top of page

374 resultados encontrados com uma busca vazia

  • Laços, pequenas vitórias e empreendedorismo feminino

    Carla Adams é uma empreendedora que se identifica com muitas mães, esposas, donas de casa e artesãs. Sua jornada iniciou-se em março de 2019, a partir da necessidade de gerar uma renda para manter o sustento da família diante do desemprego do marido. Buscando alternativas de artesanatos para fazer e vender, junto com a facilidade de trabalhar em casa, Carla descobriu no Youtube o universo dos acessórios de cabelos. Com o investimento de R$150,00 comprou um pouco de material e iniciou a confecção dos primeiros laços, tendo como base cursos online gratuitos. O dia a dia não era fácil, Carla produzia os acessórios e saia de carro com o marido pelos bairros das cidades de Viamão e Porto Alegre oferecendo seus produtos em comércios, praças, feiras, e na rua mesmo. Mantinha essa rotina de segunda a sábado e domingo reservava para estar com a família e descansar. No mês de abril de 2019 Carla consegue ter uma estimativa de faturamento, nessa época não fazia um controle de receitas e despesas do negócio, pois o importante era ajudar com as despesas da família. Em outubro do mesmo ano, Carla foi instigada pelas suas clientes a ter uma marca e divulgar os seus produtos nas redes sociais, e com a ajuda de um dos seus filhos, nasceu a “Baby Ties” Laços, nome que utiliza como sua marca de acessórios infantis para cabelos. Os anos de 2020 e 2021 abateram as expectativas de crescimento nas vendas, pois diante da pandemia, Carla se viu presa em casa, sem poder fazer suas vendas “face to face” como estava acostumada, afinal, a demanda não era significativa com a nova situação. Ela sentiu novamente as dificuldades financeiras dentro do seu lar. A divulgação dos seus produtos nas redes sociais era muito tímida e não trazia retorno de venda, mas nesse período já havia aumentado sua linha de produtos, produzindo além dos laços para cabelos, presilhas, tiaras, faixas para cabelo e também pulseiras e colares, sempre na linha infantil.Com essa variedade de produtos criou kits que chamaram muito a atenção do seu principal público, que são as meninas. No final de 2021, o cenário das vendas começou a demonstrar um crescimento gerando uma esperança em Carla em alavancar suas finanças. Com essa variedade de produtos criou kits que chamaram muito a atenção do seu principal público, que são as meninas. No final de 2021, o cenário das vendas começou a demonstrar um crescimento gerando uma esperança em Carla em alavancar suas finanças. Carla com os laços produzidos por ela Em fevereiro de 2022, através de amigos, Carla recebeu o convite para participar do Projeto “Vi A Mão Empoderada de Mulheres Empreendedoras” desenvolvido pela AdC em parceria com o Ministério da Economia de Viamão. A empreendedora viu nessa oportunidade um novo caminho para seu negócio e para seu aperfeiçoamento como empreendedora. Segundo Carla, antes do curso ela não tinha perspectiva de crescimento para seu negócio, não entendia esse universo do empreendedorismo, vendia para ajudar nas despesas da casa. O projeto foi idealizado a partir de 4 etapas, sempre envolvendo capacitações, assessorias coletivas e individuais. Fortalecendo meu negócio; Redes sociais e e-commerce; Redes de cooperação para o desenvolvimento local; E agora: como segue meu negócio? Nas primeiras capacitações o objetivo central era aproximar o participante sobre o significado de empreender. Afinal, muitos já são empreendedores, mas ainda não se enxergam como tal. Era o caso de Carla, que aos poucos foi ganhando segurança com o próprio trabalho, e identificando suas necessidades e pontos de melhora. No eixo de planejamento, ela pode projetar um horizonte para seu negócio: a partir de metas pequenas, porém viáveis e realistas. Nas capacitações sobre finanças e precificação de produto, conseguiram despertar na empreendedora novas rotinas, como por exemplo: registro dos custos, realização de fluxo de caixa e análise diária do seu produto frente ao mercado dos concorrentes. Durante as assessorias, a equipe AdC pode acompanhar o desenvolvimento de Carla de forma mais próxima – sanar dúvidas, identificar os pontos de evolução e de melhora, e claro, criar estratégias para execução dos próximos passos. Hoje, Carla já nos afirma que no mês de abril de 2022 teve o faturamento efetivo, diferente de abril de 2019 onde havia somente uma “estimativa”. Essa afirmação é possível agora porque ela faz controle financeiro, anotando suas receitas e despesas do negócio. Ainda em curso, Carla comemora suas pequenas vitórias: afinal, para além de realizar um registro financeiro sistemático, também tem conseguido analisar estes dados e a partir deles, tomar decisões. A empreendedora compartilha que está vivenciando um dos períodos mais produtivo em suas vendas desde o início de seu negócio. E ela sabe muito bem que esta situação não é resultado de uma mágica, mas sim de um planejamento e ações estratégicas: Aprimoramento da descrição de seus produtos, Estreitamento de vínculo com os clientes antigos, Busca sistemática por novos clientes (a partir de antigos), Ampliação da sua região de vendas. E tudo isto feito com muito amor e dedicação. Dentre os objetivos do projeto Projeto Vi A Mão Empoderada de Mulheres Empreendedoras destacamos dois dentro da trajetória da Carla: Identificar, desenvolver e estimular atitudes empreendedoras e protagonistas e Capacitar e assessorar para o desenvolvimento humano e profissional de microempreendedoras periféricas – podemos vivenciar com Carla através das assessorias individuais que esse desenvolvimento vem tornando-se forte a cada execução dentro da sua realidade, dos aprendizados estimulados nas capacitações. Com certeza essa história ainda tem muitas conquistas para o caminho de Carla que, por meio das capacitações de marketing, já vislumbra novos públicos e locais para vendas, principalmente as redes sociais. Ela ressalta que tem o objetivo de abrir um quiosque, pois se sente mais segura, está mais organizada, planejada e está conquistando mais confiança com um passo de cada vez se enxergando e se valorizando como empreendedora. Neste curto espaço de tempo do Projeto, ficamos muito felizes em perceber a dedicação e o crescimento da Carla empreendedora, que não deixa os desvios do caminho acabarem com seu sonho. Agora que você conhece um pouco da trajetória da Carla, vamos ver as novidades, segue ela nas redes sociais: Instagram Facebook Aventure-se Empreendedor! Tem interesse em participar dos projetos GRATUITOS da Aventura de Construir? Deixe suas informações e avisaremos quando abrir as inscrições para o próximo!Ative o JavaScript no seu navegador para preencher este formulário. Nome Completo * E-mail Telefone (com DDD) Cidade Enviar

  • Do efêmero ao sólido: uma história de novos começos

    Sandra Maria, moradora de Nova Odessa, uma cidade de 60 mil habitantes no interior do Estado de São Paulo, inicia sua vida empreendedora como muitas mulheres brasileiras. Afastada do mercado formal de trabalho, depois de mais de 28 anos trabalhando em um hospital como assistente administrativo no centro cirúrgico, decidiu começar seu próprio negócio. Apesar da decisão de empreender, precisava entender como poderia investir melhor seus recursos financeiros provenientes da rescisão trabalhista. Ladeira’s BBQ: o início da jornada: Mesmo sem a devida orientação para a gestão de um bom negócio, colocando-se em movimento, Sandra começa a sua hamburgueria em outubro de 2018. Nomeada como Ladeira’s BBQ, situado na mesma cidade em que mora, o empreendimento ganhou 3 prêmios de melhor hamburgueria em 4 anos desde a sua fundação. Sandra e equipe seguram o certificado do prêmio de 2020 como vencedora da melhor hamburgueria da cidade. No início do negócio, Sandra contava com uma pequena equipe de três pessoas, que a ajudavam no preparo dos lanches, controle financeiro e entrega. Conforme o cenário produtivo de vendas foi melhorando, viu-se a necessidade de expandir o negócio. Portanto, mais seis pessoas se juntaram ao time, totalizando uma equipe de nove pessoas empregadas além da própria Sandra. O sucesso era aparente! Novos hambúrgueres eram criados e rapidamente aprovados pelos clientes. As vendas aumentaram e o negócio chegou a ter uma ótima média de faturamento mensal em 2019. E foi nesse ano, com a clientela satisfeita e crescente, que o Ladeira’s BBQ ganhou seu primeiro prêmio como melhor Hamburgueria da cidade. Desde então, os prêmios se sucedem a cada ano, com exceção apenas de 2021 devido a pandemia do covid-19, e os problemas de gestão que acarretaram no fechamento por um mês do estabelecimento. Grupo de amigos que estavam festejando no ambiente do Ladeira’s. – Foto: janeiro de 2020. Chega o ano 2021, auge da pandemia e dos problemas financeiros da hamburgueria, e Sandra participou ativamente do Projeto “Lamberti Transforma”, realizado pela Aventura de Construir (AdC) em parceria com a Lamberti Brasil. Sucesso aparente: hora de encarar! Ao participar das capacitações e assessorias, a empreendedora começou a entender mais sobre a gestão do negócio, controle financeiro e sustentabilidade. Passou a refletir sobre as situações do dia-a-dia no ambiente da hamburgueria e, em uma de suas reflexões, Sandra se questionou: “vejo o dinheiro entrar, mas não sobra nada no fim do mês! O que está havendo?” Com o apoio da AdC, Sandra percebeu que mesmo com um bom faturamento, o negócio não estava alcançando sustentabilidade financeira, e que havia custos que não eram percebidos, os chamados custos fantasmas. Tais custos se sucederam desde a fundação até meados de 2021 e culminaram em prejuízos irreversíveis. Nesse período, os problemas financeiros já mostraram suas caras e Sandra precisava tomar decisões emergenciais. Optou por parar as atividades do Ladeira’s em setembro de 2021, uma vez que as dívidas com os fornecedores começaram a se acumular. A falta de conhecimentos prévios em gestão, educação financeira e administração fizeram com que o negócio acumulasse prejuízos e desenvolvesse dívidas. Contudo, “depois da tempestade vem a bonança”, e com empenho e dedicação, Sandra buscou orientações junto à equipe da AdC e decidiu recomeçar, dessa vez com um postura diferente frente à gestão do próprio negócio. Superação e nova fase: começa a nova jornada do Ladeira’s BBQ Em outubro de 2021 recebe uma ligação de Valdenir, um antigo cliente. Ele contou que viu o anúncio de venda do Ladeira’s e ficou muito triste, por isso, decidiu ligar e entender se conseguiria ajudar em algo. Valdenir era um apaixonado pelos hambúrgueres e não queria de forma alguma que aquele empreendimento fechasse. Depois de algumas conversas, Valdenir e sua esposa, Dara, convidaram Sandra para uma parceria. O casal de empreendedores tinham um bar, o “New House Bar”, que naquele momento também passava por turbulências econômicas devido à pandemia e outros fatores relacionados à má gestão. Os dois negócios que estavam fadados a fecharem as portas, tiveram um novo capítulo em sua história. Unindo suas visões, os empreendedores decidiram reabrir o Ladeira’s em outro local da cidade. Juntos, tiveram forças para construir um planejamento de renegociação de suas dívidas. Aos poucos o planejado foi se tornando executado… Agora com mais experiência e controle financeiro bem ajustado, o trio de empreendedores buscam não cometer os mesmos erros. Atualmente o empreendimento conta com 3 pessoas trabalhando no negócio, Valdenir e sua esposa Dara, além de Sandra Maria, fundadora e sócia do casal na atual fase do empreendimento. Além do aprendizado com experiência dos anos passados, Sandra e seus sócios se inscreveram para participar do “Projeto Lamberti Transforma II”, ainda em andamento em 2022. Sandra, Valdenir e Dara são muito participativos e aproveitam as aulas para tirarem suas dúvidas e compartilham suas experiências com os demais participantes. Em uma das aulas sobre fluxo de caixa e precificação, Valdenir, aproveitou para tirar uma dúvida que aparece com frequência entre os empreendedores que trabalham no ramo alimentício: “Sobre custos variáveis: os produtos estão em constante aumento, seria uma forma inteligente, na hora da precificação, jogar um valor um pouco maior relacionado ao custo? Contando que não conseguimos aumentar o preço dos hambúrgueres sempre que aumenta o preço dos produtos”. Assessoria online com Valdenir, Dara e Sandra, durante o mês de abril de 2022 no Projeto Lamberti Transforma II. Abaixo, o consultor da AdC Lucas Faustino. Além disso, Sandra convidou sua nora a participar da nova edição do projeto, com quem trabalhou uma época na hamburgueria. A nora e o filho possuem um empreendimento que fornece iscas de pesca. Hoje, o empreendimento de Sandra tem um bom faturamento por mês e possui os registros financeiros na ponta do lápis, nada mal para um recomeço. Porém, o negócio está em busca de retomar o faturamento que teve em 2019 e se estabelecer novamente como a melhor hamburgueria da cidade. Para isso, será necessário uma análise de mercado para entender as mudanças ocorridas, priorizando saber o que os clientes esperam e como alcançar novos públicos. Também saber quais são os novos concorrentes e quais os novos produtos lançados no mercado pela concorrência. Além disso, Sandra, Dara e Valdenir precisam estabelecer critérios sólidos para ter um bom controle financeiro e para isso vão poder contar com o apoio da equipe da AdC durante o projeto Lamberti Transforma II. Tais perguntas podem dar um direcionamento concreto para a retomada do crescimento do Ladeira’s BBQ, considerado como o melhor lanche de Nova Odessa-SP em 2019, 2020 e 2022. Assim, a médio prazo poderão garantir uma sustentabilidade para o empreendimento com clientes fiéis e ter a tão sonhada estabilidade financeira para suas famílias. O sucesso atual vem sendo construído sobre uma base sólida, e se afasta cada vez mais daquele aparente. Aventure-se Empreendedor! Tem interesse em participar dos projetos GRATUITOS da Aventura de Construir? Deixe suas informações e avisaremos quando abrir as inscrições para o próximo!Ative o JavaScript no seu navegador para preencher este formulário. Nome Completo * E-mail Telefone (com DDD) Cidade Enviar

  • Validando métodos de trabalho

    A jornada de Sustentabilidade de abril compartilha a experiência que a AdC desenvolveu durante esse mês com o projeto Lamberti Transforma 2. O projeto, feito em parceria com a indústria italiana Lamberti, visa atender microempreendedores da região de Nova Odessa/ SP, onde a empresa tem uma fábrica. Embora o público alvo do projeto sejam moradores da região, pessoas de outras cidades e Estados também estão participando, aumentando assim o aprendizado e compartilhamento de experiências a nível nacional. Com todo apoio e confiança da Lamberti, a equipe AdC pôde analisar profundamente a experiência da 1ª versão do projeto, realizada em 2021, e unir os resultados obtidos com as novas demandas do cenário de 2022. Desta forma, foi possível experimentar novas abordagens para aprimorar o método de trabalho nesta 2ª versão do projeto! A primeira mudança estrutural foi a quantidade de encontros: a edição de 2021 contou com quatro semanas de capacitações, enquanto a presente edição terá onze semanas. Isso possibilita o aprofundamento de assuntos identificados como mais complexos e também a introdução de novos temas, como por exemplo, logística. Tendo sua primeira capacitação no dia 29 de março deste ano, o projeto se dedicou nas três semanas seguintes a realizar a pesquisa de linha de base, a fim de mapear as demandas e vícios dos participantes. Encontro inaugural do projeto realizado no dia 22 de março na sede da Lamberti em Nova Odessa. Feita essa breve introdução, gostaríamos de compartilhar a experiência que tivemos durante a realização das avaliações de linha de base junto aos empreendedores e como isso foi importante para conhecê-los, melhorar nossa intervenção e validar nosso método de trabalho. Validando o método: três momentos A validação de um método já é uma rotina de trabalho da AdC, como podemos ver abaixo em outros dois momentos que nos ajudaram a potencializar nossa intervenção junto aos microempreendedores. Em agosto de 2021, a AdC, em parceria com a Catálise, realizou um teste de chatbot, isto é, um programa de computador que procura simular um ser humano na conversação com as pessoas. Foi testado, assim, um serviço de escuta via WhatsApp com 387 empreendedores de baixa renda. A Catálise é uma startup de design participativo focada em transformar como se pensa e se faz políticas públicas e negócios de impacto social, procurando reconectar pessoas e governos em busca de políticas mais humanas por meio da colaboração e da tecnologia. A pesquisa foi realizada tanto com empreendedores já atendidos pela AdC quanto novos, o que possibilitou um maior alcance atingindo diversas regiões do país. A formulação das perguntas no chatbot apresentou como objetivo entender a evolução, desafios e conquistas deste empreendedores focando em identificar as principais necessidades deste público. A evolução da situação dos empreendedores é muito rápida. Por isso é necessário um mapeamento constante, pois só assim é possível criar respostas mais potentes e adequadas. Algumas das informações coletadas nos indicaram que: Apenas 5,4% do microempreendedores conseguem lucrar para pagar suas contas e poupar; 53,7% deles nunca ou raramente têm um planejamento financeiro organizado; 42,4% afirmam que nunca ou raramente separam suas contas pessoais das do seu negócio; As capacitações mais desejadas pelos respondentes são: utilização de redes sociais, melhoria de planejamento e mapeamento de mercado. Os resultados foram publicados em artigo na revista Exame e podem ser consultados aqui. Partindo destes dados concretos, a equipe pode fundamentar mais o processo de formulação e execução dos projetos. O segundo momento de reflexão sobre nosso método de trabalho aconteceu em março de 2022 durante dois Encontros de Articulação de Políticas Públicas realizados pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas. Nesses dois encontros, a AdC foi convidada a compartilhar sua trajetória enquanto ONG que desenvolve trabalho junto a microempreendedores de baixa renda de periferia. A equipe realizou uma sistematização profunda de temas e conteúdos a partir das experiências dos projetos de 2020 e 2021. O resultado foram duas apresentações que sintetizaram aspectos do trabalho e percepção acerca das demandas dos microempreendedores. Por fim, nosso terceiro momento é foco do presente artigo: utilização da linha de base (questionário inicial, parte do sistema de Avaliação de Impacto da AdC) como diagnóstico que permite entender muito mais as exigências e necessidades do grupo de intervenção. No atual projeto da Lamberti Transforma 2, o questionário de linha de base foi realizado como uma entrevista – permitindo realizar uma fotografia da situação atual do público e valorizando este processo. Mesmo para aqueles que respondem, é uma chance de refletir e encarar mais de perto o próprio contexto. Assessoria online com Christiane Silva e Sandra Ruiz, que estão no processo de abrir uma consultoria para restaurantes. Abaixo, os consultores da AdC Lucas Faustino e Franklin Menezes. Partindo da realidade para potencializar os resultados Para se alcançar um objetivo é preciso seguir um caminho. Muitos são os caminhos que podem ser seguidos para alcançar um mesmo destino. A trajetória pode ocorrer de vários modos e quando se trata da vida de pessoas, precisamos nos ater ao melhor caminho a se seguir, ou seja, o melhor método de trabalho. É por isso que a AdC, nesses dez anos de história, sempre enfatizou a necessidade de ter um método de trabalho. Trabalhar com a linha de base no projeto Lamberti Transforma 2 permitiu à AdC entender as necessidades concretas de seus beneficiários, criando condições de mapear com mais profundidade sua realidade. Conhecer esta singularidade do público abriu portas para montar um plano de ação no projeto condizente com as respostas que eles procuram. Na prática, isso significa que podemos, por exemplo, adaptar nosso plano de aulas. Um cronograma de aulas vivo, que vai se moldando às necessidades das pessoas, é muito melhor que um ensino mecânico. E ao conhecer de perto as pessoas que atendemos, temos ciência de como adaptar nossa didática para que os conteúdos sejam aplicados na prática. Por exemplo, foi possível observar uma demanda para entender como funciona o processo de formalização do negócio por meio do MEI (Microempreendedor individual: figura jurídica no Brasil que trabalha por conta própria e que se legaliza como pequeno empresário). Dos 40 entrevistados (até a data da publicação), 36,8% dos microempreendedores não possuem CNPJ e 13,2% não estavam em dia com os impostos. É nesse contexto que Hilda Almeida se encontra, confeiteira e moradora de São Bernardo do Campo: ela desconhece como o MEI pode ajudar na sua aposentadoria e ainda não se formalizou. Tatiana Atanázio, empreendedora novaodessense, que começou recentemente a vender roupas, não sabe como emitir Notas Fiscais. Ou ainda Ivone, artesã, que fez recentemente o MEI e não sabe como pagar os impostos. Além dessa questão sobre formalização, assuntos clássicos sobre empreendedorismo apareceram nas entrevistas. Muitos tem dúvidas sobre como precificar corretamente seu produto ou serviço. Outros não anotam ou não fazem distinção entre seus gastos e rendimentos pessoais ou profissionais. E ainda há aqueles que não veem o dinheiro mesmo trabalhando muito ou têm dificuldades na relação com o cliente. Assessoria realizada com (da esquerda para direita) Maria Aparecida, Vagner Pinheiro e  Luciana Padella, que gerenciam uma associação beneficente em Nova Odessa. Por fim, as entrevistas surtiram efeito positivo no engajamento e interesse dos microempreendedores. Ao final das conversas, era perceptível a vontade de continuar o projeto e o bem estar que sentiam por perceberem que a AdC dava centralidade no protagonismo de cada um. Mariana Nardi, moradora de Campinas/ SP e consultora Mary Kay, ao fim da entrevista, mencionou que “depois dessa nossa conversa, me senti importante”. “Vocês dão importância”, destaca. Na mesma linha de raciocínio, Silmara Cristina, residente em São Paulo, em tom de agradecimento comenta que “tudo que vier de vocês vai ser muito bem vindo, vocês tem um trabalho muito bem estruturado”. Assim, podemos reconhecer o seguinte: as entrevistas de linha de base dentro do projeto, além de permitir uma aproximação, possibilitou à AdC confirmar como continuar capacitando da melhor forma os empreendedores. Em dez anos de experiência, a AdC foi capaz de acumular uma expertise imensa sobre a realidade dos microempreendedores de baixa renda de São Paulo e do Brasil. E seguiremos nessa jornada – cada vez mais atentos – em responder da forma mais adequada a estas realidades! Afinal, para gerar protagonistas e acompanhá-los com qualidade, conhecer a realidade é crucial. #Educação #Empreendedorismo #Microempreendedores

  • Comunicação digital: Como a presença de sua empresa na internet pode ampliar o seu negócio e transfo

    Continuando a parceria com a Agência Experimental Benjamin, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, a FECAP, o Blog AdC desta semana traz o artigo “Comunicação digital: Como a presença de sua empresa na internet pode ampliar o seu negócio e transformar o seu jeito de empreender”, produzido pelas estudantes de Relações Públicas Anna Longo e Bruna Ferreira, com supervisão da professora Paula Barros. Confira abaixo! Por Anna Longo e Bruna Ferreira A comunicação digital pode ser entendida como o conjunto de ferramentas e ações estratégicas de comunicação implementadas na internet, de modo que você possa ganhar mais visibilidade e aproximar seu negócio das pessoas. Para começar a pensar sobre o tema, podemos trazer alguns números importantes do relatório Digital 2021, elaborado e divulgado pelas empresas We are Social e Hootsuite, que aborda as últimas tendências sobre como as pessoas e empresas ao redor do mundo usam as mídias sociais. Segundo o relatório, 5,22 bilhões de pessoas usam um telefone celular hoje, o que equivale a 66,6% da população total do mundo. Existem agora 4,20 bilhões de usuários de mídia social, equivalente a mais de 53% da população total do mundo (Digital 2021). O mesmo relatório divulgado em 2019 constatou que o uso das redes sociais no Brasil tem um viés comercial: os usuários diariamente buscam por um serviço ou produto pela internet (Digital 2019). Sabendo-se que a presença das pessoas nas mídias sociais torna-se cada vez mais expressiva e entendendo-se a motivação delas, muitas vezes para fins comerciais, por que não aproveitar essa facilidade proporcionada pela internet para estar onde seu público está? Em um mundo cada vez mais digital, é imprescindível que, aqueles que queiram promover a imagem e a marca, expandam sua presença do offline para o online. Diferenças entre o mundo online e o offline Até aqui, pode-se acreditar que a consciência sobre a importância da implementação de seu negócio no mundo online já seja maior, mas considerando-se o que foi dito anteriormente, o que de fato diferencia o mundo online do offline? Pense em um cenário no qual você tenha uma pequena loja de eletrônicos em uma cidade do interior. O público que você recebe em seu estabelecimento, em geral, são moradores das redondezas que buscam por seus produtos e serviços pontualmente, quando existe uma demanda por algum item que você possa oferecer. Como neste cenário, que vamos chamar de offline, seu público é mais restrito, no momento em que ele não tiver a necessidade de recorrer a seus serviços, você poderá observar queda no faturamento. Já com o universo de possibilidades proporcionadas pelo online, você pode ir além do público corriqueiro de sua região e atingir muito mais pessoas, expandindo assim a sua carteira de clientes e explorando até novas necessidades que esse público venha a ter. Com a rápida disseminação das mensagens que circulam na internet, sua marca pode se beneficiar disso para também ser reconhecida cada vez mais, superando inclusive as barreiras geográficas que por muito tempo poderiam ter sido um empecilho, como no cenário que usamos como exemplo. Mas, vale um lembrete: É necessário compreender que a comunicação digital pode apresentar algumas diferenças importantes a serem pontuadas, em comparação à comunicação “face a face”, uma vez que no online não é possível ter o controle do que o leitor irá interpretar daquilo que foi escrito. Para evitar os ruídos de comunicação, que são desentendimentos causados por falta de clareza e objetividade, é importante que se tenha domínio do conteúdo e total clareza ao direcionar a mensagem que sua empresa quer transmitir. Cremos que isso evitará boa parte dos ruídos. Relação entre comunicação corporativa e comunicação digital Aqueles que acreditam não ser possível, no mundo digital, organizar-se estrategicamente para gerar impacto e atingir quem se pretende, são surpreendidos ao entender que a comunicação corporativa tem como objetivo veicular a mensagem de forma estratégica e direcionada aos diferentes públicos que se relacionam com a empresa. Entendendo que, com a comunicação corporativa, têm-se o objetivo de buscar a objetividade e o direcionamento de uma mensagem no meio digital, com maior abrangência e alcance do que se quer expor, terminando por gerar conteúdos mais amplos com o alcance de pessoas que até então não eram o alvo inicial. Esse tipo de comunicação terá o poder de entregar resultados importantes para o seu negócio, amplificando sua mensagem de forma que só o online é capaz de fazer, mas de maneira mais focada, nichada, contando com o auxílio das estratégias existentes dentro da comunicação corporativa. As possibilidades do empreendedor na comunicação digital Por conta dos últimos acontecimentos no mundo, o empreendedorismo, que já era um movimento crescente no Brasil, tanto por fatores econômicos quanto por fatores culturais, ganhou grande força e protagonismo nos dias atuais. Quando envolvemos a atividade de empreender à comunicação digital, entendemos que existem dois caminhos a serem seguidos: o de criar uma empresa do zero que só “habite” nas mídias sociais ou plataformas de entrega ou colocar nas mídias uma empresa já existente no mundo off line. Em ambos os casos existem benefícios quando entendemos as situações das empresas e o que o empreendedor pretende alcançar. Para aqueles que estão no início, e possuem menos recursos para aprimorar o seu negócio, utilizar as redes sociais como vitrine inicial de seu trabalho, em união com uma comunicação direcionada e clara, acaba sendo uma alternativa interessante devido à economia com despesas como aluguel de espaço e contas básicas. A estratégia é válida, principalmente para aqueles que vendem roupas, acessórios, cosméticos, alimentos e artigos de decoração, por exemplo. Já para aqueles que estão firmes no mercado e já estabeleceram uma imagem forte no meio ou local onde estão fixados, a comunicação digital pode exercer a função complementar no sentido de ampliar e estreitar ainda mais a relação com clientes já fidelizados, além de conquistar novos públicos que podem até não estar fisicamente próximos da empresa, mas, que por terem sido atingidos por uma boa comunicação direcionada, possam se sentir instigados a irem presencialmente ao estabelecimento ou até comprarem usando outras alternativas das próprias empresas, tal como o e-commerce. Gestão de conteúdo e monitoramento Bill Gates, em 1996, escreveu um artigo intitulado “Content is King” (O Conteúdo é o Rei), no qual ele defendia que a criação de conteúdo em nome de sua marca era a forma mais inovadora de promovê-la. Diferentemente do passado, quando a propaganda era totalmente focada no produto, hoje há um maior movimento no sentido de gerar conteúdo relevante, que agregue conhecimento e levante temas que as pessoas têm interesse em ler, curtir e compartilhar. Pensando nisso, como sua marca pode agregar valor à vida das pessoas não só pelo produto ou serviço que oferece, mas também por meio de conteúdos e conversas relevantes que pode promover nos meios digitais? Estar nas redes é uma oportunidade de estreitar o relacionamento com seu público, promover a interação, e isso pode ser feito com a criação de conteúdos que despertem o interesse das pessoas, que as levem a melhor engajar seu negócio. Esse engajamento pode ser mensurado por meio de números que as próprias plataformas oferecem. Pense no número de curtidas, comentários e compartilhamentos como indicadores que podem mostrar se sua estratégia vem funcionando, se sua divulgação vem gerando resultados, se a mídia que você escolheu (seja Instagram, LinkedIn, blog, etc) vem sendo a mais efetiva e alcançando mais pessoas etc. Os benefícios da comunicação digital Por fim, entendemos que a comunicação digital permite que aqueles que estão iniciando um negócio ou querem reformular a atuação dentro de um negócio já existente tenham: Maior alcance e diversificação do seu público; Maior conversão de seus espectadores em potenciais clientes; Uma queda de barreiras geográficas (passam a alcançar pessoas de norte a sul, a distância deixa de ser um empecilho); Um complemento ao serviço ou produto que já é oferecido no offline, ou a implementação de um negócio que pode já nascer 100% digital; Reconhecimento da sua marca (as pessoas vão lembrar de você e de seu serviço); Relacionamento com o público, mantendo-o engajado em seu conteúdo. Como está sua presença online no momento? Já se foi o tempo em que usar as redes sociais era sinônimo de passatempo ou espaço para descontração. Este é o momento de enxergar o potencial que temos na palma de nossas mãos e compreender o uso adequado e estratégico das mídias sociais como ferramenta de comunicação com nosso público. Frequência de postagem, produção de conteúdo relevante e interação com as pessoas, existem infinitas possibilidades de promover a marca nas mídias sociais, cada uma delas permitindo um formato diferente, de acordo com aquilo que se quer comunicar. Ao longo dos próximos artigos vamos abordar cada uma dessas mídias individualmente, então que tal nos contar qual você gostaria de ver no próximo? Texto supervisionado pela professora Paula Barros e revisado pela professora Renira Appa #ComunicaçãoCorporativa #ComunicaçãoDigital #Empreendedorismo

  • Sobre Direitos, Vínculos, Formação e Inclusão Produtiva

    Em março, a Aventura de Construir foi convidada pelo Sebrae e pela Fundação Getúlio Vargas – FGV SP, a participar de alguns Encontros de Articulação de Políticas Públicas realizados regionalmente, como parte do Programa de Articulação Regional do Sebrae-SP. O programa, como o próprio nome indica, tem como objetivo fomentar a articulação transversal entre órgãos públicos que trabalham o tema do desenvolvimento, tendo participado diversos gestores(as), secretários(as) municipais, servidores(as) e outros. A Aventura de Construir esteve presente em dois momentos do programa: um encontro em Guarulhos e outro em Osasco, sendo representada pelos consultores Franklin Menezes, Luiza Kormann e Paulo Felletti. Os assuntos abordados no evento seguiram no sentido de debater possibilidades e oportunidades de políticas públicas de desenvolvimento, capazes de fornecer respostas pertinentes para a geração de renda, emprego digno e emancipatório aos trabalhadores e microempreendedores periféricos. Além de também apresentar essas realidades, com as quais a Aventura de Construir possui não somente experiência, mas afinidade. Como ponto de partida, o protagonismo dos vínculos foi apontado como fator de sucesso para quaisquer políticas públicas nessa área. Sem diálogo, empatia e aproximação real com a base da pirâmide, a efetividade da política se perde ao vento, algo que é perceptível na prática cotidiana de trabalho junto a essas pessoas. Todo esse vínculo passa por um importante processo de compreensão do outro, que deve ser percebido como ator legítimo e capaz de desenvolver consciência em torno de suas necessidades, principalmente no que diz respeito ao seu necessário envolvimento na formulação, execução e avaliação das políticas públicas, voltadas para gerar impacto. Nesse sentido, o que percebemos é que quanto maior a aproximação desses público em todas as fases das políticas públicas, maiores as chances de sucessos. Através dessas vivências, pudemos evidenciar, principalmente (e não somente) junto a micro e pequenos empreendedores de baixa renda (e trabalhadores empregados e desempregados), que após a criação dos vínculos, há enorme necessidade do fortalecimento sócio emocional, que há muito tempo (para não dizer gerações) são desestimulados a estudar (ainda que o ensino regular seja obrigatório), a se capacitar, a trabalhar dignamente e até mesmo a empreender, quando possuem o perfil para isso. Quando na Aventura de Construir se trabalha com fortalecimento socioemocional, mescla-se um conjunto de formações que passam por uma formação humana integral, orientada a fornecer elementos que favoreçam o processo de aprenderem a aprender, a se organizar e se planejar, seja no aspecto pessoal e financeiro. Cabe pontuar de maneira firme que não há formação que supra, por si só, necessidades básicas que hoje são negligenciadas, como a segurança alimentar, o acesso às tecnologias, um nível razoável de saneamento básico, acesso à saúde, à educação e à habitação, principalmente, que são fatores fundamentais para o trabalho de inclusão produtiva e que sem os quais se perde totalmente a efetividade dessas políticas, comprometendo seu desenvolvimento pleno. É notável que a educação financeira, isto é, a capacidade de gerir os recursos (em sua maioria escassos) que este público tem a sua disposição, é o principal ponto de partida para uma inclusão produtiva adequada. Percebe-se na atuação concreta, que a maioria das pessoas que possuem acesso básico à alguma quantia de recursos para administrar, não têm o hábito de organizar o próprio orçamento, não anotando suas rendas e despesas, tampouco planejando suas ações futuras, o que no mundo atual, se relaciona intimamente com a organização das finanças. Isso se vê com frequência nos públicos de baixa renda, sendo os microempreendedores mais problemáticos, já que ao decidir por iniciar um empreendimento, por menor que seja, passam a assumir um conjunto de responsabilidades (inclusive jurídicas), dentre as quais a de ter que gerir dois tipos de recursos (os pessoais e os do negócio), para que seja algo sustentável e duradouro. Tudo isso numa conjuntura em que a organização de um plano de negócios se situa longe do imaginário dos corajosos microempreendedores periféricos (desde a catadora de recicláveis até o confeiteiro que faz bolos de potes), que em sua maioria não estão habituados com temáticas técnicas como a precificação de mercadorias e serviços e a separação entre lucro, faturamento, pró labore, renda pessoal, orçamento do negócio e orçamento doméstico, além de vivenciarem situações em que o acesso ao crédito e ao microcrédito é dificultado para essas classes, que em sua maioria se encontram distantes dos radares de privilégios das grandes políticas econômicas. Caminhando em todo esse cenário e tendo os conceitos de inclusão e de emancipação como norteadores das ações práticas junto a esses públicos, observa-se que esse conjunto de características citadas anteriormente, se reproduzem nos mais diversos contextos, nos diferentes setores de produção (agricultura familiar, reciclagem, beleza, alimentação etc.), realidades (meio urbano e rural) e aspectos geográficos (Sul, Sudeste etc.), algo que muito ocorre pelo distanciamento que há (por motivações históricas), entre o Estado (nas diferentes esferas) e a voz dessas populações, que somadas têm muito a contribuir para a efetividade das Políticas Públicas de Desenvolvimento. Para alcançarmos o Desenvolvimento almejado, que seja efetivamente emancipador desses atores e inclua-os no rol de pessoas possuidoras do direito de produzir e gerar riquezas, é importante que os governos estejam próximos das necessidades dessas pessoas, que são a base da sociedade brasileira. A partir de então, soma-se a importância dos vínculos sólidos e reais, que se construam e acompanhem uma formação humana integral e financeira, que lhes permita efetivamente indicar e traçar caminhos para recuperar a capacidade de planejar o próprio futuro e realizar sonhos. Vale destacar que isso é algo que mesmo num cenário de limitações, já que a AdC não é parte do Estado, vem sendo realizado pela entidade ao longo dos anos, que pauta suas ações em torno de um método claro, visando sempre partir da realidade e atuar em rede, inclusive formando novas redes entre os microempreendedores e trabalhadores assistidos. Toda essa apresentação foi exposta junto aos gestores, secretários(as) e servidores(as) presentes no evento, gerando um rico debate que sem dúvida alguma poderá frutificar bons resultados para os municípios que participaram. Ressalta-se por fim, que não há efetiva construção de política pública, sem uma profunda conexão com a realidade, que deve ser captada pelos governos através da efetiva participação popular, pois para se ter um Brasil emancipado, justo e inclusivo, deve-se compreender que sem a soma das experiências e a atenção às necessidades do micro, impossibilita-se a construção do macro, que por sua vez, deve fornecer as estruturas necessárias para que o micro assuma para si o protagonismo que lhe cabe. #desenvolvimento #Desenvolvimentosustentável #Empreendedorismo #políticaspúblicas

  • O mercado é das novas gerações, como sempre foi

    Nesta semana, trazemos mais um artigo de Percival Caropreso para o Blog AdC. O texto, escrito originalmente em 2009 mas ainda atual, explica a preocupação das novas gerações – os ditos Millenials e Geração Z – com a responsabilidade socioambiental das empresas e do mercado como um todo. Para atrair este público, novas e brilhantes tecnologias não são suficientes. As organizações devem estar de acordo, por exemplo, com princípios ESG (questões ambientais, sociais e de governança corporativa). E isso importa porque sempre foram os jovens de cada geração que influenciaram o mercado, seja na televisão dos anos 70 ou nos vídeos verticais do TikTok em 2022. Saiba mais lendo abaixo o artigo de Perci, que é profissional de Marketing e Comunicação, há mais de 30 anos militando em causas socioambientais e integrante do Conselho Consultivo da Aventura de Construir. Em 1970 eu cursava o primeiro semestre de Propaganda e fui logo chamado para trabalhar como redator, aos 18 anos, na McCann-Erickson (o Francisco Gracioso, gerente geral na época, foi meu primeiro chefe e patrão). As agências buscavam jovens crescidos diante da televisão, uma nova mídia que surgira em 1950, mas que levou tempo para atingir escala, massa crítica e maturidade até se transformar no poderoso veículo comercial que conhecemos. Nós, jovens dos anos 70, dominávamos a linguagem da televisão sem saber, naturalmente, como um ingrediente orgânico em nossas vidas, parte do nosso DNA desde que viemos ao mundo. A partir do final dos anos 80 os jovens começaram a encontrar mercado de trabalho na iniciante internet, porque o avanço alucinado das tecnologias da comunicação, inclusive a babá-eletrônica, acompanhou todos seus passos desde seus primeiros contatos com o mundo. Aqueles jovens dominavam natural e organicamente, sem saber, a linguagem virtual-realtime-interativo veloz como parte do seu DNA. E os jovens de hoje? O quê eles trazem orgânica e naturalmente como diferencial competitivo para o mercado de trabalho? O que está no DNA deles? Há poucos dias, agora em junho em Cannes, a Havas Worldwide promoveu o painel de maior repercussão do festival. Como palestrantes, Hervé de Clerck, líder do movimento ACT Responsible, Kofi Annan, ex-Secretário Geral da ONU e atual presidente do Global Humanitarian Forum, Bob Geldof, fundador do movimento Live Aid, e David Jones, CEO global da Havas. Em pleno Festival de Cannes, no clima de prêmios, badalações e prospecção de trabalho, eles discutiram a criação publicitária, idéias e tendências criativas? Não. O tema do painel foi o futuro do planeta e o futuro da raça humana. Discutiu-se a criação, sim, mas a criação de um movimento para pressionar politicamente os líderes mundiais a implantar medidas efetivas no combate às mudanças climáticas e aos desequilíbrios sociais. Foi apresentada uma campanha em Cannes, sim, e, como toda campanha, ela tinha prazo para atingir os resultados: dezembro deste ano, quando acontecerá a Conferência do Clima, da ONU, em Copenhagen. David Jones apresentou a campanha: “Tck Tck Tck: time for climate justice” que reproduz o tique-taque de um relógio, afinal o tempo está passando rápido e ninguém faz nada, apenas fala, faz política, faz discurso, faz anúncio, faz filme e concorre a prêmio. A campanha “Tck Tck Tck: time for climate justice” tem uma música-tema, “The time has come”, da banda Midnight Oil, que irá correr o mundo pelas redes sociais da internet, para a adesão de centenas de milhões de compatriotas do mesmo país, o Planeta. Ou seja, consumidores são entendidos também como cidadãos com valores, crenças, atitudes, comportamentos e práticas éticas e morais. Como agentes responsáveis pelas mudanças urgentes. A campanha prevê mobilizar grandes empresas anunciantes para a apoiarem em sua comunicação, institucional e de marketing. Ou seja, clientes são entendidos também como agentes responsáveis pelas mudanças urgentes. A mensagem do painel da Havas em Cannes aos profissionais de Propaganda foi clara e direta: “É nisso que vocês devem focar seu talento, sua energia: na manutenção da raça humana. O planeta pode até sobreviver, mas nós não. Eu gosto de humanos. Nós somos legais. Então, é preciso que você se pergunte ‘o que eu posso fazer?’. Seja dono dessa idéia”. Talvez dramática demais, mas tudo bem. De qualquer forma, publicitários também são vistos como agentes responsáveis pelas mudanças urgentes. O Brasil lançou e está conduzindo um formato novo para nosso Relatório de Desenvolvimento Humano 2009/2010, produzido pelo PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento: ele parte da visão da sociedade sobre o que “O que precisa mudar no Brasil para a sua vida melhorar de verdade”. Mais de meio milhão de brasileiras e brasileiros, de todas as classes sociais e de todos os cantos do país, deram sua visão sobre suas vidas, sonhos e ambições. Assim, o Relatório será o primeiro no mundo a ter alma, cor, som, cheiro, verdade sensível, além do necessário rigor técnico e estatístico. Foi feita uma conclamação a todos darem seu ponto-de-vista para termos um país melhor, mais justo. Assim foi definido, pela sociedade, o tema deste novo Relatório: Valores de Vida. Educação, Saúde, Segurança apareceram como temas vitais, mas aos quais falta a inspiração de valores humanos verdadeiros para serem resolvidos. A Comunicação foi fundamental para informar e mobilizar o povo. Agências de comunicação, seus profissionais e veículos engajaram-se voluntariamente no projeto, em especial a Rede Globo de Televisão, a MTV e a revista Época. Não foi à toa que o IV Congresso Brasileiro de Publicidade, em junho de 2008, dedicou uma Comissão técnica e específica, coordenada pela ESPM, sobre “A Responsabilidade Socioambiental da Indústria da Propaganda – O que a nossa indústria tem a contribuir para as transformações por que o mundo e a sociedade passam? ”. Nas conclusões dessa Comissão recomendamos que as agências e os profissionais de propaganda façam mais do que apenas bonitas e comoventes campanhas sociais voluntárias para as ongs, causas e movimentos. Essas campanhas de informação, sensibilização, conscientização e mobilização são importantes, mas não são tudo para as verdadeiras mudanças urgentes. A Comissão do IV Congresso recomendou que as agências e os publicitários passem a fomentar uma cultura de consumo consciente e responsável em seus públicos. Que incentivem os consumidores-cidadãos a adotar atitudes, práticas e comportamentos pautados por uma cultura de vida, de paz e de respeito ao meio ambiente e aos direitos humanos universais. A Comissão do IV Congresso também recomendou que nossa indústria construa consciência e valores sólidos na sociedade, principalmente nas futuras gerações. Que criemos uma cultura totalmente nova de respeito e equidade, voltada para a valorização do ser humano e seus direitos. Uma cultura que valorize mais O QUE EU SOU do que O QUE EU TENHO. Essas recomendações fazem sentido no mundo de hoje, assim como fez sentido o mercado se ligar na nova linguagem da revolucionária televisão, na inovação dos meios eletrônicos interativos, em tudo que sempre surgiu como evolução no mundo. É exatamente disto que todos nós, profissionais de Propaganda, vivemos ao longo de nossas carreiras: antecipamos e criamos tendências, inventamos o futuro. Nosso maior ativo pessoal e profissional é o talento e a técnica que alcançam, sensibilizam, persuadem, mobilizam milhões de pessoas, em massa, escala. Nosso ofício gera conhecimento, abre perspectivas, forja valores, cria padrões de vida. Provocamos mudanças nas pessoas. Estimulamos novas crenças e atitudes, novos comportamentos. Poderemos ser também agentes decisivos de mudanças urgentes. E os jovens de hoje? O quê eles trazem orgânica e naturalmente para serem competitivos no mercado de trabalho? Está na cara que o mercado exige muito mais talento humano, além da aptidão e da competência técnica. Tomara que esses jovens de hoje tenham no seu DNA o dom de serem agentes das mudanças urgentes, já que eles vivem sob a pressão da consciência ética e moral, da responsabilidade para com a vida. Há muito mais em jogo do que apenas o futuro do negócio e do ofício da Propaganda, a vida profissional, a carreira e o sucesso desses jovens de hoje. #Empreendedorismo #negóciosustentável #responsabilidadesocioambiental

  • Da Terra Nascem Protagonistas: trajetórias, desafios e conquistas (parte 2)

    No mês passado, tínhamos prometido uma continuidade com este mundo do orgânico e de mulheres guerreiras e empreendedoras já que estamos no mês de março. E aqui vamos!!! A Jornada de Sustentabilidade deste mês finaliza a história de três empreendedoras do “Vídeo Documentário: Desenvolvimento das habilidades empreendedoras de microprodutores orgânicos de baixa renda”. Em fevereiro, a experiência compartilhada foi da Sandra dos Anjos, e agora, no mês de março, vamos finalizar com: Sandra Cintra e Maria Rose. Sandra Cintra Uma empreendedora que a partir da necessidade de cuidar da alimentação da sua família chegou ao mundo orgânico. A Sandra que é Pedagoga de formação, apaixonada por cozinhar e dar uma melhor alimentação para a sua filha, começou a realizar e comercializar almoços com produtos orgânicos. Sandra fala sobre as refeições que prepara e seus olhos brilham e a empolgação aparece no seu rosto, descrevendo as cores, texturas com as quais ela brinca, criando pratos que além de saudáveis, são arte. Para ela mais do que uma refeição é o cuidado com a saúde e a alegria de experimentar um prato feito com os melhores produtos e amor. A Sandra soube sobre o curso por Ananias, um dos seus fornecedores e que estava participando do curso, naquele momento ela se perguntou como participar, uma vez que ela não era produtora, mas se identificava como empreendedora no âmbito orgânico. Após refletir um pouco, ela decidiu participar! Mas não foi fácil: participava das aulas enquanto cozinhava, mas sempre muito ativa realizando perguntas, comentários de acordo com os conteúdos da aula e a realidade do seu negócio, trazendo assim uma perspetiva do ponto final da cadeia da produção orgânica: o consumidor final. Umas das maiores dificuldades vividas pela Sandra no seu empreendimento era a logística da produção e entrega das marmitas. A Sandra recebia ligações em qualquer momento solicitando a entrega de almoços, precisando correr atrás da produção e comercialização. Além dos problemas na organização do tempo, tinha as perdas de vendas por não ter os produtos para entrega, ou às vezes não vendia todo o que tinha produzido no dia. Ante essa dificuldade, a partir de uma assessoria a Sandra considerou vender marmitas congeladas: “O pessoal do curso me falou: porque você não foca em congelado? Porque ao invés de você entregar um prato, você entrega 20. Eu peguei, fiz um cardápio de congelados, criei uma promoção para quem não conhece ainda. Você vai pedir, eu vou comprar tudo fresquinho, eu vou preparar, vou congelar, entregar congeladinho e vai durar 90 dias”. Sua principal preocupação era perder a qualidade do alimento, pois os clientes não poderiam perceber a qualidade dos alimentos na textura e cor das refeições estando congelados. Mas Sandra começou a pensar no seu negócio como um todo, não era só a apresentação física dos alimentos, mas também a entrega, sua imagem e marca no produto, a embalagem, a qualidade no momento da entrega. A empreendedora realizou uma série de reflexões, ponderou e utilizou a bagagem da sua vida e os novos aprendizados do curso para se abrir. Depois de considerar estes aspectos veio a mudança no seu negócio: ela passou a realizar e entregar marmitas congeladas e ainda os clientes teriam um maior benefício, pois poderiam comprar um produto que estaria a seu alcance por mais tempo e facilidade. Sandra e seu sorriso, fazendo o que mais gosta: marmitas orgânicas. Esta mudança no processo de logística, fez com que tivesse uma melhor organização do sua gestão  logística, financeira e administrativa, pois agora só realiza vendas e entregas de pacotes de marmitas congeladas, conseguindo estabelecer um planejamento do negócio e do tempo, um fluxo financeiro e aumento das vendas, tendo um controle do que precisa comprar e produzir, como diz a Sandra “A logística fez toda a diferença na minha vida”. Maria Rose Uma história muito diferente, mas com o mesmo desejo de construir um bem que possa reverter em melhorias de vida de moradores da periferia. Maria Rose é administradora e gestora de projetos sociais e sua relação com o mundo da agricultura, pode se dizer que tem sido durante toda a sua vida. Nasceu num sítio no estado de Minas Gerais, onde seus pais cultivavam orgânicos, mesmo que eles não soubessem, como afirma ela: “A gente sempre reproduziu coisas orgânicas, mas nunca teve esse nome. Porque a gente sempre tem um estigma que o produto orgânico não é grande, não é bonito”. Maria Rose ciente dos custos que tem para uma família poder ter uma alimentação saudável e da dificuldade para ter um espaço apropriado para cultivar alimentos orgânicos fez com que criasse o projeto social de hortas verticais: “Cultivando Afeto”. Cultivando Afeto consiste em capacitar famílias sobre plantações verticais e orgânicas, para que tenham uma alimentação saudável, poupem sua renda cultivando seus próprios alimentos e estimular diferentes tipos de afetos (consigo, com a casa, com o planeta). Mas o impacto pensado no projeto não para só aí, outro objetivo do cultivando afecto é que os beneficiários sejam multiplicadores e passem o conhecimento adquirido a outras famílias. No ano de 2020 participou do projeto “Crescendo em Rede” executado pela AdC e entre vários projetos que participaram o “Cultivando Afeto” da Maria Rose recebeu como prêmio o capital semente para poder executar e fazer realidade o projeto com o qual sonhava. E ainda em 2021, foi assessorada dentro do projeto de voluntariado corporativo da AdC em parceria com o Instituto Vedacit. Dando continuidade ao processo de formação a Maria Rose participou deste novo projeto de formação da AdC destinado a produtores orgânicos, no qual conseguiu mergulhar no grande e específico setor dos orgânicos, o qual precisa de uma capacitação adequada para sua produção e comercialização como afirma a voluntária Manuela Santos (Pesquisadora no centro de estudos em Sustentabilidade da Fundação Getúlio Vargas): “O sistema produtivo orgânico precisa se inserir em um mercado adequado para o produto orgânico”. Maria Rose cultivando afeto na sua casa. Durante o curso, a Maria Rose além de perceber a necessidade de capacitação específica sobre orgânicos passou a se reconhecer como uma grande produtora, mudou a forma em que ela se percebe e como se apresenta: “eu sou uma grande produtora, mas eu tenho uma propriedade pequena”. A jornada de todos: No relato dessas três “grandes” produtoras (Sandra dos Anjos em fevereiro, Sandra Cintra e Maria Rose em março) podemos identificar a importância e necessidade de educação e formação em negócios, como afirma Joelcio Carvalho (Centro de Excelência Contra a Fome do WFP) “é necessário que os produtores tenham uma gestão da sua propriedade sabendo quais são seus custos, qual é a estratégia para vender e os potenciais mercados”, entendendo que o mundo orgânico é complexo e com características específicas e diferentes dos mercados convencionais. Bora assistir o documentário “Da Terra Nascem Protagonistas” “Da Terra Nascem Protagonistas” e conhecer outras histórias inspiradoras e a potência do lindo trabalho orgânico que realizam os produtores dia a dia e na gestão dos seus negócios rurais e urbanos, sendo protagonistas de uma mudança de um sistema tradicional, a um sistema de alimentação orgânico e sustentável.

  • Comunicação Corporativa: como a comunicação estratégica pode ajudar a se destacar e construir relaci

    No blog da Aventura de Construir desta semana, continuamos a parceria com a Agência Experimental Benjamin, da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado, a FECAP. O artigo “Comunicação Corporativa: como a comunicação estratégica pode te ajudar a ganhar destaque e construir relacionamentos de impacto” foi produzido pelas estudantes de Relações Públicas Anna Longo e Bruna Ferreira, com supervisão da professora Paula Barros. Confira abaixo! Por Anna Longo e Bruna Ferreira Comunicação corporativa: o que é Desde os primeiros estudos acerca da comunicação até os dias de hoje, nota-se que, a partir deles, tem havido uma visível contribuição no sentido de podermos analisar os diversos contextos em que a comunicação está presente. Com o objetivo de dar enfoque ao empreendedorismo, o artigo de hoje aborda a comunicação corporativa: seu conceito, seus benefícios e nos instiga a refletir sobre a importância de cuidar da comunicação em nossos empreendimentos. Cultivando um bom relacionamento com seu público Antes de pensarmos na mensagem propriamente dita, a princípio é necessário entendermos o público com quem a empresa dialoga. Ele pode ser composto pelos próprios colaboradores, clientes, fornecedores e a comunidade em seu entorno que se relaciona com a empresa. Entendendo com quem sua empresa dialoga, é essencial que você mantenha um bom relacionamento com os diferentes públicos. A título de exemplo, o documentário “Da Terra Nascem Protagonistas” ilustra a relação entre a microempreendedora Sandra e seu fornecedor, Ananias, na qual a relação de trabalho e o contato quase que diário gerou um relacionamento de confiança mútua e uma rede de contatos que beneficiou ambos os negócios: ela por ter adquirido mais conhecimento em logística e empreendedorismo e consequentemente alavancado suas vendas, e ele que, por conta do aumento de vendas de Sandra, passou a fornecer mais produtos, logo, obteve mais retorno financeiro. O cenário citado é um exemplo do poder que as relações impulsionadas pela comunicação estratégica exercem sobre a vida daqueles que conseguem utilizá-la de forma certa, empática e humana. A importância e benefícios da comunicação para os pequenos negócios Sabemos que empreender não é tarefa fácil, mas investir em estratégias de comunicação no seu negócio certamente pode ser a “cereja do bolo” para seu sucesso. Primeiro, é essencial saber se posicionar e dizer para que veio: com que propósito sua empresa nasceu? Onde quer chegar? Qual demanda ela vem para atender? Como pode agregar valor na vida das pessoas? Além de ter isso muito claro para você e as pessoas que trabalham ao seu lado, é imprescindível deixar isso claro ao público, afinal quando as pessoas demandarem por determinado produto ou serviço, sua empresa será a primeira que ele irá recordar e recorrer. Além do objetivo de atração do público externo para seus serviços, os colaboradores que atuam ao seu lado também podem ser pensados como parte essencial do processo de comunicação. Ter clareza sobre as responsabilidades de cada indivíduo, manter as pessoas atualizadas sobre o que está acontecendo no dia a dia da empresa, promover um canal de comunicação aberto entre as pessoas e estabelecer um relacionamento de confiança entre as partes garante que todos se mantenham engajados no trabalho proposto. Sandra e Ananias foram exemplos claros de como o bom relacionamento gerado por meio da comunicação estratégica pode fazer com que o seu negócio evolua. Além de incentivar a criação de relacionamentos importantes para o negócio, uma comunicação construída por bases sólidas, que estabelece uma identidade característica e voz pessoal para a empresa, favorece o reconhecimento e mantém aqueles que estão envolvidos direta ou indiretamente no negócio com a sensação de pertencimento, ou até com a ânsia de pertencer. Quando o comunicador José Abelardo Barbosa, o famoso Chacrinha, disse que “Quem não se comunica, se trumbica” ele, basicamente, referia-se à comunicação como um grande pilar para todos os setores da vida. Em um pequeno negócio, a frase de Chacrinha nos faz refletir que a comunicação é capaz de destacar o seu empreendimento, impulsionar suas vendas e ser mais lembrado por aqueles que consomem seu serviço ou produto. Cultura: como sua empresa quer ser lembrada No final das contas, empresas sejam elas grandes ou pequenas, são compostas por pessoas, são elas que movem a engrenagem e levam os negócios a escalarem seu sucesso. Portanto, manter um diálogo claro e respeitoso com todos, ter o seu propósito muito bem definido e disseminado, mostrar como seu negócio agrega à vida das pessoas e da comunidade, trata-se de peça chave para que todos os envolvidos, direta ou indiretamente, estejam engajados no seu empreendimento, entendam o sentido de continuar depositando confiança nele e avaliem se o propósito do negócio está alinhado com os valores determinados. #ComunicaçãoInstitucional #Empreendedorismo #Comunicação #ComunicaçãoCorporativa #Microempreendedores

  • Formas Criativas de Captar Recursos em Momentos de Crise

    No Blog AdC desta semana, trazemos um artigo de Carlos Ferreirinha e Roberto Veiga, respectivamente Secretário Executivo e Coordenador da ABRAEL, a Associação das Marcas e Empresas de LUXO. Com o “novo normal” trazido pela pandemia, tornou-se necessário descobrir novas formas de captar recursos para causas sociais. A partir disso surgiu a Voz Social ABRAEL, ação que você pode conhecer abaixo. Confira! As mudanças nos últimos 18 meses foram constantes. A pandemia do COVID-19 escancarou, intensificou e dobrou as proporções dos desafios que tínhamos como humanos e sociedade. Precisávamos de uma reação. De uma resposta. De darmos atenção. De esticarmos as mãos. Acreditamos na força da união coletiva no cuidado, acolhimento e colaboração com as comunidades periféricas. Por isso, unimos as forças de nossas equipes, das nossas Associadas e das Marcas Parceiras e desenvolvemos um projeto onde pudéssemos manter toda a operação completamente isolada, e de forma que respeitássemos as normas sanitárias, coletamos, fotografamos, filmamos e catalogamos todas as doações. Desenvolvemos um e-commerce e uma campanha específicos para o projeto. Os produtos de Luxo doados pelas Marcas e revendidos pela ABRAEL com condições especiais e 100% do valor arrecadado, doado para a Aventura de Construir impulsionar seus projetos. Com um histórico amplo de atuação em prol do suporte, auxílio, transparência, assistência, capacitação, apoio e assessorias aos microempreendedores das comunidades periféricas, escolhemos a ONG Aventura de Construir para ser a ponte do projeto VOZ SOCIAL ABRAEL. Participaram as marcas Cyrella, Chocolat du Jour, Diane Von Furstenberg, Hotel Unique, Hugo Boss, Maxmara, Nespresso, Nova fotosfera, Ralph Lauren, Swarovski, Tifany e Co, Trousseau, Unique Garden, Verosenso. Após coletarmos todos os produtos doados pelas Marcas Associadas e Parceiras, chegamos a um valor aproximado de 250 mil reais em produtos. Para garantirmos a venda de todos os produtos doados, ao mesmo tempo que tendo como foco um bom volume de capital para doação, oferecemos de 75% a 95% de condição especial neste catálogo, resultando assim no montante destinado à ONG. O valor que será repassado para a Aventura de Construir servirá como apoiador e impulsionador dos projetos já existentes e em execução, instruindo, acompanhando e fornecendo mini créditos para esses microempreendedores já registrados na ONG. Atualmente, próximos do término do projeto, concluímos que criamos novas conexões, fortalecemos conexões antigas, cooperamos, adaptamos e nos reinventamos. O sentimento que fica é que abrimos mais uma porta que nos permitirá apoiar outros projetos no futuro e sabemos que estes hábitos permanecerão mesmo após o COVID. A mesma energia que se tem no desespero, angústia e preocupação, também deveria ser canalizada para a adaptação. Carlos Ferreirinha, Secretário Executivo ABRAEL Roberto Veiga, Coordenador ABRAEL #CaptaçãodeRecursos #CausaSocial #Empreendedorismo

  • VOCÊ É FAMOSO? EU SOU – por Percival Caropreso

    No Blog AdC desta semana, trazemos um artigo de Percival Caropreso, profissional de Marketing e Comunicação, há mais de 30 anos militando em causas socioambientais e integrante do Conselho Consultivo da Aventura de Construir. No texto, Percival analise a relação das celebridades (que podem ser todos nós), com causas socioambientais. Confira! Minha mãe me acha o máximo, minha mulher me ama e me admira, meus filhos me amam e por enquanto me admiram (logo deixarão de me admirar, pra voltar a me admirar anos mais tarde), sou popular entre os amiguinhos deles, meus sobrinhos me adoram, essa galera toda não sai daqui de casa. Tenho poucos ótimos amigos e muitos ótimos colegas, os vizinhos me cumprimentam por dever de civilidade e talvez apreço, a turma do bairro se acostumou comigo há mais de 30 anos vivendo aqui. Conheço muita gente, muita gente me conhece. Sou até que bem conhecido por quem me detesta. Tenho minha cota de fama, enfim. Aposto que você também é famoso, afinal todo mundo é famoso. Todos temos nosso círculo de influência, maior ou menor. A questão é o que a gente faz para influenciar quem nos conhece. E como a gente usa essa influência. Conteúdo e forma determinam nosso tempo de notoriedade e de poder. Imagine uma figura pública, uma pessoa célebre. Seu campo magnético de influência, que atrai atenção e emana mensagens, é gigantesco. Portanto, sua responsabilidade é proporcional. Todo mundo espera que a Celebridade faça um gesto, para seguir ou para criticar. Até aí, tudo bem. Porém o tempo de toda Celebridade é curto, já que o sucesso é um bem cada vez mais descartável. Aquela história de 15 minutos de fama é coisa do século passado: até há pouco tempo, uma das maiores atrações da TV era o “Se vira nos 30”. Se virava em 30 segundos e pronto, tudo acabava. E acabou mesmo. Os influenciadores digitais hoje nem têm mais esse tempo todo pra exercer sua profissão regiamente remunerada de fazer a cabeça e o coração das pessoas – por alguns minutos. Os 15 minutos de antigamente hoje são uma eternidade, consumida na disputa entre sons e imagens de muitos clips de várias músicas, uma profusão de emails, SMS, Whatsapp, TikTok a granel, short messages com sintaxe breve e léxico simplório, textos tanto na tela do computador como na tela do celular, que na verdade é um computador ansioso e esquizofrênico, que tira fotos, grava áudio e vídeo e, de vez em quando, até serve pra falar com alguém ou todas pessoas ao mesmo tempo. É neste ambiente que nós, você, eu e todas as outras celebridades temos que projetar nossos valores de vida, nossos princípios de conduta, significados e propósitos. É nessa zorra de hoje que toda Celebridade tem a oportunidade de se posicionar socioambientalmente, porém não esquecendo que o engajamento transformador pressupõe um compromisso duradouro, de longo prazo. Muito além de 15 minutos de fama ou meio minuto de viração. A associação entre CELEBRIDADE & CAUSA SOCIOAMBIENTAL não pode ser um adereço extrínseco e oportunista, portanto tão efêmero quanto a fama. O correto é fortalecer a imagem pública, construir intrinsecamente uma imagem de valores humanistas e socioambientais, de dentro pra fora da Celebridade. Só assim se forja uma legítima Reputação, que é a Imagem comprovada pela prática. É um processo delicado e tem que ser verdadeiro. Acredito que vimos observando pelo menos seis maneiras clássicas de as Celebridades abraçarem Causas Socioambientais. Uma não exclui a outra. Por inércia. Do jeito que o mundo e o mercado vão, é mais do que natural que uma Celebridade acabe aderindo, aqui e ali, no varejo imediato, a uma ou mais Causas Socioambientais. Por melhores que sejam as intenções, geralmente é um namoro de verão, passageiro, que vai no embalo: não constrói relação séria com Causas Socioambientais nem resultados duradouros para elas. Não há má fé, necessariamente. Mas há leviandade ingênua. Pela própria ausência de motivação consciente e de prática efetiva, essa postura socioambiental agrega pouco valor estrutural à sua imagem pública. Por gratidão. A Celebridade reconhece o sucesso que atingiu e sente-se no dever de retribuir. A energia que movimenta essa gratidão quase sempre é assistencialista, quase um dízimo por uma graça alcançada. Esse engajamento costuma se esgotar repentinamente, quando a dívida é quitada ou quando a Celebridade começa a perder prestígio. Agrega valores apenas emocionais à sua imagem pública. Por compaixão. Bastante similar e quase sempre uma evolução da modalidade anterior, o engajamento por gratidão. A Celebridade resgata questões humanas que a tocam como pessoa e adere a Causas Socioambientais pungentes, nascidas de sua própria história de vida. Essa carga de autenticidade pessoal costuma levar a compromissos mais duradouros. Porém também agrega valores mais emocionais do que ideológicos à sua imagem pública. Por interesse de negócios. Não há negócio que prospere pra sempre em uma sociedade injusta, desequilibrada, vivendo num meio ambiente degradado. Sem Educação e Saúde, as pessoas não são sofisticadas como mão-de-obra, não estão preparadas pra trabalhar principalmente com as novas tecnologias. Como consumidores, elas não têm renda pra entender o valor de uma marca nem pra comprá-la. Em um meio ambiente de recursos depauperados, os insumos de produção ficam mais caros (energia, água, matérias primas, recursos naturais), o que coloca em risco e reduz a margem de lucro na operação final. Agrega modernidade, além de consciência e exemplaridade ao meu negócio. E isso é legítimo. Por marketing. Há prevalência de técnicas racionais e objetivas na decisão de a Celebridade apoiar Causas Socioambientais. Se a adesão é planejada, ela tem tudo para ser consistente ao longo do tempo. Os impactos tendem a ser mais efetivos, tanto para as Causas Socioambientais apoiadas como para a imagem pública da Celebridade. Desde que haja veracidade nessa adesão. Por consciência. Quando a Celebridade se engaja com Causas Socioambientais a partir de um conhecimento profundo dos problemas e de suas soluções. Reconhece a importância da questão socioambiental, sua relevância para sua vida e para a vida de todos. A decisão de oferecer seu apoio e imagem é lúcida, consciente e, portanto, comprometida. A Celebridade escolhe claramente seu papel de chamar à atenção, informar, conscientizar, sensibilizar e mobilizar a sociedade. Seu aval é forte, os impactos que ela causa são fortes e tudo isso fortalece a imagem pública e a reputação da Celebridade. Repito: estas são pelo menos seis maneiras clássicas de as Celebridades abraçarem Causas Socioambientais. Uma não exclui a outra. Todos somos famosos à nossa moda. Temos exemplos a dar. Cada um é do seu jeito, mas a atitude tem que ser a mesma: seriedade, rigor e comprometimento com que nos entregamos a uma Causa Socioambiental. Caso contrário terá valido apenas para nós mesmos e não é esta a ideia. O que vale é vivermos valores, condutas e práticas compartilhadas por todos, a partir daquilo que fazemos ou deixamos de fazer individualmente. Percival Caropreso Membro do Conselho Consultivo da Aventura de Construir

  • ELAS: DIA INTERNACIONAL DA MULHER E O EMPREENDEDORISMO FEMININO

    Nesta terça-feira, 8 de março, comemorou-se o Dia Internacional da Mulher, data que combina celebração e reivindicação de direitos e oportunidades iguais para todas as mulheres. Foi oficializada pela ONU em 1975, mas a data tem origens muito anteriores, com movimentos sociais e eventos históricos. Aqui, na Aventura de Construir, aproveitamos o momento para exaltar as empreendedoras que já participaram e participam dos nossos projetos, assessorias e capacitações. Verdadeiras protagonistas de suas histórias, são empreendedoras de diversos estados do Brasil, com diferentes realidades, vivências e negócios. Nas nossas redes sociais, são a maioria. No Instagram, por exemplo, 69,4% dos seguidores da AdC são mulheres. Projetos como o primeiro Lamberti Transforma, encerrado em 2021, era direcionado sobretudo para o público feminino da região de Nova Odessa, em São Paulo. Já o projeto Vi a Mão Empoderada de Mulheres Empreendedoras, destinado exclusivamente para pequenos negócios de empreendedoras, está em execução na cidade de Viamão, Rio Grande do Sul. Essas iniciativas são desenvolvidas porque acreditamos na centralidade da pessoa para gerar o próprio protagonismo. Ao vermos essas mulheres se desenvolvendo, gerindo seus empreendimentos e gerando uma mudança positiva ao seu entorno, fica evidente a importância de oferecer oportunidades para elas. Desejamos, nesta Semana da Mulher e em todas as outras do ano, igualdade de oportunidades, em todos os aspectos da vida, e muitas conquistas às mulheres que acordam todos os dias para fazer juntas e em prol do coletivo. E por este dia, deixamos aqui a música Ela, de Eliandra Rocha, que fala da realidade de tantas mulheres que lutam a cada dia para serem reconhecidas e não ignoradas. Ela – Eliandra Rocha

  • Da Terra Nascem Protagonistas: trajetórias, desafios e conquistas (parte 1)

    No ano 2021 Aventura de Construir mergulhou no mundo da agricultura orgânica, com o projeto “Vídeo Documentário: Desenvolvimento das habilidades empreendedoras de microprodutores orgânicos de baixa renda” desenvolvido através da lei Rouanet (lei de incentivo à cultura). Um projeto em que, graças a facilidade de realizar aulas on-line contou com uma diversidade de 25 participantes, de 8 estados do Brasil, que atuam em diferentes setores da agricultura orgânica. No projeto foram realizadas 16 capacitações sobre assuntos da gestão do negócio e da produção orgânica e 96 assessorias individuais e em grupo, de acordo com as necessidades e expectativas de cada participante. A partir da experiência do projeto foi produzido o documentário: “Da terra nascem protagonistas” no qual são apresentados 8 depoimentos de empreendedores e dois de especialistas do mundo orgânico: oportunidade para conhecermos a trajetória, desafios e conquistas dos produtores, bem como o impacto e a necessidade da educação para os empreendedores desenvolverem habilidades empreendedoras para a gestão dos seus negócios, assim como, a urgente necessidade da produção orgânica ser sustentável. AS JORNADAS DO PROJETO Foram muitas experiências compartilhadas e novos aprendizados – sempre com atenção em partir da realidade e aproveitar a bagagem daqueles que estavam, por muitas vezes, do outro lado da tela! Cada processo empreendedor reflete uma série de conquistas realizadas por eles e potencializada pela rede que se formou durante o projeto. Cada história é um universo inspirador! E nós gostaríamos de compartilhar três delas com vocês! Sandra dos Anjos, de Cajamar, São Paulo, produtora de hortaliças. Sandra Cintra, de Vila das Belezas, São Paulo, elabora e comercializa marmitas de produtos orgânicos. Maria Rose Farias, do Jardim Santa Fé, São Paulo, gestora social e produtora de hortaliças em hortas verticais. Nesta Jornada de Sustentabilidade do mês de fevereiro, vamos apresentar a primeira da lista: Sandra dos Anjos, e em março, vocês vão conferir a história de Sandra Cintra e Maria Rose. Sandra dos Anjos A Sandra é um claro exemplo de resiliência e trabalho em comunidade. Há 20 anos foi morar junto com sua família numa terra de assentamento em Cajamar, São Paulo. Os moradores construíram de forma coletiva uma estrutura social e econômica para garantir a sustentabilidade e geração de renda das famílias. Dentre as opções havia a produção e comercialização de orgânicos, caminho adotado por muitos para gerar renda, inclusive a família da Sandra. Sandra reflete sua felicidade por produzir orgânicos “No assentamento não se pode usar veneno” o que enche ela de orgulho, pois produz alimentos que são saudáveis para si mesma, sua família e a sua comunidade. Porém, o mundo orgânico vivencia grandes dificuldades e ainda mais para produtores de propriedades pequenas. Os recursos financeiros de Sandra e sua família vem dos trabalhos temporários do seu marido e da comercialização das hortaliças produzidas por eles. Uma das dificuldades que a Sandra enfrenta são vender uma quantidade de produtos que lhe proporcione uma renda estável para o sustento da família, e não contar com seguros que garantam uma tranquilidade no processo de produção que permitam mitigar os riscos ambientais, como as secas e geladas, situações que já viveu, e teve a perda total da sua produção. Os clientes de Sandra são vizinhos e instituições, como as escolas, porém neste tipo de venda não tem um tipo de contrato com garantias de que a compra será efetivada, o que ocasiona que em alguns casos tenha perdas financeiras. A situação mais recente foi quando a pandemia começou e as escolas cancelaram os pedidos dos produtos e a única opção para não perder os alimentos foi doá-los, e inclusive dar como alimento aos animais. No curso a Sandra superou diversos desafios, o primeiro deles foi aprender a usar a ferramenta Zoom para participar do curso on-line, entre nervosismo e risos em cada aula experimentava as ferramentas do Zoom, ativando a câmera, levantando a mão para ter a palavra e comentar ou perguntar sobre o assunto discutido. Outro desafio que dificultava a participação de Sandra: seu celular não tinha espaço suficiente para baixar o aplicativo Zoom e tinha problemas de sinal na sua casa. Sandra procurou soluções, e não o fez sozinha: convidou a sua amiga Célia, que mora no mesmo assentamento e com quem tem compartilhado muitas lutas da vida, a participar do curso, usando o celular da Célia. Mas ainda havia a questão da falta de sinal de internet, e para isso a solução foi um pouco diferente: a cada aula elas caminhavam até “a caixa de água perto dos eucaliptos”, o único lugar onde podia pegar sinal, mesmo na chuva participavam das aulas levando um plástico com o qual se cobriam, mas elas não desistiram de participar no curso. Sandra cuidando do seu cultivo Nas primeiras capacitações a Sandra e a Célia se sentiam tímidas por estarem num curso com produtores de grandes propriedades, porém perceberam que os conhecimentos, necessidades e expectativas no mundo orgânico eram as mesmas: produzir alimentos de qualidade e que garantam saúde para os seus consumidores num sistema orgânico sustentável. Com o apoio dos seus colegas do curso e com a coragem delas começaram a participar ativamente comentando e perguntando pontos de geração de conhecimento nas aulas. Sandra compartilha que muitas vezes sentia-se distante do que é ser uma empreendedora, porém, durante as aulas foi ganhando confiança e aprimorando o trabalho que realizava. Entendeu que para ser uma empreendedora, não precisava vender uma determinada quantidade, e que ela já era empreendedora. Se reconhecer como empreendedora, fez com que ela percebesse que tem uma empresa com diversos aspectos a cuidar. Nesse sentido, a jornada de Sandra envolveu a busca por novos mercados nos quais comercializar seus produtos, sem depender unicamente de um cliente, vendendo para vizinhos e feirinhas. Entre outros aprendizados que ela começou implementar na gestão do negócio e no seu lar foi: o planejamento e gestão financeira partindo da realidade e de exemplos práticos que ela vivencia no seu dia dia: “Se faltar um centavo não passa na catraca, tudo dá para economizar, para organizar” e assim poder cumprir com o objetivo fundamental do negócio: “produzir e vender a produção”. Uma história aparentemente simples, mas que mostra como uma faísca é suficiente para mudar um entorno! Fique ligado que em março seguiremos com outras histórias deste projeto e não perca o vídeo: “Da Terra Nascem Protagonistas”. Aventure-se Empreendedor! Tem interesse em participar dos projetos GRATUITOS da Aventura de Construir? Deixe suas informações e avisaremos quando abrir as inscrições para o próximo!Ative o JavaScript no seu navegador para preencher este formulário. Nome Completo * E-mail Telefone (com DDD) Cidade Enviar

bottom of page