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  • Memória: o registro do sonho de hoje e a história contada do amanhã

    Por Mikaely Alves Iniciar um novo negócio não é fácil. Estruturar o projeto e administrar ou alocar da melhor forma o investimento? Muito menos. Porém, um fator que não é levado tanto em consideração, mas que deveria ser feito desde o começo, é: a importância de guardar a memória do novo empreendimento. E este será o nosso novo aprendizado do dia. Desde o nosso nascimento, os nossos pais, familiares e amigos gostam de registrar os momentos marcantes de nossas vidas. Havia uma época que as fotos eram tiradas por câmeras enormes que precisavam ser reveladas em uma sala escura onde havia diversas etapas para serem processadas através da utilização de produtos químicos. Em outra época, evoluíram para uma câmera analógica com aqueles rolos de filme que as pessoas precisavam revelar e imprimir diversas fotos em álbuns. Hoje, encontramos e fazemos os registros fotográficos e gravações totalmente digitalizados e tecnológicos na palma das nossas mãos. Sem o pioneirismo e avanço da tecnologia para descobrir novas formas de registrar os momentos, tudo isso não seria possível: ver para sentir, relembrar e contar sobre o que se passava naquele pedaço de memória. É fato que com o tempo algumas fotos ou álbuns se percam, ocasionando na falta de um pedaço de sua história para ser mostrado e repassado para outras gerações, sendo assim, restará apenas nas lembranças. Mas em que ponto eu quero chegar? É dizer para você, que não é diferente quando se trata dos negócios, pois é preciso começar a dar importância e cuidado em registrar e guardar os acontecimentos de cada etapa e jornada do seu trabalho. Tudo foi iniciado por um sonho e é preciso acreditar que vai dar certo. Além disso, sua história precisa ser vista e contada, para que outros se lembrem do que são, da sua essência, do propósito, de não serem vistos como um empreendimento somente em vender por vender. É mais do que isso e é aqui que irei ajudar em como será guardado tudo o que for registrado desta jornada. Levando em consideração ao investimento que cabe no bolso, uma boa alternativa para o microempreendedor guardar as fotos e vídeos é através do armazenamento em nuvem. Mas o que seria isso? É um serviço que permite através do acesso à internet a possibilidade de transferir seus arquivos do computador, tablet ou celular, para uma outra rede criada por terceiros, a fim de guardar em um banco de dados externo, sendo possível acessar quando quiser. Ficar sem capacidade de armazenar não será um problema, pois há diversos planos de pacotes para contratar, sendo assim, será possível adequar o espaço de armazenamento para guardar os seus registros dos momentos especiais que serão alcançados através do seu empreendimento ao decorrer do tempo e que você não vai querer perder. Afinal, cada foto e vídeo é um pedaço de sua história. A organização dos arquivos é imprescindível na hora de guardar em um backup na nuvem. Uma dica é: separe por pastas, nomeie com datas e com a representação daquele momento. A maneira como será organizada vai facilitar para procurar e resgatar de volta quando planejarem fazer comemorações das metas alcançadas e de datas especiais para seu negócio. Vale ressaltar que em um mundo com grandes avanços tecnológicos ainda não é possível escapar de receios das ameaças de vírus, invasão ou roubo de informações, então é sempre aconselhável ter um profissional do suporte técnico para que você possa monitorar e averiguar mensalmente a segurança dos seus arquivos. É através do registro da história de seu empreendimento que será possível dar sentido a toda sua trajetória ao longo do tempo, marcando o que eram antes, o que são hoje e o que podem ser no amanhã. E aí, caro leitor? Vai mesmo deixar a história do seu sonho apenas na sua memória ou vai querer que ela seja registrada, contada e mostrada para as futuras gerações? Vejo você na próxima!

  • Fim de ano, retrospectivas e despedidas - Por Pedro Gucciardi

    Olá, leitores! Finalmente chegamos em dezembro, o fim de um ano que não parecia ter fim. De maneira geral, os textos que eu produzi aqui para o blog da Aventura de Construir sempre tinham como base algum conceito da comunicação ou das Relações Públicas, mas para o artigo de dezembro eu vou fazer diferente. Independentemente da sua religião ou crença, aproveite essa época de fim de ano para tirar o pé do acelerador e focar no que realmente importa: as pessoas ao seu redor. Uma frase de autor desconhecido que eu li recentemente e me deixou reflexivo é “daqui a 20 anos, as únicas pessoas que vão lembrar que você trabalhou até tarde serão seus filhos”. Estamos em uma sociedade que o trabalho é parte fundamental da nossa vida, mas as nossas relações humanas são tão importantes quanto. Reflita os acontecimentos de 2023, pense no que deu certo e no que deu errado e como você pode usar suas fortalezas como alavanca para desenvolver seus pontos fracos e se divirta com quem é importante pra você. De resto, um feliz Natal e um próspero ano novo para todos. Esse é meu último artigo para o blog da AdC e espero que os meus textos ao longo desse pouco mais de um ano que estive por aqui tenham impactado vocês de forma positiva. Muito obrigado por terem aberto um espaço na agenda de vocês para lerem os meus textos e, quem quiser conversar comigo, pode me encontrar pelo LinkedIn. Abraços e até mais 🙂 Supervisionado pela Profª Paula Franceschelli.

  • Voluntariado: O agente da transformação - Entrevista com Miriam Vale

    O fim do ano é um momento de reflexão sobre o passado e planejamento para o futuro. É o momento de gratidão e acolhimento, que reflete em todos os meses seguintes. Aproveitamos esta ocasião para falar sobre voluntariado e como se doar pode fazer bem para tantas pessoas, e para nós mesmos. Seguindo este tema, o Blog AdC de hoje conversou com Miriam Vale, doutora em Administração de Empresas, professora na FECAP e no Ibmec-SP e voluntária da Aventura de Construir. O programa de voluntariado da Aventura de Construir tem como objetivo valorizar as competências e experiências dos voluntários para que seus conhecimentos possam ser compartilhados e colocados a serviço de jovens, microempreendedores e famílias de baixa renda. Saiba mais neste link. Confira abaixo! Aventura de Construir: Miriam, nos conte um pouco sobre a tua trajetória profissional e sobre sua formação. Miriam Vale: Em 2007, me formei em Administração na USP e por meio do Comitê de Cooperação Internacional consegui fazer um período da minha graduação fora do país. Trabalhei um tempo com inteligência de mercado em um empresa de telecomunicações, migrei para o setor logístico na mesma e depois fui para o mercado financeiro. Eu venho da periferia, morei com meus pais em São Miguel Paulista. Sou a segunda geração que consegue fazer a graduação, e é super importante e interessante notar que quanto mais evoluímos, principalmente em educação formal, mais conseguimos galgar melhores e maiores espaços. Trabalhei em diversas áreas em bancos com análise de crédito, tesouraria e comercial, só que faltava alguma coisa na minha vida, olhava para aquele mundo corporativo e não queria ficar lá. Iniciei o mestrado em Administração na Fundação Getúlio Vargas e comecei a me envolver muito. Achei o máximo o mestrado, queria estudar e seguir nessa trajetória acadêmica, porém o banco que trabalhava na época queria pagar o meu mestrado em Finanças e Economia. Mesmo assim, eu decidi seguir com o curso que escolhi. Não deixei o mercado financeiro, mas fui estudar as organizações do mercado financeiro como instituições. Ainda na FGV concluí meu doutorado, e nessa época ainda fiz intercâmbio na Inglaterra, passei por Harvard e depois retornei ao Brasil. Quando retornei comecei a lecionar na FECAP (Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado) com orientação de trabalho de conclusão de curso, dando algumas disciplinas e trabalhando com a curadoria do acervo histórico da instituição. Em 2017, participei de um processo seletivo para ser coordenadora do programa de qualificação de exportação do governo federal oferecido pela Apex Brasil, que é uma agência de fomento à exportação e investimento direto estrangeiro com a proposta de trabalhar com a região de São Paulo. Me pediram para, junto com uma equipe de comércio exterior, qualificar empresas para que elas começassem a ir para o exterior e consequentemente vender para outros países. O empresariado brasileiro normalmente quer ficar dentro do país, alegando ser muito grande e que todas as oportunidades estão somente aqui. Nessa época eu e minha equipe começamos a fazer justamente a qualificação dessas empresas que não eram grandes negócios. Ajudamos a montar seus planos de trabalhos e de exportação, o que significava que elas precisam se planejar antes de entrar no mercado externo. Isso foi legal porque ajudamos a mudar os seus negócios e também a visão desses empresários, acompanhar essas empresas me fizeram super bem e queria continuar ali. Continuei na docência e em 2018 entrei no IBMEC (Instituto Brasileiro de Mercado de Capitais) para lecionar disciplinas de graduação no primeiro semestre. Fiquei um tempo como coordenadora do centro de empreendedorismo e inovação, mas acabei saindo e ficando apenas como docente porque o programa de qualificação requisitava muito da minha atenção. No fim o programa deu muito certo, cresceu e se fortaleceu, foi aí que me convidaram para expandir a atuação para a região metropolitana de São Paulo e São José dos Campos. A partir desse momento nasceu o primeiro contato com a Aventura de Construir. AdC: Como foi esse contato e como você se envolveu com o nosso trabalho? A Silvia falou comigo e pediu para que conversasse com a equipe para ajudar a orientar os empreendedores acompanhados pela AdC sobre o mercado internacional. Essa questão do voluntariado ficou complexa pois eu tinha que encaixar essa parceria com a Aventura de Construir na agenda de coordenadora do programa de qualificação e exportação, docente no IBMEC, docente na FECAP e mãe de uma menininha de 6 anos (risos), mas foi legal porque eu consegui instruir a Raquel e o Lucas sobre esse tema do mercado externo. Disso nasceram várias coisas legais, uma das professoras também do IBMEC e da FECAP qualificou os empresários da Aventura de Construir, nossos técnicos conversaram com os empresários do projeto Lamberti Transforma e uma parceria para o blog da AdC com a FECAP com intermédio do professor Edson Barbeiro. Então acho que quando pensamos em voluntariado é uma relação legal e interessante que todo mundo ganha no final das contas. Muitas vezes ficamos apenas olhando o nosso trabalho, sem saber de outras coisas que estão acontecendo ao nosso redor. Mas quando rompemos isso, vira uma relação gostosa ao ajudar outras pessoas, se torna um ciclo virtuoso no final das contas. AdC: Qual o diferencial que você, a partir desse contato conosco, enxergou na AdC e que te convenceu a colaborar conosco? Miriam: Bom, primeiro que o meu contágio se deu por um colega da minha faculdade, o Rodrigo Araújo, que era o nosso coordenador aqui da unidade da Paulista. Ele já era super envolvido com o tema quando foi fazer intercâmbio voluntário na Índia pelo AEC, e me apresentou o trabalho de vocês. É muito bom ver que o conhecimento que foi compartilhado por meio dos projetos da AdC tem sido usado de uma forma boa. Muitos desses empreendedores não têm acesso à educação de ponta, ou não conseguem estar em universidades públicas. E o quanto eles poderiam evoluir seus negócios e evoluir como pessoas a partir desse conhecimento é algo surreal. Então eu acho que compartilhar esse conhecimento é uma forma inclusiva de contribuir e de retornar para a sociedade o que obtemos, sem falar do propósito que está super alinhado com o da Aventura de Construir. Além disso, quem se envolve com voluntariado precisa ter motivação, algo que nos mova. Qual era a minha motivação enquanto estava no mercado financeiro? Um exemplo: Eu estava como gerente de banco e na época realizamos uma operação financeira com uma grande empresa para eles montarem e adquirem diversos equipamentos no porto de Santos. Após todo o processo eu fui visitar essa empresa e subi em um dos grandes guindastes que eles compraram, a minha motivação para continuar com esse trabalho foi ver que a pessoa empregada para operar uma dessas máquinas era uma mulher que recebeu qualificação para trabalhar e estava conseguindo levar o sustento para a sua filha. Ver aquilo, aquela mudança na vida daquela mulher, não tem preço. Quando você percebe que consegue modificar a vida das pessoas de uma forma positiva é muito legal. Esse é o propósito da educação. Vocês trabalham com essa educação e eu, no programa de qualificação para exportação, mexo com essa educação, esse foi o casamento de propósitos que aconteceu entre mim e a AdC. AdC: Você chegou a falar diretamente com alguns empreendedores do projeto Lamberti Transforma,  quais características você destacaria dos beneficiários da AdC como pontos fortes e quais pontos acredita que precisam ser fortalecidos? A característica principal dos empresários que “dão certo”, que seus negócios vão para frente é a vontade; quando vamos estudar isso temos algumas teorias que falam sobre a questão comportamental, existe a comprovação que a vontade de ir para a frente e fazer acontecer traz resultados positivos para seus negócios. Esse mesmo raciocínio eu uso no programa de qualificação. Eu vejo que é o mesmo raciocínio de vocês. Perceber aqueles empresários que tem vontade de participar nas capacitações e fazer dar certo. E depois, eu acho que a grande questão para dar certo é o conhecimento. No meu caso, por exemplo, é importante fazer a classificação fiscal do produto dos empresários com quem trabalho para mandar eles para o exterior. É super importante para entender o fluxo de comércio internacional desse produto e outros pontos. Então eu acho que a falta de conhecimento sobre seus negócios e como administrá-los é um ponto a ser trabalhado. Para eles falta a oportunidade de aprender, mas existe um potencial enorme nessas empresas. AdC: Miriam, qual a importância do voluntariado na sua visão? Por que compartilhar e colaborar? Miriam: Eu participo de outros projetos além daqueles com a Aventura de Construir. Por exemplo: todo semestre eu trago o pessoal do Capitalismo Consciente para conversar. Eu acho que nesses movimentos temos uma união de pensamentos, de atitudes e de propósito, em fazer o bem para o outro, e esse bem vai retornar para você. Além disso, eu participo de um projeto no meu bairro, no Tatuapé, com uma frente mais assistencialista. É mais difícil a gente mudar a vida das pessoas com assistencialismo, mas já é uma ajuda, um consolo. Arrecadamos alimentos, brinquedos, livros, materiais escolares e outros produtos que eles necessitam. Mesmo esse tipo de voluntariado é alguma coisa, é uma ajuda. Outro voluntariado que eu participei foi o Projeto Teia que é super legal. Acontece no Ipiranga e começou com um reforço escolar para as crianças vulneráveis que vivem perto do Parque da Independência. Na pandemia o foco desse projeto se transformou no assistencialismo, em arrecadações, porém agora tivemos a felicidade de poder voltar a auxiliar essas crianças que têm dificuldade na educação. Nós sabemos que além do assistencialismo é necessário também auxiliar na mudança de vida. Você pode pensar em diversas coisas sobre o voluntariado, mas eu acho que o mais importante de tudo é entendermos que sempre tem alguém do nosso lado tentando ajudar, que não estamos sozinhos nessa iniciativa. Precisamos ter esse pensamento de auxílio não só dentro do voluntariado mas em todos os lugares que estamos. Seja você também um voluntário da Aventura de Construir! Saiba como no link: https://www.aventuradeconstruir.org.br/o-que-voce-pode-fazer

  • Voluntariado: as recompensas em compartilhar - Entrevista com Laila Covolan

    Ao fim do ano, é chegado o momento de reflexão, de estipularmos metas, desejos e sonhos para 2024. Na lista de coisas a fazer pode estar ler mais, plantar uma árvore, ou doar seu tempo para ajudar alguém. Este último pode ser realizado por meio do voluntariado. O programa de voluntariado da Aventura de Construir tem como objetivo valorizar as competências e experiências dos voluntários para que seus conhecimentos possam ser compartilhados e colocados a serviço de jovens, microempreendedores e famílias de baixa renda. Desta forma, os voluntários se tornam agentes contribuintes para o crescimento humano e econômico nas comunidades, melhorando a qualidade de vida, a geração de renda e o trabalho de centenas de vidas nas periferias. E para falar um pouco sobre a experiência de colaborar com a AdC, no Blog AdC de hoje entrevistamos a publicitária Laila Covolan, que após participar de nossos projetos como beneficiária, se tornou voluntária para realizar capacitações sobre marketing. Confira abaixo como foi a conversa: Aventura de Construir: Laila, por favor se apresente, fale sobre sua atuação profissional e como conheceu a AdC… Laila Covolan: Eu sou formada em publicidade e propaganda, e já trabalhei em diversas empresas na área de marketing. Quando fui demitida de uma delas, fiquei um ano desempregada, sem achar emprego, e acabei indo para a área de educação, o que não tinha a ver com minha formação. Eu fui educadora social em uma instituição filantrópica que atende crianças de baixa renda, então tive contato com esse universo. Olhar aquelas crianças sem muita perspectiva de futuro e ter a chance de mudar isso é um belo trabalho, mas eu não nunca fui educadora ou professora. Não tinha a ver com a minha formação, então era muito cansativo para mim. Então pedi para sair da instituição e, depois de um tempo, comecei a pesquisar sobre empreendedorismo. Mesmo antes de abrir a empresa eu tinha certeza que queria ser justa, queria estar com meu CNPJ, emitir nota fiscal, fazer as coisas do jeito certo. Assim, no início de 2020, abri a Agência São Francisco. Foi “no susto”, sem muitos planos. Eu sabia fazer e queria fazer, era basicamente isso. Na mesma época, outra ONG estava oferecendo cursos de empreendedorismo, próximo da minha casa. Porém, para minha surpresa eram apenas 60 vagas para mais de 300 mulheres inscritas. O curso era presencial e acabou não acontecendo por causa da pandemia. Depois disso, eu vi um anúncio no Instagram do shopping Grand Plaza falando sobre um curso online de empreendedorismo, realizado pela Aventura de Construir. Na hora mandei mensagem para saber mais, a Raquel me retornou e explicou os detalhes. A minha primeira pergunta foi:  "vão falar de precificação?" Achava que essa era a minha única dúvida e achava que todo o resto eu já sabia. Assim, a Aventura de Construir entrou na minha vida. Depois do projeto da AdC, fiz aquele curso que queria fazer anteriormente, então foi interessante ver os dois lados. A gente vê linguagens diferentes, mas a gama de conteúdo da Aventura de Construir é infinitamente maior, e também a proximidade de assuntos me ajudou bastante. Ao decorrer do curso, falaram sobre administração, precificação e percebi que estava se desenhando para chegar na área de marketing. Então, chamei a Raquel e me ofereci para ajudar. Eu nunca havia ministrado uma aula sobre o assunto, mas poderia compartilhar o que eu sabia. Ela me passou a estrutura das aulas e desde então estive em várias turmas dos cursos. Comecei sendo chamada a ministrar aulas, depois as consultorias e até as assessorias. A Aventura de Construir abriu portas e um universo que lá atrás eu nunca imaginei que ia existir. Ser voluntária e poder fazer diferença na vida das pessoas é muito gratificante. Encontrar com empreendedores daquela época, com novos empreendedores que eu conheci, e perceber que conseguimos ajudar com coisas simples, como mexer no Instagram, é muito mágico. Às vezes não temos noção do poder e da influência que temos. AdC: O que a Aventura de Construir tem de especial na forma como aborda os conteúdos e realiza o trabalho? Laila: Ao meu ver a Aventura de Construir é mais humanizada. Outros cursos impõem filtros, realizando projetos exclusivos para certos grupos de pessoas. Nunca vi a Aventura de Construir excluir alguém. Sei que o foco é o empreendedorismo periférico, mas mesmo aquelas pessoas que não estão tão próximas da periferia, como eu, são acolhidas com o objetivo de fazer o seu negócio dar certo. A AdC tem um olhar que não vê apenas um CNPJ. Existe um CPF por trás, uma pessoa que terá dias que não está animada, que vai ter frustrações. Isso me marcou muito. E quando eu estive nesse curso antes da Aventura de Construir, claramente existia um filtro e uma categorização na qual eu não me encaixava. E agora, com a rede Avante Empreendedor, há essa iniciativa de não apenas entregar um certificado e abandonar os participantes, como se fosse apenas um número. Existe um olhar mais completo de acompanhar esses protagonistas, acompanhando as suas trajetórias. AdC: Você esteve dos dois lados: como aluna e como professora. Que características você destacaria dos beneficiários da AdC? Laila: Uma característica muito potente dos empreendedores é a força de vontade. A maioria descreve suas dificuldades durante os projetos, e descobrem que existem diversas outras. E, mesmo assim, existe essa sede por conhecimento. Isso porque acreditam em seus negócios e colocam as energias para dar certo, assim como foi comigo. A Aventura de Construir auxilia nesse sentido, percebendo o que os empreendedores querem, mas sobretudo o que eles precisam de fato. Primeiro devem estruturar o administrativo do negócio para depois olhar para iniciativas de marketing, por exemplo. E outra questão que acho muito forte é a adaptação para a realidade do empreendedor. Muitas vezes existe uma dificuldade que os impede de assistir às aulas e participar dos momentos online, mas a Aventura de Construir procura partir da realidade de cada um e "encaixar" os conteúdos e aulas a disposição de cada um. AdC: Pensando no voluntariado de uma forma geral, por que é importante ser voluntário? O que isso agrega para uma pessoa? Laila: Nós recebemos muita coisa de graça todos os dias, então "se doar" é o mínimo que podemos fazer. Quando eu falo o mínimo é compartilhar conhecimento com todos, até mesmo com alguém da mesma área em uma capacitação, por exemplo. O voluntário deve entender que é preciso participar da vida do outro. O "pagamento" é saber que de alguma forma conseguiu marcar a trajetória de alguém, e é muito bom receber uma mensagem dos empreendedores agradecendo pelo conteúdo passado. Percebemos que eles estão adaptando os ensinamentos para suas realidades. Sei que daqui a dois anos podem não lembrar da Laila mas vão lembrar do conhecimento que compartilhei com eles. Então essa é a maior dádiva que temos, transmitir o conhecimento para outra pessoa, existem várias formas de transmitir o conhecimento, mas alguém vai se identificar com o meu jeito. Quanto mais voluntários tivermos melhor porque conseguimos chegar mais próximo de cada pessoa com a sua realidade. Às vezes temos medo de não sermos voluntários e não conseguirmos ensinar e apoiar, mas eu, por exemplo, não sabia e aprendi conforme as aulas foram acontecendo. É preciso um " jogo de cintura" e aos poucos vamos aprendendo. Meu foco sempre é: O que eu posso transmitir para os outros além do conteúdo? Se cada um trouxer um pouco de si, vamos chegar mais próximo da realidade de cada um. Seja você também um voluntário da Aventura de Construir! Saiba como no link: https://www.aventuradeconstruir.org.br/o-que-voce-pode-fazer

  • Iguais, mas diferentes, as redes sociais. Parte III, Facebook

    Por Pedro Gucciardi Olá, leitores! No texto desse mês vamos falar sobre o Facebook. A rede social reformulou o jeito que o mundo se conecta e o que começou como um projeto de faculdade, hoje controla quase todos os dados secundários sobre o público e faz parte do nosso cotidiano de formas que eram improváveis quando a rede foi criada. Entender como o Facebook atinge e segmenta o público é entender as próprias dinâmicas da maioria das redes sociais. Isso acontece pois a Meta é proprietária não só do Facebook, mas também do Instagram e está constantemente evoluindo e transformando suas plataformas com todas as tendências mundiais. Por mais que o Facebook tenha perdido espaço no Brasil pro Instagram e o TikTok, ela ainda é a terceira rede mais utilizada no país e mundialmente ainda conta com mais de 2 bilhões de usuários ativos todo dia. Vamos ver algumas dicas de como usar o Facebook ao seu favor? Saiba seu público-alvo: essa dica vale pra qualquer coisa que envolva comunicação ou marketing. Saber quem você quer atingir vai calibrar tanto sua mensagem como o canal e as suas estratégias. O Facebook possui a maior base de usuários entre todas as redes sociais e a maior granularidade de segmentação. Saber quem você quer atingir facilita a direcionar o seu investimento na rede para um público mais receptivo ao seu conteúdo. Aproveite os Grupos: os Grupos no Facebook foram a evolução das comunidades do Orkut. Eles são a forma de pessoas com interesses comuns interagirem e conversarem sobre os assuntos que interessam. Participe de grupos abertos ou fechados para acompanhar as conversas do seu público e usar isso a seu favor. Teste diferentes formatos e conteúdos: o Facebook é uma plataforma que permite todos os tipos de conteúdo que você pode imaginar e toda hora aparece alguma coisa nova. Faça posts diferentes até encontrar o que melhor funcione para sua empresa e sempre acompanhe as novidades da plataforma. Faça os cursos gratuitos fornecidos pela Meta: a dona do Facebook possui um hub com várias aulas e formações disponíveis para ajudar quem atua com o Facebook, principalmente com anúncios. Todos os cursos podem ser acessados pelo link: https://www.facebook.com/business/learn . Assim fechamos nossa série sobre as redes sociais. Espero que tenha sido útil e proveitoso essa jornada para entender como, apesar de serem iguais como redes sociais, elas são diferentes no jeito que impactam cada um de nós e precisam de estratégias diferentes para serem efetivas. Nos vemos no mês que vem! Supervisionado pela Profª Paula Franceschelli.

  • Oportunidades que não chegam às periferias sociais e a busca por soluções

    O que diferencia um empreendedor famoso (seja Bill Gates da Microsoft ou Luiza Trajano da Magazine Luiza, etc.) de quem empreende na periferia – talvez com uma barraca na praça ou um salão de beleza em casa? Mais precisamente, de onde surgiram essas diferenças? Na área de desenvolvimento econômico, é comum classificar os empreendedores em dois grupos: por necessidade e por oportunidade. De modo geral, o empreendedor por necessidade é o que começou pela falta de recursos. Talvez tenha estado desempregado, ou ganhando pouco, ou em condições de trabalho precárias. Por outro lado, o empreendedor por oportunidade é o que começou exatamente pela abundância de recursos – educacionais, emocionais, socioestruturais, e financeiros. Em outras palavras, a diferença entre o Bill Gates e a vizinha que se tornou microempreendedora ao abrir uma mercearia em casa por necessidade é o acesso de cada um deles aos recursos necessários. A microempreendedora utilizou dinheiro do próprio bolso para comprar um pequeno estoque inicial. Entretanto, o Bill Gates tinha acesso a recursos externos necessários para lançar a Microsoft já em um outro patamar, sem pôr em jogo a sua sobrevivência. Além disso, enquanto a microempreendedora teve que começar já na correria para gerar receita sem perder tempo organizando o negócio da forma mais eficiente, o Bill Gates teve acompanhamento e mentoria constante, o orientando em como gerenciar uma empresa escalável. Fundamentalmente, o acesso a recursos define o nível de risco-retorno ao qual o empreendedor consegue operar. Os recursos protegeram o Bill Gates ao assumir riscos no negócio para gerar mais retorno, sem ter muito a perder pessoalmente. De forma contrária, a falta de recursos restringe a microempreendedora e a deixa exposta, pois assumir risco no seu negócio sem proteção socioeconômica pode trazer danos graves para ela, sua família, e até sua comunidade. Apesar desta fala sobre escassez, vivemos em uma época na história do mundo na qual os recursos estão mais abundantes do que nunca. Contudo, elas continuam acessíveis para apenas certos segmentos socioeconômicos da população – no 27o andar em um prédio na Faria Lima, sim, na comunidade periférica da microempreendedora, não. Além da injustiça desta realidade, a desigualdade de acesso gera um custo econômico muito alto também. Os empreendimentos por necessidade representam pelo menos metade de todos os negócios no Brasil, trazendo emprego para milhões de pessoas, principalmente nas comunidades periféricas. Então, a vulnerabilidade desses negócios pela falta de recursos deixa o Brasil mais vulnerável como todo. Em teoria, a resolução é simples: trazer recursos à periferia. Porém, a logística desta resolução não é. Estabelecer esse acesso necessita canais entre os empreendedores incrivelmente talentosos das periferias e as fontes de recursos. Podem-se classificar esses recursos em duas categorias principais: de capacitação e de produção. Recursos de capacitação incluem educação, assessoria, e suporte. Estes recursos garantem que os empreendedores tenham todo o conhecimento para empreender de uma forma eficiente e produtiva e uma rede de suporte para superar os desafios a vir. Aulas de educação financeira e empreendedorismo, assessoria pessoal por mentores ou ONGs, e coletivos de empreendedores comunitários representam ótimas soluções para disponibilizar esses recursos de capacitação. Além de capacitação, temos que disponibilizar os recursos de produção também. Estes recursos geralmente incluem os equipamentos, a mão de obra, e as matérias-primas dos quais o empreendedor precisa para fazer seu trabalho. No final, a solução mais eficiente para melhorar o acesso aos recursos de produção é o investimento nos empreendimentos. Fomentar esse investimento nas periferias, necessita uma capacidade de descobrir e avaliar os negócios. Desses canais, porém, existem poucos. É por isso que nós na Crédito Social desenvolvemos soluções de transformação digital para microempreendedores. Vemos diretamente como essa transformação digital facilita inerentemente canais de comunicação e distribuição de recursos para crescimento econômico nas periferias. Observamos como a digitalização também possibilita uma tomada de decisão baseada em dados quase automaticamente. Particularmente pela visualização dos dados digitalizados, os empreendedores conseguem enxergar seu negócio com uma visão mais clara e, dessa forma, tomar decisões mais informadas também. Recentemente, começamos a oferecer um curso gratuito chamado “O Poder da Visualização de Dados para Empreendedores”. Desde maio de 2022, a Aventura de Construir oferece um exemplo de solução única para trazer os recursos à periferia, tanto de capacitação quanto de produção. Seu projeto “ProtaganizAqui – Aprendendo a Empreender” disponibiliza formação em empreendedorismo e capital semente especificamente para migrantes microempreendedores latino-americanos no Brasil. Fundada pela Silvia Caironi, a Aventura de Construir é uma organização sem fins lucrativos que fomenta oportunidade econômica na zona oeste de São Paulo através da educação financeira e acompanhamento para microempreendedores da comunidade. Voltado para uma população especialmente vulnerável, o ProtaganizAqui ultrapassa esse desafio logístico e traz diretamente os recursos de capacitação e produção. Os empreendedores recebem educação e assessoria nos seus negócios e formam uma rede forte de suporte entre si. Ao se formarem, recebem um capital semente para crescer seu negócio. Assim, ganham acesso aos recursos não só de produção, mas de capacitação também para tomarem as decisões certas na aplicação de capital de forma produtiva e estarem prontos para as oportunidades a vir. Pessoalmente, após vários anos trabalhando nas comunidades periféricas do Brasil, o ProtaganizAqui me inspira e me dá muita esperança. É um exemplo claro de como a solução é agir, é acompanhar, é ir lá e dar esses recursos para que mais ninguém precise ser empreendedor por apenas necessidade. Nathaniel Lawrence é economista, CEO e co-fundador da Crédito Social, formado pela Columbia University e Brown University nos Estados Unidos e pela Université Paris-Panthéon-Assas na França. Foi pesquisador no Núcleo Interdisciplinar de Educação Financeira na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio).

  • Rápido e Devagar: o processo de tomada de decisão

    Ao longo do mês de novembro, a Aventura de Construir está publicando diversos conteúdos inspirados pela conclusão do Projeto Decisão Empreendedora. Nas redes sociais, publicamos a Dica AdC com a Claudia Alcantara, coordenadora do projeto, falando sobre os temas abordados. No blog da semana passada, foi a vez de conversar com a Grasiela e o Alexandre, do Instituto SYN, sobre a parceria com a AdC e as motivações para financiar o projeto. No Blog AdC de hoje, falaremos sobre o Processo de Tomada de Decisão. Inspirada no livro 'Rápido e Devagar: Duas Formas de Pensar', de Daniel Kahneman, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2002, a aula sobre este tema foi um marco fundamental do projeto. Confira abaixo! Em quase todos os momentos, às vezes mesmo sem perceber, estamos fazendo escolhas, uma após a outra: qual roupa vestir, se atravessamos ou não a rua, se vamos a determinado lugar ou até o que pedimos para comer. No entanto, para algumas pessoas, tomar uma decisão pode ser extremamente complexo e até angustiante. E se tivermos de enfrentar uma decisão importante, pode ser difícil saber por onde começar. Algumas decisões são pequenas, como qual roupa vestir ou o que comer. Mas algumas dessas escolhas podem marcar nossas vidas por anos ou para sempre. Nessas horas, há três elementos básicos que devemos levar em consideração quando nos sentimos indecisos: 1. Concentre-se no realmente importa Ao eliminar pequenas escolhas, você economiza o melhor das habilidades do seu cérebro para as decisões mais importantes. Os cientistas que estudam o cérebro, descobriram que todas as decisões, grandes ou pequenas, consomem a mesma energia. Ou seja, uma pequena escolha exige a mesma quantidade de energia que uma decisão importante. Tomar muitas decisões por dia cansa – algo conhecido como decision fatigue ou “fadiga de decisão” –, e escolher o que vestir é uma decisão também. “Você pode ver que eu só uso ternos cinzas ou azuis. Não quero ter que decidir o que vou comer ou vestir porque tenho muitas outras decisões para tomar”, explicou Obama. (Steve Jobs também escolheu seu uniforme, composto por jeans e uma blusa preta de gola alta, por motivos similares) . Guarde suas energias para coisas realmente importantes. 2. Dê ao seu cérebro o combustível necessário O cérebro precisa de energia para pensar, assim como o corpo exige energia para se movimentar. É o nosso órgão mais complexo e que, portanto, consome mais energia. Se estamos com fome, os neurotransmissores não funcionam bem, o que afeta a comunicação entre os cerca de 86 milhões de neurônios que nosso cérebro possui. "Portanto, este conselho é muito simples: quando você precisar tomar uma decisão importante, verifique se não está com fome", diz a médica Radha Mogdil, em entrevista à BBC. Pesquisas mostram que beber muita água e tomar um café da manhã com poucos carboidratos, mas com cereais ou aveia, pode nos ajudar a pensar com mais clareza. 3. Fale sobre suas opções com um bom amigo O economista Daniel Kahneman passou décadas estudando a maneira pela qual os seres humanos tomam decisões. Ele descobriu que, nos momentos em que temos de fazer uma grande escolha, sentimos muito receio sobre o que podemos perder — e esse sentimento é maior que a motivação com os ganhos com a escolha. Uma recomendação interessante para superar esse medo da perda é perguntar a um amigo, que seja objetivo e honesto o suficiente, para lhe dizer coisas que você talvez não queira ouvir e ajude a identificar a melhor decisão, principalmente porque eles não são influenciados pelo medo que você pode ter. No final, a decisão será sempre sua, mas ajuda muito procurar esse tipo de conselho. Evitando a decisão intuitiva Para Kahneman, devemos adiar ao máximo as decisões intuitivas e rápidas, pois não conseguimos pensar racionalmente quando estamos muito alegres ou muito tristes. O que devemos fazer é reunir o máximo de informações possíveis sobre o assunto, sistematizá-las e se certificar de compará-las e verificar se são independentes entre si. Esse processo faz parte do que o autor chama de "higiene da decisão". Resultados melhores na nossa vida de uma maneira geral são obtidos quando nós começamos a pensar mais racionalmente e deixamos a decisão para um momento de mais equilíbrio. Mas o que é a Tomada de Decisão? A tomada de decisão é um processo de decidir sobre algo importante ou não, tanto pessoal como em um negócio/organização. Ela envolve a seleção de um curso de ação entre duas ou mais alternativas possíveis, a fim de se chegar a uma solução para um dado problema. Nesse processo você vai se deparar com momentos de dor, frustração, impaciência e insegurança, mas eles são necessários a qualquer trajetória de vida. Acredite, ainda assim, no final de tudo será melhor ter passado por momentos turbulentos e vencido, do que ficar apenas no “e se”: e se eu tivesse aceitado aquela promoção? E se eu tivesse iniciado meu negócio antes? Claro que você deve ponderar toda e qualquer decisão complexa e isso pode levar mais tempo do que o normal, pois elas são capazes de marcar, positiva ou negativamente, o resto da sua vida, tanto em âmbito pessoal quanto profissional. Porém, é fundamental que você nunca deixe de praticar o seu poder de decisão. Quando uma pessoa pratica o seu poder de decisão, ela aumenta a sua visão sistêmica, segurança e autoconfiança, além de se tornar mais flexível e criativa perante as circunstâncias, aumentando assim, sua qualidade de vida. Tomar uma decisão exige análise, nesse sentido, examine o contexto da sua situação, as circunstâncias, as opções que você possui, estabeleça metas e pense a respeito das consequências, negativas ou positivas que talvez você tenha que lidar para tomar certa decisão. Aplicação do Processo de Tomada de Decisão no Negócio E para as decisões no seu negócio, que passos específicos podem ser tomados para otimizar esse processo? Confira a seguir algumas dicas trabalhadas no projeto: 1. Defina objetivos e saiba o que quer: A principal entre as dicas para a tomada de decisão no seu negócio é saber quais são os seus objetivos. Quando se entende onde se quer chegar, fica mais fácil fazer as escolhas certas, que melhor ajudem a atingir as metas estabelecidas. 2. Tome decisões antecipadamente: Embora, muitas vezes, as decisões devam ser tomadas para resolver os problemas que aparecem, o melhor é se eles não acontecerem porque você já tomou uma decisão antecipadamente. Para tanto, é importante estar bem informado, antecipar cenários e preparar-se para novas situações. 3. Faça escolhas com base em dados: Outra das dicas para a tomada de decisão no seu negócio é sempre fazer escolhas fundamentadas em dados e não em achismos. Para tanto, faça uso de informações atuais e precisas sobre a sua empresa e o ambiente de negócios. Reflita sobre os dados que repercutem sobre a empresa, cliente, concorrência. Os dados que coletamos precisam ser analisados constantemente, não adianta só anotar, ter um caderno ou uma planilha com um monte de informações e não usá-las. 4. Tenha sempre um plano B: Por melhor que seja a sua decisão frente a um impasse, vale a pena contar com um plano B, caso a escolha inicial não tenha sido a melhor opção ou haja imprevistos. Afinal, é normal tomar decisões menos adequadas, mas nesse caso é crucial mudar de estratégia assim que a falha for percebida. 5. Baseie-se em experiências anteriores: Levar em consideração a experiência para tomar decisões atuais pode ser muito útil. A experiência na sua atividade e segmento de mercado é uma grande aliada na hora de optar por uma ou outra alternativa. Então, antes de tudo, avalie se não há experiências passadas que possam contribuir. Por fim, essas dicas são apenas um resumo da aula inspirada em Daniel Kahneman, mas traz bases sólidas para aprimorar o processo de tomada de decisão. Após esta etapa, os participantes do projeto estavam munidos de conhecimento e estratégias práticas, e prontos para aplicar esses princípios em seus negócios e vidas, transformando cada escolha em uma oportunidade para o sucesso!

  • Projeto Decisão Empreendedora e parceria com Instituto SYN

    Neste mês, inspirados pela conclusão do Projeto Decisão Empreendedora, traremos diversos conteúdos para nosso blog e para redes sociais sobre o processo de tomada de decisão. No Blog AdC de hoje, conversamos com Grasiela Silva e Alexandre Santos, do Instituto SYN, que financiou o projeto. Falamos sobre a parceria com a Aventura de Construir, a importância de se trabalhar este tema com os empreendedores, e muito mais. Confira abaixo! Aventura de Construir: Para começar, peço que se apresentem, falem um pouco sobre vocês e o seu trabalho… Grasiela Silva: Meu nome é Grasiela, tenho 39 anos, sou formada em Administração de Empresas e estou na companhia há 9 anos. Fiquei 5 anos no financeiro de um shopping, das nossas unidades de negócio, e depois chegou o convite para trabalhar no Instituto SYN. Eu não tinha expertise de área social, em investimento social, e vim para o instituto para aprender essa grandeza que é o terceiro setor, dentro de uma empresa que tem grandes valores de filantropia. Isso vem da gestão, mesmo através do Senhor Eli e mesmo da nossa gestão atual, do nosso CEO, CFO e diretor executivo. Eles têm muito esse viés social. Alexandre Santos: Eu sou o Alexandre, ajudo na gestão do Instituto SYN junto com a Grasi. E trabalhamos com o nosso diretor, o Aron. O nosso trabalho é fazer a gestão dos projetos, como esse com a Aventura de Construir, fazer a relação com os parceiros e na medida do possível acompanhar in loco. Eu acho que é muito gratificante quando a gente consegue ver de verdade, faz mais sentido do que só fazer a parte burocrática, de contrato, essas coisas todas. Eu particularmente também respondo pela comunicação do Instituto, e já estou há um ano e meio no Instituto SYN. AdC: Expliquem um pouco do trabalho do Instituto SYN e quais são as linhas de atuação… Alexandre Santos: O trabalho do Instituto SYN é atender o entorno dos empreendimentos da SYN. O Instituto é o braço social da SYN PROP & TECH, que tem prédios comerciais e shopping centers em diversas cidades. São quatro shoppings aqui em São Paulo, três na cidade de São Paulo e em Santo André; um no Rio de Janeiro e um em Goiânia. A gente atua em quatro pilares, dentro da nossa linha de atuação, que são: Empreendedorismo, como no projeto com a Aventura de Construir; Empregabilidade; Relacionamento e Cultura; e Voluntariado. Então são duas premissas principais: trabalhar no entorno dos shoppings, ou seja, tudo o que a gente faz é voltado para gerar prosperidade para a comunidade local, e sempre dentro desses quatro desses quatro pilares. E a gente faz a gestão de 1% do lucro líquido da SYN, que vai para o Instituto, para tocar esses projetos. Grasiela Silva: O Instituto SYN começou lá em 2014, bem timidamente tocado pelo Instituto Cyrela, mas hoje a SYN não é mais uma spin-off da Cyrela. Em 2018, com a ajuda da Ponte a Ponte, nós tivemos a realização da Teoria da Mudança, então reestruturamos e definimos os pilares que iríamos atuar, conforme as nossas unidades de negócio e aquilo que naquele momento a gente entendia ser o melhor para destinar os nossos valores. Desses pilares a gente puxa vários eixos, é onde a gente se transforma em um instituto de capacitação, e não um instituto assistencialista. Com esse pensamento mais maduro, atuamos na empregabilidade, em realmente fornecer uma capacitação para que a pessoa possa entender e estar preparada para o mercado de trabalho. No empreendedorismo, o mesmo formato. Temos a mentalidade de formar a pessoa para ser realmente dona do negócio dela. Não só saber executar o produto dela mas saber o além. Aí entra a Aventura de Construir com toda a expertise. Nós nunca fazemos nada sozinhos. A gente tem grandes parceiros e essa é uma crença do instituto. Então a gente sempre se conecta muito bem a um parceiro que transmite esses valores. E o voluntariado é a conexão perfeita, porque todo esse trabalho é muito difícil de tangibilizar para o meu público interno. Geralmente eu estou dentro de uma sala fazendo várias coisas que o nosso time corporativo não vê. Mas quando eu falo de voluntariado eu marco a vida das pessoas, eu chamo elas para perto e elas se tornam pertencentes. A cada voluntariado que finalizamos, eles falam "nossa, hoje eu vejo o Instituto". Então, acho que a cada ano a gente é muito feliz nas realizações porque temos boas parcerias. A parceria com a Aventura de Construir vem de alguns anos, desde os Realidade Empreendedora I, II e III. Do ponto de vista de vocês, como surgiu esta parceria e qual a importância de realizar projetos com microempreendedores de periferia? Grasiela Silva: A relação com a Aventura de Construir começou bem timidamente. Nós fizemos um pequeno aporte para uma exposição no metrô. De lá para cá fomos nos conhecendo, e quando entendemos a conexão com o nosso pilar de empreendedorismo fizemos o primeiro projeto Realidade Empreendedora 1. Quando conhecemos o público de vocês, o jeito de trabalhar, o formato, tivemos um êxito muito grande. A partir daí realizamos o projeto 2 e 3, porque a gente entende que acrescenta muito aos beneficiários. A gente fez visitas aos empreendedores e, nesse ano, me marcou muito a conexão que Aventuras de Construir tem além da "sala de aula". A atenção e o formato de atuação que a AdC tem, as mentorias realizadas fazem todo sentido pra pessoa. Tira ela do conforto, mas faz ela entender o que é o empreendedorismo. Muitas outras capacitações e cursos acontecem e depois a pessoa continua ali, tocando as coisas dela dentro de casa, sem mudar muito o pensamento. Esse ano, todos os empreendedores e microempreendedores que a gente conheceu, e que participaram do Projeto Decisão Empreendedora, tiveram uma visão de erros e acertos. Conseguiram colocar o dedo na ferida e falar assim “se eu quero estar no mercado, eu preciso fazer isso. Se eu quero realmente ser um empreendedor, e não brincar de empreendedorismo, eu preciso disso”. Nesse ano eu tenho certeza que o projeto impactou muitas vidas. Todo ano é muito bom, e esse ano foi melhor ainda. A gente conseguiu fazer um fechamento presencial no Tietê, um shopping nosso na zona norte, e os cases que vão sair desse projetos são cases de realidade mesmo. Mostrar um resultado para empresa como esse, que é o que ninguém vê, é muito gratificante. Alexandre Santos: O trabalho da Aventura de Construir vai muito em linha com o empreendedorismo, que a gente entende como um dos nossos principais pilares. Como existe um forte trabalho da AdC na região de Pirituba, na região próxima ao entorno do Tietê Plaza, foi um match muito fácil de ser dado. Existe também uma boa relação da direção da AdC com a nossa direção e a gente acredita muito no trabalho de vocês. Entendemos que faz muito sentido esse trabalho personalizado que a Aventura de Construir faz. Às vezes, quando estamos negociando um novo projeto falamos em impactar mais pessoas, mas ao mesmo tempo entendemos, vendo o trabalho de perto, que quanto mais pessoas você atende menos personalizado é esse trabalho. Após 3 edições do Realidade Empreendedora, este ano realizamos o Decisão Empreendedora. Qual é a importância de realizar um trabalho focado no processo de tomada de decisão? Alexandre Santos: No encerramento do projeto, quando houve a entrega dos certificados, eu tive uma fala com os empreendedores e falei para eles que ser empreendedor já é uma decisão muito difícil de ser tomar. Muitas pessoas entram no empreendedorismo porque algo deu errado, ou por desemprego, ou uma série de fatores. E muitas vezes as pessoas entram sem ter muita noção do negócio. Sabe fazer o seu produto, mas também precisa saber vendê-lo, apresentá-lo e quando o negócio cresce um pouco tem que tomar algumas decisões importantes. Precisa saber como melhorar, como ampliar, para não falir como a maioria dos empreendedores que estão iniciando. Então esse amadurecimento que o projeto Decisão Empreendedora proporcionou faz muita diferença na maturação do empreendedor. Grasiela Silva: Acho que o Decisão Empreendedora fez um recorte na vida dos participantes. Ficaram aqueles que perceberam não estarem totalmente preparados, que precisam voltar para o Realidade Empreendedora para aprender um pouco mais, e aqueles que perceberam que precisam decidir e decidiram por ser microempreendedores. Então para aqueles empreendedores que nós vimos no Tietê, para os 40 participantes, o Decisão Empreendedora foi um marco nas suas vidas. Qual é a perspectiva de vocês sobre o trabalho da Aventura de Construir e da atuação com o público? Alexandre Santos: Eu acho que o principal é a humanização do trabalho. Desde a pandemia, a gente teve um boom de projetos virtuais, de encontros virtuais, e até agora a gente ainda está reaprendendo a ter esses encontros pessoais. Mas com o olho no olho você percebe o carinho que os empreendedores têm com todo mundo da AdC. Então o grande ganho é esse olho no olho. A gente visitou alguns empreendedores ao longo da jornada e conhecer um pouco as histórias, realizar essas visitas, essas rodas de conversas, são muito importantes. Grasiela Silva: Eu sou bem fã do trabalho da AdC. Gosto muito da responsabilidade de execução do projeto. Eu vejo o cuidado que tem com cada indivíduo, com cada participante. Não é uma sala de aula onde se aplica uma matéria e amanhã é outro dia. Muitas vezes, a equipe da AdC teve que voltar, e conversar com o empreendedor sobre as dificuldades. Eu acho que essa é a diferença dessa parceria. E a gente espera coisas novas e grandes para 2024, e eu espero mesmo que a gente possa ampliar o número de pessoas impactadas no projeto. Que a gente consiga abraçar mais algumas coisinhas e trazer mais pessoas, porque é um projeto muito bacana. E com as estatísticas de empreendedorismo hoje no Brasil, a gente consegue compreender que as pessoas precisam disso. Falando sobre o futuro, quais as próximas ações do instituto SYN, seja com a Aventura de Construir ou no geral? Grasiela Silva: Eu tenho uma grande vontade de impactar todo mundo. A gente fica muito ali na Zona Norte, no Tietê, porque é um público que realmente precisa, mas a gente tem empreendedor em todo canto. Então podemos ampliar um pouco esse horizonte e estender esse projeto aos demais shoppings e ao entorno deles. Eu acho que vai ser um grande acerto para nós como Instituto. Alexandre Santos: Em 2024, a gente planeja dar um salto grande no instituto, em vários aspectos. A gente quer tornar os nossos shoppings em hubs sociais mesmo, criar realmente uma relação maior até com os lojistas, com nossos clientes. E seguimos tocando os quatro pilares que nos norteiam, que são o nosso farol. Sobre outro projeto com a Aventura de Construir, dependendo da equipe, de estudarmos as possibilidades. Mas acho que em time que tá ganhando não se mexe, então se for tudo ajustado, bem direcionado, por que não manter essa parceria. A gente tem uma relação bem saudável com todo o pessoal da AdC.

  • Iguais, mas diferentes, as redes sociais. Parte II, TikTok

    Por Pedro Gucciardi Olá, leitores! Antes de mais nada, o texto deste mês é uma continuação direta do texto do mês passado, em que abordamos o Instagram. Se você não leu ainda, recomendo fortemente que clique aqui para conferir, assim você não perde nada! Como prometido, nesta edição abordaremos um pouquinho mais sobre o TikTok. A plataforma chinesa surgiu em 2017, mas alcançou o mundo no ano de 2018 e é uma das maiores provas de crescimento exponencial das redes digitais. O TikTok passou de 500 milhões de usuários ativos em junho de 2018 para 1 bilhão em fevereiro de 2019 (para comparação, o Instagram demorou mais de 10 anos para atingir essa marca). Apesar de ser uma das plataformas mais consumidas hoje, com mais de 4 bilhões de downloads e mais de 1 bilhão de usuários ativos mensalmente, sua trajetória foi constantemente marcada por tentativas de bloqueio e banimento em países ocidentais. Como sua proprietária é uma empresa chinesa, havia o medo de que os dados fornecidos pelos usuários fossem parar nas mãos do governo chinês. Mais uma vez o efeito Streisand se mostrou real, pois quanto mais os governos tentaram bloquear o acesso ao TikTok, mais a plataforma crescia principalmente nos EUA. O forte da plataforma são os vídeos e, de todas as outras plataformas, é a menos complexa de ter um bom crescimento orgânico. Quer descobrir como? Já anota essas cinco dicas para te ajudar: Algoritmo é tudo: uma das coisas que faz o TikTok ser o gigante que ele é, é seu algoritmo de recomendação. A plataforma impulsiona organicamente conteúdos que estejam em alta - as famosas trends - e sabe direcionar o seu conteúdo para o público que mais provavelmente vai interagir com você. Isso não significa que seu perfil deve ser só de trends ou dancinhas, mas identifique um jeito de adaptar um conteúdo viral de um jeito que se adeque à mensagem que a sua empresa quer passar, mas seja rápido pois em dois dias a trend já passou. Hashtags estão aí pra serem usadas: essa dica se junta com a primeira, pois as hashtags são a melhor forma de tagear seu conteúdo. Além de te colocar mais em evidência nas buscas diretas, esse tipo de metadado facilita o TikTok a recomendar seu conteúdo para outros usuários que vejam vídeos similares. O áudio é seu aliado: no TikTok, diferentemente do Instagram, cerca de 80% dos usuários utilizam o aplicativo com o som ligado, por isso ele é uma parte fundamental do conteúdo na plataforma. Use os áudios da biblioteca, use os virais ou os seus próprios e deixe a criatividade fluir. Use e abuse da regra 1-3-10: de maneira simples, essa regra quer dizer que o primeiro segundo do seu vídeo deve manter o público interessado para ver 3 segundos, que devem manter o usuário engajado para ver por 10 segundos e, finalmente, esses 10 segundos devem ser suficientes para manter o público até o final do vídeo. Entender esses tempos importantes faz com que você roteirize melhor o seu conteúdo. No primeiro segundo, deixe clara qual é a premissa do vídeo; no segundo 3 coloque algum desafio a ser cumprido e no final apresente algum resultado. Fique de olho no TikTok Awards: mais do que só uma premiação, o TikTok Awards sempre conta com palestras, tendências e dicas sobre como utilizar a plataforma. Estar antenado com o que acontece na rede é uma forma de conseguir ter ideias novas e entender como trabalhar para obter resultados cada vez melhores. Trabalhar bem o TikTok é crucial para conversar com o público mais jovem e é uma excelente plataforma para rejuvenescer a sua marca. Me diga se essas dicas te ajudaram a entender um pouco mais sobre essa rede! Supervisionado pela Profª Paula Franceschelli.

  • O bem comum também tem números

    Os projetos realizados pela Aventura de Construir seguem o princípio de partir da realidade. Muitas vezes, isso significa a realidade de ter uma família para sustentar e filhos pequenos. No projeto “ProtagonizAqui”, realizado com migrantes latino-americanos, essa realidade se torna ainda mais severa e quando eles chegam ao Brasil essa realidade se torna uma esperança, também para o futuro das crianças que o acompanham. Para elas, participar dessa jornada pode se tornar uma aventura. A inocência de não enxergar as dificuldades permite que elas vejam novas possibilidades. Quando uma criança participa de um projeto com seu familiar, de forma esporádica, tem a visão da inclusão e pertencimento de algo, que fazem acreditar no futuro. Assim foi no projeto “ProtagonizAqui”, as ações e metodologias criaram pontes para um novo futuro, como comenta Sumito Estévez no artigo escrito sobre o projeto e a AdC. Confira abaixo! Por Sumito Estévez Em 2022 a Associação Aventura de Construir me convidou para ir a São Paulo para fazer parte do componente gastronômico de um projeto de formação, de longa duração, batizado como "ProtagonizaAqui”. Tratava-se de um projeto profundamente ambicioso, que buscava acelerar tanto o caminho para o trabalho, como o do empreendedorismo em refugiados, ou àqueles em condições de alta vulnerabilidade. Eu participei em um monte de projetos onde a gastronomia é veículo de emancipação e liberdade. Eu vi como a panela e o fogo podem mudar a vida de alguém e sua família, e ter um enorme impacto social em seu entorno. Mas também aprendi a me tornar cético porque honestamente, há mais vezes em que vejo com alguma impotência, como muito boas intenções (e recursos) estão desaparecendo por falta de método (que ameaça a continuidade a longo prazo) ou por falta de disciplina financeira (traduzida quase sempre em burocracia). O que eu vi e vivi no caso da Aventura de Construir e seu projeto ProtagonizAqui me pareceu marcante, porque se trata da união virtuosa de três fatores que juntos são muito poderosos: um quadro de leis humana, um grupo de trabalhadores da associação que se veem e conhecem empreendedores sociais, e, portanto, decidem empreender em seu trabalho com formação rigorosa, e com método. Analisemos um pouco esses três fatores para entender como juntos podem chegar a gerar um benefício humano e econômico quantificável em cada uma dessas arestas de impacto. 1. No direito internacional, a República Federativa do Brasil é considerada um exemplo de acolhida humanitária e ordenada de refugiados, sendo a Portaria 670/2022 , publicado em 1º de abril de 2022, que regulamenta e permite a entrada de refugiados e migrantes no país, e é específica quanto à recepção de “migração originada por uma crise humanitária”. A grande tragédia dos refugiados é que eles querem trabalhar e ser parte ativa da economia do país de acolhida, mas geralmente o quadro de leis não o permite. Sendo concreto: o Brasil não só acolhe os refugiados mas dá-lhes as facilidades legais para que sejam parte do aparato produtivo. 2. Basta olhar para a equipe principal da Aventura de Construir para encontrar profissões essenciais para que o trabalho social seja visto na perspectiva do empreendedorismo: economista, cientista social, gestor comercial, especialista em políticas públicas, administrador de empresas, especialista em logística, engenheiro em informática, assistente social, jornalista, especialista em relações públicas. Este quadro de profissões juntas fala claramente de uma intenção. Se pode notar que se veem como uma corporação que precisa dos melhores em cada área, os busca e os forma. Eu fui pessoalmente nos diretórios de trabalho da Aventura de Construir e não há diferença entre o que ali se vive e qualquer empresa com fins lucrativos. 3. Das coisas mais interessantes na Aventura de Construir é sua clareza que só através de métodos é possível replicar e sustentar experiências a longo prazo. Infelizmente em o artigos de imprensa há um ditador que é o número de caracteres que se pode escrever, mas os convido a baixar o documento Aprender a empreender , a visitar seu blog , ou a ler seu completo Relatório de Atividades e Impacto 2022 para entender que a visão social da Aventura de Construir é concreto, metodológica, replicável e quantificável. Sinceramente me parece seu método de trabalho um exemplo e modelo para qualquer organização que esteja dedicada ao empreendedorismo social. Eu como imigrante venezuelano me choco profundamente com o terrível "tsunami" que está tendo na vida das pessoas o que é considerado um dos fluxos mais importante de pessoas por razões humanitárias. Os números e depoimentos colocam o coração a ficar pequeno e por isso se agradece tanto quando as soluções são reais e de longo prazo. Dos venezuelanos que têm entrado no Brasil 72% tem idades entre 18 e 65 anos (janela de idade para trabalhar legalmente até a aposentadoria), 100% têm um agradecimento profundo pelo Brasil. Sabemos que historicamente os refugiados e migrantes são potencialmente empreendedores. De fato, se forem permitidos, os migrantes são uma força de contribuição econômica tremenda porque literalmente, eles já não podem mais se dar ao luxo de perder tempo. Um país humano, um método e uma associação que busca o bem comum… Combinação imparável e virtuosa para o Brasil!

  • Empreendendo para crianças: atenções e cuidados necessários

    O mês de outubro, geralmente, é lembrado por comemorar o dia das crianças, mas você sabia que no dia 05 de outubro também é comemorado o dia do empreendedor? Essa junção pode parecer inusitada, mas as crianças podem ser o público alvo de muitos negócios. Esse ramo de empreendimento tem diversas vertentes, incluindo educação, produtos de higiene, produtos educativos que auxiliam no desenvolvimento das crianças, entre outros. Mas todos precisam ter uma atenção muito importante sobre os cuidados em comercializar produtos infantis. Durante esse mês, nas mídias sociais da Aventura de Construir, vamos compartilhar informações para se aprofundar mais no assunto. Para iniciar, conversamos com a psicóloga Camila Marcoccia, que realiza atendimentos com crianças e adolescentes, e trouxe dicas e atenções quando se atua com crianças. Desenvolver o próprio negócio a partir destas orientações pode abrir caminhos incríveis como a mesma Camila comenta. Confira abaixo! 1. Nos conte um pouco sobre você e sua trajetória, seu trabalho.. Eu sou psicóloga formada pela PUC-SP e mestre em Psicologia Clínica pela USP. Hoje atuo especificamente na psicologia clínica, 70% das pessoas que eu atendo são adolescentes e crianças, e também mães, que chegam até mim com o tema da maternidade. Então essa questão da família, crianças, adolescente, maternidade e paternidade estão bem presentes no meu universo de trabalho. Eu sempre gostei de crianças, mas o interesse surgiu inicialmente na faculdade, de forma até um pouco intuitiva. Achava interessante o jeito deles irem revelando aos poucos as coisas que estão na cabeça deles, o que é fascinante. Meu primeiro trabalho, também, foi em uma ONG que trabalha com crianças e famílias. Trabalhei 10 anos com crianças de 0-6 anos e seus familiares, onde ganhei certa experiência. Depois disso eu pensei “não dou conta mais de não trabalhar com isso”, porque eu realmente gosto. Também já trabalhei em hospital, até decidir abrir o consultório e atuar 100% com o consultório. E vejo também que é uma demanda em falta, que tem bastante busca, mas nem tantos profissionais trabalham com crianças e adolescentes. Eles não são o único público que eu atendo, também trabalho com adultos e etc, mas 70% da agenda é de crianças e adolescentes. 2. O que você acredita que precisa levar em conta quando se trabalha com o público infantil? É difícil dizer porque eu sou psicóloga, então a minha visão é muito ampla para o assunto, mas sempre que eu penso sobre isso imagino que precisa ter um olhar atento. Para mim essa é a principal coisa. Ter um interesse real, um desejo de conhecer e saber de fato aquelas crianças e aqueles pais, quais são suas necessidades reais. Então eu diria que é um pouco desse olhar atento à realidade. Mas também, se eu quero trabalhar com criança é importante entender o desenvolvimento infantil. Não precisa ser expert, mas ter uma ideia. Por exemplo, os brinquedos educativos, é diferente se uma criança de 1 ano vai brincar para outra de 4 anos. Então, também, é importante saber um pouco disso, buscar um pouco de informação. Outra coisa que é importante, é a gente pensar que essa criança não vive sozinha, ela depende de alguém. A questão relacional das crianças é muito forte, então pensar que quando se olha para a criança, também precisa olhar para a família, as relações da qual ela pode estar envolvida, seus responsáveis e também ter uma atenção para eles. Basicamente ter um olhar curioso e atento com essa realidade como um todo. 3. Qual é a importância das regras aplicadas para os comércios infantis? Elas fazem diferença no impacto do negócio e na criança? Eu acredito que sim, tanto que existe aquela grande questão em relação às propagandas para o público infantil. Porque elas são mais vulneráveis, estão em desenvolvimento, estão em formação e se você começa a ofertar algo nesse sentido, vai ter um impacto. Por isso que precisa ter um certo cuidado, ter algumas regras justamente para cuidar dessas crianças, para analisar melhor o que está oferecendo, como que está oferecendo e precisa olhar novamente para os responsáveis, porque de novo, as crianças dependem de alguém. Então eu acho sim, precisa ter normas e regras, mas como uma coisa educativa, não impositivas, porque se eu vejo que aquilo vem para me ajudar, ajudar o meu negócio e se eu tenho esse desejo sincero de que o que eu estou fazendo seja uma ajuda para criança, algo para suprir uma necessidade, então eu vejo que isso é uma coisa para ajudar a potencializar e construir o meu negócio. Lógico, entendendo quais são as regras, quais são as normas, porque o objetivo é a proteção e educação das crianças e da sociedade. 4. Você acredita que os negócios que existem hoje, para crianças, mantêm essa preocupação? Não sei te dizer, eu tenho a impressão, mas posso estar errada, de que muitas vezes a gente tem mais o foco no negócio, no vender alguma coisa e criar uma necessidade, do que enxergar a necessidade real. Nesse sentido, é onde entra uma série de questões que precisa ter cuidado, mas eu também acredito que tem pessoas que são atentas, onde o propósito não é só vender, não que isso seja errado, mas que realmente reconhece essa tal necessidade e cria o negócio para supri-lá, tornando um grande diferencial nesse ramo. Então não sei se todas têm esse comprometimento, mas acho que algumas tem e que todas se beneficiariam se tivesse. 5. Quais dicas/ações um empreendedor deve mapear quando pensa em criar um negócio para esse público? Acho que nada muito diferente do que eu já falei. Se você tem alguma pergunta que quer resolver ou solucionar, porque acredito que a maioria dos empreendimentos surgem através de alguma pergunta, então eu diria para observar, ficar atento, ter uma atenção, um olhar curioso, estudar um pouco para entender, conversar com pessoas que entendem e os familiares. Se a criança é o seu público alvo, olha, de fato, para ela também, não só para o que as pessoas dizem sobre elas ou sobre suas infâncias. Tenha atenção à realidade, mas também enxergue você, o que você quer, qual é o seu objetivo. Com tudo isso, inicia uma pesquisa e se joga. 6. As crianças, realmente, podem trazer ideias de negócio? Você acha oportuno prestar mais atenção no que eles falam e na visão de mundo delas? Sem dúvidas, na verdade eu acho que todos precisam ter um jeito educado de olhar para as crianças, de aprender a olhar para elas e entender o que elas querem dizer. Às vezes pode ser de uma forma direta, mas muitas vezes elas se expressam nas entrelinhas. Precisa ter essa atenção e cuidado com o que eles estão falando, como elas se expressam e como a gente pode entender aquilo que elas estão dizendo. Porque ficamos muito só no que a gente acha, enquanto quando a gente realmente vê, pode-se encontrar coisas incríveis.

  • Iguais, mas diferentes, as redes sociais. Parte I, Instagram

    Por Pedro Gucciardi Olá, leitores! É inegável o impacto que as redes sociais têm na sociedade de hoje e saber utilizá-las bem pode ser a diferença entre o fracasso e o sucesso de um negócio, independentemente da idade ou tamanho. As plataformas que mais se destacam hoje são o Instagram, TikTok e Facebook. Elas possuem bilhões de usuários ativos ao redor do mundo e oferecem oportunidades únicas de engajamento com o público. Especialmente para empresas pequenas, as redes sociais digitais são muito valiosas pois permitem competir em pé de igualdade com empresas maiores, já que não precisam gastar uma fortuna em mídia. Mas, para isso, é importante possuir conteúdo orgânico e autoral de impacto. Trabalhar com redes sociais digitais é uma ótima estratégia de comunicação independente do foco do seu negócio, mas saber as funcionalidades de cada plataforma é importante para entender como redirecionar os esforços. Vou apresentar para vocês os diferenciais de cada uma dessas redes, mas para não deixar tudo em um texto maior que a saga de Senhor dos Anéis, vou dividir o conteúdo em quatro, assim vocês conseguem absorver o que precisam sem comprometer muito tempo. Neste mês, falaremos sobre o Instagram, em outubro daremos um foco ao Facebook, novembro abordaremos o TikTok e, para fecharmos o ano, em dezembro teremos uma conclusão. O Instagram é uma plataforma voltada para conteúdos visuais, afinal ele surgiu como uma rede de compartilhamento de fotos. Com a sua evolução ao longo dos anos, foi adquirindo novas funcionalidades, dentre as mais famosas e usadas hoje são o Feed, Destaques, Stories, IGTV e Reels. Além disso, o Instagram permite que empresas anunciem produtos e façam a venda direto pelo aplicativo. Com isso em mente, cinco estratégias que irão ajudar a sua performance na rede são: 1. Defina seu público-alvo: antes de pensar no conteúdo, é necessário definir quem são as pessoas que você quer impactar. Qual é seu cliente ideal? Quais são suas preferências e desejos na plataforma e como sua marca vai se conectar com esse cenário? Responder essas perguntas coloca sua empresa no caminho certo. 2. Crie um perfil atraente: o Instagram hoje é o que os sites eram dez anos atrás. Mais do que um lugar para despejar conteúdo, o Instagram hoje é a vitrine de uma empresa. Esteja seguro que seu perfil está completo, tem uma imagem de perfil em alta qualidade, os Destaques estão em ordem e são relevantes e deixe um link que redirecione para uma página importante para a empresa. 3. Compartilhe conteúdo de qualidade: no Instagram, o conteúdo é rei. Esteja seguro que o conteúdo que você produz é relevante para seu público como dicas, tutoriais, imagens e vídeos sempre em alta definição. Se adapte também, perceba qual tipo de conteúdo que melhor performa e entenda os motivos. 4. Utilize os recursos do Instagram: como mencionado, o Instagram possui inúmeras formas de alcançar o seu público. Varie os formatos dos seus posts e faça testes para descobrir qual funciona melhor com o seu público. Aproveite também as ferramentas de venda para converter público engajado em clientes. 5. Interaja com seu público: afinal de contas, o Instagram é uma rede social. Responda a comentários nos seus posts, envie mensagens para pessoas que demonstram interesse e participe das conversas. Assim, você consegue criar uma comunidade engajada em torno da sua marca Gostaram das dicas? Espero que consigam melhorar ou implantar o Instagram nos negócios de vocês. Compartilha comigo, vou adorar saber. Até o mês que vem! Supervisionado pela Profª Paula Franceschelli.

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