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  • Voluntariado e os microempreendedores acompanhados pela AdC

    Já falamos aqui no Blog da AdC sobre a importância de possuir um programa de voluntariado próprio como força motriz do desenvolvimento humano integral, de modo que tanto os voluntários quanto os receptores do voluntariado sejam beneficiados. Se quiser saber mais sobre isso, leia o artigo A potência do voluntariado em tempos de crise. Agora estamos aqui para te contar um pouco sobre a visão dos microempreendedores acompanhados pela AdC sobre seus relacionamentos com consultores voluntários. Uma das principais atividades que realizamos são as assessorias individuais e customizadas para cada tipo de empreendimento, por isso é justamente neste setor organizacional no qual temos mais voluntários envolvidos. No entanto, também contamos com voluntários importantíssimos à frente das capacitações coletivas. Como a metodologia da AdC é partir da realidade, pedimos para alguns microempreendedores contarem um pouco sobre a experiência que tiveram com os voluntários, tanto nas assessorias quanto nas capacitações. Algumas histórias valem a pena conhecer, pois com elas também é possível extrair aprendizados preciosos! Fernanda Hitos, microempreendedora no ramo de biojóias, realizou recentemente uma reforma em seu ateliê e depois da assessoria com o voluntário Zé Maurício começou a se atentar mais à produção de conteúdo no Instagram. Atualmente, ela está mais ativa nas redes. Após as orientações, também conseguiu precificar seus produtos (o que não conseguia antes) e está realizando vendas pelo Instagram. As vendas que estavam estagnadas no começo de maio já apresentam uma melhora importante. Quando perguntamos para Fernanda como foi exatamente essa experiência, vejam só o que ela contou: “Foi riquíssima! O Zé, além de ser extremamente atencioso (durante e após a assessoria), tem muito conhecimento e domínio sobre a minha área de atuação. Deu dicas que trouxeram resultados rápidos, como por exemplos vendas pelo Instagram, coisa que não conseguia fazer até seguir algumas orientações dele.” E o mais interessante nesses relacionamentos é quando nos damos conta que o próprio voluntário também pode aprender numa assessoria. O caso da Adriana Barros, microempreendedora no ramo editorial, é muito relevante para demonstrar a relação de “ganha-ganha” inerente aos programas de voluntariado bem desenvolvidos. Leiam este depoimento belíssimo e contundente: “Declaro que foi muito positivo [receber assessoria]. Primeiramente, quanto a uma dica referente a atenção ao material que vou produzir para um Ciclo de Palestras (…). O Zé Maurício me ajudou a pensar melhor nesse assunto. Quanto ao outro assunto (durante a assessoria, o Zé ficou ainda mais interessado no meu trabalho por ter uma afilhada autísita), foi super significativo! Eu pude colocar em contato uma profissional da saúde e uma terapeuta ocupacional, especialista em cuidados de pessoas cegas e baixa visão, com familiares do Zé. Foi uma grande troca!” Em relação às capacitações, temos uma série de depoimentos preciosos! São tantos que realmente é difícil escolher somente um, mas fizemos um esforço em buscar por um depoimento que juntasse o maior número de peças possível. Nessa busca, o depoimento da Andrea dos Santos, microempreendedora no ramo dos salgados (dizem que a coxinha dela é um sucesso!), emocionou a equipe da AdC. Ela nos conta da sua experiência em dois momentos diferentes, ambos com voluntários: Live do Ferreirinha e Capacitação “Mapeamento do mercado e estratégias de atuação”, ministrada pela voluntária da AdC Luiza Locatelli no interior do projeto “Realidade Empreendedora”, financiado pelo Instituto CPP. “A aula da Luiza foi uma aula produtiva, pois ela falou das mudanças que estão ocorrendo no mundo e da importância na comunicação com os clientes (…) E a gente tem que estar sempre disposto, temos que inovar e não podemos ficar parados no tempo. (…) A Luiza explicou que inovação gera crescimento (…) e isto me ajudou na prática, tenho buscado outras receitas de coxinha, algo mais fitness, estamos entrando nessa nova geração mais saudável, é a tendência. E eu pesquisei tudo isso por causa da aula! Testei vários recheios, alguns deram certos e outros não, mas é isso, insistir sem medo. Sobre a aula do Ferreirinha [assista aqui a Live Travessia Desafiadora – Navegando em mares turbulentos] eu aprendi a importância em conhecer o cliente, de saber que a gente precisa tratar bem o nosso cliente, cuidar ainda com mais carinho! (…) Ele mostrou os doze mandamentos que estimulam o relacionamento com a venda e atendimento com os nossos clientes, e eu anotei tudo! Um dos que ele comentou é sobre falar menos e ouvir mais, hoje eu ouço mais meus clientes, e suas sugestões, além de entender que preciso compreender o lado emocional também deles. (…) O Ferreirinha colocou “dar explicações ao invés de desculpas” e isso mudou muito minhas ações. Tudo o que tenho aprendido tanto com o Ferreirinha quanto com a Luiza eu estou botando em prática!” Após termos contato com estes breves depoimentos, vemos o objetivo do nosso programa de voluntariado se concretizando ao transformar voluntários em agentes colaboradores do crescimento socioeconômico das comunidades, assim como do crescimento pessoal de cada um! Gostou de conhecer essas histórias? Ficou interessado em participar no nosso programa de voluntariado? Não perca esse momento de inspiração e faça parte desta jornada ganha-ganha com a gente! É bem simples participar: Envie um e-mail para contato@aventuradeconstruir.org.br com o título: Quero ser voluntário. No corpo do e-mail especifique a área que você pode apoiar (como gerenciamento de risco, marketing e finanças) e se tem preferência em empreendimentos de algum ramo específico (como moda, saúde e beleza, gastronomia, etc.). Depois disso, vamos conversar com você para alinharmos o treinamento, metodologia, como e para quem você irá fornecer uma assessoria voluntariamente! Para isso, temos um Guia Institucional do Voluntário especial para também compartilhar com você, caso queira compreender melhor. Para transformar realidades, começar por nós mesmos é um grande passo! E ser voluntário é mergulhar numa jornada de apoio, autoconhecimento e aprendizados capaz de transformar você e outras pessoas, fazendo a diferença e melhorando vidas!

  • APRENDENDO A GERENCIAR O NOSSO TEMPO…

    Todos os dias somos confrontados com o tempo (ou melhor, a falta dele) para realizar nossas tarefas diárias. Sejam elas pessoais, sejam elas profissionais. Vivemos em um mundo onde a tecnologia tomou conta, existem muitas distrações, somos bombardeados com informações de todos os lados, mas uma pergunta se mantém, como posso gerenciar meu tempo para conseguir finalizar todas as minhas tarefas diárias? Neste texto, vamos falar de algumas dicas que ajudarão na gestão das horas do seu dia, percebendo que se existe organização, tudo poderá ser alcançado sem precisar que o seu dia tenha mais que 24 horas! Para começarmos a entrar nesse tema, precisamos entender, o que realmente significa a gestão do tempo? Gestão do tempo é o processo de organizar e planejar como o seu tempo deve ser dividido entre as diversas tarefas diárias e, para isso, precisamos saber, de forma realista, quanto tempo cada tarefa demanda nesse nosso planejamento. Um gerenciamento de tempo eficaz é aquele que nos faz trazer o foco aos resultados. Quantas vezes passamos o dia começando diversas coisas, mas não finalizamos? Geralmente associamos estarmos ocupado a estarmos sendo produtivos e isso não é verdade. Vamos passar aqui as 3 regras de ouro da gestão eficaz do tempo: tempo que é gasto nos lugares certos para fazer as tarefas certas; está relacionada ao conhecimento de prioridades, obrigações e sua agenda; gerenciar o tempo gasto na vida profissional é beneficiar também todas as outras áreas da sua vida. Vale lembrar que uma gestão eficaz te agrega menos estresse, menos surpresas, menos retrabalho, menos esforço e mais tempo livre. É como diz o ditado: “Work smarter, not harder” Já entendemos o que significa gerir o próprio tempo e como fazê-lo traz bem às nossas rotinas. Vemos agora como se pode montar o próprio planejamento de forma concreta. Priorizar as tarefas É de suma importância que logo no começo do dia você faça uma lista de tarefas e as classifique por prioridade. Todos temos tarefas que precisam da nossa atenção imediata ou que precisam ser finalizadas naquele mesmo dia e outras que podem esperar um pouco mais. Lembre-se: tarefas não tão importantes podem demandar mais tempo do que uma tarefa que precisa de uma execução imediata. Não procrastinar Essa é uma etapa imprescindível para o nosso planejamento. Com a tecnologia, somos rodeados de informações e formas de comunicação que desviam a nossa atenção. Mas nesse momento, precisamos refletir sobre a importância daquela tarefa que seja menos prazerosa e o que isso vai render no futuro. Agendar as tarefas Assim como a tecnologia pode afetar negativamente a produtividade, ela pode nos ajudar no planejamento. Hoje, existem diversos aplicativos e programas que nos permitem agendar as tarefas e que nos avisam assim que devemos começá-las. Use a tecnologia a favor da sua produtividade! Definir prazos Definir prazos para cada uma das nossas tarefas faz com que mantenhamos o nosso foco, já que sabemos que temos um prazo para a entrega delas. Não fazer mil coisas ao mesmo tempo Muitas vezes associamos o “fazer tudo ao mesmo tempo” à produtividade, mas isso não é verdade. O ser humano em geral funciona melhor a partir do momento em que se foca em uma tarefa apenas. Ser multitarefas pode sabotar a sua produtividade. Fazer pausas As pausas podem parecer uma perda de tempo, mas são importantes para a nossa produtividade. Quando se sentir perdido ao ver todas as abas abertas, todas as tarefas a fazer, se permita fazer uma pausa para um café, uma água, uma conversa com os colegas ou para ouvir uma música. Ao voltar, sentirá sua mente funcionando melhor. Podemos dizer que nesse texto, aprendemos como podemos planejar o nosso tempo e como isso pode nos ajudar realmente a mantermos focados e melhorar a nossa produtividade. Que tal começar agora a se organizar para entregar as suas tarefas? Lembre-se: a mudança começa dentro do indivíduo e se expande para fora!

  • ODS em Pauta: Aventura de Construir e o ODS10 Redução das Desigualdades

    Temos diante de nós um grande desafio, que talvez seja o maior de nossas vidas levando em conta este período tão dramático causado pela pandemia de Covid-19: “Reduzir as desigualdades dentro dos países e entre eles”. Passando o olho por este objetivo até pode parecer que o mesmo foi pensado a partir da própria pandemia, que explicitou as diferenças socioeconômicas entre países e no interior de cada território. O novo coronavírus foi disseminado, na maioria dos países, pela circulação de pessoas com maior poder aquisitivo, as quais costumam viajar a trabalho ou lazer, mas o avanço das contaminações rapidamente chegou nas camadas mais pobres, vulneráveis e com pouco acesso à rede de saúde pública. No Brasil, em semanas poucas a pandemia se tornou uma grande ameaça às periferias, escancarando uma série de desigualdades tangíveis a nível global. Talvez o maior problema seja de acesso: acesso às orientações adequadas para evitar o contágio; acesso às informações de higiene, isolamento social e afins; acesso aos serviços básicos sanitários e de saúde pública; acesso à internet que seria utilizada para não interromper os estudos de milhares de crianças e jovens; acesso ao conhecimento necessário para lidar com crises econômicas, etc. Partindo da realidade, sem aderir paradigmas pessimistas ou otimistas, analisamos os cenários possíveis acompanhando informações científicas de especialistas. Nesse sentido, nos deparamos com um aspecto de retomada econômica com projeção de acirramento das desigualdades sociais caso a sociedade, governos e empresas não consigam lidar por um bom período com esse outro normal que emerge de forma tão rápida e desafiador. Segundo a ONU, a pandemia deve lançar 420 milhões de pessoas de volta à extrema pobreza em todo o mundo e o número de afetados por fome crônica pode subir de 135 milhões para 265 milhões. Isso significa que a crise gerada pela pandemia de Covid-19 deve aprofundar a desigualdade não só dentro dos países, mas também entre nações. “Nas especulações sobre o formato de saída da crise, em ‘V’ (queda e recuperação) ou ‘L’ (queda e estagnação), entre outros, o que vem se impondo é o ‘K’: os mais ricos e companhias maiores ganhando e os trabalhadores e empresas menores empobrecendo, abrindo a distância entre os dois grupos”, explica Fernando Canziano. Então, como responder a este cenário? Enxergamos que para construir algo tangível e universal é preciso antes construir o particular, por isso a Aventura de Construir (AdC), desde o início da pandemia, começou a trabalhar sobre a emergência, mas também sobre a construção de ações que respondem ao longo tempo à crise econômica, que agora ainda só está em seu começo. Dentre as muitas atividades realizadas, nosso apoio no processo de inscrição de microempreendedores no Matchfunding Enfrente (Fundação Tide Setubal em parceria com a Plataforma Benfeitoria) foi nossa grande ação relacionada ao ODS10: Redução das desigualdades. Esse é um exemplo concreto de uma ação focada no repasse de recursos financeiros diretamente para quem está na base da pirâmide, incentivando o desenvolvimento de fluxos financeiros e incluindo pequenas economias locais numa rede capaz de crescer, criar oportunidades de trabalho e transformar a dura realidade de muitos negócios de impacto social ou mesmo de subsistência num momento de interrupção das atividades presenciais. Para conhecer mais sobre essa campanha que gerou resultados surpreendentes e ainda está sendo monitorada pela equipe técnica da AdC, leia o artigo Projetos aprovados e campanhas no ar! Se você chegou até aqui e quer entender um pouco mais sobre a relação da AdC com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) das Nações Unidas (ONU), te indicamos as seguintes leituras aqui no blog: ODS1 Erradicação da Pobreza ODS4 Educação de Qualidade ODS5 Igualdade de Gênero ODS8 Trabalho Decente e Crescimento Econômico Nosso grande aprendizado num momento como este é perceber como o desespero não pode dar lugar ao conhecimento adequado da realidade, pois será este observar e aprender que permitirá a cada um entender como podemos ser criativos e inteligentes para originar ciclos virtuosos em resposta, incluindo a redução das desigualdades em todos os níveis e locais do planeta! Mais uma vez, a missão da AdC nunca pareceu ter tanto sentido como em todos estes meses de pandemi.

  • Saúde mental em tempos de pandemia

    Tanto ouvimos falar deste tema, mas no que consiste exatamente? O que ainda podemos aprender? A especialista Glaucia Rosana Guerra Benute, Pós Doutora em Psicologia Clínica com enfoque em Depressão e Ansiedade, compartilha hoje connosco os conhecimentos e experiência dela. A vida transcorria normalmente quando de repente o mundo pareceu “virar de ponta cabeça” e nossas vidas foram condicionadas a uma série de limitações. Para cuidar da nossa saúde e de quem amamos foi nos imposto o isolamento social, o distanciamento de pessoas queridas e o resguardo dentro de casa. Com isso, a atual pandemia fez com que nossas rotinas e prioridades fossem completamente reformuladas. Antes seria inimaginável pensar que estávamos tão expostos a um perigo que “mora em todos os lugares” e, pior, é invisível, não conseguimos saber onde exatamente se encontra e, por isso, não nos dá segurança para a defesa, para o afastamento, para a proteção. Assim, a vida nos colocou de encontro com o que talvez seja o maior medo que temos, o de morrer ou de perder quem amamos. De forma impotente olhamos para o que está acontecendo pedindo para que tudo passe logo. Na esperança de retomarmos nossas rotinas e nos encontrarmos com as pessoas que amamos, se possível, sem maiores perdas pelo caminho! Tudo isso faz com que nossa saúde mental corra riscos. No entanto, cada um de nós apresentará reações emocionais distintas, pois tudo dependerá da nossa história de vida pregressa, de características pessoais, relações familiares e do que sentimos que estamos perdendo ou que podemos perder: pessoas, renda, trabalho, entre outros. Com tantas alterações repentinas aliadas à incerteza que esta pandemia trouxe sobre nosso futuro, podemos ter sentimentos exacerbados de medo, estresse, alterações do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade pela perda de autonomia e da liberdade pessoal, impotência em proteger pessoas queridas, depressão, ansiedade. É tempo de aprender a cuidar da nossa saúde mental que, por tantas vezes, foi negligenciada ou esquecida. Então a questão é o que posso fazer para, de alguma forma, cuidar da minha saúde mental? A pandemia, que nos tirou tantas coisas, também deve nos possibilitar algumas avaliações em busca de alguma positividade. Claro que dependendo da vivência que se teve ficará mais ou menos fácil fazer este exercício. A perda de um ente querido e a dor do luto tornará este exercício mais difícil de ser realizado neste momento. No entanto, seguem algumas orientações para minimizar os riscos de desenvolvermos problemas de saúde mental: – É saudável estar atento aos acontecimentos decorrentes da pandemia no Brasil e no mundo, mas informação demasiada durante a maior parte do dia pode ser considerada como fonte de estresse. Selecione momentos específicos do dia para se atualizar, sempre de fontes confiáveis e oficiais, mas não se exponha a informações constantes; – Busque manter contato com as pessoas queridas se envolvendo e aprendendo a utilizar a tecnologia de forma lúdica; – Não se espelhe no que outras pessoas dizem que estão fazendo. Precisamos focar nas nossas possibilidades. Tente encontrar pequenos prazeres durante o dia; – Busque se concentrar nas vantagens do isolamento. Trata-se de proteção pessoal e das pessoas amadas. Você é peça central na interrupção da pandemia. É uma oportunidade de aprender a conviver com você e se realizar com isso. É por tempo determinado, logo poderemos retomar nossos contatos familiares/sociais; – Se perceber que sua saúde mental não está bem, sentindo medo exagerado, irritação, depressão, ansiedade, não tenha vergonha de buscar ajuda profissional. Muitos profissionais estão realizando atendimento a distância. Quanto antes você for atendido, mais rápido poderá se recuperar; – Se estiver em trabalho remoto, faça pequenas pausas. Se tiver filhos que estão em casa e precisam de atenção, quer seja para ajuda na escola, quer seja para obter carinho, estabeleça certa rotina, com horários dedicados a estes momentos. Se estiver tranquilo quanto a esta necessidade não se irritará ou se sentirá culpado por ter feito uma pausa para outras necessidades, antes inimagináveis. Esta situação de Pandemia que estamos vivendo é um grande desafio à nossa resiliência psicológica. Vamos encarar estes desafios e ter em mente que nossa saúde mental é tão importante quanto nossa saúde física.

  • Se com isolamento não se pode fazer quadrilha, comida e decoração são a solução

    O isolamento social trouxe distanciamento e com ele, a impossibilidade de festejar em eventos típicos, como a nossa tão querida festa junina: ficamos sem arraial, formação de quadrilha junina e outras danças típicas. Mas, os empreendedores, sempre atentos ao mercado e as necessidades do público, acharam uma solução para confraternizar, sem aglomerar e trazer alegria em meio às más notícias. Norma Nogueira, empreendedora do ramo de eventos, mora e trabalha na zona Oeste de São Paulo, no Jardim Canaã. Ela organiza festas e eventos com foco em casamentos e aniversários em sítios e chácaras, mas em período de quarentena, Norma teve que se reinventar, pois era justamente a aglomeração de pessoas que garantia o sucesso de seus eventos. E AGORA, O QUE FAZER? PARO E DESISTO OU ESPERO O ISOLAMENTO TERMINAR? Nem um, nem outro! A empreendedora buscou soluções com criatividade e ímpeto para desenvolver suas novas atividades. Pesquisou e encontrou a melhor forma de se reinventar: começou a fazer comidas para vender em marmitas prontas. Empreendedores têm de estar sempre com o olhar atento, e Norma é um exemplo vivo desta atitude: quando chegou o mês de junho, ela verificou que esse é o período da nossa tão carismática festa junina, então se perguntou, “Como posso aproveitar isso?”. A solução foi incrementar seu cardápio com comidas típicas de festa junina e divulgar nas redes sociais, com venda de kits e entregas em domicílio. No início o movimento foi devagar, mas quando as pessoas viram a possibilidade de confraternizarem em casa, com os seus familiares e deixar um pouco de lado as preocupações, a venda de produtos típicos de festa junina e kits elaborados para ocasião, “bombaram”!! Os produtos de cada kit variam de acordo com o gosto do cliente, os principais foram: paçoca, quentão, cachorro-quente, bolo de milho, canjica, arroz doce, maçã do amor, cuscuz paulista, creme de cural entre outros. Dá água na boca só de pensar! Outras pessoas também sentiram falta do clima de festa e colocaram a mão na massa e proporcionaram um dia diferente para toda a família, como é o caso de Carlos Raposo, morador da Zona Sul de São Paulo. Carlos, sua esposa e suas filhas se uniram, decoraram a casa e se vestiram a caráter, até o cachorrinho de estimação, Tobias, entrou no clima junino. Ana Paula, moradora da periferia oeste de São Paulo, também fez sua caracterização e decoração para comemorar a data e animar o clima entre os familiares. E para fazer tudo isso não precisou gastar nada, usou retalhos e papéis que tinha em casa. A empolgação foi tanta que ela compartilhou o cenário junino com os participantes do grupo do projeto “A Realidade Empreendedora”. A partir destas histórias, é possível perceber a união, perseverança e espírito de alegria para com a vida. Não importa o local ou a região, mas a esperança por dias melhores! Se inspire com estas histórias e lembre que cada um de nós pode mudar um pouco o clima e deixar a vida um pouco mais leve. E para isso, ninguém precisa de muito!! Valorizar um olhar positivo, a alegria e outros bons sentimentos nos ajuda diariamente a atravessar os mares turbulentos … e com quanta criatividade!

  • Caso de Sustentabilidade

    Da terra que vem o meu sustento e o produto orgânico é alento!!! Em 2019 em meio a falta de emprego e oportunidade, Evaldo dos Santos foi convidado por sua amiga a empreender na área rural, tendo como auxílio a cooperativa de agricultores da cidade de Cajamar, município há 29 KM da capital paulista. “O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho, é no dicionário” Albert Einstein Nesse período de desenvolvimento da agricultura, o empreendedor se especializou em produtos orgânicos e atualmente vive um momento de alta na produção, isso tudo devido ao auxílio da rede de parceiros e contatos formada no período de pandemia. A pandemia é só mais uma dificuldade! No mês de junho de 2020, Edvaldo está concretizando de fato o sonho de empreender e viver do campo, mas tudo isso começou no início da pandemia da doença COVID-19. No final do ano de 2019, o empreendedor havia fechado um contrato com a prefeitura de Cajamar para fornecer Hortaliças orgânicas, com início em janeiro até agosto 2020 em parceria com a associação, quando deu-se início a produção, logo veio a notícia do fechamento das escolas da cidade, ou seja, locais para qual Edvaldo fornecia as hortaliças, então o recebimento de recursos da prefeitura ficaria parado também. O período de incertezas e atribulações começa a diminuir, quando Edvaldo retoma o vínculo já estabelecido com a Aventura de Construir (ADC) e, as assessorias foram ferramentas que ajudaram a entender o panorama geral do seu negócio, situação que precisava de parcerias para minimizar os impactos da crise. A primeira parceria vem com o Carrefour, que por meio da ADC decidiu auxiliar o produtor rural, com a compra de seus produtos por meio da cadeia logística que utiliza com seus fornecedores, que vai desde o acompanhamento do plantio, data de fornecimento, embalagens com código de barras e entrega. A segunda parceria, vem quando o empreendedor Edvaldo desenvolve um projeto com auxílio das assessorias da ADC, e é selecionado no projeto de “Matchfunding Enfrente” (doações coletivas turbinadas) que contou com a parceria da plataforma de mobilização de recursos – Benfeitora, Fundação Tide Setubal e ADC. O projeto desenvolvido para minimizar os impactos da crise com a assessoria da ADC, ultrapassar em mais de 11% a meta de arrecadação. Nesse projeto, com programação para fornecimento entre final de junho e início de agosto, Edvaldo vai fornecer 1.500 hortaliças orgânicas, que alimentará 1.500 famílias e mais de 4.500 pessoas na região periférica de Cajamar, além de empregar 10 pessoas afetadas pela crise nas redondezas do empreendimento. Mas engana-se quem acha que parou por aí, a prefeitura de Cajamar retoma o contrato que estava parado e a produção começa “a todo vapor” no mês de junho. Foi necessário contratar 3 pessoas para trabalhar no cultivo das hortaliças e honrar com seu compromisso de entregar a quantidade pedida até 15 de agosto de 2020 . Percebemos que o empreendedor teve uma queda brusca no fornecimento de hortaliças no mês de abril, quando a crise estava mais acentuada, mas no mês de maio houve uma recuperação com o retorno dos termos do contrato com a prefeitura e o fornecimento das hortaliças para o projeto Tide Setubal. Os recursos financeiros de Edvaldo estavam em queda desde fevereiro até maio, muito devido a forte queda da produção do mês de março e abril. O mês de junho superou as expectativas, com os recursos da Tide Setubal alavancando os números para um aumento de 382% em relação a fevereiro e mais de 1.000% em relação a maio de 2020. Não bastasse todos os desafios, o empreendedor teve mais um, a sazonalidade dessa época do ano, que dificultaria a entrega de hortaliças para o projeto Tide Setubal, mas com seu perfil empreendedor arrojado, Edvaldo buscou parcerias com os agricultores da região para atender a meta de fornecimento de 1.500 hortaliças, contribuindo assim com o fortalecimento da agricultura de sua região. Por fim, vale ressaltar que Edvaldo ainda não conseguiu atender o projeto Carrefour, mas pelo empenho e dedicação, logo teremos um empreendimento “colhendo frutos” de mais um projeto e fortalecendo ainda mais a sua região, gerando emprego e renda.

  • Aventura de Construir na CNN

    Reportagem da CNN mostra cenário atual do Terceiro Setor e faz referência à Aventura de Construir (ADC) como uma das organizações sociais com significativo aumento na demanda de serviços No dia 22/06/2020 foi ao ar, pela primeira vez, no Jornal da CNN com William Waack uma reportagem sobre queda nos recursos em organizações não governamentais e sem fins lucrativos por conta da pandemia de Covid-19. A mesma reportagem foi ao ar outras vezes, em diferentes Jornais e Programas da CNN Brasil. Nesta matéria, a repórter Anne Barbosa mostra como o trabalho das ONGs em momentos difíceis como o atual se torna ainda mais importante, algo que se torna evidente pela própria demanda dos serviços oferecidos por organizações como a ADC, a qual registrou um aumento nos atendimentos de 20% entre a segunda quinzena de março e o final de junho de 2020. De acordo com um estudo coordenado pelas consultorias Mobiliza e ReosParteners, 70% das ONGs no Brasil indicaram uma redução expressiva na entrada de recursos por conta da pandemia do novo coronavírus e 90% relataram ter todas ou parte das atividades interrompidas. Fábio Deboni, membro do Conselho Consultivo da ADC e gerente executivo do Instituto Sabin, trás a tona que o Terceiro Setor possui desafios crônicos anteriores à crise acelerada pela pandemia de Covid-19, mas que agora se acentuam, tal como ocorre em muitos outros segmentos. Por isso, Deboni chama a atenção para a necessidade de uma distribuição de recursos mais equilibrada e justa entre as organizações que mais sofrem risco em continuar executando suas atividades. Nesta mesma reportagem, Silvia Caironi, presidente da ADC, conta um pouco sobre a situação da Associação neste momento, revelando que projetos de dimensões mais importantes foram cancelados ou suspendidos, mas que o pedido por assessorias aumentou significativamente. Caironi sublinha a importância de um acompanhamento constante aos microempreendedores como um trabalho que “realmente incentiva as pessoas a crescerem!” No backstage desta reportagem, muitas outras informações foram fornecidas sobre a positividade da experiência deste período tão cheio de desafios, entre as quais a surpresa de ver a resposta de microempreendedores que se tornaram protagonistas, gerando oportunidades de trabalho e renda para mais pessoas nas próprias comunidades e a gratidão deles pelo acompanhamento pontual, profissional e humano recebido. Horizontes novos e amplos construídos no interior das paredes das nossas casas em home office!! Uma vez mais: Juntos à Distância! Confira a reportagem na íntegra no vídeo abaixo e compartilhe com sua rede de contatos!

  • O DESAFIO … E A BELEZA DE EDUCAR EM TEMPOS DE PANDEMIA

    Após a suspensão das aulas por conta da pandemia do COVID-19 o Brasil e o mundo passaram a vivenciar uma nova experiência escolar desde a educação infantil até o ensino superior: as aulas online. Todo esse processo não está sendo fácil, e é um grande desafio para pais, professores, instituições de ensino e alunos. Precisamos compreender que a educação, por ser construída histórica e socialmente, se faz principalmente na relação estabelecida entre os pares e esse aspecto é o que tem sido experimentado de forma diferente, à distância. Além disso, ninguém estava preparado para o que aconteceu. Quando a criança vai à escola, ela não vai apenas aprender conteúdos didáticos, mas ela vai desenvolver outros aspectos dos quais tem sido privada, como relacionar-se com colegas e professores, brincar, aprender regras sociais, entre tantos outros; e é desse currículo oculto que ela sente saudade. Podemos ainda pontuar que as crianças de hoje não foram preparadas para ter autonomia, responsabilidade e dar conta sozinha de suas tarefas, necessitando do apoio em tempo integral dos pais enquanto assistem as aulas, o que dificulta a rotina cotidiana e de trabalho dos adultos. Como temos visto nas redes sociais, os professores viraram youtubers, os pais viraram professores, e algumas escolas ainda pensam em apenas dar conta de um conteúdo que muitas vezes não está voltado para a realidade das crianças e de suas famílias. Além de tudo isso, temos as crianças com distúrbios de aprendizagem, deficiências sensoriais e físicas, quadros de desatenção e hiperatividade, transtorno do espectro autista e outras características que pedem um atendimento individualizado, que se na escola ocorria, no modo online está muito difícil de ser atendido. Colocando ainda mais dificuldades nessa nossa realidade atual, temos os alunos que não tem acesso à tecnologia digital, não tem computador ou celular, não tem internet. Professores também que não dispõem dessa tecnologia ou mesmo não foram capacitados para utilizá-las. O que fazer então frente todas essas dificuldades? Em primeiro lugar, pais e professores, devem tirar o foco apenas do conteúdo escolar, há muitas coisas que a criança pode aprender e que levará para toda sua vida, além disso, na rotina da casa também pode ter português, matemática, história, geografia e ciências. E o conteúdo do vestibular? Ah, esse ela tem a vida toda para aprender. Trabalhar a autonomia das crianças, acreditar que são capazes, torná-las autoras da sua aprendizagem, estar perto sem fazer por elas, é o grande desafio. Se feito assim, as aulas online serão realizadas de maneira leve, até divertida, pois é um momento de encontro com os amigos e professores. As birras das crianças ocorrem quando não conseguem compreender a importância e o porquê do que fazem, se frustram, não se sentindo apoiadas. Dar responsabilidades dentro do que a idade da criança permite, nas tarefas escolares e na rotina da casa. Compreender qual é o seu limite e o limite do seu filho é fundamental. Escolha as batalhas pelas quais vale a pena brigar. Sua principal arma deve ser o diálogo, conversar com as crianças é importante para que compreendam o que estão vivendo e se sintam seguras. Os professores devem trabalhar de maneira lúdica, sem pressionar a criança ou a família, apresentando o conteúdo que julga necessário, mas compreendendo que vivemos um momento diferente, e que quando tudo passar, e vai passar, conteúdos podem ser retomados e aprendidos. Compreensão, empatia, escuta da criança e da família devem ser as palavras de ordem. Enfim, podemos viver a educação online de maneira a ensinar para os nossos filhos/alunos que a vida muitas vezes muda nossos planos, que precisamos ser flexíveis e nos adaptar, e que podemos enfrentar a nova realidade com união e diálogo. Essa deve ser a lição para aprender! Para refletir, deixo essa bela fala de Rubem Alves: “Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música. Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes“. ________________________________________________________________________________________________ GLEIDIS ROBERTA GUERRA Fonoaudióloga, Pedagoga e Neuropsicopedagoga Especialista em Distúrbios do Desenvolvimento Especialista em Libras e educação especial Especialista em Autismo Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana Contato – gleidisguerra@hotmail.com 99977.7766

  • FAÇA A DIFERENÇA COM SEU IMPOSTO DE RENDA!

    Já falamos por aqui sobre doação de imposto de renda como forma de apoio ao trabalho de desenvolvimento territorial inclusivo realizado pela Aventura de Construir (ADC). Pessoa física que faz a Declaração Completa do Imposto de Renda pode destinar até 6% do valor devido para nosso projeto aprovado pela Lei de Incentivo à Cultura. A doação deve ser feita na conta do projeto, aberta e controlada pela Secretaria Especial de Cultura, seguindo as indicações neste vídeo ou acompanhando este passo a passo: 1) Calcule até 6% do seu IRPF devido para garantir dedução de 100% do valor doado (a estimativa deve se basear no recibo de seu último IR). 2) Faça um depósito até dia 30/06/2020 na conta bancária: Banco do Brasil Ag. 6807-1 – c/c 43005-6 Razão Social: ASSOCIACAO AVENTURA DE CONSTRUIR CNPJ 23.417.416/0001-05 3) Envie o comprovante para contato@aventuradeconstruir.org.br; nós emitiremos um Recibo de Mecenato que deve ser anexado na sua declaração completa de IR 2020; 4) Para que o valor doado seja deduzido do valor do imposto a ser pago ou somado ao valor da restituição, você deverá declarar o valor acessando seu Formulário de Declaração Completa > Fichas de Declaração > Doações efetuadas > Selecionar o código 41 (Incentivo à Cultura) > Inserir o valor doado e o CNPJ da Aventura de Construir (CNPJ 23.417.416/0001-05). Doar para quem transforma realidades é também uma atitude protagonista que converge com o trabalho que a ADC realiza todos os dias! Clique aqui se quiser entender mais sobre funciona a Lei de Incentivo à Cultura! Caso ainda tenha qualquer dúvida, entre em contato conosco que te ajudaremos a fazer a diferença sem gastar nada para isso!

  • O TEMPO DO ISOLAMENTO SOCIAL É UM MOMENTO PROPÍCIO PARA A EDUCAÇÃO INFANTIL?

    A Aventura de Construir sempre prezou pelo contato próximo e personalizado com os beneficiários e, nesse momento, não poderia ser diferente. Continuamos acompanhando nossos protagonistas de perto, mesmo que por outras ferramentas que nos permitem o encontro à distância. Por isso no inicio desta emergência criamos o hashtag #JUNTOSÀDISTÂNCIA porque também através dos nossos blogs queremos responder as exigências dos nossos seguidores. É assim que, através da análise minuciosa e detalhada dos dados do nosso site, percebemos o interesse dos leitores para falarmos sobre um tema crucial que é a educação dos filhos em tempos de pandemia. A fonoaudióloga, pedagoga e psicopedagoga Gleidis Roberta Guerra, detalha no texto a seguir formas de criar uma rotina ordenada e saudável nesse outro normal. Em tempos de isolamento social e de escolas fechadas, nossas crianças estão em casa, e muitas vezes os pais não sabem o que fazer para entretê-las. Precisamos lembrar que a criança é um ser em desenvolvimento, e que o seu desenvolvimento é muito rápido nessa fase. Para ela tudo é novidade, tudo é experiência. Participar das atividades do cotidiano da casa, já pode ser uma grande brincadeira. Ela precisa de movimento, de estar ativa, e não passiva frente a uma tela. Muitas escolas estão enviando tarefas para serem desenvolvidas em casa e dando aulas online, por isso é importante estabelecer uma rotina de estudos e se atentar às dicas que seguem: Local da aula Local tranquilo, iluminado; Sem interferência de ruídos; Se possível utilizar sempre o mesmo local. Tempo e rotina de estudos Manter uma rotina programada para os estudos; Sempre que houver necessidade, dar um intervalo para a criança; Programar os horários em que irão realizar as atividades para casa; Ter também tempo para as brincadeiras; Deixar que a criança se expresse em relação à nova rotina, adaptando o que for possível. Manutenção da atenção Se mesmo com os cuidados a criança tiver dificuldade em manter a atenção e o foco na aula, observar os momentos de maior cansaço e deixar que se levante, vá ao banheiro ou beba uma água, para que ao retornar sua atenção esteja novamente focada. Tempo e rotina da casa Manter a rotina de alimentação; A hora de dormir e levantar deve ser a mesma de antes; Tirar sempre o pijama; Tentar que seja o mais próximo possível do que era antes da pandemia; Conversar com a criança sobre a rotina dos pais, em caso de home office. A criança Não exigir da criança mais do que ela pode dar naquele momento; Tentar compreender que para ela a mudança de rotina também está sendo difícil; Fortalecer a interação com os colegas, de forma remota, durante a aula e em outros momentos; Entender seus sentimentos e suas dificuldades, falar sobre isso com ela; Focar na qualidade do que ela faz, não na produtividade. Dicas gerais Atividades físicas antes de momentos que requerem atenção ajudam a aumentar o foco; Atividades diárias da casa e pequenas responsabilidades podem ajudá-la a sentir-se mais segura e útil; Controlar o tempo que fica em jogos eletrônicos, incentivar outros tipos de brincadeiras; Manter o ambiente de aula e estudo organizado; Não sentir-se culpado por não dar conta de tudo. Fazer o que é possível. Mas nessa rotina, incluir a brincadeira é fundamental. Costumo dizer que brincar é natural para a criança, tudo para ela pode virar uma brincadeira, e ela ao mesmo tempo que aprende brincando, brinca aprendendo. Assim, quanto mais lúdicas forem as atividades, maior a diversão e a aprendizagem. Há que se ter tempo para tudo, mas o resgate de algumas brincadeiras da infância dos pais, ou mesmo dos avós, pode trazer diversão e alegria para adultos e crianças: Pular amarelinha, Fazer brinquedos com sucata, Girar pião, Dançar, Contar histórias, Assistir a um filme juntos e conversarem sobre o filme, Jogos de tabuleiro que envolvam a família. Enfim, realizar atividades do cotidiano da casa, de maneira lúdica, são uma maneira de todos se divertirem. Quando tudo isso passar (e vai passar) nós, adultos, lembraremos de uma situação de caos completo, na saúde e na economia, mas na memória das crianças estarão as refeições em família, as histórias ouvidas, as brincadeiras e os momentos em que todos estavam juntos. Portanto, mais do que obrigações e atividades programadas, esteja junto, cultive no seu filho boas lembranças.

  • Quarentena Criativa

    Para entendermos esse novo conceito criado nesse momento, precisamos começar do ponto principal. O que é a criatividade? Como surge a criatividade em uma pessoa e como podemos explorar essa qualidade existente em cada um? Fique tranquilo, nós vamos explicar tudo! A CRIATIVIDADE Definir a criatividade é uma tarefa muito difícil. Tão difícil quanto contar quantas estrelas existem no céu. Por isso vamos começar da origem da palavra: seguindo o dicionário Houaiss, criatividade é “a qualidade ou característica de quem […] é criativo; inventividade; inteligência e talento, natos ou adquiridos, para criar, inventar, inovar”. Com a origem da palavra, a criatividade toma forma e, simplificando a criatividade é a habilidade que uma pessoa possui de criar algo. Mas não podemos resumir a apenas isso, pois isso significaria que para ser criativo seria necessário que algo novo seja inventado. Existe um conceito muito relacionado com a criatividade que é o “think outside the box”, traduzindo, “pensar fora da caixa” e também vale recordar que a OECD identificou a criatividade entre as 10 capabilities necessárias num mundo em transformação. É muito importante que lembremos da característica da engenhosidade que vem imbuída com a criatividade, ou seja, a capacidade de cada um “dar um jeitinho” e ajustar coisas corriqueiras ao nosso modo. Isso significa portanto que cada pessoa tem um lado criativo sim! O ÓCIO CRIATIVO Para entendermos o novo conceito da Quarentena Criativa, temos mais uma ideia a ser compreendida, o ócio criativo. Primeiramente, o ócio é muitas vezes relacionado à preguiça ou á falta de vontade de alguém e, na verdade, para o conceito do ócio criativo, temos que nos desprender desse primeiro significado quem vem à cabeça e relacionar o ócio aos momentos de lazer ou descanso. A teoria do ócio criativo foi desenvolvida por um sociólogo chamado Domenico De Masi que busca unificar o estudo e lazer, ou seja, aprender enquanto nos divertimos. Para o sociólogo, a sociedade moderna busca sempre ocupar nosso “tempo livre” com filmes, séries, novelas, celular, aplicativos etc. e o ócio criativo traz consigo a possibilidade de nos livrarmos dessas amarras e termos tempo para nós mesmos e para o nosso cérebro respirar. QUARENTENA CRIATIVA Agora que entendemos os dois conceitos que formam a quarentena criativa, podemos chegar ao ponto principal desse texto. Essa nova definição da quarentena pretende que usemos nosso tempo livre, mas livre mesmo, para aprendermos em nossas horas de lazer. Nos desprendermos da televisão e dos smartphones para que a nossa cabeça possa trabalhar mais livre, sem tantas distrações (principalmente tecnológicas). É claro que em tempos de isolamento social, acontecem mudanças inesperadas na nossa rotina e para isso temos que nos reinventar e nos adaptar às realidades que nos são “impostas” e trabalhar com essas. Sejamos criativos para aprender, trabalhar e também ter lazer e ter o tempo para o lazer!!! Vamos nos adaptar, mas sobre tudo nos reinventar, sejamos realistas e criativos, ao mesmo tempo, para aprender ao máximo com esse novo momento!

  • ODS em Pauta: Aventura de Construir e o ODS8 Trabalho Decente e Crescimento Econômico

    “Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todas e todos”. Esse é o oitavo objetivo traçado pela Agenda 2030 das Nações Unidas (ONU). Os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) não possuem uma ordem de prioridade, ao contrário, são articulados entre si com a finalidade de promover desenvolvimento sustentável para todas as comunidades do planeta. Mas se agora você está se perguntando: por que a Aventura de Construir (ADC) está falando sobre isso? Bom, então vamos lá retomar alguns pontos importantes. Desde 2018, a ADC é signatária do Pacto Global, iniciativa proposta pela ONU para encorajar empresas e organizações a adotar ações que respondam aos ODS. Por conta disso, identificamos que quanto mais compartilharmos experiências e aprendizados, mais metas poderemos atingir, por isso criamos a série ODS em Pauta. Veja o que já foi assunto aqui no Blog: ODS1 Erradicação da Pobreza ODS4 Educação de Qualidade ODS5 Igualdade de Gênero Agora vamos o que mais interessa! Para entender um pouco sobre como nossa missão de desenvolvimento territorial inclusivo fortalece aspectos do ODS8 basta olhar para o apoio ao microempreendedorismo de baixa renda, atividade estruturante da ADC. Mas, vamos aprofundar um pouco essa reflexão! Na ADC nos perguntamos porque o Pacto Global enxergou que os dois temas do próprio ODS8, trabalho decente e crescimento econômico, estão interligados. Verificamos na experiência cotidiana que todo ser humano se expressa através do trabalho, em dar forma a o que tem entre as próprias mãos. Isso significa que nossas atividades e iniciativas sempre estão girando em torno de uma construção que envolve toda a nossa pessoa. E o que a ADC faz é incentivar e estimular aspetos que fortaleçam essa conexão, para que então o encontro digno de um ofício, emprego ou ocupação informal possam resultar em crescimento econômico local, regional e global, apostando no protagonismo de cada ser humano. Esta ligação, entre trabalho decente e crescimento econômico, é o coração da ADC! Por isso a curiosidade em descobrir como nasce e se desenvolve esta ligação e o interesse para aprofundá-la através da nossa ação institucional são muito grandes! Buscando acompanhar como o trabalho decente impacta qualitativamente a vida das pessoas e, em alguns casos, mensurável economicamente, a ADC publica mensalmente Casos de Sustentabilidade aqui no Blog que trazem evidências de como mudanças são realizadas de modo concreto através do trabalho. Por isso, compartilhamos com vocês algumas dessas histórias, cheias de protagonismo, humanidade e crescimento: Janaina Jessica Marinho Maria Alcione Wagner – Oseni Cris e Aline Esses casos constituem experiências específicas, próprias da ADC, mas há muitas formas para se responder às metas do ODS8, as quais você pode conhecer na íntegra aqui e aprender sobre quais indicadores as organizações podem usar para mensurar os impactos de suas respectivas atividades que se conectam ao ODS8, consultando o Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA). Para nós, introduzir às pessoas um trabalho decente é como uma alimentação contínua que dá energia para que a centralidade do ser humano torne-se potente! E isso tem tudo a ver com o método do nosso trabalho, do qual partimos da realidade para aprender, criar e inovar, além de ser uma resposta diretamente conectada à meta específica do ODS8: “Promover políticas orientadas para o desenvolvimento que apoiem as atividades produtivas, geração de emprego decente, empreendedorismo, criatividade e inovação, e incentivar a formalização e o crescimento das micro, pequenas e médias empresas, inclusive por meio do acesso a serviços financeiros”. Num momento de pandemia é impressionante perceber como todas as nossas atividades nascem desta perspectiva do trabalho. A missão da ADC nunca pareceu ter tanto sentido como agora e é uma alegria vislumbrar como as pessoas, até as mais vulneráveis, podem se tornar protagonistas dos processos de mudança num horizonte de desenvolvimento local e inclusivo.

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