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- Memória e cultura brasileira em Salvador: um olhar sobre o desabamento da Igreja de São Francisco
Neste mês de março, iremos trazer, em nosso blog e redes sociais, histórias e depoimentos do microempreendedores acompanhados pela Aventura de Construir na Bahia, principalmente em Salvador. No dia 5 de fevereiro de 2025, a equipe da AdC estava na cidade quando ocorreu o desabamento do teto da igreja São Francisco de Assis . Conhecida como a "Igreja de Ouro", esse patrimônio histórico e artístico não apenas representa um marco do barroco brasileiro, mas também carrega memórias e significados profundos para a cidade, seus moradores e visitantes . O episódio, que infelizmente resultou na morte da jovem turista Giulia Panchoni Righetto, levanta questões sobre a preservação do nosso patrimônio e o impacto dessas perdas para a cultura e identidade nacional. Diante desse acontecimento, tivemos a oportunidade de ouvir Dinho, fundador do Acervo da Laje , um espaço dedicado à valorização da arte e da memória na periferia de Salvador. Em suas reflexões, Dinho nos convida a pensar sobre o valor simbólico e social da Igreja de São Francisco e sobre a responsabilidade coletiva na conservação da história. Ouça a fala de Dinho na íntegra: Para ele, o desabamento da igreja não é apenas uma perda arquitetônica, mas um golpe na memória e na identidade cultural do país. "O desabamento da nave central da Igreja de São Francisco é uma perda impressionante da memória, das referências da estética, da beleza, da religiosidade e do refinamento monumental do barroco" , afirma. Além disso, destaca a perplexidade e a dor pela perda de Giulia, ressaltando que a tragédia não pode ser vista como um evento isolado, mas como um alerta sobre a negligência com o patrimônio. A tragédia de Salvador também nos faz refletir sobre a valorização da arte e da cultura nos mais diversos territórios. Dinho enfatiza que a preservação da memória não deve se restringir apenas aos grandes centros históricos, mas deve incluir também os espaços periféricos. "A gente que está nas periferias tem patrimônios que precisamos cuidar. Precisamos tensionar os espaços de arte para que façam essa devolutiva para as periferias" , diz, ressaltando a necessidade de descentralizar o acesso à arte e à história. O Acervo da Laje, projeto liderado por ele e sua companheira Vilma, busca justamente essa valorização da cultura periférica, promovendo o pertencimento e a conscientização sobre a importância da memória. "A periferia não pode ser vista apenas por suas vulnerabilidades, mas também por suas potencialidades. A arte e a memória também são da periferia" , reforça. O desabamento da Igreja de São Francisco nos lembra que preservar o patrimônio histórico não é apenas conservar edifícios, mas manter viva a identidade e a história de um povo. Que esse episódio não caia no esquecimento e sirva de impulso para que a cultura e a arte sejam protegidas e acessíveis a todos, em todos os territórios.
- O que é esse tal de branding? E como ele pode te ajudar a vender mais
Por Verônica dos Santos Silva A palavra branding vem do inglês e significa "marcar" ou "deixar uma marca". Esse termo se refere à identidade de um negócio, à forma como uma marca se posiciona no mercado e se conecta com seu público. Mas o branding vai muito além de um logotipo bonito ou um nome marcante. De forma simples, é o conjunto de estratégias que fazem um negócio ser lembrado, reconhecido e criar um vínculo emocional com seus clientes. Embora o assunto tenha ganhado destaque nos últimos anos, a ideia de branding não é nova. Antes mesmo da internet, quando as fábricas começaram a produzir em grande escala, as marcas já precisavam encontrar maneiras de se diferenciar e conquistar clientes. Hoje, isso se tornou ainda mais essencial para pequenos negócios. E por quê? As pessoas escolhem marcas com as quais se identificam, que transmitem confiança e que têm propósitos autênticos. Independentemente do tamanho do seu empreendimento, construir um branding forte pode ser a chave para se destacar no mercado e criar conexões reais com seu público. Construindo o branding do seu microempreendimento Agora que você já sabe que essa estratégia não está reservada apenas para grandes empresas ou marcas famosas, vamos ver como você pode trazer isso para o seu negócio também? Se você vende bolos, produz roupas ou presta qualquer outro serviço, já deve ter percebido que as pessoas não escolhem apenas pelo preço. Muitas vezes, elas voltam a comprar com você porque gostam do seu atendimento, da forma como você se comunica ou até da história por trás do seu trabalho. Isso também é branding! Criar uma identidade para o seu negócio não significa gastar muito dinheiro ou ter um marketing sofisticado. Significa entender o que faz o seu trabalho especial e como você pode transmitir isso para os seus clientes. Pode ser o jeito único como você embala seus produtos, a forma atenciosa como responde às mensagens ou até o nome do seu empreendimento, que reflete sua história e propósito. No fim das contas, branding é sobre percepção. Como as pessoas veem o seu negócio? O que elas sentem quando pensam nele? Construir uma marca forte não precisa exigir um grande orçamento, mas sim intenção e consistência. Mas como construir o branding do seu negócio na prática? Aqui estão 4 dicas que podem te ajudar: 1. O que torna o seu trabalho único? Definir um propósito e valores claros é o primeiro passo. Se você já tem, pense no que faz o seu negócio especial e no que você quer transmitir para os seus clientes. 2. Como a identidade da sua marca ou empreendimento pode refletir isso? O nome do seu empreendimento, as cores, a maneira como você se comunica e até a embalagem dos seus produtos devem estar alinhados com a sua essência. 3. De que forma você pode criar uma conexão com seus clientes? Atendimento cuidadoso, mensagens personalizadas, presença nas redes sociais e um jeito único de contar a sua história fazem toda a diferença. 4. Você está sendo consistente? Para que sua marca seja lembrada e reconhecida, é essencial reforçar sua identidade e forma de comunicação ao longo do tempo. Isso ajuda a fortalecer sua presença na lembrança dos clientes. Essas perguntas vão te ajudar a ter uma visão mais clara sobre como fortalecer sua marca e criar conexões mais profundas com seus clientes. O branding não precisa ser complicado, ele acontece nas pequenas decisões do dia a dia, na forma como você comunica seu propósito e no jeito único que só o seu negócio tem. E quando é hora de mudar? Depois de responder às perguntas acima, talvez você perceba que seu público mudou ou que a identidade do seu empreendimento já não representa mais seu negócio. Isso pode ser um sinal de que chegou a hora de um rebranding . Atenção: um rebranding não é apenas trocar o nome ou mudar o visual da marca. Ele precisa ser planejado com estratégia para que a transição aconteça de forma clara e não gere confusão para seus clientes. O objetivo não é perder sua identidade, mas sim fortalecê-la e ajustá-la à realidade do seu negócio e às necessidades do seu público. O mais importante é garantir que sua marca esteja alinhada com quem você é e com quem você deseja alcançar. E lembre-se: Mesmo que existam outros negócios no mesmo ramo, o seu microempreendimento é único – assim como você! Comunique isso ao mundo.
- Aventura de Construir: Ponto de encontro entre pessoas, financiadores e negócios
ESG - O caminho da transformação, uma nova série da AdC Por Ana Luiza Mahlmeister Para avançar nos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) a AdC investe em recursos humanos e governança A responsabilidade educativa frente ao terceiro setor, a sociedade civil e as empresas está no DNA da Aventura de Construir (AdC). No conceito ESG – sigla em inglês para políticas ambientais, sociais e de governança, – a AdC é a ponte entre os empreendedores de baixa renda e empresas que queiram apoiar o desenvolvimento social e econômico de pequenos negócios da periferia. “Conhecemos a fundo a realidade desses empreendimentos beneficiários últimos desse apoio, e sabemos como alavancar as iniciativas dentro da lógica empresarial”, afirma Silvia Caironi, Presidente da AdC. Como Organização não Governamental (ONG), a AdC não gera lucro, precisa crescer e se autossustentar. Por meio da governança, tanto interna quanto externa, fortalece seu papel de ente intermediário entre os negócios e os financiadores. Trabalhando com investimento social privado (ISP), tem na transparência e normas de compliance os pilares para avançar nos objetivos de desenvolvimento sustentável (ODS) das ações sociais. A AdC reúne competências que abrem oportunidades para o desenvolvimento dos microempreendedores. “As empresas que nos apoiam precisam dessa ponte para chegar ao empreendedor na ponta e gerar impacto sustentável e mensurável”, diz Silvia. Por estar próxima dos protagonistas dos pequenos negócios, a AdC tem recursos para dialogar e entender suas necessidades. “Um dos pilares é a governança que alavanca as parcerias das várias instituições que apoiam os negócios alcançados pela AdC”, afirma Silvia. Além de balanço auditado desde 2015, a AdC conta com um conselho diretor, conselho fiscal, assembleia e conselho consultivo, órgãos integrados por pessoas experientes em suas áreas e competências, compostos por representantes de empresas, universidades e terceiro setor. “Seguimos políticas de privacidade segundo a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e transparência das atividades por meio desta sessão no nosso site ( www.aventuradeconstruir.com.br ) , manual de processos institucionais e jornada de desenvolvimento dos recursos humanos: são pessoas e procedimentos que sustentam todo o trabalho da AdC”, diz Silvia. Pelo segundo ano consecutivo o balanço foi auditado pela consultoria KPMG em uma prestação de serviços pro bono, facilitando o controle interno dos apoiadores. “A auditoria realizada por uma das quatro maiores consultorias do mundo garante a credibilidade e transparência exigida pelos financiadores”, afirma Silvia. Todo esse trabalho precisa de visibilidade. No final do ano passado a AdC lançou o livro “Brilhos da Periferia – Narrativas de Empreendedorismo e Resiliência” que reúne as histórias transformadoras de 18 empreendedores que foram entrevistados sobre a origem de seus negócios e seu desenvolvimento. O livro teve apoio de empresas e institutos do terceiro setor, e o lançamento uniu os empreendedores e representantes de empresas, bancos, multilaterais e universidades. Outro instrumento que pode facilitar a relação com a sociedade civil e as empresas na lógica de ESG é o Fundo Patrimonial “Já Devagar e Sempre” , disponível no site da Aventura de Construir para realizar doações, com opção de contribuições, regulares ou esporádicas. Trata-se de um fundo de caráter permanente, com capital intocável, formado por recursos advindos de doações de pessoas físicas e/ou pessoas jurídicas, investidos no mercado financeiro por gestor profissional. Os rendimentos serão recursos livres para financiamento de custos fixos e o desenvolvimento da Aventura de Construir em perpetuar a própria missão. “Construindo pontes entre empreendedores e apoiadores, a AdC mostra na prática uma lógica oposta ao assistencialismo, com impactos mensuráveis e que perduram no tempo”, diz Silvia. Vivemos eventos extremos do clima, com enchentes que atingem muitas famílias da periferia. “Esse público pode ter seu negócio, apoiar suas famílias e gerar empregos”, ressalta Silvia. Um dos muitos exemplos deste caminho é a da Boutique Taquariano, que como muitos outros negócios apoiados pela AdC, começou com pouco e conseguiu evoluir. Shirley Taquariano era funcionária da área de limpeza de uma multinacional e decidiu revender semijoias. Hoje lidera um grupo de 40 vendedoras. “São muitos os exemplos inspiradores, que começam de forma simples e cresceram com o apoio de cursos de administração e consultoria para o plano de negócios, alcançando o tão almejado equilíbrio financeiro”, destaca Silvia. Para ela, essas iniciativas mostram o potencial de iniciativas sustentáveis e duradouras das periferias. “É uma construção conjunta que tem o apoio dos financiadores e aliados neste caminho educativo”. Nesse processo entram os cursos oferecidos aos empreendedores, o portal informativo ( www.aventuradeonstruir.org.br ) , o podcast sobre os negócios, o livro “Brilhos da Periferia”, e em breve a finalização da tradução para o inglês das entrevistas com os empreendedores para que essas experiências ganhem o mundo. “São histórias de trabalho que transformam vidas, tendo a AdC como ponto de encontro e as pessoas como referência, protagonistas de suas vidas e negócios”, conclui Silvia. Mais do que uma sigla ou conceito, a ESG se revela na AdC com a construção do bem comum apoiado em pessoas.
- O Trabalho como Ato de Criação
Reflexões da Aventura de Construir no Prosa de Sexta Na última sexta-feira, a Aventura de Construir participou pela primeira vez do Prosa de Sexta, um encontro promovido pela CDM — Projetos Sociais de Alto Impacto, dedicado a reflexões sobre temas que impactam nossa vida profissional e pessoal. Dessa vez, nossa coordenadora geral, Silvia Caironi, conduziu uma conversa profunda e inspiradora sobre o senso do trabalho: o sentido do trabalho no desenvolvimento da pessoa. Com experiência no mundo corporativo, governamental e no terceiro setor, Silvia nos guiou em um bate-papo repleto de referências artísticas e culturais que nos convidaram a ressignificar o valor do trabalho bem-feito. Reflexões, Cultura e Propósito Silvia iniciou o encontro com uma reflexão provocativa: “Cada aspecto da vida carrega uma dimensão mais profunda do que o trabalho. Cada um de nós tem uma razão pela qual trabalha; se não, não o faríamos. O ponto é ir a fundo dessa razão”. Com esse convite, ela nos levou a pensar no trabalho não apenas como um meio de subsistência, mas como algo que molda e dá significado à nossa existência. A música “Amor de Índio”, de Milton Nascimento, abriu a reflexão. Seus versos exalam um profundo respeito pelo trabalho, tratando-o como algo sagrado que vai além do simples fazer; é sobre amor, dedicação e construção. Em seguida, fomos apresentados às potentes imagens de Sebastião Salgado. Silvia nos lembrou de sua trajetória como economista exilado que encontrou na fotografia uma forma de se reconectar com o mundo e contar histórias sobre trabalho, resistência e dignidade. As fotos selecionadas mostravam trabalhadores em cenários intensos, mas carregadas de uma beleza intrínseca. É impossível não mencionar o relato de Hellen, supervisora de comunicação da CDM, que compartilhou sua impressão ao ver essas imagens: “As fotos me impactaram; são fortes, mas também belas. Apesar da dureza retratada, elas revelam a beleza do trabalho e seu valor. Mesmo nas dificuldades, existe um significado”. Silvia compartilhou uma poesia de Charles Péguy, que traz uma profunda reflexão sobre o culto ao trabalho bem-feito, visto como uma forma de honra a ser cultivada. A obra nos leva a perceber que o trabalho, quando feito com dedicação, tem o poder de transformar tanto o resultado quanto quem o realiza. Péguy sugere que o valor do trabalho transcende a lógica econômica, sendo uma prática que deve prezar pela excelência, mesmo nas partes que ninguém vê — como na construção das catedrais. Fomos convidados a um diálogo, com perguntas provocadoras: o que esperamos do trabalho neste ano? Que dimensões ele pode abrir? Como podemos, juntos, caminhar para a construção do bem comum? Silvia nos instigou a refletir sobre como enxergamos a realidade e como podemos ajudar outras pessoas a atravessá-la, tornando-se protagonistas de seu próprio desenvolvimento. Depoimentos Inspiradores: Trabalho como Transformação e Felicidade A troca de experiências durante o encontro trouxe relatos inspiradores dos participantes. Pedro Menezes, coordenador de projetos da Aventura de Construir, destacou: “A transformação, do território, da comunidade, da família e até da sociedade, parte de uma transformação a nível pessoal. Agradeço muito pela forma como foi conduzida, porque acho que temas culturais são essenciais no trabalho, principalmente quando se trabalha com um público de alta vulnerabilidade.” Ele reforçou a importância da valorização da cultura como ferramenta de empoderamento tanto profissional quanto pessoal. Cássia Cristina, colaboradora da CDM, compartilhou um depoimento pessoal sobre o papel central do trabalho em sua vida: “O trabalho para mim é uma dimensão fora da curva. Eu me construí pelo trabalho; a pessoa que eu sou é por causa do trabalho. Ele representa troca e aprendizado contínuo”. Ela também fez um desejo para o ano de 2025: “Espero que a alegria faça parte do nosso cotidiano de trabalho. A alegria é fundamental, porque, sem ela, não conseguimos ser genuínos naquilo que fazemos.” Um Desejo para 2025: Deixar-se Tocar pelo Inesperado O encontro foi encerrado com uma mensagem inspiradora de Silvia: “Aquilo pelo que você é responsável não é somente seu. Você responde a algo que é maior que você. Você tira sua força vital de algo que é maior que você, e isso é o que nunca faz você perder o prazer de fazer.” Com esse pensamento, ela nos deixou um desejo para 2025: “Que neste 2025 possamos descobrir isso, deixando-nos provocar pelas frestas nas quais entra uma luz imprevista.” A experiência do Prosa de Sexta nos mostrou que, mais do que um meio para sustento, o trabalho é um ato de criação, arte e dedicação. Uma forma de nos conectarmos com algo maior e deixarmos nossa marca no mundo. Por Verônica dos Santos Silva
- Da Cozinha para as Ruas: a jornada de Valdenice e seus pães artesanais - Podcast Empreendendo na Periferia #6
Conheça a inspiradora trajetória da empreendedora Valdenice Oliveira, da Val Pães , que conquista seus clientes com pães e bolos caseiros feitos com dedicação e sabor. Acesse pelo link O Podcast Empreendendo na Periferia é um espaço onde histórias reais e dicas práticas se encontram para fortalecer o empreendedorismo que nasce das periferias do Brasil. É uma produção da Aventura de Construir, a AdC, ONG que atua no apoio ao crescimento pessoal e à transformação socioeconômica desse público, os microempreendedores das periferias , promovendo sua formação e fortalecimento. A cada episódio, traremos convidados especiais que compartilham suas experiências, desafios e sucessos no mundo do empreendedorismo . São verdadeiros protagonistas de suas vidas, seus negócios e suas comunidades. Não perca esse episódio! Nos siga nas plataformas de áudio e nas redes sociais. Apresentação de Ana Luiza Mahlmeister Produção de Pedro Menezes, Leonardo Alqualo e Silvia Caironi Edição de Vinicius Dutra
- Bordado, Paixão e Persistência: conheça Luciana, da Ecológica
Hoje trazemos a inspiradora história de Luciana Raldi, retratada no livro Brilhos da Periferia. Artesã de Viamão/RS e ativista ambiental e social, ela transforma folhas e tecidos ecológicos em verdadeiras obras de arte, sempre guiada pela luta, persistência e paixão pelo bordado. O texto a seguir é um trecho da obra, que compartilha as histórias inspiradoras de pessoas que, movidas pela necessidade e pela determinação, transformaram suas vidas e suas comunidades por meio do empreendedorismo. Saiba mais sobre o livro e como adquirir sua cópia nesse link. ECOLÓGICA Luciana Raldi, artesã da cidade de Viamão/RS, “expressa o que sente através da arte do bordado”. Ativista de causas sociais e ambientais, cria obras artísticas utilizando técnicas de bordado aplicadas em materiais ecológicos, como folhas e tecidos, produzindo peças únicas, com a marca Ecológica. Além de vender suas obras, Luciana participa de exposições, tendo obras já levadas para Portugal e Itália. A história da Ecológica e a trajetória de vida de Luciana estão profundamente entrelaçadas e se expressam em cada obra que ela cria: folhas bordadas, colares, quadros e outros objetos. Por ser ativista ambiental, ela utiliza materiais que não agridem a natureza e não geram resíduos, reaproveitando as sobras para a confecção de novas peças. As criações, como tudo na vida dessa gaúcha, são carregadas de intensidade. Assim tem sido a dedicação ao trabalho, ao estudo, à proteção ambiental e ao engajamento em causas sociais, tendo sempre o artesanato como companheiro em cada etapa de sua trajetória. Para Luciana, “as coisas nunca foram fáceis”, mas ela “não é uma pessoa de desistir”; e apesar das dificuldades econômicas que a obrigaram a enfrentar longas jornadas de trabalho, foi conquistando seus objetivos. Com o apoio do artesanato, fez o curso de magistério, graduou-se, trabalhou na área da limpeza e depois como professora. Foi proprietária de uma escola infantil e atualmente cursa o mestrado na área de Educação em Ciências, onde, como não poderia deixar de ser, relaciona saberes com o bordado. Ainda adolescente, Luciana começou a confeccionar e vender colares, brincos e pulseiras de miçangas, o que contribuiu para aumentar sua renda. Já na faculdade, ela reencontrou o fuxico, técnica artesanal que fazia sucesso na época e que ela conhecera quando criança na casa da avó, que fazia bonecas de pano, colchas, cortinas, bordados e vivia numa casa “enfeitada de fuxicos”. Autodidata, ela começou a produzir bolsas com esta técnica. Os pedidos aumentavam e as mãos de Luciana não paravam de trabalhar, até mesmo durante as aulas, para dar conta das encomendas. Com o passar do tempo, ela foi pesquisando e realizando outros tipos de artesanato, sempre com tecido, agulha e linha. BORDADO, LUTA E PERSISTÊNCIA A chegada da filha levou-a a abandonar a faculdade, mas não o desejo de estudar e ser professora. Alguns anos depois, Luciana iniciou o curso de magistério e ao mesmo tempo, ingressou no curso de Ciências da Natureza na UFRGS, dividindo-se entre os cursos durante dois anos. Com uma bolsa de estudos, ela pôde… Quer continuar lendo e conhecer a história de diversos outros empreendedores? Acesse o link e saiba como adquirir a sua cópia do Brilhos da Periferia.
- Mobilidade, Bicicleta e Cultura: conheça Rogério, fundador da Pedale-se
Dando continuidade à nossa série sobre os projetos da Aventura de Construir, apresentamos hoje a história de Rogério Rai, fundador da Pedale-se. Este coletivo promove a cultura da mobilidade urbana e da autonomia por meio do ciclismo, ao mesmo tempo em que resgata e divulga o patrimônio histórico e cultural do extremo leste de São Paulo. Rogério também é um dos personagens retratados no livro Brilhos da Periferia. O texto a seguir é um trecho da obra, que compartilha as histórias inspiradoras de pessoas que, movidas pela necessidade e pela determinação, transformaram suas vidas e suas comunidades por meio do empreendedorismo. Saiba mais sobre o livro e como adquirir sua cópia nesse link. Pedale-se A Pedale-se surgiu por iniciativa de Rogério Rai, no extremo leste de São Paulo, criando roteiros e passeios ciclísticos que revelam o patrimônio histórico e cultural desse território. Por meio de diversas atividades, a Pedale-se procura difundir na cidade, a cultura de mobilidade e autonomia por meio do uso da bicicleta como meio de locomoção. Rogério Rai não gosta de ser classificado como empreendedor. Ele é o fundador da Pedale-se, um coletivo que oferece serviços de autonomia e promove a cultura da mobilidade por meio do uso da bicicleta na cidade. Sua parceria com a bicicleta vem de longa data, pois no local onde mora (extremo leste da cidade de São Paulo), a bicicleta é um meio de transporte muito utilizado pela população no dia a dia. Durante o período em que cursava a faculdade de História, Rogério se sustentou vendendo bicicletas e depois trabalhou por algum tempo como entregador, percorrendo as ruas da cidade e conhecendo bairros distantes de onde morava. Em 2019, ele fez um curso sobre “viver com a bicicleta”, que o levou a refletir sobre o uso da bicicleta além dos fins de semana, considerando-a como um meio de promover mobilidade e autonomia. Rogério começou a pensar em um projeto nesta área, mas com a chegada da pandemia precisou redirecionar sua atenção para outras atividades, enquanto amadurecia a ideia. A paixão pela bicicleta, as perspectivas de mobilidade e a conexão entre as pessoas, além dos benefícios sociais e ambientais que ela oferece, levaram-no a se tornar um ativista e a participar de organizações da sociedade civil que promovem o ciclismo. Isso lhe proporcionou uma compreensão mais ampla sobre o uso da bicicleta em grandes cidades, incluindo seu contexto político. UM HISTORIADOR DA CIDADE O projeto tomou a forma atual em 2021, impulsionado pela história e pelo ciclismo. O interesse por história e a paixão por pedalar levaram Rogério a criar… Quer continuar lendo e conhecer a história de diversos outros empreendedores? Acesse o link e saiba como adquirir a sua cópia do Brilhos da Periferia.
- Culinária, Venezuela e Esperança: conheça Yulexy, dos Salgados Venezuelanos
Continuamos a apresentar alguns dos empreendedores acompanhados pela Aventura de Construir e retratados no livro Brilhos da Periferia. Hoje, trazemos a história da venezuelana Yulexy Fernandez, que participou do projeto ProtagonizAqui, voltado para migrantes latino-americanos residentes em São Paulo. O texto a seguir é um trecho do livro, que conta as histórias inspiradoras de diversas pessoas que, movidas pela necessidade e determinação, transformaram suas vidas e suas comunidades por meio do empreendedorismo. Saiba mais sobre a obra e onde adquirir o seu nesse link . Salgados Venezuelanos Yulexy Fernandez, imigrante venezuelana, chegou ao Brasil em 2019 com a família. Em meio à pandemia, iniciou com o marido a produção de comidas típicas da culinária da Venezuela. Hoje, a proprietária dos Salgados Venezuelanos possui uma lanchonete de salgados e atende também por delivery, trazendo um pouco de sua cultura para os brasileiros e lembranças da terra natal para os imigrantes que aqui residem. Todo imigrante que chega ao Brasil carrega uma mala cheia de esperança e de saudade. Assim foi com Yulexy Coromoto Fernandez Gonzalez, que chegou aqui em 2019, com o marido e três filhos, deixando para trás um lar, o trabalho, a família e os amigos que tinha em Maracaico (terra do sol amado), uma bela cidade situada no noroeste da Venezuela, onde vivia. Yulexy trabalhava como agente de segurança no aeroporto, e seu marido havia montado uma loja de salgados, onde vendia arepas, tequeños e papitas, alimentos que fazem parte da culinária tradicional do país e são bastante consumidos no dia a dia, estando presentes no café da manhã, no lanche das crianças e em refeições rápidas. O negócio foi bem-sucedido durante alguns anos, mas a crise econômica que atingiu o país interrompeu esta trajetória. Em 2018, no auge da crise política e econômica, a escassez de alimentos e alta dos preços, associada à falta de água e energia, tornou inviável a continuidade da loja e a vida na Venezuela. A falta de alternativas econômicas levou a família a pensar em emigrar. As notícias que chegavam por meio de amigos que haviam se estabelecido no Brasil descreviam um cenário favorável ao acolhimento de estrangeiros e boas perspectivas de trabalho. A família então tomou a difícil decisão de emigrar em busca de uma vida melhor. Com a ajuda de amigos que haviam emigrado e viviam em São Paulo e uma rede de apoio formada pelos membros de sua igreja, Yulexy e sua família estabeleceram-se na cidade. Começava uma nova etapa na vida da família: era preciso aprender um novo idioma, adaptar-se a uma vida diferente e buscar uma fonte de renda enquanto aguardavam a regularização de sua situação para poderem trabalhar legalmente no país. O DIFÍCIL COMEÇO NO MUNDO DA GASTRONOMIA Às dificuldades naturais de adaptação somaram-se os desafios trazidos pela pandemia. Buscando uma forma de obter renda em meio às restrições impostas naquele período, Yulexy e seu marido começaram a produzir salgados em sua casa, mas as vendas custavam a crescer, pois havia um grande obstáculo a ser vencido... Quer continuar lendo e conhecer a história de diversos outros empreendedores? Acesse o link e saiba como adquirir a sua cópia do Brilhos da Periferia.
- Montanhas, Turismo e Aventura: conheça Diego, da OKÊ Aventura
Neste clima de férias de verão, trazemos a história do Diego Cruz, empreendedor da área do turismo acompanhado pela Aventura de Construir e um dos personagens do livro Brilhos da Periferia. O texto a seguir é um trecho do livro, que conta as histórias inspiradoras de pessoas que, movidas pela necessidade e determinação, transformaram suas vidas e suas comunidades por meio do empreendedorismo. Saiba mais sobre a obra e onde adquirir o seu nesse link . OKÊ Aventura A Okê Aventura, empresa fundada por Diego Cruz, é especializada em turismo de aventura e ecoturismo. Uma equipe experiente e qualificada busca proporcionar momentos únicos de contato com a natureza, disponibilizando pacotes personalizados para indivíduos ou grupos, sempre priorizando a segurança e a preservação ambiental. Ao acessar o site da Okê Aventura, somos instantaneamente transportados para lugares distantes, onde paisagens deslumbrantes e de beleza indescritível nos convidam a embarcar em uma emocionante aventura para conhecer um pouco mais do nosso país. Okê é uma palavra em iorubá que significa “montanha” e, segundo Diego Cruz, “é a essência de seu empreendimento e onde o sonho começou”. Apesar de a conexão com a natureza sempre ter feito parte de sua vida, Diego, trilheiro e montanhista, levou muito tempo para transformar sua ideia em um negócio sustentável, realizando o sonho de trabalhar junto à natureza. Durante 12 anos, ele trabalhou na área de tecnologia, mas o ambiente de trabalho acabou afetando sua saúde, fazendo-o questionar seus propósitos. Era preciso realizar mudanças em sua vida e explorar novas possibilidades de trabalho, que levassem em conta sua personalidade, seus anseios e interesses. Por esta razão, em 2019, Diego tomou a decisão de sair do emprego e fundar a Okê Aventura. Mais que oferecer uma viagem, a empresa, especializada em turismo de aventura e ecoturismo, busca proporcionar experiências personalizadas e significativas de contato com a natureza. Os pacotes de viagens são adaptados às necessidades e preferências individuais ou de grupos, valorizando sempre a segurança e a preservação ambiental. Uma equipe experiente e qualificada por meio de cursos e treinamentos contínuos garante que a viagem se transforme numa experiência única, cuidando da segurança e do bem-estar dos viajantes. Os roteiros são cuidadosamente planejados para oferecer experiências inesquecíveis e sustentáveis, minimizando o impacto ambiental. Além disto, a agência se destaca pelo compromisso com o meio ambiente e respeito às comunidades que habitam as regiões visitadas. Muitos roteiros atravessam regiões de mata habitadas por comunidades caiçaras ou ribeirinhas. Por isso os viajantes são orientados a adotar comportamentos que garantam a preservação da biodiversidade e o respeito à cultura das comunidades locais. DA MONTANHA SURGE UM NEGÓCIO DE IMPACTO Descobrir que sua empresa não era apenas uma agência de viagens dedicada a oferecer um bom produto como poderia ser um negócio de impacto social foi uma das descobertas que Diego fez após percorrer as trilhas oferecidas pela Aventura de Construir. Ele conheceu a AdC por meio de uma Resenha Empreendedora, encontro mensal sobre temas de empreendedorismo, e logo identificou a oportunidade de iniciar um caminho para estruturar melhor o seu negócio. Ao participar do projeto Avante Empreendedor, a equipe de coordenação enxergou na empresa de Diego o potencial para ser um negócio de impacto. Ele então foi convidado a participar do projeto de avaliação de impacto na periferia, coletando dados sobre o faturamento da empresa, o número de pessoas e empresas com as quais se relacionava. Foi durante este processo que ele fez uma grande descoberta... Quer continuar lendo e conhecer a história de diversos outros empreendedores? Acesse o link e saiba como adquirir a sua cópia do Brilhos da Periferia.
- Confraternização: mais que uma celebração, um momento de fortalecer redes
Por: Verônica dos Santos Silva As confraternizações de final de ano são momentos tradicionalmente associados à celebração e ao descanso, mas para você, microempreendedor, elas podem ir além disso. Neste mês, aqui no Blog da AdC, nos aprofundamos na ODS 17 – parte dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que trata do fortalecimento de parcerias e redes para promover o crescimento sustentável. Além de construir novas redes, é fundamental cultivar as que já temos – e é aí que as confraternizações se tornam grandes oportunidades. Falaremos hoje sobre como pequenas práticas podem transformar sua confraternização em um momento real de fortalecimento de relações. Motiva A confraternização é uma forma simbólica de valorizar as contribuições ao longo do ano, aumentando a motivação e inspirando o próximo ciclo. Estimula a cultura organizacional Criar tradições e valores através de pequenos gestos, como confraternizar, contribui para uma cultura organizacional mais forte e alinhada aos objetivos do seu negócio. Contribui para uma imagem positiva Os benefícios internos existem, mas os externos também. Celebrações de final de ano podem fortalecer a reputação, então compartilhar esses momentos mostra que o seu negócio valoriza pessoas e relacionamentos, um fator essencial para transmitir uma imagem confiável. A sua confraternização pode – e deve – ser do seu jeito Com bom senso, criatividade e propósito, não há certo ou errado na hora de celebrar com quem faz o seu negócio acontecer. E pode ser muito mais do que um brinde e boa comida. Que tal criar um momento de feedbacks positivos , incentivar trocas de cartas ou mensagens inspiradoras , ou organizar uma troca simbólica de presentes ? São ações simples que fortalecem o senso de pertencimento entre todos. Uma confraternização comunitária e colaborativa é bem-vinda Uma confraternização comunitária, onde todos contribuem – seja com comida boa, brindes ou experiências – pode ser uma excelente forma de expandir e fortalecer sua rede de contatos. Você pode até estender a celebração para envolver a comunidade ou outros microempreendedores parceiros, criando também um ambiente de apoio e novas oportunidades. Ao organizar uma confraternização com esses elementos, você não apenas celebra o fim de um ciclo, mas cria um espaço de conexão, gratidão e fortalecimento das suas redes. São práticas simples que trazem resultados significativos para a saúde do seu microempreendimento e para todos que fazem parte dele. Confraternizar é valorizar, conectar e planejar – passos essenciais para quem deseja crescer com propósito e sustentabilidade.
- Um Feliz Natal da Aventura de Construir
Queridos(as) amigos(as) da Aventura de Construir, Chegamos ao fim de mais um ano. Um ano que, apesar de desafiador, foi repleto de realizações que só foram possíveis porque acreditamos na força de construir juntos. Em 2024, fortalecemos nosso compromisso com as periferias e com os empreendedores que são a essência do nosso trabalho. Facilitamos encontros comunitários de saúde mental para empreendedores , lançamos o livro Brilhos da Periferia — com três eventos memoráveis de lançamento — e o documentário Laços da Terra , que conta a história de empreendedores orgânicos. Desenhamos uma metodologia de Plano de Marketing e para formalização de MEI's , vivemos a experiência transformadora de uma viagem a Belo Horizonte para tratar, com o grupo das Obras Gêmeas da CDO , de temas de avaliação de impacto e gestão de colaboradores, e estruturamos nosso programa de voluntariado e a jornada de desenvolvimento interna dos recursos humanos. Este ano também celebramos um marco especial: 10 anos da nossa metodologia de avaliação de impacto socioambiental , reafirmando nosso compromisso com a transformação sustentável a partir da centralidade e potencialidade das pessoas. Nos momentos de emergência, como nas enchentes no Rio Grande do Sul , estivemos presentes e se tornou uma oportunidade de ampliar a nossa rede de relacionamentos . Também fortalecemos parcerias com universidades como IBMEC, Belas Artes, USP, FECAP e UFRGS. Implementamos a inteligência artificial em nosso dia a dia e transformamos a Jornada de Sustentabilidade em Podcasts mensais - onde reforçamos a transformação em protagonistas que vivenciamos todos os dias com os beneficiários e suas famílias. Foi um ano em que comunicamos, interagimos e construímos juntos . E, como nos ensina Eduardo Baptista, da IAF, “ empreender é fazer conexões, construir pontes ”. Esta frase resume bem o que vivemos: mesmo diante das dificuldades, seguimos construindo com resiliência, sistematicidade e reciprocidade. A construção do livro Brilhos na Periferia simboliza esse espírito. Ele não seria possível sem a dedicação de uma equipe sólida, colaboradores engajados, financiadores e uma rede que acreditam nesta visão. Os frutos surgem do desejo e da necessidade de tornar visível o que se constrói à margem do centro, o brilho que resiste e cresce nas periferias através da criatividade e do potencial que existe nas comunidades. Ao mesmo tempo, tem um chamado para que todos — sociedade civil, empresas e governo — se reconheçam como parte essencial dessa transformação. Finalizamos o ano com gratidão por cada parceria, cada mão que se uniu às nossas para fazer mais e melhor. Que em 2025 possamos reforçar as conexões que nos impulsionam e abrir novos caminhos, reafirmando nossa crença no poder de sonhar e construir juntos. Continuamos contando com vocês neste Natal e ao longo do próximo ano, junto com todos aqueles que vocês inspirarem e engajarem . Desejamos a todos um Natal de paz e um Ano Novo de esperança e realizações. Continuemos juntos, construindo pontes e transformando vidas. Com carinho e gratidão, Equipe Aventura de Construir
- Empreendedorismo e Estudo Conciliado
Por Gabriel H. Guimarães, da Liga De Empreendedorismo - Ibmec SP O que é o empreendedorismo Dentre as áreas facultativas encontradas atualmente, não limitando-se de sua similaridade ou distância de atuação, um termo em particular se destaca cada vez mais na realidade estudantil moderna: empreendedorismo. Portanto, em priori de qualquer ligação ao mundo na qual milhares de jovens encaram diariamente, fica necessário a explicação comum do que significa e classifica-se como empreender. Empreender significa quebrar paradigmas de forma clara e direta, isto é, arriscar-se a falha comumente encontradas em estágios iniciais de todo e qualquer negócio. No Brasil estabelece-se ainda uma ideia de que empreendedor seria aquele com espírito arrojado e arriscado, todas atribuições passadas juntam ao encontro da criatividade como terra natal de toda e qualquer ideia/projeto. Características de um empreendedor Entre tantos talentos dispostos no mercado, um empreendedor possui a compreensão de que apenas talento não é o bastante, portanto ele adapta-se a sua circunstância e prevê o que precisa ter como habilidade antes mesmo de o requisitado, logo encontram-se as “ soft skills ” como um diferencial de peso nestas pessoas. Nas competências primordiais estão a curiosidade: inapta a um indivíduo que queira desbravar um caminho antes não encolhido; a flexibilidade e adaptabilidade: reconhecer quando métodos antigos não entregam e geram os melhores resultados e mudá-los antes mesmo que gerem resultados negativos; poder de decisão: sobrepõe aqueles na qual não sabem agir sob pressão em tomadas de decisões cruciais para o desenvolvimento do Leaders-board ; julgamento de risco: um bom empreendedor arrisca-se a medida que toma consciência de um potencial sucesso, portanto ele deverá medir os riscos aceitos. No cenário acadêmico Outrora em âmbito estudantil, seja em grau superior ou não, estudantes encontram a árdua tarefa de conciliar um meio entre empreender e atuar em cada área respectiva de seu interesse, contudo o ato de empreender segundo características intrínsecas ao mesmo não exige distinção de meio, logo empreender torna-se um conjunto de características e posturas inerente a qualquer atuação, até mesmo no meio acadêmico. O ato de estudar potencializa-se a uma reconstrução conceitual voltada a resolução de problemas e capacidade crítica individual ou em grupo, em outros termos, o estudo passa de ser apenas um processo de memorização e repetição e encontra eventual autonomia em cada um de seus praticantes como empreendedorismo, assim tornando o estudo abrangente, prazeroso e principalmente desmistificando o conceito que empreender requere meio econômicos e segregação por área do conhecimento. A congruência entre o mundo mercadológico e estudantil O encontro entre duas realidades ocorre ao passo que a maioria dos grandes empreendedores mundiais desenvolveram suas “ soft skills ” nos anos menos longínquos de seu estrondoso sucesso, habilidades naturais que foram instigadas por aulas tão simples quanto matemática básica ou análise de texto no ensino médio. Desde organizar sua própria agenda a realizar pequenas apresentações para uma banca de professores, o ato de deslanchar e colocar-se ao plano de atuação ocorre primordialmente no ambiente acadêmico, seja pela exposição maciça ou pela oportunidade ao erro, na qual não desmentiria qualquer chance ao sucesso. O que torna um grande empresário são habilidades interpessoais combinadas a conhecimentos técnicos, este em segundo plano devido a potencialidade de se aprender em necessidade individual, assim qualquer prestador de serviços pode alterar seus métodos, mas nem todo pode adaptar-se a condições pautadas desde o período acadêmico. Entretanto em cenário nacional encontra-se uma necessidade ainda em falta. Toma-se como exemplo propostas de redações negadas ao mérito por desviarem do modelo de redação e não pela falta de uma proposta, segundo corretores de vestibulares do Enem e Fuvest, milhares de propostas são negadas por terem de se enquadrar no pensamento comunitário ideal, coincidentemente o empreendedor destaca-se por não agir assim como os demais. Vira-se ao ponto de congruência, ou falta de na convergência de duas realidades. O currículo escolar atual conta com grades entre 10 e 14 matérias, contendo aulas difundidas por métodos não autônomos, isto é, alunos não são instruídos a tomada de decisões importantes sem aval de seus superiores, sejam eles majoritariamente seus professores(a). Toma-se de tal fato como verdade parcial pela dependência da autoridade na escolha de projetos escolares, assim impedindo o surgimento da análise de risco e de uma criticidade natural de cada empreendedor. Tal medida “contentiva” acaba inibindo a capacidade de jovens analisarem caminhos inovadores a resoluções de problemáticas das mais simples as mais avançadas.











