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Como vai a comunicação da minha empresa em meio a pandemia?

Vivemos um momento de isolamento social e, por isso, a necessidade de comunicação das empresas e associações cresceu e tem modificado com o passar dos minutos. Percebemos uma mudança enorme na forma de comunicação institucional nesse momento. A comunicação digital acontece com a mesma velocidade dos acontecimentos por ser um meio muito acessível por grande parcela da população. Porém, não todos conseguem realizar isso e quem sofre mais são microempreendedores de baixa renda, como aqueles com os quais trabalhamos na Aventura de Construir. Por isso apoiamos a iniciativa descrita no artigo da AUPA e que estamos compartilhando. Cada um precisa se fazer duas perguntas: como vai a comunicação da minha empresa diante desta pandemia? E será que eu poderia também ajudar a alguém a mais em melhorar a própria?

Um exercício breve: consegue se lembrar como as empresas as quais você consome produtos e serviços têm se comunicado? A estratégia mudou durante esta época de isolamento social? Agora faça esse mesmo exercício pensando em micro e pequenos empreendimentos ao seu redor, que nem sempre têm em seu orçamento estratégias bem definidas de comunicação e marketing.

Com o isolamento social, enquanto medida de proteção, empreendedores têm se virado para continuar ofertando seus produtos e serviços. E muito dessa força vem de estratégias que alinham criatividade, redes sociais e acesso à internet – sendo este último um recurso não tão acessível assim. Sem esquecer, claro, do impulso das parcerias.

O Comitê de Impacto Social, por exemplo, é um destes coletivos que buscam dialogar com pequenos empreendedores de diferentes maneiras para que eles possam vender seus produtos e serviços em épocas de crise. Encabeçado por Emperifa, Aupa, Meninas Mahin e Back to Basics, o comitê atende sobretudo pequenos empreendimentos de regiões periféricas com técnicas de vendas, comunicação, dicas para usar redes sociais e processos de entrega de produtos. Para receber os conteúdos e os alertas das lives, você pode se cadastrar neste link.

Encontro online do Comitê de Impacto Social. Na imagem, Marcelo Machado, da causar, dialoga com Ednusa Ribeiro, do coletivo Meninas Mahin. Créditos: Divulgação.

Marcelo Machado, fundador da causar, plataforma de conteúdo focados em propósito, foi um dos convidados pelo comitê para o diálogo com empreendedores, via webinar. Na oportunidade, ele compartilhou sua experiência no mercado audiovisual e deu dicas para tornar o celular e sua câmera aliados na hora de expor e vender um produto. por exemplo. “Estamos vivendo um momento inusitado e convivendo com algo para o qual não estávamos minimamente preparados. Fomos convidados, ainda que de forma compulsória, a ficarmos em casa e repensarmos sobre quem somos e como são nossas relações com nós mesmos, com o outro e com o mundo”, pondera ele.

A relevância das parcerias é um caminho também para enfrentar velhos problemas estruturais e suas consequências – como uma espécie de união entre os pequenos negócios. “Vivemos em um país pressionado por três crises simultâneas: sanitária, econômica e política. Isso tudo num Brasil com extrema desigualdade social (raça, gênero, renda) e baixíssima mobilidade social o que agrava ainda mais os nossos problemas, sobretudo nos territórios periféricos onde vivem pessoas em vulnerabilidade”, destaca Machado.

Designers em ação! “E se cada um dos profissionais de design, marketing e tecnologia ajudar um micro-negócio local durante a crise e a se adaptar a um mundo totalmente digital?”. É com esta provocação que a iniciativa Designers do Povo se apresenta. Trata-se do encontro de profissionais digitais com os proprietários de pequenos negócios, de maneira colaborativa e sem custo. Uma forma de firmar parcerias e apoiar a economia local e os pequenos empreendimentos que não se encontram na classificação de negócios essenciais – e que sentem com mais força as consequências do impacto econômico, sobretudo devido à pandemia.

A iniciativa pretende atuar em escala global (já conta com a adesão de designers de países como Itália, Canadá e México) e explora potencialidades da Economia Criativa e da comunicação digital. Os designers são voluntários e cadastram-se pelo app, onde é possível procurar um pequeno negócio para auxiliar. Se você é um nano ou microempreendedor e precisa de ajuda, basta acessar gratuitamente este formulário. A ideia é fazer a ponte entre quem precisa e quem está disposto a ajudar estas marcas.

Rui Lira é o idealizador da iniciativa e ressalta a importância de aliar o conhecimento e a tecnologia em momentos de crise como o que vivemos. “É onde o nosso trabalho se torna mais relevante, pois o potencial de transformação social está latente”, explica. Ele também fala sobre a urgência de globalizar a ideia. “Para criar consciência sobre a relevância do comércio local e do microempreendedor para a prosperidade das economias locais e vitalidade das cidades”, completa. Em pouco tempo de desafio, a iniciativa já cumpre o seu propósito: na primeira semana, já foram mais de 100 designers e 30 proprietários envolvidos.

Rui Lira, idealizador da iniciativa Designers do Povo. Fonte: Site do Rui Lira/ruilira.com.

Para outras informações, você pode entrar em contato com a iniciativa pelo e-mail ou pelas redes sociais Facebook e Instagram

BOX: Articulação, parceria e mobilização Um dos negócios que recebeu auxílio foi a mobilização liderada por Alex Fisberg e Vitor Motomura, ao lado da Pivoart e do Feito a Laser, para a confecção de máscaras do modelo face shield para instituições de Saúde, sobretudo aquelas que atendem ao SUS. Eles contaram com o apoio da designer Paula Ynemine na criação de posts para a campanha de arrecadação. “Essa era uma campanha bem emergencial, por questão de necessidade. Existe um pequeno empreendimento por trás da iniciativa”, comenta Paula. Um exemplo de comunicação digital e design aliado ao impacto social positivo – e urgente. A campanha de doação, feita no site Benfeitoria, foi concluída e alcançou as seguintes marcas:

Dados da campanha de doação de máscaras face shield feita pela Pivoart e pelo ateliê Feito a Laser. Créditos: Equipe de Arte da Aupa – Jornalismo de Impacto.


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