399 resultados encontrados com uma busca vazia
- Fabiana e a OBÁ Moda Afro: Afroempreendedorismo, Estilo e Consciência - Podcast Empreendendo na Periferia #10
Neste episódio, conhecemos a história potente de Fabiana Costa , fundadora da OBA Moda Afro, marca que cria roupas e acessórios com estampas afrocentradas, inspiradas na história, na ancestralidade e na força do feminino. A OBA nasceu em Sorocaba (SP), da ausência de representatividade na moda local. E a missão de Fabiana é clara: democratizar a moda afro e fortalecer o orgulho da identidade negra através do vestir. Acesse pelo link O Podcast Empreendendo na Periferia é um espaço onde histórias reais e dicas práticas se encontram para fortalecer o empreendedorismo que nasce das periferias do Brasil. É uma produção da Aventura de Construir, a AdC, ONG que atua no apoio ao crescimento pessoal e à transformação socioeconômica desse público, os microempreendedores das periferias , promovendo sua formação e fortalecimento. A cada episódio, traremos convidados especiais que compartilham suas experiências, desafios e sucessos no mundo do empreendedorismo . São verdadeiros protagonistas de suas vidas, seus negócios e suas comunidades. Não perca nenhum episódio! Nos siga nas plataformas de áudio e nas redes sociais. Apresentação de Ana Luiza Mahlmeister Produção de Pedro Menezes e Vinicius Dutra Edição de Vinicius Dutra
- Como fazer um plano de negócio
Por Thiago Loucatelli Carramenha e Giovanna Ometto Elaborar um business plan (plano de negócios) é o primeiro passo para transformar uma ideia em um empreendimento sólido e bem estruturado. Esse documento funciona como um roteiro estratégico que reúne todas as informações essenciais sobre a empresa: desde sua missão, visão e valores, até o público-alvo, análise de mercado, plano financeiro e operacional. Mais do que um simples plano, ele é uma ferramenta de gestão que orienta decisões, minimiza riscos e aumenta as chances de sucesso no mercado. Neste guia, você aprenderá como construir um business plan passo a passo, com base em práticas consolidadas e exemplos reais, garantindo uma base sólida para a criação ou reestruturação do seu negócio. Um plano de negócios bem estruturado conta com oito partes essenciais: sumário executivo, descrição da empresa, análise de mercado, plano de marketing e vendas, estrutura organizacional, plano operacional, análise financeira e plano de crescimento. Juntas, essas etapas ajudam a orientar decisões, reduzir riscos e garantir o sucesso do empreendimento. Sumário Executivo O sumário executivo é um resumo geral do plano de negócios. Mesmo sendo a primeira parte do documento, ele deve ser feito por último , pois reúne as informações mais importantes: o que a empresa faz, quais produtos ou serviços oferece, quem é o público-alvo, quem são os sócios, qual é a missão, visão e os valores da empresa, além dos dados básicos como CNPJ, setor de atuação e forma jurídica. Ele serve para que qualquer pessoa, ao ler essa parte, entenda rapidamente do que se trata o negócio e qual é sua proposta. Descrição da empresa A descrição da empresa apresenta informações básicas e essenciais sobre o negócio. Nessa parte, você explica como surgiu a ideia da empresa , seu propósito, objetivos e finalidade (onde se quer chegar). Também se deve informar a estrutura jurídica (MEI, LTDA, etc.), o ramo de atuação, o nome fantasia e a razão social. Essa seção ajuda o leitor a entender a identidade da empresa , seus fundamentos e o que a motiva a existir. Análise de mercado A análise de mercado é a parte do plano de negócios que estuda o ambiente onde a empresa vai atuar. Aqui, você analisa seus clientes (idade, renda, hábitos de consumo), concorrentes (o que fazem bem e onde falham) e fornecedores (buscando sempre qualidade, preço justo e prazos confiáveis). Essa análise ajuda a entender as oportunidades e ameaças do mercado e a definir o diferencial competitivo da empresa — ou seja, o que vai fazer o cliente escolher você e não os outros. Marketing e Vendas O plano de marketing e vendas define como a empresa vai atrair, conquistar e manter clientes. Baseia-se nos 4 P’s do marketing: Produto (O que será vendido e seus diferenciais), Preço (quanto será cobrado e qual a estratégia de precificação), Praça (onde o produto será vendido – loja física, online, etc.) e Promoção (como será feita a divulgação – redes sociais, anúncios, promoções e etc.). Essa parte também descreve como será o processo de vendas, os canais utilizados e as metas comerciais. Tudo isso ajuda a posicionar bem a marca no mercado e gerar resultados. Estrutura organizacional e gerencial A estrutura organizacional e gerencial mostra como a empresa será organizada internamente e quem são as pessoas responsáveis por cada área. Aqui, você apresenta os sócios, gestores e colaboradores, definindo suas funções e responsabilidades . Também é importante mostrar como será feita a gestão do negócio — quais métodos , ferramentas e processos serão usados para tomar decisões, controlar resultados e liderar equipes. Essa parte garante que cada pessoa saiba seu papel e que a empresa funcione de forma eficiente e bem coordenada. Plano operacional O plano operacional descreve como a empresa vai funcionar no dia à dia. Ele detalhe a estrutura física (ou digital), os equipamentos necessários, o processo de produção ou atendimento, os horários de funcionamento e o número de funcionários envolvidos . Também inclui o passo a passo das atividades principais e quem será responsável por cada tarefa. O objetivo é mostrar que a empresa está preparada para operar com organização , eficiência e qualidade , desde a entrada do pedido até a entrega ao cliente. Análise financeira A análise financeira mostra quanto dinheiro será necessário para abrir e manter a empresa funcionando. Nessa parte, você apresenta os investimentos iniciais (como compra de equipamentos, reformas e capital de giro), os custos fixos e variáveis (salários, aluguel, contas, matéria-prima), o faturamento esperado e o tempo previsto para a empresa começar a dar lucro. Também é importante incluir indicadores como o ponto de equilíbrio (quando as receitas cobrem os custos) e o retorno sobre o investimento (ROI) . Essa análise ajuda a avaliar se o negócio é viável financeiramente e se vale a pena investir. Plano crescimento A análise financeira mostra quanto dinheiro será necessário para abrir e manter a empresa funcionando. Nessa parte, você apresenta os investimentos iniciais (como compra de equipamentos, reformas e capital de giro), os custos fixos e variáveis (salários, aluguel, contas, matéria-prima), o faturamento esperado e o tempo previsto para a empresa começar a dar lucro. Também é importante incluir indicadores como o ponto de equilíbrio (quando as receitas cobrem os custos) e o retorno sobre o investimento (ROI) . Essa análise ajuda a avaliar se o negócio é viável financeiramente e se vale a pena investir. Dicas Comece pela estrutura, deixando o sumário executivo por último . Ele deve resumir tudo com clareza; Use linguagem direta e evite termos complicados — o plano deve ser facilmente compreendido por sócios, investidores e futuros parceiros; Sempre que possível, quantifique informações. Por exemplo, dizer “espera-se atingir R$ 100 mil de faturamento em 12 meses” tem muito mais impacto do que “espera-se um bom faturamento”; Foque em três pilares: cliente ideal , concorrentes e fornecedores; Use ferramentas como a Matriz SWOT (FOFA) para visualizar oportunidades e ameaças; Defina com clareza as responsabilidades de cada pessoa envolvida no negócio; Tenha processos operacionais bem descritos , mesmo que a equipe seja pequena. Isso evita retrabalho; Um plano de negócio não é um documento fixo . Ele deve evoluir com a empresa; Revise o plano periodicamente conforme o mercado, o desempenho e as metas forem mudando; Defina missão, visão e valores que realmente conectem com o propósito do negócio; Coloque objetivos e metas com o método SMART : específicas, mensuráveis, alcançáveis, relevantes e com prazo. Construir um plano de negócio é mais do que uma exigência técnica para iniciar um negócio — é um exercício profundo de autoconhecimento empresarial. É nesse processo que o empreendedor sai do campo da ideia e entra no terreno da realidade, confrontando sonhos com números, mercado, concorrência e viabilidade. Muitos acreditam que empreender é apenas ter coragem, mas coragem sem direção é risco desnecessário. O plano de negócios transforma essa coragem em estratégia, permitindo que decisões sejam tomadas com embasamento, não apenas com intuição. Ele funciona como um mapa: não evita tempestades, mas ajuda a atravessá-las com menos danos e mais sabedoria. Nesse processo, utilizar ferramentas estratégicas como a Análise SWOT (ou FOFA) — que identifica forças, fraquezas, oportunidades e ameaças — é essencial para entender o cenário interno e externo do negócio. Assim como os 4 Ps do Marketing (Produto, Preço, Praça e Promoção), que estruturam a forma como a empresa se posiciona no mercado, e os 7W (What, Why, Where, When, Who, Whom, How) , que ajudam a organizar ações e decisões com base em perguntas fundamentais. Essas ferramentas não apenas facilitam a organização do plano, mas também tornam a gestão mais objetiva e estratégica. Elas ajudam o empreendedor a enxergar com clareza onde está, para onde vai e como pretende chegar lá, com base em dados, planejamento e lógica empresarial. Além disso, escrever um plano é um ato de compromisso com a própria visão de futuro. É enxergar além do agora, entender onde se quer chegar e, principalmente, como. Cada item planejado — da análise de mercado ao plano financeiro — representa uma escolha consciente de quem entende que empreender é construir com responsabilidade. Portanto, mais do que um documento, o plano de negócio é a manifestação escrita de um propósito. E, quando esse propósito está claro, estruturado com boas ferramentas e bem planejado, as chances de sucesso se tornam não apenas maiores, mas mais sustentáveis.
- Da vocação ao impacto
ESG - O caminho da transformação, uma série da Aventura de Construir Por Ana Luiza Mahlmeister A sensibilidade aos problemas sociais começa cedo, com impactos decisivos na escolha de uma carreira. A trajetória de Mayara Cabeleira , sócia-diretora da Abrace uma Causa , que apoia projetos sociais por meio da doação de recursos do imposto de renda, foi moldada pelo interesse no voluntariado que guiou sua escolha de cursar ciências sociais. Especializou-se no desenvolvimento de projetos apoiados por leis de incentivo, até assumir a direção da Abrace uma Causa que hoje conta com mais de 20 empresas clientes. Ainda pré-universitária, sua vocação foi despertada ao se engajar em um trabalho na Caritas, entidade assistencial ligada à Igreja Católica. O espaço acolhia crianças no contraturno escolar com reforço e atividades extracurriculares como o circo. Na época se identificou tanto com a atividade que decidiu fazer um curso dessa modalidade, além de ser voluntária no reforço escolar em diversas matérias. Na Caritas se encantou com o atendimento às crianças e as atividades culturais paralelas, como a ida à museus. Quando precisou decidir sobre um curso universitário, pensou em jornalismo, mas a carreira de ciências sociais pesou mais na decisão pois respondias à sua visão crítica e seu desconforto com a desigualdade. “Queria fazer mais do que como voluntária”, diz Mayara. Para pagar a universidade que ingressou em 2009, aceitou trabalhos de subsistência até conseguir uma bolsa de iniciação científica da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) do governo federal, abrindo as portas para a pesquisa, sua paixão. Seu trabalho de iniciação científica sobre a política de pacificação do Rio de Janeiro na época da Copa do Mundo de Futebol em 2014 foi o passaporte para o mestrado na PUC-SP como bolsista do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico). Estudou a militarização das favelas, entrada da polícia nas ocupações e o surgimento das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) e conheceu projetos sociais nas favelas. Nesse período de vida acadêmica, percebeu que lhe faltava algo mais tangível do que estudar a sociedade. “Queria ficar mais próxima dos projetos, ver a transformação de territórios e pessoas que trabalham coletivamente em benefício de algo”, diz Mayara. Com o término do mestrado em 2016 o caminho natural seria o doutorado, mas seu ímpeto foi “pôr a mão na massa”, isto é, trabalhar em coisas mais concretas. Terminou o mestrado com 26 anos e adiou o doutorado para viver outras coisas profissionalmente. “A pergunta que me fazia era: o que fazer?”, diz Mayara. Com formação de pesquisadora, as portas do mundo profissional não se abriam. Trabalhar em um centro de pesquisas não a encantava. Foi quando decidiu resgatar a pergunta original: por que escolheu ciências sociais? Esse exercício a fez voltar às origens e ao tema do voluntariado, a questão da desigualdade e do acesso das pessoas a coisas que de outra forma não teriam. “Queria trabalhar em uma organização sem fins lucrativos e com projetos na ponta, mas isso não aparecia: exigiam dois anos de experiência”, conta Mayara. Nesse ínterim, trabalhou em restaurante e deu aula particular de reforço escolar, até ser contratada pela UNIP (Universidade Paulista) como tutora do curso de sociologia. Caiu de novo na área acadêmica, mas continuou atenta a outras oportunidades na trilha do impacto social. Convidada por um amigo, foi trabalhar em uma produtora de cinema, onde descobriu a existência da Lei do Audiovisual e a Lei de Incentivo à Cultura ou Lei Rouanet . Junto com o amigo produtor, diretor e realizador, e com sua experiência acadêmica, escreveu três projetos para a Ancine (Agência Nacional de Cinema) que foram aprovados. Esse desafio permitiu à Mayara descobrir uma nova vocação: captadora de recursos e busca de financiamentos. Com isso em mente, buscou uma oportunidade como coordenadora de projetos e captação de recursos por meio do site GIFE – Grupo de Institutos, Fundações e Empresas--, organização sem fins lucrativos que é referência em investimento social privado, e foi chamada para uma vaga de analista na Aventura de Construir (AdC). Na conversa com a CEO da AdC, Silvia Caironi, com sua comunicabilidade e experiência anterior, ficou patente o potencial de Mayara na captação de recursos e no desenvolvimento de projetos para editais. “Até trabalhar na AdC não tinha me dado conta do tamanho do setor de captação de recursos e que não está disponível na grade de disciplinas da universidade: hoje existe um potencial de R$ 14 bilhõesque podem ser usados em leis de incentivo”, diz Mayara. No trabalho na AdC desenvolveu outras habilidades, como o lado criativo e de comunicação com as empresas em busca de recursos livres, sem vinculação com editais. “Na AdC trabalhamos a quatro mãos, junto com a Silvia, que tinha a visão da demanda dos empreendedores”, explica Mayara. Indicada por um amigo a uma vaga na Abrace uma Causa, se interessou pela possibilidade de escalar o impacto social, disseminando conhecimento e ampliando a captação de recursos para várias organizações. Foi entrevistada pelo sócio fundador da Abrace, Bruno Pessoa de forma on-line, durante três horas, na época da pandemia, e surgiu uma grande identificação entre eles. “Fui para uma vaga de analista e acabei sendo contratada como coordenadora, responsável inclusive pela comunicação com as empresas clientes”, diz Mayara. Com sua contratação a área foi reestruturada com mais duas analistas e depois de um ano tornou-se sócia. Mayara explica que a Abrace uma Causa é uma pequena empresa com uma equipe enxuta: são sete colaboradores. É uma plataforma criada para facilitar a destinação do Imposto de Renda da pessoa física para projetos aprovados pelas leis de incentivo. Conforme previsto na lei 9.249/95 (art. 13, § 2º, III), a empresa doadora, optante do lucro real, pode deduzir da base de cálculo do IRPJ - Imposto de Renda Pessoa Jurídica e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) o valor da doação, até o limite de 2% do lucro operacional antes de computada a sua dedução para entidades à sua escolha. A Abrace uma Causa desburocratiza e digitaliza a destinação do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) para que mais pessoas possam exercer sua cidadania escolhendo para onde destinar 6% do imposto de renda devido, caso ela realize a declaração na modalidade completa. A plataforma foi idealizada pelo Bruno Pessoa que imaginou um fluxo digital para facilitar as doações por meio do IR. No site institucional das empresas clientes, criado pela Abrace uma Causa, é possível escolher o projeto que deseja apoiar, realizando o pagamento pelo sistema que gera toda a documentação necessária, permitindo que o abatimento fiscal aconteça. A doação é realizada em um ano e a declaração é feita no ano seguinte. “A plataforma facilita o processo por resolver a parte burocrática, daí a importância de conscientizar as pessoas: nosso o maior desafio é de comunicação”, afirma Mayara. Toda a jornada de doação é resolvida na plataforma que gerencia os doadores e na outra ponta as entidades que recebem. Um ponto crucial é a sensibilização das empresas para oferecerem essa opção em seu site institucional. “Falamos com um público amplo levando campanhas de divulgação para pessoas físicas dentro das empresas, com grande chance de sensibilizar aqueles que fazem a declaração completa do IR”, afirma. A Abrace uma Causa faz os materiais e peças de divulgação. A equipe customiza sites institucionais para incentivar funcionários a doarem para entidades escolhidas pela empresa, homologando projetos em um portfólio de 100 opções, incluindo a AdC. No site do Itaú, por exemplo, foram escolhidos cinco projetos, já a Votorantim apresenta 12 para escolha dos funcionários. Alguns clientes, como a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (OSESP), patrocinam uma página própria para atrair doadores. A homologação das entidades contempladas tem critérios como territórios e causas mais afinadas com o interesse das empresas clientes. Segundo Mayara, em 2024 a plataforma mobilizou R$ 20 milhões em doações. A estratégia ambiental, social e de governança (ESG) está presente na Abrace uma Causa principalmente pela conexão com o “S”, de social. “Essa política se relaciona conosco de duas maneiras: para dentro na medida em que buscamos colocar em prática tudo aquilo que recomendamos, e para fora: tudo isso é bastante desafiador numa empresa de pequeno porte como a nossa”, diz Mayara. A empresa promove ações de voluntariado e campanhas de doação, customizados para atender demandas de uma instituição, projeto social ou situações pontuais, como de calamidade. Essas campanhas podem arrecadar itens, bens ou recursos financeiros que serão utilizados para diferentes finalidades conforme os participantes de cada iniciativa. “Essas frentes de atuação, no entanto, respondem somente a uma pequena parcela do ‘S’ da estratégia ESG e estamos estudando como implementar e conectar outras diretrizes sociais para fortalecer o nosso trabalho numa via de mão dupla, olhando para o que precisamos mapear, aprender e implementar dentro de casa para depois oferecer como serviço e produto”, completa Mayara. Um exemplo é a campanha anual de conscientização sobre violência contra as mulheres. Há três anos consecutivos a Abrace uma Causa realiza uma grande mobilização sobre o tema que foi introduzido para que a equipe estivesse mais preparada para reconhecer situações de violência contra mulheres -- tanto no ambiente de trabalho, quanto fora dele -- e ter conhecimento sobre como apoiá-las e orientá-las a pedir ajuda. Disso nasceu uma parceria com o Mapa do Acolhimento, instituição que tem uma rede de voluntárias psicólogas e advogadas presta atendimento gratuito para outras mulheres que passaram ou estejam passando por violência. Em 2025 esse aprendizado permitiu a realização de uma campanha maior, envolvendo embaixadoras com poder de influência para levar essa mensagem sobre as formas de acolher mais longe. “O resultado foi incrível, tivemos aproximadamente 230 mil visualizações do nosso conteúdo nas redes sociais: isso é um pouco no nosso “S” mas queremos fazer mais!”, completa Mayara.
- Tecnologia e Comunicação a favor dos microempreendedores
Por Livia Magraner O mês de maio sempre se inicia assim: primeiro de maio, dia do trabalhador! Dia dos que acordam cedo e buscam o pão de cada dia e o sustento da família, que estudam e se dedicam dia após dia, para sempre conquistar novas habilidades. Aliás, há maneiras de otimizar o trabalho, é sobre elas que abordaremos aqui hoje. Desde a Primeira Revolução Industrial, ocorrida no século XVIII (18), a presença da tecnologia no dia a dia é discutida: será mesmo que as máquinas tomarão o lugar das pessoas? A Inteligência Artificial, tão discutida ultimamente, é capaz de substituir o cérebro humano? Tudo depende! Na época em que as máquinas industriais surgiram, as pessoas tinham um papel mínimo na operação, como no filme “Tempos Modernos” de Chaplin (excelente filme, fica a dica!), em que o protagonista exercia apenas a função de rosquear parafusos e ficava tão concentrado fazendo aquilo, que os movimentos tornaram-se repetitivos. Hoje, nossa função de “apertar parafusos” é digitar. Com o chat GPT, perdemos a capacidade de pensarmos um pouco ao criarmos inovações legítimas. Além disso, há o perigo do plágio, que é crime. No entanto, podemos utilizar destas ferramentas para aperfeiçoar nossas próprias criações, pedindo à ferramenta que: Revise textos; Sugira ideias de conteúdos; Transforme os feedbacks de seus clientes em sugestões de melhoria; Dê sugestões sobre como otimizar seu site; Faça uma breve análise da concorrência. Falando em inteligência artificial, você sabia que ela também está nas redes sociais? O famoso “algoritmo”, que tanto se ouve dizer, é mais um exemplo disso. Nada mais é do que uma tecnologia que separa as coisas com as quais você mais interage e lança no seu feed como postagens recomendadas. É por isso que, quanto mais você curte postagens relacionadas a um assunto, mais posts deste tipo aparecem. Saber conduzir bem suas postagens, colocando as hashtags certas e postando com certa frequência, pode fazer com que o algoritmo recomende mais vezes o seu conteúdo. A presença digital é cada vez mais importante para a visibilidade do negócio, tendo em vista o consumo das redes sociais que cresce a cada dia. Caso seu negócio ainda não tenha um site ou rede social, é recomendável que crie. Aposte em redes sociais como Facebook e Instagram: seus posts podem ser compartilhados entre os clientes, amigos e alcançar mais clientes. A parte do site pode ser um desafio, mas tente no Wix.com ! É uma plataforma de criação de sites com opção gratuita, intuitiva e você pode modificar de maneira simples e deixar a cara do seu negócio. Em resumo, saber utilizar a Inteligência Artificial pode otimizar muito seu trabalho, sempre tomando cuidado para deixar o menos artificial possível e mais original, sem tentar ou, de fato, copiar outra pessoa. Mantenha-se sempre atento(a) ao que está em alta nas redes sociais e pense (ou peça ajuda à IA) em como transformar esse conteúdo a cara do seu negócio! Conte sempre conosco nessa Aventura de Construir!
- Mulher, Mãe e Profissional: onde você se encaixa na sua rotina? - Podcast Empreendendo na Periferia #9
Neste episódio, conhecemos a história inspiradora de Andressa Calazans , personal trainer que tem como missão fortalecer o autocuidado de mulheres com rotinas intensas e múltiplas responsabilidades. Com apoio da Aventura de Construir, Andressa estruturou melhor seu negócio e ampliou o impacto do seu propósito — ajudar mulheres a se cuidarem para que sigam cuidando de quem depende delas. Acesse pelo link O Podcast Empreendendo na Periferia é um espaço onde histórias reais e dicas práticas se encontram para fortalecer o empreendedorismo que nasce das periferias do Brasil. É uma produção da Aventura de Construir, a AdC, ONG que atua no apoio ao crescimento pessoal e à transformação socioeconômica desse público, os microempreendedores das periferias , promovendo sua formação e fortalecimento. A cada episódio, traremos convidados especiais que compartilham suas experiências, desafios e sucessos no mundo do empreendedorismo . São verdadeiros protagonistas de suas vidas, seus negócios e suas comunidades. Não perca nenhum episódio! Nos siga nas plataformas de áudio e nas redes sociais. Apresentação de Ana Luiza Mahlmeister Produção de Pedro Menezes e Vinicius Dutra Edição de Vinicius Dutra
- O empreendedorismo no Mundo e no Brasil
Uma Jornada de Transformação Por Thiago Loucatelli Carramenha e Giovanna Ometto Empreender é mais do que abrir um negócio, é uma mentalidade de ação e inovação diante de desafios. Historicamente presente desde as primeiras trocas comerciais da antiguidade, o empreendedorismo evolui acompanhando transformações sociais, econômicas e sustentáveis. Hoje, está no centro do desenvolvimento de soluções para problemas sociais, avanços tecnológicos e criação de emprego. Neste artigo, exploramos a trajetória histórica, suas manifestações no Brasil e no mundo e o impacto que continua a ter em todas as esferas da sociedade. Trajetória histórica do empreendedorismo O termo "empreendedor" surgiu na França do século XVIII e foi popularizado pelo economista Jean-Baptiste Say. Ele associava o empreendedor aquele que aloca recursos de forma inovadora para gerar valor econômico. Com a Revolução Industrial, esse papel ganhou destaque com nomes como James Watt, responsável pela máquina a vapor, e mais tarde Henry Ford, que revolucionou a produção em massa. No século XX, o conceito se ampliou com a inovação tecnológica e a globalização. Steve Jobs e Bill Gates exemplificam esse novo perfil de empreendedores. Já no século XXI, a era digital permitiu a criação de startups disruptivas como Amazon, Google, Nubank e iFood. No Brasil, a atividade empreendedora remonta ao período colonial, passando pela industrialização da Era Vargas e o crescimento do setor de serviços nas últimas décadas. A chegada da família real portuguesa em 1808 foi um ponto de virada com a abertura dos portos. O século XIX marcou o início da industrialização e o crescimento do comércio com a imigração europeia. A estabilização econômica com o Plano Real, em 1994, impulsionou ainda mais o surgimento de empresas. Empreendedorismo no Brasil e no Mundo Segundo o Global Entrepreneurship Monitor (GEM), em 2022 o Brasil registrou uma taxa de empreendedorismo de 30,3%, com predominância de negócios por necessidade. O SEBRAE destaca o papel das micro e pequenas empresas, que representam cerca de 96% do total de empresas brasileiras. Desde o extrativismo colonial, passando pelo ciclo do café e pela industrialização do século XX, o Brasil foi adaptando seu perfil empreendedor. Com o Plano Real, a estabilidade trouxe previsibilidade para os negócios. Nos anos 2000, a internet abriu espaço para startups tecnológicas e iniciativas de impacto social. Apesar das barreiras, como burocracia e alta carga tributária, o país mantém uma cultura empreendedora dinâmica e resiliente. Já no mundo, desde os fenícios, que comercializavam via rotas marítimas, até as corporações modernas, o espírito empreendedor moldou economias. As Grandes Navegações ampliaram fronteiras econômicas e culturais. A Revolução Industrial foi o marco da modernização da produção. Nos séculos XX e XXI, o empreendedorismo passou da indústria para a inovação digital. A história do empreendedorismo é a própria história da inovação e da superação. Do comércio ancestral às startups de tecnologia, empreender sempre significou ir além do esperado. No Brasil, apesar dos entraves estruturais, o espírito empreendedor permanece resiliente, reinventando-se nas periferias, nas universidades e nas pequenas cidades. O futuro do empreendedorismo exige um ambiente mais favorável: com menos burocracia, mais incentivo à educação empreendedora e políticas públicas voltadas à inovação. Somente assim poderemos transformar boas ideias em negócios sustentáveis, inclusivos e de impacto real na sociedade. Dúvidas frequentes Qual a principal motivação dos empreendedores brasileiros? Ainda é uma necessidade. Segundo o GEM 2023, mais da metade empreende por falta de emprego formal, embora o empreendedorismo por oportunidade esteja crescendo. Empreender exige diploma universitário? Não. Embora o conhecimento técnico seja um diferencial, características como resiliência, criatividade e visão de mercado têm maior peso no sucesso. É possível empreender dentro da escola ou universidade? Sim. Projetos interdisciplinares, feiras de inovação e startups universitárias são ambientes propícios para estimular o empreendedorismo jovem. Quais os principais desafios do empreendedorismo no Brasil? Altos impostos, burocracia excessiva, dificuldade de acesso ao crédito e insegurança jurídica são os maiores obstáculos enfrentados por pequenos empresários. Para refletir Empreender é um ato de coragem. No Brasil, essa coragem se manifesta diariamente em milhares de pessoas que criam soluções com poucos recursos, enfrentam a instabilidade econômica e superam a burocracia. O empreendedorismo, mais do que um modelo de negócio, é um instrumento de mudança social. À medida que o país investe em educação empreendedora, desburocratização e acesso à tecnologia, maior será a capacidade de gerar crescimento econômico sustentável. A verdadeira força do empreendedorismo está na sua capacidade de transformar não apenas mercados, mas também histórias de vida.
- Livros que Transformam: Um convite para enxergar com o coração
23 de abril, Dia Mundial do Livro Por Marli Pirozelli Livros são objetos mágicos , capazes de nos transportar a lugares e tempos distantes. Por meio deles, percorremos paisagens desconhecidas, contemplamos sua beleza ou enfrentamos a aridez de territórios inóspitos. Vagamos por ruas estreitas de pequenas cidades ou nos deixamos levar pelo ritmo frenético das avenidas em grandes metrópoles. Com eles mergulhamos nos mares de pensamentos, compartilhamos os segredos que habitam as consciências e que dão vida às pequenas ações e às decisões mais importantes. Muitas vezes, viajamos no tempo, sendo transportados para épocas longínquas e, ao vencermos o primeiro estranhamento, começamos a compreender modos de vida até então indecifráveis. E o mais importante: os livros promovem encontros. Eles nos apresentam pessoas — algumas, antes desconhecidas, tornam-se amigas, conselheiras e companheiras de jornada. Todos os livros nos trazem conhecimento, mas alguns carregam um brilho especial: são aqueles que nos apresentam histórias de vida diante das quais é impossível permanecer indiferente. É nesta categoria que se insere o livro Brilhos da Periferia , uma coletânea de relatos de 18 microempreendedores das periferias, acompanhados ao longo do tempo pela Aventura de Construir. São testemunhos de mulheres e homens que, nas periferias do país, mobilizaram seus talentos, criatividade e coragem e, com muito trabalho, deram forma aos seus sonhos, iniciando pequenos negócios que se tornaram fonte de sustento para suas famílias. O livro não apresenta meros cases de sucesso, nem se detém em fórmulas prontas de como empreender, mas nos oferece histórias de vidas transformadas. Entramos em contato com pessoas que, diante de realidades adversas, resolveram trilhar o caminho do empreendedorismo — uma trilha árdua, repleta de obstáculos, mas também de aprendizados. Com coragem, empenho e uma admirável persistência, começaram a estruturar seus negócios e a fortalecê-los dia após dia, gerando verdadeiras transformações pessoais, econômicas e estimulando o desenvolvimento local. Seguimos encantados pelas histórias que acompanham as roupas, geleias, doces, jóias, o cultivo de alimentos, o preparo cuidadoso das refeições e os diversos serviços prestados por esses empreendedores. São homens e mulheres de diversas regiões do país — alguns, imigrantes — atuando em diferentes áreas, cada um com sua trajetória única, mas todos marcados por um ponto em comum: enfrentam, diariamente, inúmeros desafios para manter seus negócios em funcionamento. Para superá-los, contaram com o acompanhamento atento, competente e personalizado da AdC, que caminha lado a lado com esses protagonistas, oferecendo apoio, escuta e orientação. Obras como Brilhos da Periferia não apenas ampliam horizontes, mas também revelam realidades muitas vezes desconhecidas por nós. Apresentam os caminhos percorridos por empreendedores das periferias e nos convidam a descobrir a riqueza, a criatividade e a força existente nestes locais. Mais do que relatos, são sementes de mudança. Compreendemos, então, que por trás de cada peça, cada sabor, cada detalhe, há uma trajetória marcada por luta, perseverança e esperança. Convido você a conhecer esses grandes empreendedores. Gente que faz, que sonha, que transforma.
- Uma visão humanista do direito coletivo
ESG - O caminho da transformação, uma série da Aventura de Construir Por Ana Luiza Mahlmeister Empresas que fazem a gestão de iniciativas ESG (políticas ambientais, sociais e de governança) nas organizações ainda são relativamente raras no mercado brasileiro. Uma das pioneiras, a Transforma.aí , com uma trajetória de 20 anos, foi criada com a missão de desenvolver projetos para mitigar riscos ambientais. Com metodologia própria e seguindo padrões de mercado como o Balanced Scorecard (BSC), criou métricas e linhas de ação para que os clientes alcancem seus objetivos: a promoção de impactos socioambientais positivos. Essa trajetória pode ser mensurada por inúmeras realizações: são mais de 390 mil pessoas beneficiadas, R$ 75 milhões gerenciados em programas como investimento social em diversos setores, 400 projetos executados diretamente, 350 tecnologias sociais e ambientais implantadas ao longo dos anos. Foram mais de 2 mil pessoas mobilizadas ou que passaram por algum tipo de capacitação da Transforma.aí, e 200 cadeias produtivas fortalecidas na área de coco, mandioca, produtos orgânicos e acesso a água para aumentar a produtividade dos produtores rurais principalmente no Nordeste, Sudeste e Rio Grande do Sul. Esses números impressionantes têm por trás os sócios Samuel Protetti e a advogada Camila Sabella e uma equipe altamente especializada. A trajetória de Camila, convidada a se juntar à Transforma.aí em 2018, ilustra o despertar para as diretrizes ESG de toda uma geração. “Comecei a me interessar pelo direito coletivo desde a universidade, que me levou a aprofundar o tema do direito social, além do interesse por questões socioambientais que afetam o planeta”, afirma Camila. Ela explica que o direito individual trata de questões específicas de família e indivíduo. Já o coletivo é difuso, não determina quem são as pessoas, mas a coletividade, e em última instância, a humanidade. Em 1998 fez um trabalho de conclusão de curso sobre a Lei de Crimes Ambientais, onde estudou a despersonalização jurídica, isto é, a responsabilidade criminal que recai sobre administradores e gerentes que tomaram decisões sobre questões ambientais. Esse foi um dos “gatilhos” do interesse socioambiental, quando ainda nem pensava em se juntar à Transforma.aí. Formada em direito em 2001, Camila não tinha ideia de toda a amplitude que esse tema iria tomar nos próximos anos. Pautada na relação interesses coletivos e difusos, Camila atuou na área criminal e de família em um escritório no Rio de Janeiro, e migrou para direito ambiental quando foi trabalhar na área jurídica da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) oferecendo consultoria em licenciamento ambiental e pareceres jurídicos para o agronegócio e empresas de energia com foco em certificações internacionais. Com essa bagagem, aceitou o convite de Samuel Protetti, e se tornou sócia diretora da Transforma.aí encarando novos desafios como as decisões sobre produtos, parceiros, clientes e criação de equipe. Uma das principais motivações para se juntar à iniciativa, foi trabalhar com o terceiro setor e diferentes empresas em múltiplos lugares, atuando na área ambiental, social e de governança, suas paixões ao deixar a universidade. Durante a pandemia as políticas de ESG tiveram destaque, quando grandes empresas passaram a olhar a questão social, ambiental e governança de forma mais atenta. “De início essas políticas tiveram mais apelo para o público jovem, com questões ligadas à sustentabilidade como critério para as decisões coletivas”, diz Camila. Na Transforma.aí Camila se propôs a olhar além das questões legais, abrangendo as realidades nos territórios onde as empresas estão inseridas, buscando uma linguagem comum entre dois mundos – a empresa e o entorno ou a comunidade – que precisam trabalhar juntos. “A meta é unir as duas pontas em projetos que dialoguem com o social e meio ambiente a partir da governança”. O formato decisório horizontal da Transforma.aí facilita o trabalho nas empresas, além da equipe trabalhar em diferentes projetos, ao contrário de um ambiente corporativo mais fechado. Segundo Camila, a metodologia criada pela Transforma.aí é fruto de um trabalho de 20 anos. Ao longo desse processo desenvolveu critérios que levam em conta o retorno financeiro do negócio, minimiza riscos ambientais e gera impactos positivos. Um exemplo é a metodologia Due Diligence social, uma auditoria baseada na ferramenta Balanced Scorecard (BSC), sistema de planejamento e gestão estratégica que ajuda as organizações a comunicar seus objetivos, alinhar atividades e medir o progresso em direção a metas, considerando perspectivas financeiras, de clientes, de processos internos, de aprendizado e crescimento. A partir da metodologia BSC, a Transforma.aí faz uma classificação dos objetivos, seguindo critérios customizados pela empresa cliente, conforme seu território e estratégia. “Fazemos um mapeamento de risco, mostrando oportunidades sociais e ambientais, além da análise dos agentes financeiros nacionais e internacionais”, explica Camila. O Duo Diligence ordena os critérios e agenda vistorias junto à comunidade, em uma visão completa que ajuda nas decisões dos gestores. Camila ressalta que esta é uma metodologia viva seguindo evidências, a partir de entrevistas com todos os envolvidos no projeto feitas no local e que define critérios de ação. “Oferecemos uma visão completa de todo o pessoal, com a colaboração da liderança, a partir de entrevistas com fornecedores, membros da comunidade do entorno e minorias”, afirma. No início a Transforma.aí trabalhavam com múltiplas planilhas que evoluíram para um sistema próprio integrado com indicadores de investimento social privado, monitoramento e avaliação dos critérios ESG customizados por empresa, facilitando a avaliação. “A plataforma acompanha projetos unindo gestão e monitoramento”, diz Camila. Esse acompanhamento dos projetos, aprimora a transparência e dá eficácia à avaliação dos resultados, facilitando o trabalho dos gestores. Conforme a necessidade, os projetos vão sendo ajustados para alcançar metas de impacto, definidas pela empresa cliente. O próximo passo da Transforma.aí, segundo Camila, é o fortalecimento dos negócios fora do Brasil: já presentes em Portugal, pretendem expandir para a Espanha. “A atuação do Brasil em ESG é reconhecida mundialmente e é referência no investimento social privado, a frente de outros países”, diz Camila. A Transforma.aí continua crescendo, reconhecida pelos bons serviços prestados para as empresas. A melhor forma de publicidade, segundo Camila, é a entrega pontual. “Somos indicados e solicitados pelas empresas após o término dos projetos para fazermos mais; essa é a melhor propaganda”, afirma. Entre os clientes estão empresas como a Votorantim, CESP, Elera, Suzano, CPFL, Statkraft, Brookfield, Basf, Neoenergia e Instituto Embraer. Camila participou de um dos eventos de lançamento do livro “Brilhos da Periferia” , da Aventura de Construir (AdC), no final do ano passado, na Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (Fecap) em São Paulo, que promoveu um diálogo entre os empreendedores, universidade, bancos e empresas. “Essa troca em um ambiente diversificado é fundamental para encontrar soluções criativas para os desafios ambientais, sociais e econômicos”, afirma Camila. O que mais chamou sua atenção, foi que todos os envolvidos estavam naquele ambiente em pé de igualdade. Em sua opinião, a nova conjuntura internacional – com um novo mandato do governo Trump nos Estados Unidos – pode significar recuos em pautas socioambientais e vai influenciar o ritmo e o andamento das mudanças nas políticas ESG. “O ambiente conturbado tem impacto negativo gerando crise econômica e consequentes ajustes na agenda socioambiental principalmente nas políticas públicas que têm papel crucial no avanço dessas pautas”. Para ela, eventos do clima, a sociedade e o mercado financeiro continuarão pressionando pela manutenção das políticas ESG, pois o desafio do crescimento com sustentabilidade continua. “As empresas já avançaram bastante no redesenho de seus negócios levando em conta não só os custos, mas a vantagem competitiva, seguindo métricas financeiras, quantificando a redução dos riscos, e esse processo educativo deve continuar, pois a mudança de perspectiva do investidor tem se mantido”. ESG gera economia, fidelização do cliente e hoje temos mais instrumentos para a mensuração de riscos e resultados. “Estamos em um momento de transição do capitalismo financeiro para um capitalismo social, ambiental e humano, nessa perspectiva, sou otimista”, destaca Camila. Para ela a parceria entre a Transforma.aí e a AdC tem potencial para impulsionar o capital social privado nas organizações. Há sinergia na realização de projetos, alinhado às demandas sociais de empreendimentos da periferia. A AdC apoia empreendimentos da periferia, enquanto a Transforma.ai tem expertise em projetos agrícolas. Segundo Camila, essa complementariedade deve gerar soluções criativas em metodologias e capacitação. “Esse trabalho conjunto poderá impulsionar novos programas nas empresas”, prevê Camila.
- Soluções tecnológicas: Parceria transformadora com alunos IBMEC - Podcast Empreendendo na Periferia #8
Neste episódio, exploramos como a parceria entre o IBMEC e a Aventura de Construir tem impulsionado a inovação no microempreendedorismo. Alunos da instituição mergulharam nos desafios enfrentados por pequenos negócios e desenvolveram soluções tecnológicas para aprimorar sua gestão e fortalecer seu crescimento. Acesse pelo link O Podcast Empreendendo na Periferia é um espaço onde histórias reais e dicas práticas se encontram para fortalecer o empreendedorismo que nasce das periferias do Brasil. É uma produção da Aventura de Construir, a AdC, ONG que atua no apoio ao crescimento pessoal e à transformação socioeconômica desse público, os microempreendedores das periferias , promovendo sua formação e fortalecimento. A cada episódio, traremos convidados especiais que compartilham suas experiências, desafios e sucessos no mundo do empreendedorismo . São verdadeiros protagonistas de suas vidas, seus negócios e suas comunidades. Não perca esse episódio! Nos siga nas plataformas de áudio e nas redes sociais. Apresentação de Leonardo Alqualo Produção de Pedro Menezes e Leonardo Alqualo Edição de Vinicius Dutra
- Reflexões Sobre Liderança, Sororidade e Transformação
O que faz uma mulher se manter firme diante dos desafios? Por Verônica dos Santos Para muitas, a resposta está na rede de apoio que constroem ao longo da vida. O Dia das Mulheres não deve ser apenas uma celebração, mas um momento de reflexão sobre como fortalecer essas redes. No empreendedorismo, essa rede de suporte pode ser construída por meio de parcerias, mentorias e espaços que fomentem o protagonismo feminino. Nesse contexto, conversamos com Grasiela Caldeira Marques da Silva , coordenadora de responsabilidade social do Instituto SYN , que compartilha sua trajetória e visão sobre liderança, equidade de gênero e o impacto do empreendedorismo feminino. Sua experiência na condução de projetos sociais voltados para microempreendedoras reforça a importância da colaboração e da construção conjunta de oportunidades. A partir dessa conversa, exploramos como parcerias estratégicas podem transformar vidas e fortalecer mulheres em suas jornadas. Uma Mulher em Liderança Para ela, a presença de mulheres em cargos de liderança é essencial por diversos motivos. "Ter mulheres em posições de liderança ajuda a diversificar as perspectivas nas empresas e é um passo importante em direção à diversidade e inclusão nas organizações. É uma gratidão estar há 10 anos na SYN e ter crescido profissionalmente como cresci aqui e, com toda certeza, posso dizer que aprendo muito todos os dias e isso me transforma", destaca. O Instituto SYN, braço social da SYN PROP & TECH , tem um compromisso claro: impulsionar o empreendedorismo, empregabilidade e desenvolvimento social no entorno de seus empreendimentos. A parceria com a Aventura de Construir começou de forma tímida, mas se consolidou com o tempo em iniciativas estruturadas como o projeto Realidade Empreendedora e, mais recentemente, o Decidindo para Crescer . Esses projetos não apenas capacitam tecnicamente as empreendedoras, mas as incentivam a tomar decisões mais assertivas e a enxergar novas possibilidades para seus negócios. O Impacto do Empreendedorismo Feminino O protagonismo das mulheres empreendedoras vai muito além da geração de renda. Ele impacta diretamente suas famílias e comunidades, transformando também as relações sociais. Como ela mesma destaca: "Não só como projeto social, mas como apoio diário a estas empreendedoras, desperta e nos traz a reflexão de que contribuímos para o crescimento da economia e para a criação de empregos. O empreendedorismo feminino transforma também as relações sociais. Quando mulheres alcançam a autonomia financeira, não precisam mais se submeter a relacionamentos abusivos e violentos, pois não dependem mais de terceiros para se sustentar", diz. Foto: Evento de finalização do projeto O relatório Ideafix , que avaliou os impactos do Decidindo para Crescer, trouxe reflexões importantes sobre esse protagonismo. Ele destacou como as participantes, ao longo do projeto, evoluíram tanto na gestão de seus negócios quanto na autoconfiança para tomar decisões estratégicas. Esse amadurecimento reforça a necessidade de ampliar o alcance desses programas para que mais empreendedoras possam se beneficiar. Como enfatiza Grasiela: "A maior marca foi a evolução de como elas iniciam e de como saem e nos deixa uma grande lição de que precisamos ampliar nossos horizontes para receber mais e mais empreendedoras dentro do projeto. Queremos escalar cada vez mais, transformando a vida das beneficiárias", comentou. Liderança e Maternidade: Dois Pilares de Transformação Além de sua atuação no Instituto SYN, Grasiela também compartilha como a maternidade influencia sua forma de liderar e tomar decisões. Para ela, cada projeto social é como um filho: exige planejamento, cuidado e dedicação diária. "A maternidade traz mudanças positivas para a vida, proporcionando amadurecimento, maior responsabilidade e paciência para vivenciar quaisquer momentos da nossa vida. É um olhar amplo sobre tudo. Todo projeto é um filho que você precisa pensar nos detalhes, planejar tudo o que almeja para ele e colocar em prática um pouco todo dia", diz. Essa perspectiva reforça a importância de lideranças que compreendam a complexidade e as demandas da vida das empreendedoras, criando redes de apoio que permitam que elas cresçam de forma sustentável. Juntas, Construindo Novos Horizontes A parceria entre o Instituto SYN e a Aventura de Construir não é apenas uma iniciativa de capacitação. Ela representa um compromisso com a equidade e com a construção de um ambiente em que mulheres possam se apoiar mutuamente. Grasiela reforça esse papel ao enxergar que cada projeto não é apenas uma ação isolada, mas um passo em direção a um mercado mais justo e inclusivo. Se queremos uma sociedade onde as mulheres tenham mais espaço para crescer e prosperar, iniciativas como essa precisam ser incentivadas e multiplicadas. A equidade de gênero não é apenas uma questão social; é uma estratégia para o desenvolvimento sustentável e para um futuro mais promissor para todas. Neste Dia das Mulheres , celebrar histórias como a de Grasiela e das empreendedoras impactadas pelo projeto é reafirmar que o caminho para a transformação passa pela parceria, pela sororidade e pelo compromisso real com a mudança.
- Mudanças no cenário internacional e novos desafios da agenda ESG
ESG - O caminho da transformação, uma série da AdC Por Ana Luiza Mahlmeister As organizações sociais que atuam na periferia têm novos desafios face às mudanças no âmbito internacional e escassez de capital interno. Quais os impactos na agenda ambiental, social e de governança (ESG) no Brasil atual? Quem nos ajuda a entender um pouco mais este cenário é Graziella Comini , professora associada do Departamento de Administração da Faculdade de Economia da Universidade de São Paulo (FEA–USP) que destaca a importância da parceria entre o setor privado e as organizações não governamentais (ONGs), como a Aventura de Construir, para obter resultados. Começamos pelo conceito ESG e sua evolução. Surge como um movimento de responsabilidade social corporativa sobre os impactos no entorno dos empreendimentos (no bairro ou município), na década de 90. “De início é uma iniciativa altruísta que questiona onde a fábrica será construída e quais os recursos daquele município levando em conta múltiplas variáveis sobre a população, como aumento da poluição e problemas ambientais e sociais, indo além da geração de empregos”, explica Graziella. Tudo isso gera impactos positivos e vai ganhando corpo até o ano 2000, mostrando que a sustentabilidade ligada à justiça social se traduz em impostos e movimenta a economia. Além das empresas, entram outros atores como o setor público e a sociedade civil que abraçam o desenvolvimento sustentável. O marco é a Eco 92, que aconteceu no Rio de Janeiro, fruto de uma semente lançada em 1987 pelo Relatório Brundtland que destacou a importância do desenvolvimento sustentável, influenciando a política ambiental global. “O ESG é um conceito antigo, cuja pressão por resultados foi aumentando junto às empresas para pensarem ações de impacto para as comunidades próximas”, diz Graziella. Isso resultou no tripé econômico, social e ambiental entre 2000 e 2020 com a criação de fundações e áreas voltadas a estas questões. “Divisões antes periféricas entram no ‘core’, isto é, na área principal das empresas em busca de resultados econômicos, sociais e ambientais, repensando procedimentos e processos para minimizar impactos, agregando objetivos econômicos”, afirma Graziella. A partir de 2020 entra o olhar dos bancos. Eles começam a cobrar ações mais efetivas nessa área como contrapartida para oferta de crédito. “Entrou em cena uma política mais impositiva com a necessidade de demonstração dos impactos ambiental e social positivos, ou seja, o mercado financeiro cobra ações mais efetivas, contemplando também a governança corporativa, e exigindo indicadores e métricas sobre inclusão e diversidade nas empresas”, explica Graziella. Com as crises trazidas pelas mudanças climáticas, entra a cobrança dos consumidores. Nos países em desenvolvimento, onde a desigualdade está mais em evidência, vários elementos se combinam: a questão social e meio ambiente se conecta aos problemas de saúde, provocando um efeito cascata em termos de aumento da temperatura e degelo que são relacionados aos setores que emitem mais gazes de efeito estufa. Esse movimento afeta as novas gerações e as organizações corporativas e financeiras que questionam seu papel nesse cenário. É um movimento endógeno do sistema capitalista para se diferenciar acrescido da cobrança dos conselhos de administração para poder vender produtos a países com regulamentações mais exigentes na pauta ambiental. A Europa e os países escandinavos, em parceria com países da América Latina, por exemplo, têm iniciativas para o rastreamento de produtos, com indicação de origem e destinação, mesmo de pequenos produtores. Outra dimensão positiva da ESG é a atração de recursos humanos, com uma nova geração mais comprometida com as pautas ambientais. Estudos recentes mostram as vantagens da parceria entre as grandes corporações e as organizações da sociedade civil para ações nessa área. Sem reinventar a roda, ONGs como a Aventura de Construir criam soluções levando em conta questões econômicas, de inclusão e sustentabilidade (uso da água e reciclagem de resíduos). “É um relacionamento ganha ganha que estimula o micro empreendedorismo no entorno, inclusão social e pautas de meio ambiente”, diz Graziella. Com a chegada de Donald Trump ao governo dos Estados Unidos, será necessário algum tempo para analisar os efeitos de mais protecionismo, valorização da produção local, fechamento de fronteiras e taxações. Desde o início de sua administração, houve um enfraquecimento das regulamentações ambientais, uma postura menos rigorosa quanto a questões sociais e uma ênfase na desregulamentação do mercado. “Vejo com preocupação uma reversão nos ganhos – que foram lentos nesses anos, mas que deixaram marcas”, afirma Graziella. Na contramão das pautas ESG, os EUA, como potência de fato e papel importante nas exportações, deixou o Acordo de Paris, -- um tratado internacional que visa combater as alterações climáticas adotado em 2015 e que entrou em vigor em 2016. “Isso legitima ações negacionistas: vemos grandes consultorias fechando áreas específicas de pesquisas sobre ESG, multinacionais estão deixando em segundo plano a equidade nas contratações e abandonando pautas de sustentabilidade, retrocedendo em políticas afirmativas que levaram anos para ganhar espaço nas empresas”, completa Graziella. Esses retrocessos, em sua avaliação, não devem acontecer na mesma medida no Brasil, mas em sua opinião, muitas multinacionais vão colocar orçamentos em “stand by”, ou seja, não vão alocar o mesmo investimento. Estamos vivendo os efeitos das mudanças climáticas em todo o mundo, onde as áreas mais pobres sentem mais os efeitos como calor e degelos. “Este momento de descrença não vai obstruir as tragédias e, paradoxalmente, veremos ações mais lentas e um atraso na consciência dessa nova realidade”, diz Graziella. Em sua opinião, seria pior se estivéssemos no governo passado: hoje há mais sensibilidade nas questões da Amazônia, por exemplo. “Não dá para voltar atrás, mas o perigo é não avançar na agenda, há ganhos, mas os próximos passos vão exigir mais esforço”, destaca Graziella. Uma das grandes preocupações, além da questão ambiental, é o que vai acontecer com os núcleos de diversidade. “As grandes empresas dos EUA estão retrocedendo nessa bandeira que sempre foi importante; não significa que vão abortar a questão, mas há um sério risco de enfraquecimento”, diz Graziella. Apesar de tudo, ela é otimista com o Brasil, onde a desigualdade ainda é muito forte. “Tenho dificuldade em imaginar que grandes executivos abandonem pautas importantes quando confrontados com a com a questão social, levando em conta inclusive o impacto na violência e aumento da criminalidade”. Para ela, o efeito Trump deve provocar um atraso, mas não desfazer iniciativas. “Não podemos perder as poucas vitórias alcançadas e observar também qual será o efeito no setor público em 2026: fica a preocupação com esperança”, ressalta. Um dos perigos é o desincentivo ao voluntariado que foi muito forte nos anos 90. É necessária uma revalorização dos talentos e maior ênfase nas soluções colaborativas entre as empresas e as organizações sociais, afirma Graziella. Essa parceria facilita o acesso aos territórios onde as companhias estão inseridas, em municípios com alto índice de pobreza, ajudando em diagnósticos que vão resultar em ações socioambientais. É importante deixar o pessimismo de lado: há muito a ser feito e as organizações sociais são porta-vozes dos ganhos alcançados. “É possível vencer a onda negacionista norte-americana se apoiando no bloco europeu que não compactua com essa visão retrógrada”, diz Graziella. Ela reforça que nesse momento as empresas devem manter os compromissos de responsabilidade ambiental, social e de governança, sem assistencialismo, ajudando a divulgar que o investimento social privado gera sustentabilidade, fruto de parcerias. Como as empresas não têm expertise ou áreas específicas de responsabilidade social, é fundamental a aliança com as ONGs presentes na comunidade. Por serem organizações menores são ágeis em soluções criativas e baratas, com benefício para as grandes empresas. “É uma grande oportunidade para os negócios sociais inovadores com ganho reputacional para as empresas parceiras”, explica Graziella. Conforme mostra o estudo Conexão ESG: 4º. Mapa de Negócios de Impacto Sócio+Ambiental realizado pela Quintessa e Pipe.Social que ouviu 114 grandes empresas, há uma evolução do tripé junto às organizações ao longo de cinco anos. A adesão à agenda passou de 53,54% em 2018 para 59,46% em 2023. Sobre as temáticas de atuação e demanda, 56% das empresas atuam sobre resíduos, 33% em energia e biocombustíveis, 31% em florestas e uso do solo, 15% em educação, e 12% em saúde. O estudo mostra ainda que a pauta social aparece relacionada às de desenvolvimento territorial (desenvolvimento dos locais onde a empresa possui operação) – comumente cuidada pelas áreas de responsabilidade social –, e desenvolvimento de novos negócios, comumente cuidada pelas áreas de inovação.
- Comunicação e Empreendedorismo Feminino: Sua Voz, Sua Força
Por Verônica dos Santos Silva Você já parou para pensar no poder da sua voz como empreendedora? No mundo dos negócios, a comunicação vai muito além de vender um produto ou serviço – é sobre conexão, identidade e propósito. E, quando falamos de mulheres empreendedoras, isso ganha ainda mais força: nossas histórias, desafios e sonhos podem (e devem!) estar presentes na nossa marca, criando um diferencial competitivo e aproximando quem realmente se identifica com o que fazemos. Neste mês das mulheres, queremos te convidar a refletir sobre como sua expressão fortalece seu negócio. Trouxemos reflexões e inspirações para você potencializar sua comunicação, transformar sua narrativa em estratégia e, acima de tudo, valorizar o que torna sua marca única: você! Storytelling: Como Contar Sua História Pode Fortalecer Sua Marca O que faz seu negócio ser único? Sua trajetória. E é exatamente isso que o storytelling faz: transforma sua história em uma ferramenta poderosa de comunicação. Mas o que isso significa na prática? O storytelling nada mais é do que a arte de contar histórias de forma envolvente, criando conexões emocionais com seu público. Você já compartilhou com seus clientes como tudo começou? O que te motivou? Contar sua história torna sua marca mais humana e cria laços verdadeiros com quem te acompanha. Estudos apontam que histórias bem contadas são até 22 vezes mais memoráveis do que simples dados. Ou seja, contar sua jornada não é só inspirador – é estratégico. E essa estratégia se torna ainda mais poderosa quando alinhada ao que faz o empreendedorismo feminino ser tão singular: negócios construídos a partir do propósito e da empatia. Muitas mulheres empreendem porque querem transformar suas vidas, suas famílias e suas comunidades – e isso se reflete diretamente na forma como comunicam suas marcas. No livro Uma Voz Diferente , a pesquisadora Carol Gilligan destaca que as mulheres tomam decisões e constroem relações com base na empatia e no cuidado. No empreendedorismo, esse diferencial fortalece a conexão com o público, tornando as marcas mais próximas, autênticas e duradouras. Por isso, microempreendedora, lembre-se: sua voz tem poder! Compartilhar sua trajetória e criar conexões genuínas com seu público pode transformar seu negócio. Neste mês das mulheres, queremos reforçar que sua voz importa – e quanto mais espaço você ocupar, mais inspiração levará para outras mulheres que também querem empreender.











