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- COVID-19. COMO FICAM AS POPULAÇÕES POBRES?
O Brasil começa a sofrer os impactos socioeconômicos da emergência sanitária, mas serão os trabalhadores autônomos e sem carteira assinada os mais afetados pela crise econômica gerada pela pandemia do novo coronavírus. No caso de pequenos comércios, a crise pode significar até o fechamento das portas de muitos empreendimentos. E não estamos falando em fechar as portas para reabri-las depois que a turbulência passar, trata-se de fechar as portas literalmente, de ir à falência e ter famílias inteiras sem recurso financeiro algum. Se você já sabe de tudo isso e quer ajudar essas pessoas, a Aventura de Construir (ADC) criou um Fundo Emergencial destinado para auxiliar DIRETAMENTE microempreendedores atendidos por nós, priorizando os casos de maior vulnerabilidade e necessidade. Para colaborar com as pessoas que mais necessitam AGORA, clique aqui! Mas, caso ainda não saiba muito sobre o assunto, vamos compartilhar com você o cenário do qual estamos falando. No dia 19/03/2020, recebemos a seguinte mensagem de uma microempreendedora atendida por nós: “Bom dia Franklin [consultor da ADC]! Vim te falar que nós em casa estamos muito preocupados com o futuro próximo… não temos noção do que fazer, mesmo ainda abrindo o salão estou atendendo 2 clientes máximo no dia. Sei que somos novos no Aventura de Construir e fico muito triste de não tê-los encontrados antes, e também de estar passando por esse problemão que é essa Pandemia que vai nos impedir talvez de seguir com esse sonho de ter meu salão conceito em crespos e cacheados. Por que estou pensando assim? Porque já estamos muito enrolados e depois como ficaremos? Sou uma mulher forte, sempre fui e nunca neguei trabalho… Mas já estou um pouco cansada, porque agora que tinha encontrado novas esperanças vem essa nova batalha para nos fazer parar… Mas não desistirei! (…) sinceramente estou com muito medo do que vem pela frente! (…) Me perdoe, mas precisamos de ajuda! (…) Minha família e eu agradecemos sua atenção.” Trabalhadores como essa microempreendedora não possuem respaldo legal que lhes forneçam direitos. Ou seja, estamos falando de pessoas que não terão acesso ao seguro-desemprego, FGTS, licença médica ou qualquer outro direito trabalhista num cenário de crise. Trata-se da parcela da população que ficará mais sofrendo sem proteção social. São quase 20 milhões de pessoas que trabalham por conta própria, dependendo totalmente de sua rotina para poder se manter. Mas se o distanciamento social é uma das medidas mais importantes para conter o coronavírus e evitar a sobrecarga do sistema de saúde, conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde) orienta, a responsabilidade de impedir a disseminação do vírus passa a ser também de cada uma de nós. Mas o que os microempreendedores podem fazer diante deste cenário? Eles não podem fazer home office, como os próprios colaboradores da Aventura de Construir já estão fazendo desde o dia 13/03/2020 – nossas atividades estão sendo realizadas de forma online e remota, justamente para seguir acompanhando e orientando os microempreendedores neste momento difícil. Estamos entrando em contato tanto para alertar sobre a pandemia, quanto para encontrar soluções e alternativas à sustentabilidade desses pequenos empreendimentos que passam a correr riscos severos de sustentabilidade. Se quiser saber mais sobre nossas ações, leia nosso último informativo aqui. Mas, afinal, o que podemos fazer diante deste cenário? Estamos trabalhando diariamente para minimizar ao máximo os prejuízos de cada beneficiário da ADC, mas temos encontrado muitas dificuldades para ajudar a solucionar alguns casos específicos que correm o risco de fechar as portas e, em consequência, resultar em famílias sem renda alguma para sobreviver nas próximas semanas ou meses. Por isso essa campanha emergencial! Esse é o momento de ampliarmos nossas percepções e aguçar a sensibilidade que muitas vezes a rotina não nos permite ter. Estamos falando de VIDAS! Não queremos de forma alguma aqui ser sensacionalistas, mas queremos sim compartilhar a percepção da situação problemática que se anuncia e se assevera dia após dia. A economia só irá melhorar com o problema do COVID-19 resolvido, por isso precisamos nos colocar diante da realidade para entender o quão delicada é a situação para algumas pessoas, os pobres em especial. Então, que tal apoiá-los? Além de ser uma responsabilidade humana, quando buscamos por soluções reais aos problemas que surgem diante de uma crise como essa, estamos também alinhados aos temas trabalhados pela própria Agenda 2030 da ONU (Organização das Nações Unidas). Estamos lidando com os seguintes Objetivos do Desenvolvimento Sustentável: #1 Erradicação da pobreza #3 Saúde e bem-estar #10 Redução das desigualdades #17 Parcerias e meios de implementação Mas, para realmente dar forma ao Fundo Emergencial da ADC, precisamos nos unir! O ODS#17 é o que nos permitirá trabalhar todos os outros. Venha ser nosso parceiro nessa jornada desafiadora e nos ajude a implementar essa ação direta SENDO ANJO DE UM MICROEMPREENDEDOR! Lembre-se que os recursos serão destinados aos beneficiários da ADC de acordo com critérios de maior necessidade analisados pelos nossos consultores, cujo uso será informado depois e de forma transparente a todos os doadores. TORNE-SE ANJO AGORA MESMO CLICANDO AQUI!!!
- Empreendedorismo em tempos de crise
Uma das definições para o verbo “empreender”, segundo o Dicionário Aurélio é: “tentar: uma travessia arriscada”. A definição foi exposta aos microempreendedores que participaram do 1º ciclo de capacitações do ano, “Criando e Fortalecendo seu negócio”. Muitos dos presentes concordaram com o significado do verbo, exemplificando com os próprios casos algumas dificuldades vividas por quem decide abrir seu próprio negócio. O motivo de expor esta definição numa sala repleta de microempreendedores é enfatizar, mesmo que muitos já saibam, a necessidade do planejamento na vida profissional. Jamais desencorajá-los pelo medo, mas mostrar os desafios comuns e soluções possíveis para que esta travessia arriscada ocorra da melhor maneira possível. A vida também é uma travessia arriscada e cheia de imprevisibilidades. Hoje, 19 de março de 2020, vivemos uma pandemia do novo coronavírus (Covid-19). O momento é complicado, principalmente, por ser uma situação nova. Mas o que fazer diante de situações como esta? Não devemos deixar o pânico nos paralisar, pelo contrário, é preciso ter calma para conseguir identificar e executar as ações mais adequadas para enfrentar esta crise. A situação exige uma reflexão imediata sobre como o dinheiro vem sendo gasto, tanto em casa, quanto no empreendimento. Neste momento, devemos nos perguntar: Quais são as despesas realmente necessárias? Para ter esta resposta, é preciso identificar todas as despesas para enxergar as prioridades e onde existe a possibilidade de cortes. As entradas também precisam ser identificadas, afinal, é com elas que serão pagas as despesas. Ao criar a lista, aparece outra pergunta importante: consigo aumentar as entradas sem aumentar as despesas? Sugestões são bem vindas, seja construindo alternativas para o empreendimento, como promoções, seja incluindo novos produtos para venda, mas, tendo sempre em vista que o momento não é para gastos. Use a criatividade e o que você já tem! Muitos empreendedores dizem não saber exatamente quanto ganham nem quanto gastam, mas é hora de se esforçar e buscar todos os registros para determinar quais serão os próximos passos. Vamos exemplificar? Ana vende brigadeiros. Ela ainda não possui uma loja, faz em casa e vende sob encomenda. Utiliza um pacote de internet no celular para fazer ligações e postagens, e seu carro para fazer entregas e comprar os produtos necessários. Mês 1Mês 2Mês 3Renda Venda dos produtos Renda total Despesas Gastos necessários Forminha nº 5 Leite condensado Chocolate Granulado Manteiga Gás e água Caixa Mão de obra Gasolina Celular Gastos opcionais Adesivos Total das despesas Poupança Este foi apenas um exemplo. Cada empreendimento possui uma realidade com gastos e entradas diferentes. Se você possui um espaço físico e paga aluguel, este item precisa ser descrito em sua planilha. Se a água e a luz não estão incluídas, elas também precisam ser registradas. Identificado e organizado todos gastos, você consegue visualizar o cenário de sua situação financeira, seja de casa ou do empreendimento, e isso o ajuda a tomar decisões, como por exemplo, quais gastos você pode cortar. O gasto opcional para Ana são as cartelas de adesivo. Ela sabe que não pode mexer na qualidade do chocolate, mas pode deixar de gastar com os adesivos. A crise global que estamos vivendo exige uma redução de gastos geral, que talvez não fique apenas nos opcionais, por isso é importante identificar todas as despesas para definir prioridades. A Aventura de Construir sempre esteve comprometida em auxiliar os microempreendedores e, neste momento, estamos ainda mais próximos. Conte conosco para enfrentar os próximos desafios que essa situação nos coloca! Disponibilizamos um Word com mais um exemplo de uma planilha preenchida, e outras duas para você preencher conforme suas necessidades. Apague, crie novas linhas, é um material todo seu. Planilha boa é a que funciona. E saiba que estamos disponíveis para conversar e orientar cada um de vocês individualmente! Disponibilizamos um documento para você preencher e colocar tudo isso em prática bem aqui!
- ODS em Pauta: Aventura de Construir e o ODS #1 Erradicação da Pobreza
Como uma organização do Terceiro Setor pode colaborar com a Erradicação da Pobreza? É possível desenvolver projetos e atividades que tenham sinergia com as metas da Agenda 2030 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)? Podemos mensurar o impacto das nossas ações relacionando-as com os indicadores da ONU? Essas e muitas outras questões parecidas estão sempre presentes no cotidiano da Aventura de Construir (ADC) e de muitas organizações sociais que trabalham para melhorar a qualidade de vida de pessoas e comunidades de baixa renda. Nesse sentido, a ADC vem cumprindo um papel importante relacionado ao ODS #1. Além de fazer parte do Pacto Global, sendo uma das 110 organizações do terceiro setor a compor esse quadro no Brasil, a ADC trabalha para gerar condições sustentáveis no tempo, através do apoio ao microempreendedorismo de baixa renda, fortalecendo aspectos que permitam à cada pessoa sair da linha da pobreza e não voltar a este patamar no longo prazo. Mas, afinal, o que são os ODS e essa tal de Agenda 2030? Se você ainda não está por dentro deste assunto, melhor se atualizar primeiro para continuar lendo esse artigo! Você pode conferir um texto especial já postado aqui no blog. Agora que você já se inteirou mais sobre esse importante desafio global, vamos entender melhor qual é a relação do trabalho da ADC com o ODS #1: Erradicação da Pobreza. Quando falamos de desenvolvimento territorial como missão da ADC, estamos dizendo que nossa causa busca amenizar os efeitos socioeconômicos de períodos de recessão e fortalecer comunidades vulneráveis diante dos efeitos de qualquer crise, ao mesmo tempo em que colocamos os pilares para criar condições de crescimento no longo prazo. Nos últimos anos, diagnosticamos que a parcela da população mais afetada pelo desemprego é justamente a mais próxima à linha da pobreza, mas é também a parcela que busca empreender como alternativa à esta difícil realidade. Neste sentido, é preciso uma dedicação e esforço para que a jornada empreendedora seja bem sucedida, mantendo essas pessoas fora da linha da pobreza e, assim, fortalecendo o ODS #1. Para compartilhar com maior detalhe qual é exatamente nossa colaboração à erradicação da pobreza, podemos tomar como exemplo o caso de uma microempreendedora que, depois de perder o emprego num restaurante, abriu um bar no qual passou a dedicar-se em tempo integral. Embora não tivesse nenhum treinamento ou preparação para tocar o negócio, ela começou a participar das capacitações da ADC em outubro de 2018. Desde então, começou a registrar receitas e despesas, abriu uma conta corrente e aos poucos começou a melhorar a aparência do local. No início, seus clientes eram os do bairro, mas as melhorias no espaço permitiram atrair e reter outros clientes, que passavam e ficavam atraídos pela localização e pela genuinidade de seus produtos orgânicos e pratos preparados na hora. Ela participou do nosso concurso pelo melhor plano de comunicação no projeto ISC (março 2019). Não sabendo usar o computador, a primeira versão foi escrita à mão, mas logo depois ela procurou ajuda para apresentá-lo da maneira mais profissional possível. Além da forma, os conteúdos eram extremamente adequados à sua situação e ao seu público, com ações muito focadas na divulgação da imagem com forma física (faixas a serem vistas da rua, toalhas de mesa, camisetas, xícaras, etc.) e, no final, avaliada por um júri de profissionais do setor, do qual saiu entre os vencedores. Os resultados dessas progressivas melhorias não demoraram a chegar e logo a microempreendedora demonstrou ser capaz de valorizar uma situação de vulnerabilidade, evidenciando que é possível sair da crise de forma criativa com a orientação de outros profissionais mais experientes. A história dessa microempreendedora é um caso de sustentabilidade no tempo, que colabora diretamente com as metas de erradicação da pobreza do ODS #1. “Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares” é um objetivo ambicioso, mas extremamente relevante à dignidade humana. Para saber mais sobre as metas, acesse o site das Nações Unidas. Para cada uma dessas metas, há indicadores que orientam como as organizações (de qualquer setor) podem mensurar seu impacto socioambiental, colaborando ainda mais com a Agenda 2030. Eles podem ser consultados no Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA). Agora que você já conhece bem o ODS #1 e como mensurar o impacto da sua organização relacionada à esta meta da Agenda 2030, mãos à obra para transformar o mundo! Se todos fizerem um pouco, poderemos comemorar juntos muitas conquistas na próxima década!!!
- Fim do primeiro ciclo de capacitações do ano!
No dia 03/03/2020 finalizamos o ciclo “Criando e Fortalecendo seu Negócio” com a capacitação sobre modelo de negócios e mudanças de hábito na atualidade, realizada em parceria com o SEBRAE representado, na ocasião, pela consultora Márcia Borges. A capacitação resgatou uma série de pontos que foram tratadas no decorrer do ciclo: importância do planejamento, identificação das prioridades e seus métodos de execução. Além disso, Márcia também ressaltou a necessidade da criação de indicadores capazes de mensurar e acompanhar os resultados alcançados por cada microempreendedor. Por que registrar entradas e saídas? Por que separar o orçamento doméstico do empreendimento? Por que criar um planejamento e estabelecer metas? É necessário entender objetivamente o valor de cada ação numa mudança profissional, senão a atividade torna-se mecânica e se perde. Registrar entradas e saídas e separar os orçamentos permite uma visão sistêmica do seu próprio negócio. A criação de uma meta define o objetivo a ser alcançado e o planejamento é uma ferramenta viva para trilhar este caminho. Viva? Sim! Viva! Um planejamento deve estar preparado para possíveis mudanças e adaptações. E, para isso, é preciso estar sempre atento ao processo: avaliações honestas e recorrentes tornam-se fundamentais. Estamos no caminho certo? Os dados podem responder. Eles são as ferramentas de análise que possibilitam ações e estratégias para tornar o empreendimento sustentável, lembrando sempre que a flexibilidade é fator fundamental para alcançar os objetivos. O ciclo de capacitações foi criado como um organismo vivo: aberto às adaptações, intempéries e com muita vontade de despertar mudanças concretas em cada um. O envolvimento dos participantes, seja pelos olhares atentos, alta frequência e dúvidas expostas, demonstrou comprometimento com o conhecimento e sua aplicação na prática. Muitas vezes, o horário extrapolou e, mesmo assim, os participantes continuaram lá. Após o término, muitos vinham procurar alguém da equipe da Aventura de Construir (ADC) para contar sobre as mudanças que estavam ocorrendo em seu negócio e vida após o curso. Durante o ciclo, contamos também com a participação de Lemuel Simis, (sócio cofundador da Firgun) em duas das capacitações para apresentar a possibilidade de microcrédito para os participantes. Lemuel sempre fez questão de lembrar que é preciso se afastar da impulsividade e possuir um planejamento para obter bons resultados com o microcrédito. Além da participação ativa de todos os envolvidos, quatro empreendedoras tornaram-se também executoras durante as capacitações. Com dedicação e técnica, o conhecimento delas foi compartilhado e inspirou a todos presentes, evidenciando que a formação de multiplicadores é, além de bem-vinda, bem sucedida por aqui! Nós, da ADC, agradecemos todos os envolvidos por estarem ali de pelo peito aberto e os olhares atentos. O ciclo termina, mas o conhecimento extrapola espaços e segue vivo para transformar a vida de cada um de nós. Para as fotos, o link é: http://bit.ly/2vFGToZ
- Fim do primeiro ciclo de capacitações do ano!
No dia 03/03/2020 finalizamos o ciclo “Criando e Fortalecendo seu Negócio” com a capacitação sobre modelo de negócios e mudanças de hábito na atualidade, realizada em parceria com o SEBRAE representado, na ocasião, pela consultora Márcia Borges. A capacitação resgatou uma série de pontos que foram tratadas no decorrer do ciclo: importância do planejamento, identificação das prioridades e seus métodos de execução. Além disso, Márcia também ressaltou a necessidade da criação de indicadores capazes de mensurar e acompanhar os resultados alcançados por cada microempreendedor. Por que registrar entradas e saídas? Por que separar o orçamento doméstico do empreendimento? Por que criar um planejamento e estabelecer metas? É necessário entender objetivamente o valor de cada ação numa mudança profissional, senão a atividade torna-se mecânica e se perde. Registrar entradas e saídas e separar os orçamentos permite uma visão sistêmica do seu próprio negócio. A criação de uma meta define o objetivo a ser alcançado e o planejamento é uma ferramenta viva para trilhar este caminho. Viva? Sim! Viva! Um planejamento deve estar preparado para possíveis mudanças e adaptações. E, para isso, é preciso estar sempre atento ao processo: avaliações honestas e recorrentes tornam-se fundamentais. Estamos no caminho certo? Os dados podem responder. Eles são as ferramentas de análise que possibilitam ações e estratégias para tornar o empreendimento sustentável, lembrando sempre que a flexibilidade é fator fundamental para alcançar os objetivos. O ciclo de capacitações foi criado como um organismo vivo: aberto às adaptações, intempéries e com muita vontade de despertar mudanças concretas em cada um. O envolvimento dos participantes, seja pelos olhares atentos, alta frequência e dúvidas expostas, demonstrou comprometimento com o conhecimento e sua aplicação na prática. Muitas vezes, o horário extrapolou e, mesmo assim, os participantes continuaram lá. Após o término, muitos vinham procurar alguém da equipe da Aventura de Construir (ADC) para contar sobre as mudanças que estavam ocorrendo em seu negócio e vida após o curso. Durante o ciclo, contamos também com a participação de Lemuel Simis, (sócio cofundador da Firgun) em duas das capacitações para apresentar a possibilidade de microcrédito para os participantes. Lemuel sempre fez questão de lembrar que é preciso se afastar da impulsividade e possuir um planejamento para obter bons resultados com o microcrédito. Além da participação ativa de todos os envolvidos, quatro empreendedoras tornaram-se também executoras durante as capacitações. Com dedicação e técnica, o conhecimento delas foi compartilhado e inspirou a todos presentes, evidenciando que a formação de multiplicadores é, além de bem-vinda, bem sucedida por aqui! Nós, da ADC, agradecemos todos os envolvidos por estarem ali de pelo peito aberto e os olhares atentos. O ciclo termina, mas o conhecimento extrapola espaços e segue vivo para transformar a vida de cada um de nós. Para as fotos do último dia de capacitação, o link é: http://bit.ly/2vFGToZ _______________________________________________________________________________________________________
- Protagonistas compartilhando conhecimento! Nova capacitação
Dia 17/02, 22:00, recebemos o e-mail com a apresentação da capacitação de Cristiane e Aline Moura, microempreendedoras e irmãs, donas da loja “Reino das fraldas”, localizada na cidade de Santana do Parnaíba, no bairro São Pedro. A AdC convidou as duas irmãs para preparar a terceira capacitação do ciclo “Criando e fortalecendo seu negócio”. A proposta foi aceita com todo cuidado e empenho necessário. Com o título “O processo de um negócio com poucos recursos”, Cris e Aline surpreenderam a todos com a didática exibida. A capacitação ocorreu no dia 18/02, terça-feira, apresentou 18 participantes, e foi dividia em seis partes: Pesquisa de mercado Fornecedores Negociação x Compras Controle de faturamento mensal Dúvidas Dinâmica inicialmente, Cris lembrou a todos que sua história não era diferente da deles. Disse também que esperava que novas perspectivas fossem criadas por meio do conhecimento concreto, a partir dessa realidade comum. Ao falar do 1º tópico, ela enfatizou a necessidade presente, na vida de todos microempreendedores, de formular determinadas perguntas sobre seus negócios: “Meu negócio tem demanda de clientes em minha região? Como identificar meu cliente em potencial? Quem são meus concorrentes e como trabalham?”. De forma geral, Cris incentivou a todos presentes que realizassem uma pesquisa sobre seus empreendimentos. E caso as respostas não fossem imediatas, estava mais do que na hora de buscá-las. Os microempreendedores possuem dificuldade em realizar contato com os fornecedores por serem menores do que outras empresas, no entanto, Cris ensinou alguns métodos para facilitar este encontro. Após a identificação, o pagamento em dia, a fidelidade e uma frequência maior de compra contribuírem para manter uma parceria saudável. O crescimento do negócio não acaba com as perguntas, pelo contrário, elas devem aumentar, afinal, este movimento de refletir sobre o próprio trabalho que garante que o empreendimento se torne cada vez mais potente. “Eu entendo meu negócio? Minhas vendas são o suficiente para eu alcançar meus objetivos e ter sucesso e cumprir com as minhas dívidas?” Para começar responder as perguntas acimas e tantas outras, Cris e Aline expressam como ponto fundamental saber quanto custa sua loja. Mas como? Entendendo e registrando os gastos fixos e variáveis da empresa. De nada vale um registro, se ele não é utilizado como ferramenta de análise, por isso, é preciso entender o que os dados mostram e a partir deles, determinar metas e estratégias para cumpri-las. Muitos esquecem, mas é preciso acrescentar na lista de gastos fixos, o pró-labore, conhecido também como o tão famoso salário. Cris e Aline mostraram uma tabela de gastos fixos e variáveis, e depois todos participaram de uma dinâmica! A sala da capacitação virou uma empresa, e em consenso, definiram: Segmento da empresa Gastos fixos e variáveis Dias a se trabalhar Ao somar todos os gastos e dividir pelos dias trabalhados, o valor encontrado é a base para entender o negócio e definir as metas. E é fundamental o acompanhamento diário para situar o contexto em que o empreendimento vive e, se necessário, rever as metas. Cris e Aline compartilharam que, não vão folgar no carnaval, pois tem metas diárias, claras e estabelecidas e precisam cumpri-las. O fato de serem donas do negócio não as liberam de responsabilidades, pelo contrário. Não acaba por aí, após uma capacitação incrível como essa, tivemos a presença de Joyce Baena, fundadora da La Gracia, empresa de comunicação que possui como alguns de seus pilares a empatia e a horizontalização. Um dos objetivos da La Gracia é “tornar a comunicação algo compreensível e interativa” e a partir desta premissa, Joyce dividiu os participantes em grupos e pediu para que refletissem por alguns instantes sobre as dificuldades cotidianas de seus empreendimentos, na área da comunicação, que gostariam de resolver. Depois, os grupos comentaram suas questões com os demais participantes, compartilhamos algumas das respostas: Falta de tempo para postar em redes sociais WhatsApp, como utilizar esta ferramenta para potencializar meu negócio? Como inserir meu empreendimento no Google Maps Como criar campanhas sazonais / datas comemorativas Dificuldade em postar fotos (tirar fotos e edição) O objetivo desta conversa ainda é segredo! Mas garanto que vem mais coisa por aí. Ainda na mesma noite, recebemos algumas mensagens sobre a capacitação e dividimos uma com vocês: “Nossa to maravilhada com esse curso eu estava dormindo um sono profundo e agora acordei” Agradecemos imensamente a Cris e Aline que toparam com toda a empolgação e cuidado realizar a capacitação do dia 18/02. Que cada um continue a se tornar protagonista de sua própria história e a inspirar e contribuir com a história dos outros.
- Primeira capacitação do ano: De um jeito novo!
A partir da discussão realizada durante a reunião de planejamento, em dezembro de 2019, identificamos a necessidade de envolver mais os microempreendedores na execução das capacitações. Um dos principais objetivos da primeira capacitação do ano foi identificar os maiores desafios vivenciados por microempreendedores e apresentar soluções possíveis a partir de histórias reais. Na preparação do conteúdo, revisitamos fichas de assessoria, entrevistas e conversas que escuto durante e ao término das capacitações. Com todos estes materiais, identificamos algumas frases recorrentes dos microempreendedores ditas em diversos momentos de suas vidas. Frases que expressavam insegurança, dúvidas, medos… Mas também detectamos as soluções que estas pessoas encontraram para superar alguns dos problemas mencionados. Com esta ideia na cabeça convidamos três microempreendedoras para comentar suas experiências a partir dos tópicos propostos. Fernanda Hitos nos contou sobre o esquema de permuta. Ela não possuía dinheiro para garantir um espaço numa feira, realizada no Beco do Batman em São Paulo, mas com criatividade e disposição solucionou o problema: ajudou na organização do evento em troca de um lugar para expor suas biojoias. Aline e Cris inspiraram a todos com a história do “Reino das Fraldas”, com planejamento, organização e cautela superaram uma série de desafios. Possuem um atendimento personalizado: elas realizam as entregas de seus produtos de carro, por mais que gastem um pouco mais, ficaram conhecidas pelo acolhimento. E não só por isso, elas nos contaram que desde o momento que entram no carro até a última entrega, disparam um jingle. A música anima as crianças do bairro e anunciam a chegadas das meninas do “Reino das Fraldas”. Nea compartilhou que, no começo de seu empreendimento, era extremamente insegura e desorganizada. Começou participar das capacitações de Aventura de Construir, e conseguiu identificar quais eram suas maiores dificuldades e se mobilizou para solucioná-las. Deixou claro que não adianta especular, é preciso de ação e persistência. A capacitação foi dinâmica e as microempreendedoras foram também multiplicadoras de conhecimento e inspiração. Muitos participantes dividiram seus anseios e experiências e perceberam que não estão, de fato, sozinhos. O encontro também permitiu que os participantes pudessem refletir sobre como se enxergam, e perceber, que, às vezes, também reproduzem os mesmos preconceitos que os atingem. É preciso estar atento e desconfiar de soluções milagrosas. Após a capacitação recebemos algumas mensagens de agradecimento, compartilhamos uma delas: “Muito obrigado adorei a palestra.. Parabéns. Por acredita no sonho de cada um.. Estava pensando em desistir..Mais hoje ganhei fôlego.Obrigado mesmo. Que Deus abençoe vcs mais e mais” Adriano Santana França. Fichas de avaliação: Cerca de metade dos participantes já possuem um negócio e a outra pretende abrir nos próximos três meses. Quando indagados sobre o motivo que os levaram a abrir um negócio, a maioria responde que sempre teve este sonho, que está relacionado a algo que sempre desejaram fazer. Alguns relatam que o fato de ficarem desempregados influenciou para tal. As dificuldades mais recorrentes no processo de desenvolvimento e continuidade do negócio: Dinheiro para investir no negócio Organização e planejamento Insegurança Divulgação da marca Os participantes relataram sair da capacitação levando em consideração as seguintes premissas para seguir: Valorização própria Planejamento e organização (registro de receitas e despesas, conhecimento teórico para uma prática segura) Rede de ajuda comunitária (aprender com o outro que está próximo, não ter vergonha nem medo de perguntar)
- SDG Action Manager: o impacto do seu negócio é real?
Você ainda não conhece o novo influencer do pedaço? O SDG Action Manager não é uma pessoa, mas chegou para ser tendência e você não pode ficar por fora deste assunto! O Pacto Global e a BLab lançaram uma nova ferramenta com o objetivo de medir a influência das empresas em relação aos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Essa ferramenta é a plataforma do SDG Action Manager, o termo pode ser novo, mas é melhor se acostumar porque veio para ficar e transformar o modo de mensurar o impacto positivo do setor privado na sociedade. Em poucas palavras, podemos dizer que trata-se de uma inovação social online e gratuita capaz de colaborar com os processos empresariais de alinhamento de suas estratégias e operações às metas da Agenda 2030. Fomos muito rápido? Então calma, antes você precisa se inteirar sobre o que são os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS). Para isso, já temos um conteúdo pronto que você pode ler clicando aqui. Agora que você se inteirou sobre o assunto, podemos continuar! O SDG Action Manager é uma ferramenta extremamente útil que permite às empresas socialmente responsáveis indicar riscos e oportunidades de negócios, além de propor novas metas que orientem a elaboração de planos de ação relacionados aos ODS. De acordo com o Pacto Global, o SDG Action Manager “reúne a Avaliação de Impacto do B Lab, os Dez Princípios do Pacto Global das Nações Unidas e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) para fomentar a ação de empresas por meio de autoavaliação dinâmica, benchmarking e melhorias. Essa ferramenta foi elaborada com o apoio ativo de diferentes partes interessadas, incluindo especialistas em sustentabilidade empresarial, sociedade civil, Nações Unidas e mundo acadêmico, e teve como inspiração a comunidade de Empresas B e as empresas que participam do Pacto Global das Nações Unidas”. Nós sabemos que o setor empresarial evoluiu muito nos últimos anos em relação aos temas da Agenda 2030, mas também sabemos que há muito para ser feito e melhorado, sobretudo em relação a metodologia de avaliação de impacto e mensuração de alcance das metas traçadas nos ODS! Neste sentido, o SDG Action Manager permite que gestores das áreas de responsabilidade social corporativa repensem suas atuações de modo que seus programas se conectem com os ODS de modo eficaz e sejam mensurados, permitindo que o Pacto Global avalie o alcance das metas de cada um dos 17 objetivos globais definidos pela Agenda 2030 da ONU. Ainda poderia nascer a pergunta: “Por que a Aventura de Construir tem interesse em divulgar uma ferramenta como o SDG Action Manager?” A nossa Associação é uma das 110 ONGs brasileiras que participam do Pacto Global (para conferir quais são as outras organizações, acesse a lista completa aqui) e enxerga a urgência de trabalhar de forma sinérgica no ecossistema do impacto social. Você quer começar agora? Então acesse a plataforma do SDG Action Manager através deste link aqui e inicie uma jornada em prol da transformação do planeta com a gente!
- Sabotar o subterrâneo com arte e protagonismo
No dia 18 de janeiro, sábado, parte da equipe AdC se encontrou com microempreendedores, na Estação Vila Prudente, para prestigiar em conjunto a exposição “Identificam-se Protagonistas”. A diversidade do público tornou o tom da conversa ainda mais potente: não estavam apenas aqueles que participaram do projeto, mas também estavam presentes seus filhos, amigos, outros microempreendedores acompanhados pela AdC, voluntários novos e antigos. Solange Santos e Renan Andrade Silva, representando a Linha da Cultura do Metropolitano de São Paulo, também marcaram presença. A vontade em compartilhar e ouvir experiências era escancarada por todos e nem o ruído intenso, recorrente de uma estação movimentada, foi capaz de atrapalhar o encontro. O movimento da conversa acompanhou o transitar do público entre uma foto e outra. O fotógrafo Diego de Carvalho contou sobre sua experiência durante o incrível processo em registrar o trabalho destes microempreendedores que protagonizam transformações nas periferias de São Paulo. Segundo Diego, o êxito da exposição foi também consequência da conexão criada com cada pessoa, afinal, contar a história dos outros exige imersão no cotidiano, contar histórias não é só apertar um botão… requer responsabilidade: “um retratista olha a conjunção como um todo, a foto fica muito mais limpa, cria-se uma conexão”. Renan Andrade complementou dizendo que, assim como a foto é uma parte, “uma exposição é um resultado de muitos projetos de pesquisa”. Sabrina, Camila, Nea e Nathalia são exemplos de microempreendedoras que participaram do projeto e estavam presentes no encontro. Isaac, filho de Sabrina, estampa uma das fotos com seu riso largo. A família possui um mercadinho na zona oeste de São Paulo e todos cooperam para o fortalecimento do empreendimento. Sabrina compartilhou que, para Isaac, fazer parte de uma exposição como esta o deixou extremamente orgulhoso e mais comprometido com as tarefas exercidas no cotidiano do empreendimento. Segundo Camila, que desenvolve produtos naturais de estética, “no começo a gente tem vontade de desistir toda hora”, mas ela conta que a AdC surgiu neste momento para orientar, acompanhar e acreditar no microempreendedor. Nea, dona de um rancho, conta que a sua foto exposta movimentou a dinâmica da família: “eles me ligam e contam que me viram no metrô”. Todos ali partilharam da mesma opinião: dividir experiências fortalece a nossa história. A criatividade do outro em solucionar um determinado desafio atiça a sua! Inspira. Nathalia trabalha com a mãe, Ângela Maria, numa creperia e doceria, também na zona oeste de São Paulo. Se no começo dividiu um sentimento de tristeza, esclarecendo o comportamento típico de pessoas que deixam de comprar produtos em seu próprio bairro por diminuir a periferia e enaltecer bairros centrais, ao final, a timidez de Nathalia não a impediu de falar que o encontro daquele dia a motivou para enfrentar os desafios, entendendo que não está sozinha. Camila conclui: “é muito legal para minha autoestima como microempreendedora me ver através do olhar de outro profissional pois às vezes a gente não se enxerga, não veem como é potente”. Nós, da AdC, sabemos que da mesma forma que uma exposição é resultado de muita pesquisa, a força destes microempreendedores também é resultado de muitos processos… processos que não findam. Adriana, beneficiária da AdC há mais de um ano, possui uma editora em conjunto com sua família que publica livros sobre o autismo a partir das experiências de seu filho, apesar de não participar deste projeto especificamente, ela estava presente no encontro e contou que viu a exposição mais de uma vez e a divulgou para seus familiares e amigos. Adriana vibrou junto com cada história, afinal, se identificou com elas. Sentimento que parece habitar as pessoas que passam pela exposição. Os participantes alegaram, que, após esta experiência, começaram a reparar ainda mais nas outras exposições do subterrâneo. Ricardo Pandolfi, gerente de Comunicação e Marketing do Metrô de São Paulo, apesar de não estar presente, enviou uma mensagem encorajando os microempreendedores e enfatizando a importância deles na economia brasileira. A princípio, uma estação de metrô, pode não ser o espaço tido como ideal para uma exposição, mas… se deslocarmos um pouco o olhar, podemos nos deparar com experiências maravilhosas, como este encontro. Nós da AdC agradecemos a toda equipe do Metropolitano de São Paulo que contribuiu (e contribuí) para tornar esta experiência possível, e a todos os presentes que compartilharam suas histórias com coragem e inspiração!
- Caso de Sustentabilidade
Nosso caso de sustentabilidade deste mês, conta um pouco da jornada empreendedora de uma moradora no Jd. Canaã, bairro da zona Oeste de São Paulo. Maria Alcione é uma empreendedora que adquiriu suas expertises antes mesmo de ser dona do seu próprio negócio. O ano de 2019 foi muito especial para essa mulher empreendedora. Desde sua primeira assessoria, no dia 24 de janeiro desse mesmo ano, Alcione já se mostrou uma pessoa de postura aberta, ativa e muito focada em vendas e melhorias para o negócio. Ela tocava um box, a Boutique Canaã, dentro de uma galeria no Jd. Canaã, que não era seu: ela foi contratada por uma ex-cunhada de seu marido e recebia por dia, não havia comissão sobre as vendas. Diante de situações fora da curva, percebemos as pessoas que são diferenciadas, pois mesmo sem comissão, Alcione inventava e reinventava tudo o que podia – nem tudo ela podia, pois dependia do aval das donas para aumentar as vendas no box: fazia sacolas para entregas na casa das clientes, fazia pedidos de acordo com o que as clientes davam de dicas, se disponibilizava nas redes sociais para interação com as clientes, postava fotos, etc. Ela realmente entendia o que era vender e o que era necessário para vender. Em sua primeira assessoria, ela já indicou que seu sonho mesmo era ter o seu próprio negócio, e para isso, sempre contou também, com o apoio de seu marido, o Paulo. Então suas assessorias com a Aventura de Construir sempre foram direcionadas em duas partes: falando sobre a situação atualizada do box e as melhorias que ela fazia ali, recebendo dicas e feedbacks de nossos assessores, e, também, sobre planejamento e estruturação de um novo negócio, como iniciar um empreendimento do zero e obter o almejado sucesso. Com as dicas da Aventura de Construir, Alcione melhorava em aproximadamente 45% o volume de vendas do Box onde trabalhava, com suas estratégias e perfil de vendedora ativa, mas mesmo assim, não era valorizada e isso a desanimava muito. Em setembro de 2019, o desanimo deu lugar à coragem, e a empreendedora decidiu que não ficaria mais presa, que voaria por conta própria e seria a maior responsável pelo seu sucesso. Contou com a colaboração e as assessorias da Aventura de Construir para que esse processo fosse o mais planejado e bem estruturado possível. Maria Alcione alugou um imóvel e mesmo antes de sua inauguração, já recebia elogios das pessoas que passavam em frente à loja, dizendo que os detalhes estavam ficando lindos e que estavam ansiosos pela inauguração. Então, no dia 02 de novembro de 2019, seu primeiro empreendimento foi inaugurado: a loja Alcione Dias – “Estar na Moda é ser você mesma”. Com muito carinho e muitos detalhes pensados com cuidado para agradar suas clientes, ela conseguiu inaugurar com muito sucesso. Por exemplo, fez um cantinho do café, com biscoitos, chocolate, variações do tipo de café, entre outros mimos, para que as clientes sintam esse carinho no atendimento: Desde quando essa ideia surgiu, ela e o marido (que tem um trabalho formal) guardaram para poder fazer o investimento no seu negócio. Nosso foco em 2020 com a empreendedora, é que a sustentabilidade do negócio seja mantida e que as finanças e o planejamento sejam sempre organizados para que ela seja uma gestora inovadora. Uma das coisas mais agradáveis nas assessorias, especificamente falando de 2019, foi ver a evolução tangível dos empreendedores. Alcione é um caso de muita perseverança e força de vontade para empreender, pois deu o seu melhor, mesmo quando não tinha as melhores condições para fazê-lo. Mesmo quando não era valorizada. Escutar sobre a gratidão da empreendedora com a Aventura de Construir, durante esse processo, não tem preço.Isso nos motiva para que em 2020 façamos um trabalho ainda mais profissional, estimulando que casos como o da Maria Alcione, com uma ideia do papel à realidade, sejam cada vez mais comuns.
- O que é Economia Solidária?
O que é economia solidária? Para entendermos o que é a economia solidária, precisamos visitar alguns conceitos econômicos e de gestão para começarmos essa conversa. Mas pode ficar tranquilo, nós vamos explicar tudo para que não restem dúvidas. Basicamente, Economia Solidária é o nome dado ao conjunto de atividades econômicas, seja de produção, distribuição, consumo, poupança e crédito organizadas sob a forma de autogestão (forma de organização onde a administração da empresa é feita pelos seus participantes, com democracia direta, sem a figura do “patrão” e com igualdade entre seus membros). Vamos começar com um pouco de história. De onde vem o termo “Economia Solidária”? Os historiadores e estudiosos dizem que o termo surge na Grã-Bretanha, durante a Primeira Revolução Industrial. Foi uma reação dos artesãos que perderam seus empregos para as máquinas à vapor e na passagem do século XVIII para o século XIX surgiram os primeiros sindicatos e as primeiras cooperativas (símbolo da economia solidária). Porém, podemos dizer que a economia solidária já existe e acontece muito antes desta data. Partindo da visão intercultural, e baseando-se no conceito de movimentos econômicos fundados na solidariedade, foram reconhecidas práticas solidárias milenares no campo econômico muito antes da Revolução Industrial. O conceito A Economia Solidária, por definição, tem a pretensão de diminuir a desigualdade na sociedade, logo, é uma forma de economia colaborativa ao invés de competitiva. Só pode ser concretizada se houver plena igualdade entre todos que se unem para produzir, consumir, comerciar ou trocar, pensando nisso, a Economia Solidária visa a união entre iguais em vez do contrato entre os desiguais. Neste sentido, não existe competição entre os sócios, caso a cooperativa precise de diretores, estes são votados diretamente e se a cooperativa conseguir acumular capital, a divisão do lucro é igual entre todos os participantes. Porém, mesmo com a igualdade entre os participantes e cooperação entre as cooperativas, é inevitável que uma tenha o desempenho melhor que a outra, por isso, de tempos em tempos, deve acontecer uma nova equiparação entre elas por meio de incentivos do governo ou linha de crédito. Por fim, as decisões importantes sempre são tomadas em assembleias pelos sócios, utilizando o princípio que “cada cabeça é um voto” não importando o cargo ou posição que o sócio ocupa na organização. Economia Solidária no Brasil Agora que você já entendeu de onde vem e como funciona a Economia Solidária, vamos falar do efeito que ela tem no Brasil. Mundialmente falando, a Economia Solidária tem crescido de forma muito rápida, porém, pensar em nisso no contexto brasileiro é algo realmente significativo. O aumento deste modelo de negócio deve-se à diferentes fatores internos como o desemprego, o êxodo rural e a constante exclusão. Nos últimos anos, notou-se a Economia Solidária brasileira, muito mais do que organizações isoladas, como um movimento. Movimento esse que tem influenciado ações políticas como a aprovação do Projeto de Lei PLC 137/2017 pelo Senado. Hoje, a criação da PNES (Política Nacional da Economia Solidária) auxilia e regulamenta o desenvolvimento de mais empreendimentos no modelo de Economia Solidária para que sejam verdadeiramente solidários, pois os empreendimentos precisam cumprir uma série de requisitos para entrarem na PNES. Mas nem tudo são flores. Hoje em dia, existem diversas falsas cooperativas em atividade no Brasil. E o que são as falsas cooperativas? Por se tratar de um modelo de negócio em que não existem funcionários, apenas sócios, os pagamentos são feitos pro forma, ou seja, não são obrigados a pagar nenhum direito trabalhista que os brasileiros possuem numa forma de contratação formal como décimo terceiro, fundo de garantia, férias, etc. Portanto, os empresários criam pseudocooperativas e diminuem quase pela metade o seu gasto com salários, retirando apenas os direitos trabalhistas adquiridos. Existe um projeto de lei em tramitação, para exigir das cooperativas o pagamento dos direitos trabalhistas básicos para os sócios, assim diminuiriam as cooperativas de fachada e aumentaríamos o desenvolvimento da Economia Solidária no Brasil. Pensando nisso, a Aventura de Construir não trabalha com cooperativas diretamente, porém, nós auxiliamos microempresários das periferias de São Paulo a abrirem e concretizarem seus negócios, gerando assim renda e emprego para as comunidades em que vivem. Se formos basear-nos no conceito de Economia Solidária, a Associação tenta, por meio das capacitações e assessorias aos microempresários, diminuir a desigualdade na sociedade. E aí, gostou do texto? Acha que foi útil para você? Então faz o seguinte: para não perder os próximos, acompanhe a gente no Instagram para conhecer as novas publicações! @aventuradeconstruir
- Abra seu negócio sem gastar um real!
Você nunca pensou que microempreendedores da periferia de São Paulo podem ser seus “sócios” com a doação de até 6% do seu Imposto de Renda?! Tem coisa melhor do que doar para quem empreende e transforma realidades?! Além de fazer parte dessa transformação, você ainda pode mudar o cenário da cultura de doação no Brasil por meio de doação deduzida da sua declaração de Imposto de Renda. Com essa ação, será possível que a Aventura de Construir siga acompanhando protagonistas. Como realizar essa doação do seu IR? Se você apresenta a declaração completa de imposto de renda, é possível destinar até 6% do imposto devido à esta causa com 100% de restituição (no caso de imposto retido na fonte) ou abatimento (no caso de imposto a pagar) em 2020. Para doar, basta seguir os seguintes passos: 1) Calcular até 6% do seu IRPF devido para garantir dedução de 100% do valor doado (para calcular o valor que você pode destinar, é necessário fazer uma estimativa com base no recibo de seu último IR). 2) Fazer um depósito na conta bancária indicada até dia 27/12/2019 e enviar o comprovante para contato@aventuradeconstruir.org.br; Razão Social: ASSOCIACAO AVENTURA DE CONSTRUIR CNPJ 23.417.416/0001-05 Banco do Brasil Ag. 6807-1 – c/c 43005-6 3) Será emitido um Recibo de Mecenato que deve ser anexado na sua declaração completa de IR 2020; 4) Para que o valor doado seja deduzido do valor do imposto a ser pago ou somado ao valor da restituição, você deverá declarar o valor acessando seu Formulário de Declaração Completa > Fichas de Declaração > Doações efetuadas > Selecionar o código 41 (Incentivo à Cultura) > Inserir o valor doado e o CNPJ da Aventura de Construir (CNPJ 23.417.416/0001-05). Nos campos de identificadores, insira: Identificador 1: CPF do doador Identificador 2: 001 5) O valor doado será deduzido do valor de imposto a ser pago ou somado ao valor da restituição. Se tiver dúvidas, por favor, não hesite em entrar em contato. Apoie o microempreendedorismo sem gastar nada! Garantimos que é fácil, rápido, transparente... E TRANSFORMADOR! Lembra de seguir a gente no Instagram ou no Facebook! @aventuradeconstruir










