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  • De quem é a culpa pela crise?

    Em um mundo cada vez mais dinâmico e conectado, as organizações estão constantemente expostas a uma variedade de desafios e adversidades que podem minar a sua estabilidade e colocar em risco a sua reputação. Diante desse cenário, a gestão de crises surge como uma ferramenta crucial para lidar com situações de emergência e garantir a sobrevivência de empresas e instituições. Neste artigo, o aluno de Relações Públicas da FECAP Pedro Gucciardi explica os fundamentos do gerenciamento de crises e como se preparar para uma situação dessas. Este blog é mais uma produção realizada a partir da colaboração entre a Aventura de Construir e a Agência Experimental Benjamin. Confira abaixo! Por Pedro Gucciardi Olá, leitores! Para começarmos o texto esse mês, gostaria de propor um breve exercício de imaginação, ou talvez nem tão imaginário dependendo da sua realidade. Você é responsável por uma premiação que vai eleger o melhor projeto voltado para a área de educação. Uma semana antes da data da cerimônia, você descobre que o maior patrocinador do evento foi o epicentro de um escândalo enorme envolvendo trabalho infantil, ou que seu principal jurado deu uma declaração racista em uma rede social, ou local onde seria realizada a premiação sofreu danos estruturais por causa de uma enchente e a equipe de comunicação divulgou o horário errado para o público. Esse cenário pode parecer uma tempestade perfeita para sua organização e, dependendo do volume de infestação das informações, pode acarretar em uma baita crise para você administrar. Sabemos que estamos em meio a uma crise quando não conseguimos controlar um volume expressivo de informações negativas sobre a empresa e, quando uma crise acontece, dois caminhos se seguem: ou a sua empresa estava preparada para as eventualidades e consegue minimizar os impactos das notícias negativas na imagem da organização com mais tranquilidade; ou, a empresa não tinha qualquer planejamento prévio de tomada de decisão e precisa começar a apagar incêndios conforme eles aparecem. Para evitar que você seja pego de surpresa, adianto que, ter um planejamento antecipado de gestão de crise é essencial, e quanto mais focos de crise você conseguir identificar, melhor. As cinco dicas abaixo podem te ajudar a se preparar melhor e gerenciar de forma mais efetiva e eficiente as eventuais crises às quais você e a empresa podem passar. Utilize a estratégia de prevenção Uma crise não tem dia nem hora pra acontecer, e por isso, todo processo de controle e gestão de crise deve começar antes mesmo de ela surgir. Tudo começa com o mapeamento da Matriz de Risco, em que são ilustrados todos os possíveis riscos que a sua empresa ou projeto pode correr. Sempre é uma boa estratégia retornar à matriz com frequência para avaliar alguma eventual mudança de cenário. Como ilustrado abaixo, quanto maior a chance de um risco acontecer e quanto maior seu impacto, mais prioridade ele deve ter dentro de um plano de ação para controle. Quanto mais pessoas de diferentes áreas estiverem envolvidas com a elaboração da Matriz de Risco e com o plano de ação subsequente, a chance de alguém ser pego de surpresa é menor. Imagem: Modelo de Matriz de Risco Fonte: Blog Ferramentas de Qualidade Tenha um Manual de Gestão de Crise sempre em mãos Após identificar as crises mais latentes para sua empresa, escreva um manual de crise com orientações que precisam ser tomadas caso a crise aconteça. Torne seu plano de ação um documento disponível na sua empresa para todos. Dessa forma, é mais fácil alinhar um discurso único internamente e evita problemas de comunicação para fora. Por exemplo, em uma queda de avião, caso a companhia aérea não esteja com um discurso alinhado em um momento de poucos dados sobre a causa, dois funcionários podem dar duas informações diferentes para duas famílias de vítimas diferentes, o que pode acarretar em problemas judiciais no futuro. Por isso é importante desenhar o passo a passo do protocolo de como agir e depois treinar os funcionários para uma simulação. Tenha um comitê de crise sempre a postos Mais do que divulgar o seu plano de ação de crise, é necessário ter pessoas treinadas e direcionadas para colocar em prática seu plano de ação, identificando pessoas, suas responsabilidades e gerindo a situação. É importante ter um líder da crise com o apoio de outros gestores, desta forma, os funcionários sabem a quem recorrer em casos de problema e têm em mãos quem é a fonte para qual informação. O comitê de crise é portanto um grupo de funcionários específicos que tenha conhecimento sobre o caso e saiba liderar a tomada de decisão. Importante que esse comitê se reúna, troque informações e trabalhe em conjunto na gestão da crise. Controle a narrativa Em um momento de crise, a melhor forma de deixá-la mais palatável ao público é se a própria empresa divulgar e antecipar as informações sobre o acontecido. Evite com que alguma fonte externa, como um jornal ou revista ou redes sociais sejam os primeiros a dar informações sobre o caso, por exemplo. Dessa forma, você consegue transmitir mais credibilidade e falar o que deseja com o tom certo. Não é possível controlar o que um jornalista irá dizer sobre o cenário, mas é possível controlar o que o porta-voz da empresa falará em uma coletiva ou um pronunciamento coletivo. Busque referências e esteja aberto a aprender com cada crise Muitas empresas já passaram por alguma grande crise e outras tantas correm o risco de vivenciar. Somos humanos e o nosso fado é errar de toda forma possível, não por maldade, mas às vezes por esquecimento ou falta de informação disponível. Muito provavelmente a crise que sua empresa está passando já aconteceu em outro lugar, então mantenha seu network ativo e busque sempre as referências do que outros lugares já fizeram. Esteja sempre disposto a aprender com cada crise também. Depois de vivenciar uma crise e superá-la, saiba reconhecer quais foram os erros que levaram à ela e entenda o que aconteceu de positivo e negativo na sua gestão, e seguida, ajuste sua empresa e seus funcionários para reconhecerem o foco do problema e agirem para que nunca mais aconteça. Supervisionado pela Profª Paula Franceschelli. #Empreendedorismo #FECAP #Gestãodecrises #Planejamento

  • Negócios de Impacto: abrangência x profundidade

    Você sabe o que são negócios de impacto socioambiental? Qual é a diferença entre eles, empresas tradicionais e ONGs? A Aventura de Construir trabalha diretamente com estas organizações que agem na intersecção entre empreendedorismo e sustentabilidade, onde o lucro se une ao propósito de transformar positivamente o mundo ao nosso redor. À medida que a consciência sobre as questões sociais e ambientais aumenta, os negócios de impacto surgem como uma poderosa força de mudança. Em um cenário global cada vez mais preocupado com as mudanças climáticas, a desigualdade social e a escassez de recursos naturais, os negócios de impacto socioambiental têm se destacado como uma alternativa viável e promissora. Eles visam oferecer soluções inovadoras e sustentáveis, capazes de enfrentar os desafios mais urgentes de nossa sociedade. Para nos aprofundarmos ainda mais no tema a AdC realizou na última terça-feira, dia 16 de maio, um encontro interno sobre “Abrangência x Profundidade na lógica do impacto”, com a participação da professora da USP Graziella Comini, pesquisadora no assunto. Abaixo, leia mais sobre os principais pontos citados! Afinal, o que são negócios de impacto socioambiental? São empreendimentos que buscam, de forma consciente e estratégica, gerar impacto positivo em múltiplas dimensões: social, ambiental e econômica. Eles não apenas visam o lucro financeiro, mas também a criação de valor para a sociedade e para o meio ambiente. Segundo a professora Graziella Comini, para diferenciar negócios socioambientais, ou negócios sociais, de empresas tradicionais, deve-se levar em conta a intencionalidade: “este é um aspecto fundamental pois aquela organização já nasce para resolver um problema, e utiliza-se da lógica de mercado e da venda de produtos e serviços para poder contribuir para esta resolução”. Figura por Comini (2016) A pesquisa de livre docência de Graziella sobre o tema tem início há dez anos e teve como objetivo estruturar um referencial teórico que classificasse os negócios sociais e definir categorias temáticas que pudessem orientar sobre o que é a geração de valor socioambiental. Uma iniciativa surgida neste contexto foi a Brasil 27 na qual foram mapeados um empreendimento social em cada estado brasileiro. Os pesquisadores envolvidos viajaram pelas cidades dialogando com diferentes stakeholders, fossem clientes, beneficiários ou fundadores. A partir desse material descritivo que surgiu a tese de livre docência de Graziella, onde ela começa a analisar os tipos de inovação nesse meio. No levantamento realizado, tinha-se a ideia de mergulhar nestes empreendimentos, entender as diferenças e pensar se todas as organizações que geram valor socioambiental também implementam inovações sociais. Definindo assim qual é a relação entre gerar valor e ser inovador. Graziella explica que no Brasil, por não termos uma legislação específica que delimita os negócios sociais, há um guarda-chuva mais amplo de empreendimento social, que sempre foi muito caracterizado pela questão de tratar a problemática social. A professora descreve o cenário e as movimentações ocorridas, dentro deste cenário, nas últimas décadas: “Eu sou testemunha viva de que, a partir da década de 90, a gente começa a ter um cenário de muitas transformações, porque as empresas tradicionais, seja de forma espontânea ou pela pressão de diferentes atores, começaram a introduzir a prática de responsabilidade social corporativa e práticas de sustentabilidade que hoje estão muito mais em voga, sobretudo com o acrônimo ESG.” “Com tudo isso, elas começam a incorporar a geração de valor socioambiental, mas de forma muito mais periférica, ou seja, não está no produto ou serviço. Os negócios sociais são aqueles que os produtos e serviços ele tem uma intencionalidade. É diferente de uma empresa tradicional que incorpora na sua prática de cadeia de valor um olhar para reduzir impactos ao meio ambiente, por exemplo, seguindo uma lógica mais de reparação do que de contribuição.” “Já no caso de organizações da sociedade civil, que não tem uma lógica de mercado pela sua própria dinâmica, elas começam a também buscar atividades de geração de renda que possam complementar o seu orçamento. Em alguns casos, até criam unidades de negócio dentro da organização, mas precisando ser muito cuidadoso para que não haja uma desvirtualização da sua missão.” Profundidade x Abrangência Ao avaliar os 27 empreendimentos, começa a surgir a própria discussão de profundidade e abrangência na pesquisa de Graziella. Buscou-se entender as finalidades desses negócios, o tipo de inovação de cada um, se havia uma abrangência mais local, regional, nacional ou global, e qual era a profundidade da mudança gerada. “O que a gente viu é que os empreendimentos com mais lógica social, tendem a gerar impactos com mais profundidade, provocam o desenvolvimento mais local e uma transformação social. Então, no meu entender, a contribuição desses negócios é muito qualitativa, porque eles têm uma solução que tem tudo a ver com aquele contexto e transformam aquele território de uma maneira muito interessante.” “Eu vejo muito as fundações empresariais e fundações apostarem nesse tipo de solução, porque é um tipo de inovação que ainda não está nessa etapa de escalabilidade. Já empreendimentos com lógica de mercado, justamente por esta lógica, valorizam essas iniciativas que conseguem atingir um número maior de beneficiários, muitas vezes associado à tecnologia, ou que possam ser replicadas rapidamente. Nesse caso, a contribuição é muito mais quantitativa e com mais abrangência.” Graziella Comini no evento de lançamento do Ebook da AdC “Da Experiência, Um Método”. “Em um país onde a gente tem  problemas crônicos, sérios e com muitas demandas, é natural que muitos investidores acabem privilegiando as soluções com maior abrangência. Entretanto, a minha discussão na hora que apresentei meu trabalho era questionar se todos os tipos de indicadores de sucesso de um negócio social teriam que ser relacionados a abrangência. Eu acho que existem problemas que este tipo de negócio não vai atacar e acho que tem alguns tipos de território onde também não vai interessar esse modelo.” “Então, se a gente quer mudar as estruturas, e a gente viu que as inovações não chegaram para todo mundo, talvez a gente tenha que se posicionar no sentido de que negócios sociais também não precisam virar ‘unicórnios sociais’. Existem empreendimentos pequenos e que, de alguma maneira, não querem ser grandes. Precisamos respeitar isso, porque naquele território promovem um grande impacto. Eu vejo que há espaço para tudo e a gente tem que estimular que os investidores identifiquem a relevância de ambos tipos de empreendimento.” Para conhecer mais sobre o assunto do ecossistema de impacto e o trabalho da Aventura de Construir com negócios de impacto de periferia, confira o e-book “Da experiência, um método: Manual Jornada Integral com Negócios de Impacto Social de Periferias“, realizado em parceria com a Fundação Tide Setúbal e o ICE (Instituto de Cidadania Empresarial). O projeto é a sistematização das experiências acumuladas, aos longos dos 11 anos de atuação com ações de impacto social, para que possam ser compartilhadas e multiplicadas. #Empreendedorismo #NegóciodeImpacto

  • Na hora da decisão, qual caminho você escolhe?

    Você sabe a importância da hora de tomar uma decisão? O Blog AdC desta semana traz a entrevista com a Claudia Alcantara, coordenadora do projeto “Decisão Empreendedora”. Ela comenta sobre as dificuldades e desafios na hora de tomar uma decisão consciente e os ensinamentos do projeto, realizado em parceria com o Instituto Syn. Confira abaixo! Você já parou para pensar em como toma suas decisões? Quais são os principais fatores que leva em consideração na hora de decidir alguma coisa? E como isso impacta a sua vida? “Nada é mais difícil e, portanto, tão precioso, do que ser capaz de decidir”. A capacidade de conseguir tomar decisões apropriadas fortalece a confiança das nossas ações e isso se aplica tanto para a vida pessoal, quanto para a vida profissional. As decisões que tomamos direcionam o percurso dos caminhos e fazer isso com segurança é a melhor forma de garantir que os objetivos sejam alcançados. Seguir uma linha de pensamento, definindo pontos que partam da realidade, permite chegar em decisões que possam ter uma margem de risco menor. Para os empreendedores isso é fundamental. Administrar um negócio para que ele seja bem sucedido precisa de muita análise e as tomadas de decisões precisam partir da realidade e capacidade do negócio para que ele perdure durante o tempo. Pensando nisso, a Aventura de Construir, junto com o Instituto Syn, elaboraram um projeto voltado para a conscientização da tomada de decisão para microempreendedores, que fortalecem a consciência sobre seus negócios, analisando os pontos de melhoria e adaptação, para que possam tomar decisões mais apropriadas. Para entender melhor sobre o trabalho e sobre esse tema, conversamos com a Claudia Alcantara, coordenadora do projeto. Veja abaixo: Me conta um pouco sobre você. Sua trajetória, área de formação… Me chamo Claudia, sou formada em Administração de Empresas pela Fundação Getúlio Vargas. Entrei no mercado de trabalho depois que já era casada e tinha filhos com 32/33 anos. Eu tinha um restaurante executivo e fui fazer um trabalho de análise de uma prestadora de serviço para a TV Bandeirantes. A partir desse trabalho eles me contrataram como assistente administrativa, depois gerente administrativa e então diretora administrativa. Depois o meu diretor foi para o SBT e me levou junto na mesma função. Então eu saí da televisão e continuei trabalhando nesta área administrativa, mas já estava querendo mudar para o terceiro setor e comecei a fazer vários cursos de várias instituições como FIESP etc. Nesse meio tempo, me inscrevi para trabalhar no Projeto Guri, mas na época ele era realizado em conjunto com a TV Cultura. Eles analisaram meu perfil e decidiram que seria melhor trabalhar na própria TV Cultura, então eu voltei para a televisão, mas continuei mandando currículos para as organizações do terceiro setor. Então surgiu a oportunidade de vir trabalhar aqui na Aventura de Construir, com o projeto “Decisão Empreendedora” no qual vamos fortalecer o conhecimento dos empreendedores sobre os seus negócios também analisando essa parte financeira. Como está funcionando o projeto? Quais tópicos são trabalhados? Esse projeto tem o foco básico de ajudar os microempreendedores a tomarem uma decisão menos impetuosa, que geralmente eles fazem sem ter conhecimento geral do negócio. Geralmente eles vão mais pela intuição. Por mais que saibam como é o negócio, nem sempre eles analisam bem a situação para tomar as decisões necessárias para o crescimento do empreendimento. Então o ponto básico é fortalecer o conhecimento dos negócios para assim tomarem uma boa decisão. O projeto começou em março, com as inscrições, e vai até outubro. Primeiro é feito uma avaliação de impacto para entender tanto o negócio deles, quanto a forma que eles tomam decisões. O ponto básico começou com a análise SWOT (entenda a importância da análise swot para o seu negócio), que foi a segunda aula, que era para eles conseguirem pensar no seu negócio, quais eram as forças, fraquezas, oportunidades e ameaças. Então foi explicado o que era o swot, o porquê da necessidade disso e foi como uma lição de casa para manter o engajamento durante o mês de abril, quando foram realizadas as assessorias individuais. Em abril, durante as assessorias, foram tiradas dúvidas para ajudá-los a identificar seus negócios, porque agora, a partir de maio, vai ter o ciclo básico, formado por três matérias que todos vão assistir: planejamento estratégico, controle financeiro e tomada de decisão. Para o planejamento estratégico, nós precisamos da análise SWOT, então isso reforça as outras etapas. Outro ponto importante é a parte financeira, já que muitos não realizam esse controle da receita, das despesas. Eles misturam o orçamento pessoal com o negócio. Então para que possam realmente entenderem o negócio, eles precisam fazer uma planilha, verificar se o empreendimento está dando certo. Depois, a outra aula seria como deveria ser um processo de decisão, então são essas três aulas básicas. Com base nas assessorias individuais, foi levantada as necessidades de cada um. Por exemplo, em um foi analisada a necessidade financeira, outros precisam saber como mexer nas redes sociais, como fazer divulgação, outros precisam da parte de logística. Então vão ser formados grupos de 6-8 pessoas com o mesmo assunto para poder se aprofundar. Vão ter 4 aulas sobre cada tema e cada participante escolherá 3 temas, resultando então em 12 assessorias coletivas durante o período até setembro. Depois, eles vão escrever tudo o que eles aprenderam para poderem consultar e aplicar realmente no negócio. Assim, será formado um material de todos os eixos para que todos possam ter as informações de todos os temas. Então é uma forte imersão na realidade de cada negócio para que assim eles possam conseguir seguir um processo de análise para decisão. Quais são as principais dificuldades que as pessoas têm na hora de tomar uma decisão? A impulsividade. A maioria vai pela impulsão, e a procrastinação também. Acho que mais de 50% das pessoas não querem tomar decisões e no geral atrapalham a elas mesmas. Existem decisões que você precisa tomar rápido, mas com base nas circunstâncias. Muitos escutam conselhos que às vezes não fazem sentido, então eles precisam se fortalecer para conseguir distinguir quais decisões fazem sentido e quais não. O projeto é voltado para empreendedores, mas essas dicas podem impactar na tomada de decisão em outros aspectos da vida? Sim, na verdade a gente começa pelo processo de análise em cima da vida deles, como eles geralmente já tomam decisões, se é rápida, por intuição, se ficam procrastinando. Então isso é uma coisa que é deles, a gente só analisa e ajuda a cada um perceber os seus pontos de melhoria para conseguir tomar uma decisão mais razoável. Como se ensina esse tema? Quais são as abordagens para ensinar a tomada de decisão? A tomada de decisão não é só para o negócio, é para a vida inteira. Como eles se portam na vida vai ajudá-los numa maneira geral a serem mais ponderados, a ter o conhecimento necessário para , em qualquer assunto, pensar antes de agir. Então o fortalecimento no reconhecimento das situações é fundamental, a partir de dados concretos, da questão financeira, da análise swot e etc. Nossa função é mostrar o caminho desse autoconhecimento para que eles, sozinhos, consigam chegar na resposta de qual é a melhor decisão. Porque é importante ter consciência para tomar uma decisão? Para você entender se aquilo realmente está certo. Por exemplo, você vai abrir um negócio e está em um local afastado, com poucas casas ao redor. Você quer abrir um mercadinho, mas só moradores de 4 ou 5 casas vão lá comprar no seu estabelecimento, então não tem lógica. Você quer abrir um negócio mas tem que ver se faz sentido, estudar, analisar os pontos. Você vai ter que analisar todas as situações para você fazer a escolha certa, tomar as decisões para não cair no risco. Tomar decisões é muito mais do que apenas decidir, é analisar, comparar e verificar o que faz mais sentido dentro de uma determinada situação. Mas não existe uma fórmula perfeita da decisão, então se fortalecer para que isso se torne mais uma ferramenta para sua vida, é essencial! Ficou interessado sobre o tema? Veja mais dicas nas nossas redes sociais e fortaleça seu conhecimento participando do projeto “Decisão Empreendedora”. #conscientizacao #projetosocial #Empreendedorismo #decisao #Microempreendedores

  • A multiplicação que transforma

    No Blog AdC de hoje trazemos a Jornada de Sustentabilidade de maio e a experiência da Associação Filhos do Céu. Uma comunidade católica de Nova Odessa, que realiza projetos sociais como: atendimento psicológico gratuito, atividades com crianças e adolescentes com o Coral Kids, que participaram do projeto Lamberti Transforma II e, atualmente, participa do Sistema de Monitoria e Avaliação de Negócios de Impacto Social. Confira, a história completa, abaixo A Jornada de Sustentabilidade do mês de abril compartilha a experiência da Associação Filhos do Céu, comunidade católica de Nova Odessa, que realiza projetos sociais como: atendimento psicológico gratuito, atividades com crianças e adolescentes com o Coral Kids. Além disso, a instituição possui uma livraria com vendas de artigos religiosos e um bazar que funciona a partir de doações. E foi no ano de 2022 o primeiro contato entre AdC e Filhos do Céu: Luciana Padella e Maria Rocha, membros da comunidade, adentraram na segunda versão do curso “Lamberti Transforma”. A potência da multiplicação: Antes de adentrar na história de Filhos do Céu, vale fazer uma breve retrospectiva sobre os últimos 2 anos: Em 2021, a AdC, em parceria com a corporação química italiana Lamberti, realizou o projeto “Lamberti Transforma” voltado para empreendedores de Nova Odessa (interior de São Paulo) e região. Em 2022, surgiu uma segunda versão do curso, possibilitando prosseguir com os vínculos estabelecidos e expandir para outros microempreendedores periféricos do território, a jornada híbrida de aprendizagem humana integral sobre educação financeira e gestão do negócio, assim como verificar sua aplicabilidade no cotidiano. “Lamberti Acelera” surgiu em 2023 com uma cara nova: o projeto aposta na prática de aceleração dos empreendimentos após a participação dos empreendedores nos dois projetos iniciais voltados para capacitação dos participantes. Vagner Pinheiro, cuteleiro e morador de Nova Odessa foi um dos participantes escolhidos para adentrar no processo de aceleração devido seu comprometimento e assiduidade desde a primeira versão. Para além desta postura, Vagner também era um entusiasta e multiplicador do projeto. O 6º ponto de método da Aventura de Construir é: “Atuar em rede, criando pontes e fortalecendo trabalho conjunto entre os beneficiários”. Um projeto, mesmo lidando com o desafio do online, deve possibilitar que as pessoas se conheçam, se escutem e se apoiem. Afinal, quando algo faz sentido em nossas vidas, é comum querer compartilhar tanto esse sentimento, como também a oportunidade. E foi exatamente o que Vagner fez! Em 2022, foi uma peça fundamental na divulgação do projeto. E para além da divulgação, o cuteleiro se colocou à disposição das pessoas que demonstravam interesse: com apoio da equipe AdC, ele compartilhou suas experiências e pontos de melhora de seu processo como empreendedor. E foi por meio deste contato próximo, dessa multiplicação, que Luciana Padella e Maria Rocha chegaram até a AdC. A primeira assessoria de Filhos do Céu, Vagner, que também é membro, esteve junto. Esta pequena ação gerou confiança em Luciana Padella e Maria Rocha e fortaleceu os vínculos com a AdC. Primeira assessoria 2022 em conjunto Relações que se mantém no tempo: Da mesma forma que Vagner seguiu seu caminho dentro da AdC, Luciana Padella e Maria Rocha também seguiram: em Maio de 2022, ainda quando estavam participando do projeto “Lamberti Transforma”, a Associação foi convidada a participar de Sistema de Monitoria e Avaliação de Negócios de Impacto Social. Por meio de uma assessoria para coleta de dados, o sistema visa acompanhar e avaliar o desempenho das organizações em relação ao alcance das metas e objetivos, como por exemplo, nos processos internos de planejamento e execução das ações, tanto no que diz respeito à saúde financeira quanto das práticas ambientais, entre outras. As pesquisas de Monitoria e Avaliação ocorrem de forma periódica a cada 6 meses. Ao longo de 2022, Luciana e Maria concluíram o projeto Lamberti Transforma e participaram de duas assessorias para coleta de dados, recebendo posteriormente as análises da Associação Filhos do Céu. Maria e Luciana com os certificados do projeto Lamberti Transforma 2 As transformações de Filhos do Céu: Luciana é psicóloga e faz o trabalho voluntário como propósito de vida. Atualmente, está procurando se habituar às questões de gestão de um negócio para organizar melhor as tarefas da associação. A comunidade tem uma diretoria eleita que representa e assume responsabilidades perante os outros membros. Em 2022, a comunidade contava com a participação de 5 pessoas assíduas (Luciana entre elas) e mais 15 que são esporádicas atuando de forma voluntária, com exceção da secretária que recebe uma ajuda de custo mensal. Por todo trabalho ser realizado de forma voluntária, e Luciana apresentar um perfil pró ativo e engajado, muitas vezes o planejamento e execução das atividades recaia, sobretudo, sobre os seus ombros. Este tema foi levado às assessorias, e ao aprofundar, foi constatado que todos os membros da associação apresentam dificuldade de identificar objetivamente suas funções e responsabilidades. Desse modo, o trabalho da AdC com Luciana seguiu pelo caminho de demonstrar a necessidade de se colocar como liderança, alinhando concretamente funções e responsabilidades da equipe. Também foi tratado nas assessorias formas de delegar tarefas a outras pessoas e realizar o acompanhamento. O principal reflexo de alteração de postura foi a eleição, no começo de 2023, de uma nova diretoria e o compromisso assumido por seus membros de considerar que em um futuro próximo fosse importante ter mais pessoas sendo remuneradas por suas atividades específicas na associação. Para Luciana, crescer é um processo de desenvolvimento que nunca acaba, feito por seres humanos, onde o objetivo é amadurecer as metas e objetivos e acreditar em si. Desse modo, Luciana espera ter condições de formar outras pessoas da comunidade para empoderá-las enquanto lideranças da e para a associação. Um segundo aspecto dessa mudança de postura dentro da associação, ainda em 2022, é referente a à divulgação da entidade nas redes sociais. Antes um voluntário realizava as tarefas de forma esporádica e não muito organizada, levando em consideração que não era alguém com formação para isso. Foi a partir de uma reflexão em uma assessoria que se percebeu a necessidade de ter um profissional voluntário encarregado dessas tarefas. Assessoria sobre divulgação e redes sociais, com a presença de Alexandre e Laila (ambos voluntários em projetos da AdC) Foi assim que Alexandre assumiu a responsabilidade sobre a comunicação nas redes sociais. Ele chegou a participar de algumas assessorias para desenhar quais poderiam ser as estratégias e as possibilidades a serem exploradas. Outros pontos perceptíveis da mudança de postura e de ação da diretoria da associação, postos em evidência pelos relatos da atuação de Luciana, estão no bojo das ações para controle e saúde financeira e dos impactos gerados com as ações da associação, ambos refletidos a partir da participação no sistema de avaliação de negócios de impacto. Foi a partir da participação na pesquisa avaliação de negócios de impacto e as respectivas análises dos dados de 13 indicadores que se pode perceber sobre a necessidade de realizar ações que possam elevar a arrecadação pecuniária da associação, seja através da realização de mais bazares ou da possibilidade, ainda em estudos, de prestar serviços sociais em parceria com o poder público municipal. Outro ponto identificado foi sobre a necessidade de comunicar a parceiros, beneficiários e todos os demais interessados sobre os resultados e impactos atingidos com as ações da associação, nas quais, por exemplo, as práticas ambientais saíram de 3 chegando a 5 de ações, ou no que diz respeito ao faturamento, que na segunda participação da pesquisa indicou um aumento de 20% nos valores do faturamento quando observada a primeira na pesquisa. Por fim, merece destaque a prototipação que a Comunidade executou ao fim do Lamberti Transforma 2. Até então, a comunidade realizava seu fluxo de caixa no caderno, o que gerava estresse na hora de passar para o computador e horas eram perdidas nessa atividade. Para facilitar o trabalho e ganhar tempo, Ricardo Padella, presidente da Associação, fez uma planilha para poupar tempo de trabalho. Rapidamente, a responsável por registrar as entradas e saídas conseguiu apropriar-se do novo fluxo de trabalho e agora o trabalho é feito de forma rápida e segura. Sobre isso, Luciana reconhece que: “O fluxo de caixa facilitou a organização, melhorou a visibilidade do controle financeiro e o fechamento mensal ficou mais ágil. Podemos visualizar com clareza a movimentação mensal e anual. As mudanças ocorreram rapidamente por parte da funcionária, a qual se adaptou e aprovou a nova forma de controle, tendo como benefício uma maior agilidade e organização do controle de caixa”. Parte da equipe da comunidade com a AdC. No projeto da Lamberti, tanto a equipe AdC quanto a Luciana tiveram de realizar adaptações e ajustes no conteúdo programado e sua aplicabilidade diante da realidade de um negócio sem fins lucrativos. De forma complementar, as assessorias de impacto contribuíram para que Luciana e Maria compreendessem que a Filhos do Céu gera um impacto socioambiental na comunidade. Aos poucos, com dedicação em aprender, monitorar, avaliar e decidir suas dificuldades vão sendo superadas e a comunidade vai se transformando. De forma gradual e satisfatória, a associação “Comunidade Filhos do Céu” está cumprido sua missão. #projetosocial #Empreendedorismo #Microempreendedores #negóciosustentável

  • Não dá pra ser criativo em uma sala branca

    O que fazer quando a criatividade acaba? Pedro Gucciardi, aluno de Relações Públicas, da FECAP, nos conta como clarear as ideias no Blog AdC desta semana. Em mais uma produção realizada a partir da colaboração entre AdC e a Agência Experimental Benjamin. Confira abaixo! Por Pedro Gucciardi Olá, caros leitores! Diferentemente dos últimos meses, em que eu trouxe aqui alguns textos um pouco mais reflexivos sobre planejamento e como nossos vieses influenciam a nossa comunicação, para esse mês vou trazer um tema um pouco mais prático. Em uma sociedade cada vez mais acelerada, que os conteúdos são mais rápidos e atenção é um recurso mais escasso, nós como comunicadores precisamos nos reformular constantemente para sempre estarmos um passo à frente das tendências, o que gera um diferencial competitivo nos algoritmos das mídias digitais. Aproveitando o embalo de Abril, que geralmente traz consigo a revisão dos resultados do primeiro trimestre e a elaboração de novos projetos, é nessa hora que a nossa criatividade e capacidade de planejamento são colocados à prova. Como mencionei no primeiro texto de janeiro, um brainstorm é uma das etapas mais necessárias em qualquer planejamento. É nele em que surgem as melhores ou piores ideias e que todos tem liberdade para sugerir o que bem entenderem. Antes de entrar no mérito de como um brainstorm pode ser bem executado, vamos destrinchar o que ele é. Proposto em 1953 pelo estadounidense Alex Faickney Osborn, é uma técnica de ideação que tem como objetivo gerar um grande volume de novas ideias livres de crítica ou julgamento, e em português também é conhecido como tempestade de ideias. O brainstorm pode ser feito sozinho ou em equipe, mas é sempre melhor com mais pessoas presentes, é a ilustração do ditado “duas cabeças pensam melhor do que uma”. Para melhorar seus resultados gerais com um brainstorm, o Guia PMBOK, que é uma reunião de técnicas de gestão de projetos, traz uma metodologia completa, das quais eu vou me dar a liberdade de separar algumas dicas. Marque com antecedência e prepare sua equipe – Uma das maiores necessidades de um brainstorm é a preparação prévia. Agende as sessões com a sua equipe com pelo menos duas semanas antes e, quando marcar, peça que todos tragam materiais de referência sobre o tema, pois assim a discussão mantém o foco e as ideias que surgem são mais fáceis de serem trabalhadas e analisadas posteriormente. Saia do escritório – Ninguém da sua equipe vai conseguir dar ideias novas se todo mundo estiver no mesmo ambiente que eles estão todos os dias. Reúna seu time e aproveite para ter um dia diferenciado, faça um piquenique em um parque, passe um dia em um lugar lúdico, essas saídas da rotina ajudam a arejar a cabeça e trazer ideias mais frescas. Guarde a crítica para outro momento – como vimos, durante uma sessão de brainstorm o objetivo principal é ter a maior quantidade de ideias possível. Portanto, para que todos possam se sentir livres o suficiente para se expressar, ninguém deve opinar se algo que foi dito é bom ou não, existem outros momentos para essas análises. Combine o inusitado – a mistura de ideias que surgem em um brainstorm é bem variada. Tente encontrar ideias que podem ser combinadas tanto entre si quanto com o que já existe na sua empresa. Lidere o processo – todo brainstorm precisa de alguém que lidere o processo e consiga coordenar a orquestra. Controle o tempo das conversas, providencie os materiais para que tudo seja devidamente anotado e medie os conflitos que aparecerem. Coloque em prática e avalie os resultados – depois do seu brainstorm, faça uma nova reunião para, agora sim, ver a viabilidade e qualidade das ideias que foram dadas e como cada uma pode ser trabalhada. No acompanhamento de cada projeto, faça o levantamento de impacto esperado de cada ação e etapa e lembre-se sempre de comunicar à sua equipe. Não existe uma fórmula mágica e cada grupo de pessoas flui de formas diferente, mas quanto mais brainstorm vocês realizarem, melhores serão. Até o próximo mês! Supervisionado pela Profª Paula Franceschelli. #brainstorming #projetosocial #Empreendedorismo #comunicação #Microempreendedores

  • IDENTIDADE DE MARCA NO TERCEIRO SETOR e o desafio de transformar protagonistas

    Você sabe o que é identidade de marca? E qual a importância dela em organizações do terceiro setor? No Blog AdC desta semana, te contamos sobre o assunto e como ter um bom posicionamento e uma identidade visual adequada faz toda a diferença. Além disso, explicamos um pouco sobre a nova frase presente no logotipo da Aventura de Construir: Transformar Protagonistas. Leia mais abaixo! A identidade de marca é um conjunto de elementos que representam a personalidade e os valores de uma organização, seja uma empresa, uma OSCIP ou mesmo um órgão público. Esses elementos incluem o nome, o logotipo, as cores, a tipografia e até mesmo o tom de voz usado nas comunicações. É a partir dela que a instituição é reconhecida e lembrada pelo público-alvo. Para as organizações sem fins lucrativos, como as ONGs, ter uma identidade de marca forte é essencial para estabelecer sua credibilidade e atrair doações e voluntários. No terceiro setor, a identidade de marca é especialmente importante, pois essas organizações precisam se diferenciar de outras entidades com propósitos semelhantes e concorrer por recursos limitados. A identidade de marca deve refletir os valores e missão da organização, além de ser facilmente reconhecível pelo público. A identidade da Aventura de Construir busca seguir esses padrões. A partir de um trabalho de resgate e ajustes da marca realizado por Marcelo Lucato, integrante do Conselho Consultivo e Ex-Diretor de Criação de Publicidade, descreve-se o logotipo da AdC: “O símbolo tem um caráter altamente geométrico que combina, ao mesmo tempo, movimento e estabilidade. O movimento se constrói de maneira ascendente a partir do losango azul que vem girando em diferentes planos até se estabilizar no quadrado perfeito superior. Isso tudo parece sugerir que o movimento tem um propósito estável, preciso e seguro que reforça a ideia de construção. Também a presença de múltiplos elementos sugere cooperação, coletividade.  As referências à bandeira brasileira são evidentes, o que dialoga com a alma popular. A palavra ‘Aventura’ cria uma conexão absolutamente original e misteriosa com ‘Construir’ gerando um outro patamar de percepção, este mais intuitivo do que explícito, que tem a ver com uma certa energia, entusiasmo e alegria que vibra no trabalho que se desenvolve dentro da organização e do coração de quem com ela se relaciona.” No último mês, a Aventura de Construir atualizou a tagline do seu logo de “Acompanhando Protagonistas” para a frase “Transformar Protagonistas”. Não se trata apenas de um detalhe visual, é um novo posicionamento, que reflete o trabalho atual da organização. O acompanhamento continua presente, mas assim como capacitações, fortalecimento de redes e avaliações de impacto socioambiental, entre outros, é apenas um dos meios para gerar esta transformação. Para falar um pouco sobre esta atualização do posicionamento da Aventura de Construir, conversamos com Percival Caropreso, integrante do Conselho Consultivo da AdC, profissional de Marketing e Comunicação e que há mais de 30 anos milita em causas socioambientais. Qual é o significado por trás de “Transformar Protagonistas”? “O raciocínio é muito simples: parte do princípio de que todo mundo é protagonista. ‘Ah mas não tenho jeito para empreender!’ Não importa. Talvez o seu protagonismo não seja exercido com empreendedorismo, começando do zero. Você pode exercitar o seu protagonismo apoiando logisticamente alguém que já tem um projeto empreendedor próprio.  Ao fazer isso, você está participando do empreendedorismo de alguém, passa a trabalhar em rede e também está colocando para fora suas capacidades, competências e energia para se consolidar como protagonista. Todo mundo e cada um é protagonista porque a gente decidiu escrever o  roteiro da nossa vida. A gente pode não notar, mas desde que nascemos nos colocamos diante de uma série de escolhas e tomamos decisões. Sejam elas boas ou ruins, certas ou erradas, exercer a escolha nos faz protagonistas do nosso viver. Somos roteiristas, diretores e atores principais do nosso enredo. O que a Aventura de Construir faz é detectar esses potenciais nos protagonistas, organizar as competências para melhor contribuir para a realização desse potencial e fomentar a formação de uma rede de proteção ao empreendedorismo, ao protagonismo e à transformação das lideranças. O verbo “transformar” já é muito usado, principalmente em questões do terceiro setor. Ótimo, significa que todo mundo concorda. E “protagonistas”, além do significado já posto, é uma palavra forte, uma palavra importante de a gente dizer.” O verbo “Acompanhando” dá lugar ao “Transformar”, mas não significa que ele deixa de existir dentro da AdC, correto? “Transformar é o objetivo final. Acompanhar é o processo que a gente segue até chegar neste objetivo. O que a Aventura de Consumir transforma? Primeiro, uma pessoa em uma pessoa mais atuante, mais realizadora, independente e autônoma. Segundo, transformamos o entorno dessa pessoa, porque essa energia transformadora que ela passou a sentir e exercer impacta diretamente a família, amigos, vizinhos e o ambiente em que ela vive. Terceiro, transformamos a vida financeira da pessoa, e de possíveis parceiros em rede que ela faz. Então transformar o que nós fazemos, é o que nós queremos. Acompanhar é uma das formas de se fazer. A alteração para “Transformar Protagonistas” significa que, após quase 12 anos, a Aventura de Construir passou para outro patamar, um novo entendimento. Não é apenas acompanhar as pessoas, mas transformá-las. Nós estamos evoluindo nosso posicionamento perante a vida. Mas não é abracadabra, do dia para a noite. Essa transformação pressupõe um acompanhamento da pessoa na sua trajetória, evolução e emancipação. Significa fornecer equipamentos profissionais, intelectuais, teóricos e práticos para que eles se fortaleçam e possam se  transformar em melhores protagonistas, mais competentes. Por último, a palavra “Transformação” é promissora. Como diria a minha avó, é alvissareira: que anuncia ou prenuncia um acontecimento feliz. Ela traz embutida nela a ideia de que é possível mudar, se não o mundo inteiro, o meu mundo. E, assim, contribuir para a mudança do entorno.” #projetosocial #Empreendedorismo #identidadedemarca #identidadevisual #Microempreendedores

  • Germinando Histórias

    O Blog AdC desta semana traz a Jornada de Sustentabilidade de Abril que conta a experiência da Ana Vieira e Claudiane Nunes, participantes do projeto “Vi a mão Germinando na Periferia de São Paulo”. As duas conseguiram superar os dificuldades financeiras do negócio e intensificar a divulgação dos seus produtos. Confira abaixo! A Jornada de Sustentabilidade do mês de abril apresenta 2 cases do projeto “Vi a Mão Germinando na Periferia de São Paulo”. As atividades desenvolvidas nesse projeto, iniciaram em janeiro de 2023 e se estendem até meados de abril. Esta é uma versão “pocket” da experiência do projeto “Vi a Mão Empoderada de Mulheres Empreendedoras”, que ocorreu no ano de 2022 na cidade de Viamão no Rio Grande do Sul e teve a duração de 8 meses. Para saber mais sobre este processo, basta clicar aqui. A experiência foi tão gratificante, que entendemos a necessidade de levar as práticas aplicadas e identificadas como sucesso no crescimento dos negócios para outras empreendedoras, agora da periferia de São Paulo. Ao todo são 41 empreendedoras participantes das 3 etapas que são: Educação Financeira Marketing Digital e E-commerce Redes e Parcerias na prática Vamos compartilhar um pouco do processo de construção desta jornada a partir dos cases de 2 empreendedoras que levaram para prática os conhecimentos destas etapas. A jornada de Ana Vieira Ana é uma empreendedora muito preocupada com a sustentabilidade do seu negócio e com o futuro do meio ambiente. Artesã, viu nas suas produções, a oportunidade de reutilizar diversos materiais que por hora seriam até erroneamente descartados. Proprietária da Idealizar e Criar, vem com pequenos passos enxergando as possibilidades de crescimento do seu negócio. A intenção de Ana quando iniciou o projeto com a AdC, foi organizar a parte financeira do seu negócio. Em uma das primeiras assessorias sobre a parte de finanças, Ana compartilhou que tinha consciência que fazia algo equivocado: como está aposentada, ela acabava investindo o dinheiro da aposentadoria no próprio negócio, uma vez que ele não se sustentava sozinho e não lhe dava lucro. A divulgação de seu negócio também era um ponto de atenção para Ana: ela desejava que sua marca fosse reconhecida, mas não conseguia organizar um plano de ação para alcançar este objetivo. A empreendedora apresentava muita coragem e honestidade em descrever a sua situação atual, pontos de melhora e suas forças. O empenho de Ana permitiu com que ela se lançasse de forma profunda nas próximas assessorias e capacitações. Neste ponto, este case mostra a importância de se conscientizar sobre a própria situação. Afinal, é só encarando a realidade que é possível analisá-la e definir os próximos passos. Ana conseguiu começar a identificar uma forma de controle do financeiro do seu negócio. A prática de registrar as receitas e despesas, está sendo fundamental para conseguir enxergar o seu lucro e pensar em iniciar a separação de valores para investir esse dinheiro. Um dos principais objetivos desenvolvidos no projeto, foi trazer essas empreendedoras para a prática dos conteúdos aplicados. Ana através de fotos belíssimas dos seus produtos e da realização do pitch de apresentação do seu negócio, nos demonstrou todo o aproveitamento do que estava absorvendo das capacitações e assessorias. Acima, Ana participou de uma assessoria individual com a voluntária Laila Covolan à esquerda e a coordenadora do projeto Lilian Zimmermann, à direita. Sobre as surpresas através de mudanças realizadas Essa parte, com certeza empolgou Ana para se aventurar mais nas redes sociais e ainda lhe trouxe um plus através do exercício de identificação de parcerias no grupo do projeto. Várias empreendedoras identificaram o negócio de Ana como promissor para agregar aos seus negócios e ela também viu novas oportunidades de crescimento e divulgação no grupo. Abaixo, compartilhamos 3 fotos dos produtos de Ana, para conferir mais, basta acessar o instagram dela @idealizarecriar.art Claudiane Nunes Claudiane é uma empreendedora que se preocupa em ter uma identidade visual forte dos seus produtos, fazendo assim que as pessoas reconheçam o seu trabalho. Confecciona bolsas, carteiras e acessórios com tema afro. Mistura a diversidade de estampas e cores com a atenção na produção de itens bem acabados, com alta durabilidade e bonitos. Proprietária da Claudiane Costura Criativa, quer entregar além de produtos que saciem a necessidade do cliente, algo que o diferencie, que faça a pessoa se destacar num passeio casual a um evento mais social. O vínculo com a AdC A busca de Claudiane dentro do projeto, era organizar seu controle financeiro como o primeiro case de Ana, mas também planejar as etapas do seu negócio e fazer parcerias. Os conteúdos apresentados foram muito importantes para ela identificar que o registro financeiro correto e sistematizado, facilita as práticas que vão da precificação do produto ao investimento para crescimento do negócio. Claudiane fez a prática, anotou os valores gastos para comprar os materiais para confecção do seu produto, entendeu e anotou os custos fixos que normalmente não se “enxerga” como despesa quando o negócio é praticado em casa (despesa de luz, internet por ex) e corrigiu o preço dos produtos. Essa nova estruturação do controle financeiro fez com que pudesse ver mais assertivamente o lucro e pensar em investimentos de novas embalagens e tags para informação de limpeza e conservação das peças. Acima, Claudiane participou de uma assessoria individual com a coordenadora do projeto, Lilian Zimmermann, à direita. Sobre as surpresas através de mudanças realizadas A etapa de redes e parcerias na prática, com certeza trouxe muita inspiração para Claudiane. Dona de uma criatividade muito aguçada para compor suas peças, ela busca novos horizontes onde possa estar com sua marca e ter mais visibilidade. Assim, além de parcerias para favorecer a sustentabilidade do seu negócio, começou a praticar a doação de sobras de tecidos para outras empreendedoras que confeccionam brincos: ela viu dentro do grupo do projeto outros negócios que “conversam” com sua identidade visual. Nos deparamos com o novo plano de Claudiane que quer se aperfeiçoar através de um curso específico de costura que lhe permita desenvolver no seu negócio todo plano de projeto de uma peça desde o desenho da peça até a confecção final. Para conferir outras belas invenções desta empreendedora, confiram o instagram dela: @claudianecosturacriativa. #projetosocial #Empreendedorismo #Educação #finanças #Microempreendedores

  • O caminho é belo para quem caminha

    No Blog AdC desta semana trazemos uma reflexão muito especial escrita por Sumito Estevez, chef de cozinha venezuelano, a partir da sua experiência com o projeto “ProtagonizAqui” realizado pela AdC em parceria com a Inter-American Foudation (IAF), Missão Paz e Casa Venezuela. Ele comenta como o projeto mudou o seu olhar sobre a própria profissão. Leia mais abaixo! Por Sumito Estevez Se uma pessoa olha para o rosto de Cristo, se olha para o rosto de outro que ama, tudo nele volta ao seu lugar, tudo corre para o seu lugar . Sumito, equipe AdC e alguns participantes do projeto no evento de lançamento do e-book. No primeiro semestre de 2022 a Associação Brasileira Aventura de Construir (https://aventuradeconstruir.org.br) convidou-me para ir a São Paulo fazer parte da etapa gastronômica de um projeto de formação de longa duração denominado “ProtagonizAqui”. Foi um projeto profundamente ambicioso que procurou acelerar tanto o caminho do trabalho como o do empreendedorismo para refugiados e pessoas em condições de elevada vulnerabilidade. Durante vários meses trabalhamos para lhes dar formação (minha participação foi exclusivamente na área da educação gastronômica), e no dia 4 de setembro desembarquei em São Paulo naquela que seria a primeira visita a participar presencialmente. Oito dias depois, minha vida havia mudado. E não é um eufemismo poético dizer que mudei, desde então vejo meus métodos de trabalho com outro olhar. Já participei de muitos projetos onde a gastronomia é um veículo de emancipação e liberdade. Vi como a panela e o fogo podem mudar a vida de uma família e ter um grande impacto social no meio ambiente. É, pode-se dizer, minha obsessão. Mas também aprendi a ficar cético porque honestamente são cada vez mais as vezes que vejo que ações, com alguma impotência, com muito boas intenções (e recursos) se desvanecem numa bruma opaca, seja por falta de método (que ameaça a continuidade), seja por falta de disciplina financeira (quase sempre traduzida em burocracia), seja por alienação de ideologias onde os preconceitos sociológicos conquistam os sonhos e as certezas daqueles a quem se quer ajudar. Aceitar a liberdade da pessoa que está sendo ajudada pode parecer sem critério. O que vou contar é uma crônica, mas também uma homenagem a uma equipe de trabalho que não só acredita no bem comum, como também percorre com rigor o belo caminho onde se planejam projetos de impacto social para que cheguem ao futuro através de um método replicável e verificável no presente. O que é um refugiado? Nas décadas em que trabalhei de uma forma ou de outra com populações com algum grau de vulnerabilidade, nunca o tinha feito para “refugiados”. Já o fiz com mães solteiras, com pessoas com poucos recursos, com migrantes, com pessoas com pouco acesso à educação formal, com pessoas cognitivamente diferentes, para grupos sem acesso ao mínimo de calorias diárias para alimentação… Porém, nunca em um plano de trabalho tinha lido a palavra “refugiado”. Embora o grupo com o qual trabalhei não fosse exclusivamente de refugiados venezuelanos, a palavra carregava peso. Por mais que isso possa pesar para um venezuelano que viu os milhões de venezuelanos que buscaram refúgio em outros países após dias exaustivos a pé pelas fronteiras chamados “imigrantes” (https://www.acnur.org/situacion-en-venezuela .html) no que, citando o ACNUR, é “a segunda maior crise de deslocamento externo do mundo”. Formalmente, do ponto de vista político, refugiado é aquele que não pode retornar ao seu país de origem por ser perseguido por motivos de raça, religião, nacionalidade ou pertença a grupos sociais (Convenção da ONU para Refugiados de 1951). A avó que conheci nessas oficinas que caminhava com o neto pela selva amazônica para descobrir, depois de semanas, ao chegar à fronteira com a Colômbia, que havia feito o caminho errado e teve que refazer o caminho para recomeçar em direção ao Brasil, não é formalmente um refugiado, onde procurou encontrar seu filho. Ela fugia da fome, fugia da falta de futuro para o neto, mas legalmente não é refugiada, embora duas necessidades iguais pese sobre ela e o neto: segurança e proteção. O fato da Associação Aventura de Construir ousar falar de refugiados num mundo que desumaniza a precariedade da fuga com a palavra imigração, não é um ato menor. Embora os grupos com os quais trabalhei fossem de várias nacionalidades (nem todos refugiados) e de múltiplas origens profissionais (engenheiros, educadores, policiais, empresários, comerciantes etc.), todos sem exceção precisavam reconstruir suas vidas com base no carinho de alguém que vê em todos a mesma humanidade. Mais tarde falarei sobre a importância dos métodos, mas desde o primeiro dia entendi que parte do método é que o espaço onde você vai trabalhar deve ser claramente um espaço de afeto e refúgio para professores e alunos. Fortalecer alguém que se sente vulnerável envolve aprender a olhá-lo nos olhos e dizer-lhe com seus olhos e ações “você e eu somos iguais. Agora você precisa de mim e com certeza em algum momento serei eu quem vai precisar de você. Você e eu somos iguais.” E acredite, passar do olhar assistencialista para esse tipo de olhar requer treinamento. É uma barreira linguística? A linguagem como ponte foi outra grande lição que tirei desse projeto. Com exceção das pessoas do Haiti, o resto dos meus alunos eram de países de língua espanhola (principalmente Venezuela, mas também Colômbia, Equador, Peru e Bolívia); então minhas aulas eram em espanhol e voltadas para pessoas que estavam começando a falar português. Os meus workshops foram tanto práticos como teóricos, e deles deveria nascer o componente gastronômico de futuros planos de negócios que concorrem à capital semente. Eu vi como uma barreira muito grande ter que treinar pessoas para defender projetos de negócios sem que eles falassem o idioma local, então apelei para dois fatores que me precedem: uma conferência que ouvi na cidade de Rimini em 2017 e uma busca pela verdades da observação, onde é o objeto que mostra a realidade. A conferência do “Meeting di Rimini” ( https://www.meetingrimini.org) a que me refiro foi ouvida pelo egípcio Wael Farouq e nela contava os exercícios gastronômicos que um grupo de acadêmicos fazia com jovens muçulmanos europeus. Eles contaram como quando alguém sente que não pertence a nada, é fácil para o grupo errado dar a eles esse sentimento de pertencimento. É assim que surgem as gangues ou grupos terroristas. Um dos exercícios que eles fizeram, foi pedir a essas crianças que perguntassem aos pais qual era o prato favorito da infância. Ninguém é capaz de falar do prato da sua infância sem falar da sua infância, das suas paisagens, dos seus costumes. E assim, pouco a pouco, a partir de uma emotividade específica, foi-se construindo um diálogo com sentido de pertença entre pais e filhos. Quando você tem orgulho da sua cultura e do seu passado, fica mais difícil a sua cultura ser a da gangue, simples assim. O que fizemos foi primeiro pedir que apagassem da cabeça o cardápio do restaurante com que já sonhavam ou o produto que já planejavam vender. Que saiam primeiro à rua para conversar (através de exercícios específicos que lhes demos) com quem vende hortaliças no seu bairro, para perguntar aos vizinhos sobre os seus costumes, para ter curiosidade pelo desconhecido, para perceber as oportunidades, para pensar pessoas com quem estabelecer vínculos, associações e convênios; e com essa informação em mãos se eles olhassem para dentro de si e de sua própria cultura, só assim construíram um modelo de negócios juntos. A segunda tarefa, o culminar do meu período de ensino, era que tivessem de servir os pratos que aprenderam à mesa para cerca de 20 pessoas, sonhando que tinham sido contratados no Brasil para um serviço de catering. Eles tinham que explicar os pratos aos comensais em português (estamos falando de pessoas que estavam começando a aprender o idioma!) seduzindo-os com suas histórias de infância e por que achavam que esses pratos seriam apreciados no Brasil. Simplesmente que eles se sentiam embaixadores em um país onde, por gratidão, tinham que fazer coisas que também agradassem aos brasileiros, e fossem comerciais… e para isso era preciso primeiro entender o Brasil e saber dizer seu próprio passado. Nós choramos. Sei que esta crônica tenta explicar a importância quase asséptica de um método replicável, mas choramos. Quando ouvíamos aquelas histórias tão carregadas de passados dolorosos, saudades amorosas e esperanças no futuro, eles choravam quando falavam e nós chorávamos quando ouvíamos. Devemos todos ser empreendedores? Tenho um pouco de medo da palavra empreendedorismo porque acabou por se tornar o reflexo dominante de uma cultura de “vencedores” e “perdedores” onde parece que quem empreende é um vencedor e quem procura emprego é um perdedor. Ser empresário gastronômico (ou seja, gerar emprego ou pelo menos autoemprego) é uma natureza que envolve desde coisas tão prosaicas e cotidianas, como não ter vergonha de cobrar ou demitir alguém, passando por um impulso vital onde a adrenalina de ter compromissos e as dívidas não são um peso insuportável, até que nos reconciliamos com uma natureza que nos impulsione a navegar levados pelos ventos mutáveis ​​da vida cotidiana. Ao afirmar que é uma natureza, o que estou afirmando é que nem todos nós nascemos com essas características… e ainda bem que assim é. Quase todas as associações e fundações com as quais trabalhei tendem a ver o empreendedorismo sob esses paradigmas, muitas vezes esquecendo que construímos a civilização moderna a partir da sistematização dos ofícios. Do emprego. Algo marcante no trabalho realizado com a Aventura de Construir no Brasil foi justamente sentir que por trás de todo o programa havia um método que, ao conferir dignidade ao indivíduo, via o valor de educar para o trabalho e o empreendedorismo de igual para igual. Recentemente li um editorial no site da Associação Trabajo y Persona Civil (https://trabajoypersona.org , aliada da Venezuela em projetos sociais e especificamente os da Aventura de Construir), trecho que cito textualmente: “O que é pessoa? Uma das mais belas definições foi dita por Luigi Giussani, que afirma que a pessoa é uma relação com o infinito, que possui em seu coração um desejo infinito de verdade, justiça e beleza. Por isso, o trabalho é um lugar diário e privilegiado para expressar esse desejo de realização ” Visão linda de trabalho! Visto assim, você pode ser chef ou dono de restaurante, mas em todo caso entendendo que fazemos parte de um mesmo todo que olha para o infinito com os mesmos desejos. O coração é suficiente? A resposta é simples. Não. Para que um projeto de inserção de comunidades vulneráveis ​​tenha real significado ele deve, por um lado, educar e modificar efetivamente as pessoas e seu ambiente, mas também deve poder ser repetido com outros grupos que virão, ser capaz de monitorar resultados, inspirar para que outras associações adaptem experiências bem-sucedidas em outros lugares, perdurar no tempo, aprender a se financiar, saber quais alianças são necessárias e um longo etc. As duas palavras-chave por trás de tudo isso são Método e Documentação. O Método é aquele que resume em si a filosofia por trás da busca. É aquela que estabelece as formas de abordagem, aquela que ensina que da liberdade surgem as provocações que se deve verificar e ensina como vê-la. O Método faz com que uma equipe de pessoas caminhe na mesma direção, é aquele que nota o valor de provocar a comunhão entre os participantes através de projetos associativos e ensina a olhar nos olhos do outro, é aquele que molda um estudo e até mesmo um cronograma. A documentação possibilita, e a generosidade de compartilhar o que está documentado torna-se replicável, e a Associação Aventura de Construir com quem fiz o trabalho no Brasil não dá um passo sem escrever e, principalmente, sem seguir com disciplina os passos provenientes desses escritos. Vamos aprender a cozinhar juntos? Convido você a baixar o e-book “Protagoniza Na Cozinha” no link https://bit.ly/ProtagonizaCozinha onde você poderá ver um pouco do escopo do projeto.

  • A importância de refletirmos sobre o avanço da Inteligência Artificial 

    Em mais um texto produzido a partir da colaboração entre a Agência Experimental Benjamin, da FECAP, e a Aventura de Construir, o Blog AdC desta semana traz o artigo “A importância de refletirmos sobre o avanço da Inteligência Artificial ”, escrito pelo aluno Pedro Gucciardi, sobre inteligência artificial e os seus avanços. Confira abaixo! Por Pedro Gucciardi Olá, leitores! Se você, assim como eu, é ligado em tecnologia e empreendedorismo, o texto de hoje é sobre as principais discussões que aconteceram no South by Southwest, ou SXSW. O SXSW é um grande evento mundial que acontece anualmente desde 1987 em Austin, no Texas, e reúne as mentes mais brilhantes do mundo para discutir novas tendências tecnológicas e como elas vão nos afetar como sociedade daqui pra frente. A Inteligência Artificial e a análise de dados foram os principais fios condutores dessa edição, e pautaram conversas nos temas de marketing, inovação, música e design, por exemplo. Dentre as inúmeras apresentações, workshops, mentorias e rodas de conversa, o SXSW teve algo a nos ensinar independente de qual área escolhermos. Em uma das palestras mais aguardadas no evento, a futurista Amy Webb nos trouxe que a “internet como a conhecemos acabou”. Para ela, nós não pesquisamos mais na internet, mas, principalmente por causa dos recentes avanços em Inteligência Artificial e Big Data, a internet nos pesquisa. Segundo Amy, todos os dados que fornecemos durante nosso cotidiano online são constantemente analisados em volumes inimagináveis para humanos e ajudam a direcionar de forma mais precisa conteúdos e informações que sejam capazes de reter nosso foco e atenção. Para a futurista, apesar de hoje essas ferramentas parecerem inacessíveis, em poucos anos elas não só se tornarão mais populares e familiares ao grande público, mas também mais poderosas. Um grande exemplo é o aplicativo ChatGPT, que traz uma noção do que já é possível realizar e ter visibilidade de todas as áreas que a Inteligência Artifical pode ajudar tanto na nossa vida pessoal como também nos negócios que trabalhamos. Com todas essas mudanças, devemos retornar a retórica socrática. Precisamos aprender novamente a perguntar. Independentemente se sua empresa é grande, se é pequena ou se você é um aluno ainda na escola, a tecnologia impacta diariamente nossa rotina e é capaz de entender nosso comportamento, ações, intenções e relacionamentos. A grande questão é: Qual o caminho que estamos trilhando? Estamos seguros do que estamos fazendo e compreendemos que nossas atitudes irão nos levar para onde queremos ir? O objetivo de uma Inteligência Artificial é nos ajudar a encontrar tendências num oceano de dados aleatórios e a nossa função nessa história é entender se nós estamos realmente encontrando as tendências que queremos ou se estamos enviesando as nossas análises. Os códigos e algoritmos são criados por pessoas e não são imunes aos preconceitos que temos como sociedade. Como exemplo podemos imaginar um caso sobre o uso da inteligência artificial no processo de seleção para uma empresa. Desde as pessoas impactadas para concorrer a vaga nas plataformas de recrutamento até o sistema de seleção de currículos contam com intermédio de um algoritmo automatizado por IA e, em cada uma destas etapas, a IA pode ter sido infectada com os vieses dos usuários. Sabemos que, devido ao racismo histórico e estrutural, pessoas negras historicamente ocupam menos posições de liderança, e, uma IA não consegue discernir os motivos disso, ela simplesmente analisa o passado e direciona uma vaga para o perfil que provavelmente será recrutado, no caso pessoas brancas. Neste sentido, cabe a nós, usuários, darmos o feedback sobre a informação para o sistema melhorar no loop de aprendizado da Inteligência Artificial. Se você empreendedor está interessado em conhecer e estudar mais sobre IA deixo aqui como sugestão o livro Weapons of Math Destruction, traduzido para o Brasil como Algoritmos de Destruição em Massa. Nele, a autora Cathy O’Neil aprofunda mais essa discussão que foi levantada ao longo do texto. Como tomadores de decisão, precisamos estar cientes dos benefícios, mas também dos riscos que a tecnologia nos traz, por isso, precisamos refletir se realmente estamos caminhando para o lugar certo. Supervisionado pela Profª Paula Franceschelli. #projetosocial #Empreendedorismo #inteligenicaartifical #Microempreendedores

  • Trajetórias que inspiram – ProtagonizAqui

    Para muitos a ideia de iniciar a vida em um outro país é um desafio quase inalcançável. Mas para aqueles que tentam, a esperança de recomeçar ultrapassa as barreiras da dificuldade. Nesta semana, o Blog AdC apresenta a trajetória de migrantes latino-americanos participantes do projeto “ProtagonizAqui – Aprendendo a Empreender”. Realizado em parceria com a Casa Venezuela e Missão Paz, e com financiamento da Inter American Foundation (IAF), o projeto tem como objetivo a inserção de maneira digna deste público na sociedade brasileira, fortalecendo o protagonismo dessas pessoas, através de sua inclusão produtiva e consequente emancipação. Leia mais abaixo! Os protagonistas dessas histórias buscam, em outros países, alternativas para dar uma condição de vida melhor para suas famílias no quesito econômico, estrutural e emocional. Dentro desses temas, uma das principais dificuldades é a inserção laboral. No Brasil, existem diversas políticas para inclusão, mas ainda não abrangem toda a parcela necessária. Nesse cenário, muitos veem no empreendedorismo uma alternativa. Como Yulexy Gonzalez, participante do projeto “ProtagonizAqui”, que durante a pandemia se viu em uma realidade totalmente diferente. Yulexy é venezuelana e veio para o Brasil há três anos com seu marido e três filhos. Na Venezuela trabalhava no centro de segurança de um aeroporto e seu marido vendia salgados. Quando chegou no Brasil, viu a necessidade de cuidar dos seus filhos enquanto o marido trabalhava, já que não tinha nenhum parente próximo. Durante a pandemia, a família perdeu sua renda com a demissão do marido de Yulexy. Foi aí que viram o empreendedorismo como uma alternativa. Com a experiência do seu marido na fabricação de salgados, eles resolveram começar a venda por delivery de salgados venezuelanos na pandemia, o @salgadosvenezuelanos. “No início foi um grande desafio, porque não tínhamos delivery e não conhecíamos São Paulo. Meu marido saia de bicicleta para fazer as entregas”, comenta Yulexy. Mas isso não os impediu de continuarem tentando. Depois de um período, sua filha criou um Instagram para o negócio e eles foram criando estratégias para alavancar as vendas. Neste momento, através de uma amiga, conheceram o projeto “ProtagonizAqui”. “Minha amiga nos contou sobre o projeto. De início eu não queria participar, porque são muitas responsabilidades e era um projeto longo, mas mudou minha vida, porque eles realmente te acompanham e te incentivam a fazer acontecer. Com as atividades propostas e a ‘cobrança’ você se vê na obrigação de realizar e isso traz frutos”. Ela ainda acrescenta “quem me ensinou a cozinhar foi o meu marido, porque de início eu não sabia fazer os salgados, mas me arrisquei porque ele precisa voltar a trabalhar e eu poderia continuar com o empreendimento e cuidando dos meus filhos. Quando vi a proposta do projeto, tudo se encaixou”. Hoje, Yulexy possui um ponto de venda para os salgados e com a proposta apresentada na finalização do projeto, vai receber um capital semente para alavancar seu negócio. “Saber que tem pessoas que apoiam a gente e que também existem outras pessoas na mesma situação, nos permite acreditar que não estamos sozinhos”, finaliza. Assim como Yulexy, Moise, outro participante do projeto, também vê na sua trajetória a importância do apoio. Moise veio do Haiti e está no Brasil há 9 anos com a sua esposa. Hoje vive com ela e uma filha pequena. De início ele viu no projeto a oportunidade para sua esposa aprender um pouco mais do português, que ainda não domina totalmente, mas depois enxergou outras oportunidades. “Hoje tenho o sonho de abrir um mercadinho e trago o aprendizado de finanças para a nossa casa”, explica. Essas histórias podem seguir muitos rumos mas apenas eles, os protagonistas das suas trajetórias, podem definir por qual vão seguir. Na perseverança dessa trajetória, a contribuição dos participantes no projeto resultou em um e-book da sistematização da experiência e receitas realizadas, por eles, na fase de culinária. O lançamento será realizado no dia 28/03 em um evento presencial e todos estão convidados! Para mais informações e inscrições, acesse o link: https://forms.gle/3KpaoYDKqTCYNFeM8 #migrantes #projetosocial #Empreendedorismo #Microempreendedores

  • O que é a Análise SWOT e como ela pode ajudar o seu negócio?

    Você já ouviu falar em Análise Fofa, ou em SWOT Analysis? Sabe como isso é aplicado em negócios de todos os tamanhos? Seja micro, pequena, média ou grande empresa, esta é uma importante ferramenta para o processo de Planejamento Estratégico de um empreendimento. Para explicar como funciona este tipo de análise, trazemos ao Blog AdC de hoje reflexões que surgiram ao aplicarmos a ferramenta na própria Aventura de Construir. Além disso, aproveite e leia também outro texto do nosso blog sobre o assunto: Todo mundo sabe fazer Planejamento Estratégico. Leia mais abaixo! A Análise FOFA, também conhecida como SWOT Analysis, Análise SWOT e Matriz SWOT, é uma ferramenta amplamente utilizada por empresas para avaliar seu posicionamento no mercado e identificar oportunidades de crescimento. A sigla vem do inglês, representando Forças (Strengths), Oportunidades (Opportunities), Fraquezas (Weaknesses) e Ameaças (Threats). A análise consiste em avaliar esses quatro aspectos para determinar a viabilidade e o potencial do negócio. A ferramenta FOFA é frequentemente utilizada por empresas de todos os tamanhos, incluindo micro e pequenas empresas. Mesmo instituições do Terceiro Setor, como a Aventura de Construir, podem utilizar essa matriz para orientar decisões estratégicas baseadas em informações mais precisas e eficazes. A Análise FOFA é composta por quatro elementos: Forças (Strengths): refere-se às características positivas da empresa, tais como sua reputação, seus recursos humanos e materiais, sua posição no mercado, etc. Fraquezas (Weaknesses): refere-se às características negativas da empresa, tais como sua falta de recursos, suas dificuldades financeiras, sua baixa produtividade, etc. Oportunidades (Opportunities): refere-se a situações ou tendências positivas que a empresa pode aproveitar, tais como novas tecnologias, mudanças no mercado, em tendências de consumo, mudanças nas regulamentações governamentais, etc. Ameaças (Threats): refere-se a situações ou tendências negativas que podem prejudicar a empresa, tais como a concorrência, mudanças nos preços dos produtos ou serviços, mudanças nas preferências dos clientes, etc. Nota-se que os dois primeiros elementos se referem ao ambiente interno, ou seja, características da organização em si, sejam positivas ou negativas. Já os dois últimos, “Oportunidades” e “Ameaças”, se referem ao ambiente externo, sendo características do mercado e do ecossistema de organizações semelhantes. São aspectos normalmente fora do controle da instituição, mas que podem ser aproveitados e capitalizados para impulsionar seu crescimento. A identificação de cada elemento possibilita que a empresa, ou ONG, trabalhe para potencializar os pontos positivos e para mitigar os pontos negativos, realizando a partir disso um planejamento mais adequado. Para realizar uma análise FOFA eficaz, uma organização deve dedicar tempo e recursos para coletar dados precisos sobre sua posição no mercado e seus concorrentes. Isso pode incluir pesquisas de mercado, análise de dados financeiros e feedback dos clientes, além da análise de recursos humanos, de processos, entre outros. É importante que a empresa envolva todos os seus funcionários no processo, para que todos possam contribuir com suas opiniões e ideias. Na AdC, realizamos periodicamente um trabalho de identificação e alinhamento desses pontos, reunindo toda a equipe. A Matriz SWOT é aplicada ao nível geral da instituição, mas também refletimos sobre os quatro elementos dentro de cada área: sustentabilidade, comunicação, recursos humanos e desenvolvimento de projetos, além de infraestrutura da ONG. Posteriormente, o documento gerado é revisado pela diretoria da organização, para garantir a qualidade da análise. A aplicação recorrente da ferramenta também possibilita uma visão mais ampla da jornada da instituição, evidenciando a evolução e melhorias realizadas ao longo do tempo. Assim, a Análise FOFA pode servir como uma bússola para confirmar o caminho correto, ou para identificar a necessidade de uma mudança de rota.

  • O fortalecimento no protagonismo da mulher empreendedora

    Neste 8 de março, Dia Internacional da Mulher, a Aventura de Construir traz para o Blog AdC uma conversa sobre empreendedorismo feminino, informalidade e redes de apoio com Lilian Zimmermann, coordenadora do projeto “Vi a Mão de Empreendedoras: Germinando na Periferia de São Paulo”. Confira abaixo! Entre os 52 milhões de empreendedores do Brasil, 30 milhões (48%) são mulheres, segundo dados do Global Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM), principal pesquisa sobre empreendedorismo do mundo, feita em parceria com o Sebrae. Elas representam a grande maioria no crescimento de empreendedorismo por necessidade que, muitas vezes, permanecem na informalidade. De acordo com a pesquisa realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC), também em parceria com o Sebrae, 61% das mulheres empreendedoras vivem no trabalho informal. Esse número está ligado a uma das principais dificuldades na hora de se criar um empreendimento: o de se enxergar como empreendedora. Para a maioria das mulheres, a criação de um negócio surge na necessidade de auxiliar nas despesas de casa, ou ainda, enfrentá-las sozinhas. Nesse sentido, a identidade como empreendedora fica sobreposta pela identidade de provedora da casa, no quesito financeiro, doméstico, maternal e etc. Visando o fortalecimento pessoal e as habilidades empreendedoras, surgem projetos como “Vi a Mão de Empreendedoras: Germinando na Periferia de São Paulo”, realizado pela Aventura de Construir em parceria com a Prefeitura de São Paulo. De acordo com Lilian Zimmermann, consultora da AdC e coordenadora do projeto, incentivos como esse são importantes “porque querendo ou não, culturalmente, a mulher já tem isso de ‘dar conta de tudo’ e fazem esses negócios informalmente para gerar uma renda extra, mesmo que trabalhem fora. Elas precisam gerar uma renda extra para pagar as contas ao final do mês”. “Muitas são mães solos, então dificulta muito mais o fortalecimento do empreendedorismo na visão dessas mulheres. E esse passo é importante porque elas conseguem se fortalecer, organizar e crescer. Quando a gente fala do crescer é para que elas tenham o básico: o negócio se gerir, o negócio se pagar e gerar uma renda para elas, porque a maioria não tira um salário para si, um pró-labore, a maioria não faz isso. Elas veem o que vai entrando e vão pagando o que dá, vão levando assim. Então nesse sentido do empreendedorismo, é muito potente que elas consigam enxergar que podem ter uma renda extra e que podem levar os empreendimentos delas como negócios paralelos de uma forma mais rentável.” Além da capacitação das habilidades técnicas, o projeto também visa a criação de uma rede de apoio e parcerias para o fortalecimento dessa cultura de empoderamento feminino a partir do empreendedorismo. Esse diferencial é relevante pois muitas empreendedoras realizam diversos cursos on-line e não colocam os aprendizados em prática. Para Lilian, “90% do esforço é para levar isso para vida. Se não consegue aplicar no negócio, tenta multiplicar essa informação quando estiver em uma roda de conversa com mulheres. Fala sobre isso e, às vezes, essa vivência, essa troca de experiência é o que vai gerar uma mudança no negócio, até sem perceber. Nenhum conteúdo que a gente aprende é em vão. Se não colocar em prática naquele momento, pode-se levar como conceito para alguém multiplicar e aí nasce esse empoderamento, nasce essa visão de querer que as mulheres se fortaleçam, saibam se enxergar como empreendedoras”. Silvia Alonso, empreendedora na área de saboaria artesanal e participante do projeto, afirma: “Nós vemos um grande aumento na oferta de empreendedoras femininas, porém ainda vemos algumas restrições. Então fazer parte dessas ações agrega muito valor ao trabalho e graças a esse tipo de incentivo ao trabalho feminino, que o nosso trabalho vem sendo mais valorizado”. Fortalecer a visão da mulher empreendedora gera uma transformação não só na pessoa, mas em todo o seu entorno. Porque geralmente ela é o ponto de referência de muitas famílias, principalmente nas periferias, e as ações potencializadoras influenciam nas perspectivas das pessoas ao redor, seja em casa ou na comunidade. Para as mulheres que querem empreender, Lilian deixa duas dicas: “primeiro é se conhecer. Quando a gente se conhece, quando a gente sabe as nossas potencialidades e os nossos limites, a gente consegue fazer um desenho do que é possível. Ao mesmo tempo, tem que ter uma ousadia, tem que ter um tentar. Nós somos feitos, desde que nascemos, de erros e acertos. Se tu não cair, tu não aprende a ficar de pé”. “Então, nesse sentido, a gente tem que tentar dar sempre um passinho um pouquinho maior do que a perna, mas tendo a resiliência de entender o que o outro precisa, porque empreender nasce da necessidade de alguém. Quando você empreende, tanto fornecendo um produto ou um serviço, é para suprir a necessidade de alguém, e não o que eu quero. Então é o se conhecer para também trabalhar com o que gosta mas entendendo a necessidade do seu mercado.” #projetosocial #mulherempreendedora #Empreendedorismo #Empreendedorismofeminino #Microempreendedores

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