em práticas consolidadas e exemplos reais, garantindo uma base sólida para a criação ou reestruturação do seu negócio. Um plano de negócios bem estruturado conta com oito partes essenciais: sumário executivo, descrição da empresa, análise de mercado, plano de marketing e vendas, estrutura organizacional, plano operacional, análise financeira e plano de crescimento. Juntas, essas etapas ajudam a orientar decisões, reduzir riscos e garantir o sucesso do empreendimento. Sumário Executivo   O sumário executivo  é um resumo geral do plano de negócios. Mesmo sendo a primeira parte do documento, ele deve ser feito por último , pois reúne as informações mais importantes: o que a empresa faz, quais produtos ou serviços oferece, quem é o público-alvo, quem são os sócios, qual é a missão, visão e os valores da empresa, além dos dados básicos como CNPJ, setor de atuação e forma jurídica. Ele serve para que qualquer pessoa, ao ler essa parte, entenda rapidamente  do que se trata o negócio e qual é sua proposta.   Descrição da empresa   A descrição da empresa  apresenta informações básicas e essenciais sobre o negócio. Nessa parte, você explica como surgiu a ideia da empresa , seu propósito, objetivos e finalidade (onde se quer chegar). Também se deve informar a estrutura jurídica (MEI, LTDA, etc.), o ramo de atuação, o nome fantasia e a razão social. Essa seção ajuda o leitor a entender a identidade da empresa , seus fundamentos e o que a motiva a existir. Análise de mercado   A análise de mercado  é a parte do plano de negócios que estuda o ambiente onde a empresa vai atuar. Aqui, você analisa seus clientes (idade, renda, hábitos de consumo), concorrentes (o que fazem bem e onde falham) e fornecedores (buscando sempre qualidade, preço justo e prazos confiáveis). Essa análise ajuda a entender as oportunidades e ameaças do mercado e a definir o diferencial competitivo da empresa — ou seja, o que vai fazer o cliente escolher você e não os outros.   Marketing e Vendas   O plano de marketing e vendas define como a empresa vai atrair, conquistar e manter clientes. Baseia-se nos 4 P’s do marketing: Produto (O que será vendido e seus diferenciais), Preço  (quanto será cobrado e qual a estratégia de precificação), Praça (onde o produto será vendido – loja física, online, etc.) e Promoção  (como será feita a divulgação – redes sociais, anúncios, promoções e etc.). Essa parte também descreve como será o processo de vendas, os canais utilizados e as metas comerciais. Tudo isso ajuda a posicionar bem a marca no mercado e gerar resultados.    Estrutura organizacional e gerencial   A estrutura organizacional e gerencial  mostra como a empresa será organizada internamente e quem são as pessoas responsáveis por cada área. Aqui, você apresenta os sócios, gestores e colaboradores, definindo suas funções  e responsabilidades . Também é importante mostrar como será feita a gestão do negócio — quais métodos , ferramentas  e processos  serão usados para tomar decisões, controlar resultados e liderar equipes. Essa parte garante que cada pessoa saiba seu papel e que a empresa funcione de forma eficiente e bem coordenada. Plano operacional O plano operacional  descreve como a empresa vai funcionar no dia à dia. Ele detalhe a estrutura física (ou digital), os equipamentos necessários, o processo de produção ou atendimento, os horários de funcionamento e o número de funcionários envolvidos . Também inclui o passo a passo das atividades principais  e quem será responsável por cada tarefa. O objetivo é mostrar que a empresa está preparada para operar com organização , eficiência  e qualidade , desde a entrada do pedido até a entrega ao cliente.    Análise financeira   A análise financeira  mostra quanto dinheiro será necessário para abrir e manter a empresa funcionando. Nessa parte, você apresenta os investimentos iniciais (como compra de equipamentos, reformas e capital de giro), os custos fixos e variáveis (salários, aluguel, contas, matéria-prima), o faturamento esperado e o tempo previsto para a empresa começar a dar lucro. Também é importante incluir indicadores como o ponto de equilíbrio  (quando as receitas cobrem os custos) e o retorno sobre o investimento (ROI) . Essa análise ajuda a avaliar se o negócio é viável financeiramente e se vale a pena investir.    Plano crescimento   A análise financeira  mostra quanto dinheiro será necessário para abrir e manter a empresa funcionando. Nessa parte, você apresenta os investimentos iniciais (como compra de equipamentos, reformas e capital de giro), os custos fixos e variáveis (salários, aluguel, contas, matéria-prima), o faturamento esperado e o tempo previsto para a empresa começar a dar lucro. Também é importante incluir indicadores como o ponto de equilíbrio  (quando as receitas cobrem os custos) e o retorno sobre o investimento (ROI) . Essa análise ajuda a avaliar se o negócio é viável financeiramente e se vale a pena investir.   Dicas   Comece pela estrutura, deixando  o sumário executivo por último . Ele deve resumir tudo com clareza; Use linguagem direta e evite termos complicados — o plano deve ser facilmente compreendido por sócios, investidores e futuros parceiros; Sempre que possível, quantifique  informações. Por exemplo, dizer “espera-se atingir R$ 100 mil de faturamento em 12 meses” tem muito mais impacto do que “espera-se um bom faturamento”; Foque em três pilares: cliente ideal , concorrentes  e fornecedores; Use ferramentas como a Matriz SWOT (FOFA)  para visualizar oportunidades e ameaças; Defina com clareza as responsabilidades de cada pessoa  envolvida no negócio; Tenha processos operacionais bem descritos , mesmo que a equipe seja pequena. Isso evita retrabalho; Um plano de negócio não é um documento fixo . Ele deve evoluir com a empresa; Revise o plano periodicamente conforme o mercado, o desempenho e as metas forem mudando; Defina missão, visão e valores que realmente conectem com o propósito do negócio; Coloque objetivos e metas com o método SMART : específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo. Construir um plano de negócio é mais do que uma exigência técnica para iniciar um negócio — é um exercício profundo de autoconhecimento empresarial. É nesse processo que o empreendedor sai do campo da ideia e entra no terreno da realidade, confrontando sonhos com números, mercado, concorrência e viabilidade. Muitos acreditam que empreender é apenas ter coragem, mas coragem sem direção é risco desnecessário. O plano de negócios transforma essa coragem em estratégia, permitindo que decisões sejam tomadas com embasamento, não apenas com intuição. Ele funciona como um mapa: não evita tempestades, mas ajuda a atravessá-las com menos danos e mais sabedoria. Nesse processo, utilizar ferramentas estratégicas como a Análise SWOT (ou FOFA)  — que identifica forças, fraquezas, oportunidades e ameaças — é essencial para entender o cenário interno e externo do negócio. Assim como os 4 Ps do Marketing  (Produto, Preço, Praça e Promoção), que estruturam a forma como a empresa se posiciona no mercado, e os 7W (What, Why, Where, When, Who, Whom, How) , que ajudam a organizar ações e decisões com base em perguntas fundamentais. Essas ferramentas não apenas facilitam a organização do plano, mas também tornam a gestão mais objetiva e estratégica. Elas ajudam o empreendedor a enxergar com clareza onde está, para onde vai e como pretende chegar lá, com base em dados, planejamento e lógica empresarial. Além disso, escrever um plano é um ato de compromisso com a própria visão de futuro. É enxergar além do agora, entender onde se quer chegar e, principalmente, como. Cada item planejado — da análise de mercado ao plano financeiro — representa uma escolha consciente de quem entende que empreender é construir com responsabilidade. Portanto, mais do que um documento, o plano de negócio é a manifestação escrita de um propósito. E, quando esse propósito está claro, estruturado com boas ferramentas e bem planejado, as chances de sucesso se tornam não apenas maiores, mas mais sustentáveis.

  • Da vocação ao impacto

    ESG - O caminho da transformação, uma série da Aventura de Construir Por Ana Luiza Mahlmeister A sensibilidade aos problemas sociais começa cedo, com impactos decisivos na escolha de uma carreira. A trajetória de Mayara Cabeleira , sócia-diretora da Abrace uma Causa , que apoia projetos sociais por meio da doação de recursos do imposto de renda, foi moldada pelo interesse no voluntariado que guiou sua escolha de cursar ciências sociais. Especializou-se no desenvolvimento de projetos apoiados por leis de incentivo, até assumir a direção da Abrace uma Causa que hoje conta com mais de 20 empresas clientes. Ainda pré-universitária, sua vocação foi despertada ao se engajar em um trabalho na Caritas, entidade assistencial ligada à Igreja Católica. O espaço acolhia crianças no contraturno escolar com reforço e atividades extracurriculares como o circo. Na época se identificou tanto com a atividade que decidiu fazer um curso dessa modalidade, além de ser voluntária no reforço escolar em diversas matérias. Na Caritas se encantou com o atendimento às crianças e as atividades culturais paralelas, como a ida à museus. Quando precisou decidir sobre um curso universitário, pensou em jornalismo, mas a carreira de ciências sociais pesou mais na decisão pois respondias à sua visão crítica e seu desconforto com a desigualdade. “Queria fazer mais do que como voluntária”, diz Mayara. Para pagar a universidade que ingressou em 2009, aceitou trabalhos de subsistência até conseguir uma bolsa de iniciação científica da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do governo federal, abrindo as portas para a pesquisa, sua paixão. Seu trabalho de iniciação científica sobre a política de pacificação do Rio de Janeiro na época da Copa do Mundo de Futebol em 2014 foi o passaporte para o mestrado na PUC-SP como bolsista do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Estudou a militarização das favelas, entrada da polícia nas ocupações e o surgimento das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e conheceu projetos sociais nas favelas. Nesse período de vida acadêmica, percebeu que lhe faltava algo mais tangível do que estudar a sociedade. “Queria ficar mais próxima dos projetos, ver a transformação de territórios e pessoas que trabalham coletivamente em benefício de algo”, diz Mayara. Com o término do mestrado em 2016 o caminho natural seria o doutorado, mas seu ímpeto foi “pôr a mão na massa”, isto é, trabalhar em coisas mais concretas. Terminou o mestrado com 26 anos e adiou o doutorado para viver outras coisas profissionalmente. “A pergunta que me fazia era: o que fazer?”, diz Mayara. Com formação de pesquisadora, as portas do mundo profissional não se abriam. Trabalhar em um centro de pesquisas não a encantava. Foi quando decidiu resgatar a pergunta original: por que escolheu ciências sociais? Esse exercício a fez voltar às origens e ao tema do voluntariado, a questão da desigualdade e do acesso das pessoas a coisas que de outra forma não teriam. “Queria trabalhar em uma organização sem fins lucrativos e com projetos na ponta, mas isso não aparecia: exigiam dois anos de experiência”, conta Mayara. Nesse ínterim, trabalhou em restaurante e deu aula particular de reforço escolar, até ser contratada pela UNIP (Universidade Paulista) como tutora do curso de sociologia. Caiu de novo na área acadêmica, mas continuou atenta a outras oportunidades na trilha do impacto social. Convidada por um amigo, foi trabalhar em uma produtora de cinema, onde descobriu a existência da Lei do Audiovisual e a Lei de Incentivo à Cultura ou Lei Rouanet . Junto com o amigo produtor, diretor e realizador, e com sua experiência acadêmica, escreveu três projetos para a Ancine (Agência Nacional de Cinema) que foram aprovados. Esse desafio permitiu à Mayara descobrir uma nova vocação: captadora de recursos e busca de financiamentos. Com isso em mente, buscou uma oportunidade como coordenadora de projetos e captação de recursos por meio do site GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas--, organização sem fins lucrativos que é referência em investimento social privado, e foi chamada para uma vaga de analista na Aventura de Construir (AdC). Na conversa com a CEO da AdC, Silvia Caironi, com sua comunicabilidade e experiência anterior, ficou patente o potencial de Mayara na captação de recursos e no desenvolvimento de projetos para editais. “Até trabalhar na AdC não tinha me dado conta do tamanho do setor de captação de recursos e que não está disponível na grade de disciplinas da universidade: hoje existe um potencial de R$ 14 bilhõesque podem ser usados em leis de incentivo”, diz Mayara. No trabalho na AdC desenvolveu outras habilidades, como o lado criativo e de comunicação com as empresas em busca de recursos livres, sem vinculação com editais. “Na AdC trabalhamos a quatro mãos, junto com a Silvia, que tinha a visão da demanda dos empreendedores”, explica Mayara. Indicada por um amigo a uma vaga na Abrace uma Causa, se interessou pela possibilidade de escalar o impacto social, disseminando conhecimento e ampliando a captação de recursos para várias organizações. Foi entrevistada pelo sócio fundador da Abrace, Bruno Pessoa de forma on-line, durante três horas, na época da pandemia, e surgiu uma grande identificação entre eles. “Fui para uma vaga de analista e acabei sendo contratada como coordenadora, responsável inclusive pela comunicação com as empresas clientes”, diz Mayara. Com sua contratação a área foi reestruturada com mais duas analistas e depois de um ano tornou-se sócia. Mayara explica que a Abrace uma Causa é uma pequena empresa com uma equipe enxuta: são sete colaboradores. É uma plataforma criada para facilitar a destinação do Imposto de Renda da pessoa física para projetos aprovados pelas leis de incentivo. Conforme previsto na lei 9.249/95 (art. 13, § 2º, III), a empresa doadora, optante do lucro real, pode deduzir da base de cálculo do IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) o valor da doação, até o limite de 2% do lucro operacional antes de computada a sua dedução para entidades à sua escolha. A Abrace uma Causa desburocratiza e digitaliza a destinação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para que mais pessoas possam exercer sua cidadania escolhendo para onde destinar 6% do imposto de renda devido, caso ela realize a declaração na modalidade completa. A plataforma foi idealizada pelo Bruno Pessoa que imaginou um fluxo digital para facilitar as doações por meio do IR. No site institucional das empresas clientes, criado pela Abrace uma Causa, é possível escolher o projeto que deseja apoiar, realizando o pagamento pelo sistema que gera toda a documentação necessária, permitindo que o abatimento fiscal aconteça. A doação é realizada em um ano e a declaração é feita no ano seguinte. “A plataforma facilita o processo por resolver a parte burocrática, daí a importância de conscientizar as pessoas: nosso o maior desafio é de comunicação”, afirma Mayara. Toda a jornada de doação é resolvida na plataforma que gerencia os doadores e na outra ponta as entidades que recebem. Um ponto crucial é a sensibilização das empresas para oferecerem essa opção em seu site institucional. “Falamos com um público amplo levando campanhas de divulgação para pessoas físicas dentro das empresas, com grande chance de sensibilizar aqueles que fazem a declaração completa do IR”, afirma. A Abrace uma Causa faz os materiais e peças de divulgação. A equipe customiza sites institucionais para incentivar funcionários a doarem para entidades escolhidas pela empresa, homologando projetos em um portfólio de 100 opções, incluindo a AdC. No site do Itaú, por exemplo, foram escolhidos cinco projetos, já a Votorantim apresenta 12 para escolha dos funcionários. Alguns clientes, como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), patrocinam uma página própria para atrair doadores. A homologação das entidades contempladas tem critérios como territórios e causas mais afinadas com o interesse das empresas clientes. Segundo Mayara, em 2024 a plataforma mobilizou R$ 20 milhões em doações. A estratégia ambiental, social e de governança (ESG) está presente na Abrace uma Causa principalmente pela conexão com o “S”, de social. “Essa política se relaciona conosco de duas maneiras: para dentro na medida em que buscamos colocar em prática tudo aquilo que recomendamos, e para fora: tudo isso é bastante desafiador numa empresa de pequeno porte como a nossa”, diz Mayara. A empresa promove ações de voluntariado e campanhas de doação, customizados para atender demandas de uma instituição, projeto social ou situações pontuais, como de calamidade. Essas campanhas podem arrecadar itens, bens ou recursos financeiros que serão utilizados para diferentes finalidades conforme os participantes de cada iniciativa. “Essas frentes de atuação, no entanto, respondem somente a uma pequena parcela do ‘S’ da estratégia ESG e estamos estudando como implementar e conectar outras diretrizes sociais para fortalecer o nosso trabalho numa via de mão dupla, olhando para o que precisamos mapear, aprender e implementar dentro de casa para depois oferecer como serviço e produto”, completa Mayara. Um exemplo é a campanha anual de conscientização sobre violência contra as mulheres. Há três anos consecutivos a Abrace uma Causa realiza uma grande mobilização sobre o tema que foi introduzido para que a equipe estivesse mais preparada para reconhecer situações de violência contra mulheres -- tanto no ambiente de trabalho, quanto fora dele -- e ter conhecimento sobre como apoiá-las e orientá-las a pedir ajuda. Disso nasceu uma parceria com o Mapa do Acolhimento, instituição que tem uma rede de voluntárias psicólogas e advogadas presta atendimento gratuito para outras mulheres que passaram ou estejam passando por violência. Em 2025 esse aprendizado permitiu a realização de uma campanha maior, envolvendo embaixadoras com poder de influência para levar essa mensagem sobre as formas de acolher mais longe. “O resultado foi incrível, tivemos aproximadamente 230 mil visualizações do nosso conteúdo nas redes sociais: isso é um pouco no nosso “S” mas queremos fazer mais!”, completa Mayara.

  • Tecnologia e Comunicação a favor dos microempreendedores

    Por Livia Magraner O mês de maio sempre se inicia assim: primeiro de maio, dia do trabalhador! Dia dos que acordam cedo e buscam o pão de cada dia e o sustento da família, que estudam e se dedicam dia após dia, para sempre conquistar novas habilidades. Aliás, há maneiras de otimizar o trabalho, é sobre elas que abordaremos aqui hoje. Desde a Primeira Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII (18), a presença da tecnologia no dia a dia é discutida: será mesmo que as máquinas tomarão o lugar das pessoas? A Inteligência Artificial, tão discutida ultimamente, é capaz de substituir o cérebro humano? Tudo depende! Na época em que as máquinas industriais surgiram, as pessoas tinham um papel mínimo na operação, como no filme “Tempos Modernos” de Chaplin (excelente filme, fica a dica!), em que o protagonista exercia apenas a função de rosquear parafusos e ficava tão concentrado fazendo aquilo, que os movimentos tornaram-se repetitivos. Hoje, nossa função de “apertar parafusos” é digitar. Com o chat GPT, perdemos a capacidade de pensarmos um pouco ao criarmos inovações legítimas. Além disso, há o perigo do plágio, que é crime. No entanto, podemos utilizar destas ferramentas para aperfeiçoar nossas próprias criações, pedindo à ferramenta que: Revise textos; Sugira ideias de conteúdos; Transforme os feedbacks de seus clientes em sugestões de melhoria; Dê sugestões sobre como otimizar seu site; Faça uma breve análise da concorrência. Falando em inteligência artificial, você sabia que ela também está nas redes sociais? O famoso “algoritmo”, que tanto se ouve dizer, é mais um exemplo disso. Nada mais é do que uma tecnologia que separa as coisas com as quais você mais interage e lança no seu feed como postagens recomendadas. É por isso que, quanto mais você curte postagens relacionadas a um assunto, mais posts deste tipo aparecem. Saber conduzir bem suas postagens, colocando as hashtags certas e postando com certa frequência, pode fazer com que o algoritmo recomende mais vezes o seu conteúdo. A presença digital é cada vez mais importante para a visibilidade do negócio, tendo em vista o consumo das redes sociais que cresce a cada dia. Caso seu negócio ainda não tenha um site ou rede social, é recomendável que crie. Aposte em redes sociais como Facebook e Instagram: seus posts podem ser compartilhados entre os clientes, amigos e alcançar mais clientes. A parte do site pode ser um desafio, mas tente no Wix.com ! É uma plataforma de criação de sites com opção gratuita, intuitiva e você pode modificar de maneira simples e deixar a cara do seu negócio. Em resumo, saber utilizar a Inteligência Artificial pode otimizar muito seu trabalho, sempre tomando cuidado para deixar o menos artificial possível e mais original, sem tentar ou, de fato, copiar outra pessoa. Mantenha-se sempre atento(a) ao que está em alta nas redes sociais e pense (ou peça ajuda à IA) em como transformar esse conteúdo a cara do seu negócio! Conte sempre conosco nessa Aventura de Construir!

  • Mulher, Mãe e Profissional: onde você se encaixa na sua rotina? - Podcast Empreendendo na Periferia #9

    Neste episódio, conhecemos a história inspiradora de Andressa Calazans , personal trainer que tem como missão fortalecer o autocuidado de mulheres com rotinas intensas e múltiplas responsabilidades. Com apoio da Aventura de Construir, Andressa estruturou melhor seu negócio e ampliou o impacto do seu propósito — ajudar mulheres a se cuidarem para que sigam cuidando de quem depende delas. Acesse pelo link O Podcast Empreendendo na Periferia  é um espaço onde histórias reais e dicas práticas se encontram para fortalecer o empreendedorismo que nasce das periferias do Brasil. É uma produção da Aventura de Construir, a AdC, ONG que atua no apoio ao crescimento pessoal e à transformação socioeconômica  desse público, os microempreendedores das periferias , promovendo sua formação e fortalecimento. A cada episódio, traremos convidados especiais que compartilham suas experiências, desafios e sucessos no mundo do empreendedorismo . São verdadeiros protagonistas de suas vidas, seus negócios e suas comunidades. Não perca nenhum episódio!  Nos siga nas plataformas de áudio e nas redes sociais. Apresentação  de Ana Luiza Mahlmeister Produção  de Pedro Menezes e   Vinicius Dutra Edição  de Vinicius Dutra

  • O empreendedorismo no Mundo e no Brasil

    Uma Jornada de Transformação Por Thiago Loucatelli Carramenha e Giovanna Ometto Empreender é mais do que abrir um negócio, é uma mentalidade de ação e inovação diante de desafios. Historicamente presente desde as primeiras trocas comerciais da antiguidade, o empreendedorismo evolui acompanhando transformações sociais, econômicas e sustentáveis. Hoje, está no centro do desenvolvimento de soluções para problemas sociais, avanços tecnológicos e criação de emprego.  Neste artigo, exploramos a trajetória histórica, suas manifestações no Brasil e no mundo e o impacto que continua a ter em todas as esferas da sociedade. Trajetória histórica do empreendedorismo O termo "empreendedor" surgiu na França do século XVIII e foi popularizado pelo economista Jean-Baptiste Say. Ele associava o empreendedor aquele que aloca recursos de forma inovadora para gerar valor econômico. Com a Revolução Industrial, esse papel ganhou destaque com nomes como James Watt, responsável pela máquina a vapor, e mais tarde Henry Ford, que revolucionou a produção em massa. No século XX, o conceito se ampliou  com a inovação tecnológica e a globalização. Steve Jobs e Bill Gates exemplificam esse novo perfil de empreendedores. Já no século XXI, a   era digital permitiu a criação de  startups disruptivas como Amazon, Google, Nubank e iFood. No Brasil, a atividade empreendedora remonta ao período colonial, passando pela industrialização da Era Vargas e o crescimento do setor de serviços nas últimas décadas. A chegada da família real portuguesa em 1808 foi um ponto de virada com a abertura dos portos. O século XIX marcou o início da industrialização e o crescimento do comércio com a imigração europeia. A estabilização econômica com o Plano Real, em 1994, impulsionou ainda mais o surgimento  de empresas. Empreendedorismo no Brasil e no Mundo Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em 2022 o Brasil            registrou uma taxa de empreendedorismo de 30,3%, com predominância de negócios por necessidade. O SEBRAE destaca o papel das micro e pequenas empresas, que representam cerca de 96% do total de empresas brasileiras. Desde o extrativismo colonial, passando pelo ciclo do café e pela industrialização do século XX, o Brasil foi adaptando seu perfil empreendedor. Com o Plano Real, a estabilidade trouxe previsibilidade para os negócios. Nos anos 2000, a internet abriu espaço para startups tecnológicas e iniciativas de impacto social. Apesar das barreiras, como burocracia e alta carga tributária, o país mantém uma cultura empreendedora dinâmica e resiliente. Já no mundo, desde os fenícios, que comercializavam via rotas marítimas, até as corporações modernas, o espírito empreendedor moldou economias. As Grandes Navegações ampliaram fronteiras econômicas e culturais. A Revolução Industrial foi o marco da modernização da produção. Nos séculos XX e XXI, o empreendedorismo passou da indústria para a inovação digital. A história do empreendedorismo é a própria história da inovação e da superação. Do comércio ancestral às startups de tecnologia, empreender sempre significou ir além do esperado. No Brasil, apesar dos entraves estruturais, o espírito empreendedor permanece resiliente, reinventando-se nas periferias, nas universidades e nas pequenas cidades. O futuro do empreendedorismo exige um ambiente mais favorável: com menos burocracia, mais incentivo à educação empreendedora e políticas públicas voltadas à inovação. Somente assim poderemos transformar boas ideias em negócios sustentáveis, inclusivos e de impacto real na sociedade. Dúvidas frequentes Qual a principal motivação dos empreendedores brasileiros? Ainda é uma necessidade. Segundo o GEM 2023, mais da metade empreende por falta de   emprego formal, embora o empreendedorismo por oportunidade esteja crescendo. Empreender exige diploma universitário? Não. Embora o conhecimento técnico seja um diferencial, características como resiliência, criatividade e visão de mercado têm maior peso no sucesso. É possível empreender dentro da escola ou universidade? Sim. Projetos interdisciplinares, feiras de inovação e startups universitárias são ambientes propícios para estimular o empreendedorismo jovem. Quais os principais desafios do empreendedorismo no Brasil? Altos impostos, burocracia excessiva, dificuldade de acesso ao crédito e insegurança jurídica são os maiores obstáculos enfrentados por pequenos empresários. Para refletir Empreender é um ato de coragem. No Brasil, essa coragem se manifesta diariamente em milhares de pessoas que criam soluções com poucos recursos, enfrentam a instabilidade econômica e superam a burocracia. O empreendedorismo, mais do que um modelo de negócio, é um instrumento de mudança social. À medida que o país investe em educação empreendedora, desburocratização e acesso à tecnologia, maior será a capacidade de gerar crescimento econômico sustentável. A verdadeira força do empreendedorismo está na sua capacidade de transformar não apenas mercados, mas também histórias de vida.

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