top of page

AÇÃO COL3TIVA

Um voluntario da Aventura de Construir, José Mauricio Pinto Coelho, que nos apoia neste período escreveu este texto de agradecimento pela ação Col3tiva. Um texto que foi uma surpresa antes de tudo para nós da ADC pela sua sensibilidade, identificação com a causa, incentivo a seguir construindo juntos. Aqui segue na sua versão integral para que todos se deixem provocar!!!

Estamos muito felizes com os resultados da ação realizada pelo Col3tiva que terminou na última sexta (15/5). O grupo é formado por três jovens artistas – Ara Teles, Bruno Romi, Wagner Vidal – que doaram duas obras cada para sorteio entre os compradores da rifa, que tinha o valor de R$20,00 cada número.

Foram mais de 110 doações individuais que auxiliarão nossas ações através do Fundo Emergencial formado para esse momento tão delicado. Em um momento como este, de tantas incertezas, nos enche o coração ver este resultado. Estamos todos em constante estado de alerta, alarmados não apenas pelos vírus, mas por nosso futuro, nossos empregos, nossos entes queridos. Mas mesmo assim encontramos pessoas dispostas a doar por uma causa maior.

Não vamos resolver os problemas do mundo de forma isolada, mas ao doar um pouco de nosso tempo, nossa atenção, nosso dinheiro começamos por acender uma faísca que pode sim, em conjunto, catalisar as mudanças que desejamos ver.

O momento nos pede isolamento, o que sabemos não tem sido fácil para ninguém. Os trabalhos, em sua maioria, passaram a ser executados remotamente. A solidão aflige a muitos. Mas ao reconhecermos a necessidade do outro e fazermos algo para ajudar, criamos também em nós a esperança de que tudo pode e vai melhorar.

Muitos devem estar se perguntado o que tirar de aprendizado desse momento tão delicado. Acreditamos que, mais do que nunca, tornou-se imperativo olhar para o outro com olhos do amor, olhos de (auto) reconhecimento. Eu me reconheço no outro, que se reconhece em mim. Somos espelhos dos outros e enxergamos nossos próprios reflexos ao mesmo tempo em que refletimos o que há em cada ser que nos observa.

O diálogo volta então como uma necessidade em um momento de desaceleração conjunta. Fica assim evidenciado que não voltaremos a existir enquanto não nos vermos como grupo, como entes individuais que formam um grupo social – que podem e devem se auto-ajudar. E é em nome desse empenho coletivo de olhar e auxiliar os mais necessitados nesse momento que deixamos nosso muito obrigado.

bottom of page