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  • E-commerce e ESG: a experiência de quem empreende

    Ao longo deste mês, a Aventura de Construir falou sobre como o E-Commerce pode expandir o potencial de pequenos e médios negócios. Também trouxemos vários conteúdos sobre como práticas responsáveis, como o ESG, podem fidelizar clientes cada vez mais preocupados com estas questões. No blog AdC de hoje, perguntamos para os próprios empreendedores atendidos pela AdC sobre suas experiências com o comércio eletrônico e sobre a importância da função social de seus empreendimentos. Leia abaixo os depoimentos de Adriana Barros da ABarros Editora, Rennan Gonçalves da Maloca Games e Vagner Pinheiro da Cutelaria Pinheiro. Aventura de Construir: Por favor, se apresente e apresente o seu empreendimento: Adriana: Meu nome é Adriana Barros, eu sou a Dricka da ABarros Editora - a mais inclusiva que você vai encontrar. Minha Editora nasceu para atender ao sonho de um menino autista que aos 11 anos tinha feito 2 livros. Hoje estou no sexto ano de atuação, com quase 80 títulos publicados. São autores PCD, pessoas com deficiência: autismo, paralisia cerebral, epilepsia, deficiência intelectual - são condições que antes pareciam limitantes, mas que hoje somam ao talento de autores que impactam a sociedade com conscientização, inclusão e esperança. Rennan: Meu nome é Rennan Gonçalves, sou CEO e Fundador da Maloca Games, um estúdio de jogos Afrocentrados, focado em trazer jogos com temáticas inovadoras e que dialoguem com a cultura negra, favela e todos os povos marginalizados. A Maloca Games foi fundada em 2022 por um grupo de profissionais experientes no mercado de jogos analógicos, com uma forte compreensão das necessidades dos jogadores. A empresa tem uma variedade de jogos com temas e mecânicas diferentes, que podem ser adequados para diferentes públicos. Nosso objetivo é promover a diversidade e a inclusão no mercado de jogos de tabuleiro, oferecendo jogos que sejam representativos e inclusivos para todos. Vagner: Meu nome é Vagner Barbosa Pinheiro, tenho 52 anos e sou dono de uma loja online de artigos de churrasco, chamada Cutelaria Pinheiro. Comecei o negócio em 2019, depois de 25 anos trabalhando no Estado. AdC: Por que optou pelo E-Commerce? Como chegou neste modelo de negócio? Já realizava vendas de outra forma anteriormente? Conta pra nós esse processo: Adriana: Passei a trabalhar com E-Commerce com a chegada da pandemia da Covid19. Foi após uma conversa/orientação com o Franklin da AdC. Juntamos a dica com tudo que aprendemos e a Editora cresceu. Antes da Covid eu tinha 2 autores, quando o lockdown chegou ao fim, a ABarros já estava com 40 autores! Autores de muitos Estados brasileiros passaram a conhecer a ABarros através da nossa rede social. Como a operacionalidade da Editora se dá de forma informatizada, deu tudo certo. Rennan: Optamos pelo E-Commerce por ser um modelo de negócio que nos permite alcançar um público mais amplo e diversificado. Através do E-Commerce, podemos vender nossos jogos para pessoas de todo o Brasil e no futuro, no mundo. Antes de optarmos pelo E-Commerce, realizamos vendas através de eventos e lojas físicas. Porém, percebemos que o E-Commerce é um modelo de negócio que pode somar, pois se torna eficiente e escalável. O processo de implementação do E-Commerce foi desafiador, não se trata de colocar o produto para vender de forma online, existe um conhecimento que precisa ser construído para que os resultados sejam alcançados. Acreditamos que a cada dia, conseguimos superar os desafios. Vagner: Optei pelo e-commerce porque queria levar nossos produtos de cutelaria de alta qualidade para um público maior em todo o Brasil. O Comércio online também possibilita uma experiência de compra mais conveniente para os clientes. Antes, eu só vendia os produtos da Cutelaria Pinheiro em loja física. Abrir a loja virtual foi desafiador, precisei aprender muito sobre venda online, logística, gestão de estoque, etc. Mas o resultado tem sido muito positivo, com o negócio crescendo a cada dia. AdC: O que o E-Commerce agrega para o seu negócio? Adriana: Principalmente presença. Estamos em muitos estados do Brasil. Atendemos clientes que querem publicar e os que desejam comprar um livro. Rennan: O E-Commerce agrega uma série de benefícios para o nosso negócio, incluindo: Alcance: o E-Commerce nos permite alcançar um público mais amplo e diversificado. Escalabilidade: o E-Commerce é um modelo de negócio escalável, que nos permite aumentar as vendas de forma rápida e eficiente. Eficiência: o E-Commerce é um modelo de negócio mais eficiente, que nos permite reduzir custos e aumentar a lucratividade. No futuro vamos desenvolver produtos digitais, e todos os pontos citados anteriormente serão potencializados neste momento. Vagner: O e-commerce trouxe muitos benefícios para o meu negócio. Aumentou o alcance, pois consigo atender clientes de todo o país. Também facilitou o controle de estoque e logística. Além disso, posso oferecer uma experiência de compra muito mais conveniente e ágil para meus clientes, catálogo online. AdC: Quais são suas perspectivas para o futuro do negócio? Adriana: Continuar crescendo. Chegar a lugares onde a ABarros ainda não chegou. Cremos que em todos os lugares há pessoas que querem contar sua história, sua ideia, deixar sua colaboração. Acreditamos que estes livros podem e precisam chegar em muitos lugares, levando mensagens de impacto e inclusão. O e-commerce tem contribuído para nosso trabalho de transformação da sociedade. Este é nosso maior propósito. Rennan: Temos grandes perspectivas para o futuro do negócio. Acreditamos que o mercado de jogos de tabuleiro está crescendo e que há uma demanda crescente por jogos que sejam representativos e inclusivos. Nossas metas para o futuro são: Expandir nossas vendas para novos mercados. Fortalecer nossa marca nos tornando a empresa referência no mercado. Lançar produtos digitais que atendam o mercado B2B e B2C. Vagner: Para o futuro, pretendo expandir o negócio, oferecendo uma linha ainda maior de produtos . Também quero aprimorar a experiência do cliente no site. Com recursos de customização logo em facas. Como uma grande referência nacional em cutelaria online. AdC: Você enxerga uma função social no seu empreendimento? Se sim, como você acha que isso agrega o sucesso do negócio? Adriana: A função social da ABarros é proporcionar oportunidades à pessoa com deficiência. Através do livro, ela pode deixar uma mensagem que quebra paradigmas, combate preconceitos e educa. Outro fator importante é a possibilidade de vender o fruto de seu próprio trabalho, seu livro, podendo participar de Feiras literárias, palestras e outros eventos - isto é transformação de vida. Aí enxergo o sucesso da ABarros. Rennan: Sim, a Maloca nasce com esse viés, acreditamos que os jogos podem ser uma ferramenta poderosa para promover a diversidade e a inclusão, estamos diretamente ligados ao impacto social. Não estamos falando só de diversão, nosso diferencial é a capacidade de desenvolver ferramentas multidisciplinares que podem curar a sociedade de forma lúdica. Curamos o ambiente familiar, educacional e empresarial. Valorizando, empoderando e identificando, talentos, beleza e amor. Costumamos dizer que a Maloca não está pra brincadeira, ESTÁ PARA JOGO.

  • E-commerce Responsável: O Poder do ESG Para Transformar Seu Negócio

    Neste mês de setembro, a Aventura de Construir traz vários conteúdos sobre como práticas responsáveis, como o ESG, podem fazer a diferença para o seu negócio e fidelizar clientes cada vez mais preocupados com estas questões. Aliado a isso, o E-commerce pode ser um canal poderoso para expandir as suas vendas e alcançar públicos em outras regiões. No blog AdC desta semana, continuamos a explorar a importância de adotar o ESG e como isso pode não apenas impulsionar seus resultados, mas também construir um mundo melhor para as futuras gerações. Além disso, ao final trazemos uma opção para o seu E-commerce começar a aplicar estas boas práticas desde já. Nos dias atuais, o E-commerce e o ESG (Environmental, Social, and Governance) são dois conceitos que vêm se entrelaçando de maneira íntima e transformadora no mundo dos negócios. A fusão desses dois elementos pode ser fundamental para impulsionar o sucesso de qualquer empreendimento, não importa o tamanho, combinando práticas sustentáveis e o comércio online. A Ascensão do E-commerce e sua Atração Sustentável O E-commerce, ou comércio eletrônico, é uma realidade que vem revolucionando a forma como compramos e vendemos produtos e serviços. A redução de custos operacionais, a eliminação de barreiras físicas e a minimização de riscos são apenas algumas das vantagens que fazem do E-commerce uma alternativa atrativa para muitos negócios. No entanto, para se destacar em um cenário altamente competitivo, é necessário ir além. Aqui é onde entra o ESG. Essa sigla se refere a práticas que visam à sustentabilidade e responsabilidade social das empresas, sendo representada pelas letras "E" (environmental, ambiental em inglês), "S" (social) e "G" (governança). No contexto do E-commerce, a aplicação desses princípios pode fazer toda a diferença. O "E" de Ambiental No contexto ambiental, o E-commerce pode adotar práticas sustentáveis, como o uso de embalagens recicláveis, a promoção de produtos eco-friendly e a implementação de práticas de logística verde. Isso não apenas reduz o impacto ambiental, mas também atrai um segmento de consumidores cada vez mais preocupados com questões ecológicas. O "S" de Social A responsabilidade social é uma parte crucial do ESG. Os negócios de E-commerce podem contribuir para a sociedade de diversas maneiras, desde doações financeiras a programas de voluntariado ou a promoção de produtos que apoiam organizações sem fins lucrativos. Mostrar compromisso com a responsabilidade social não apenas gera impacto positivo, mas também constrói uma marca mais solidária e confiável, conquistando a confiança dos consumidores. O "G" de Governança A governança transparente é a base do ESG. Isso inclui manter registros precisos, divulgar informações financeiras de maneira responsável e ter um conselho de administração eficaz. Além de atrair investidores interessados em empresas bem geridas, uma governança sólida também cria confiança entre clientes e parceiros de negócios. A Vantagem Competitiva do ESG no E-commerce A combinação do E-commerce com os princípios do ESG fortalece a posição de um negócio no mercado. Além de atrair uma base de clientes leais, essa abordagem também pode resultar em benefícios financeiros, como investimentos de impacto e vantagens competitivas significativas. Mas a importância do ESG vai além do sucesso comercial. Ao adotar práticas sustentáveis, responsabilidade social e governança transparente, os negócios de E-commerce estão contribuindo para um mundo melhor. Essas práticas não apenas garantem que a empresa prospere nos negócios, mas também deixa um legado positivo para as gerações futuras. Em resumo, a integração do E-commerce com o ESG é mais do que uma tendência; é uma necessidade para muitos empreendimentos. Ao alinhar os valores da sua empresa com práticas sustentáveis, responsabilidade social e governança transparente, você não apenas expande seus horizontes de negócios, mas também faz a diferença no mundo. Portanto, invista em ESG e colha os frutos do sucesso, sabendo que está construindo um futuro melhor para todos nós. Como começar? Polen e a Aventura de Construir Você já possui um E-commerce e quer começar desde já a aplicar estas boas práticas? Uma opção para contribuir com a esfera social e ainda ajudar a AdC é se inscrever na plataforma Polen. O Polen é uma plataforma que visa descomplicar a conexão entre empresas e causas sociais, revolucionando o processo de consumo e transformando cada compra em uma oportunidade impacto social positivo. Se cadastrando na plataforma, você permite que seu cliente tenha, na própria página de compra, a opção de realizar uma doação para uma de duas causas selecionadas por você, caso a compra seja finalizada. O Polen automatiza o processo e garante que as instituições recebam as doações. Você quer começar a aplicar práticas ESG no seu e-commerce e colaborar com a Aventura de Construir? Cadastre já!

  • Não existe momento como o estágio

    Olá, leitores! No dia 18 de agosto é celebrado o dia do estagiário e, sendo eu mesmo como um estagiário atualmente, gostaria de trazer uma reflexão a todos que leem o blog da Aventura de Construir sobre o papel de um estagiário dentro da sua organização, mais especificamente dentro da área de comunicação. A comunicação é hoje um dos pilares de qualquer organização e desempenha um papel fundamental para seu sucesso. Esse cenário é um prato cheio para qualquer estagiário que pretende seguir carreira na área. Além de colocar na prática todos os conhecimentos que são aprendidos na faculdade, uma boa trilha de estágio consegue fornecer desafios impactantes e significativos, que ajudam a moldar e guiar os primeiros passos de uma carreira. Uma das maiores vantagens de um estágio é dar a oportunidade de aplicar os conceitos teóricos. Para um estagiário em comunicação, é aqui que a pessoa realmente começa a entender toda a dinâmica de planejar e executar uma campanha, gerenciar as redes sociais ou interagir com a mídia. Mas, mais importante do que verificar a simples execução das atividades, seu papel como gestor é explicar para o estagiário a função de cada uma das demandas, como elas interagem entre si no contexto. Outro grande benefício para um estagiário é a oportunidade que ele tem de desenvolver sua comunicação interpessoal e seu networking. Tal como vendas e RH, a área de comunicação é uma que tem suas fundações na relação entre pessoas. Por mais que a equipe de comunicação em uma empresa pequena seja geralmente composta de poucas pessoas, a alta variedade de públicos com quem os profissionais da comunicação interagem, os famosos stakeholders, geram a possibilidade de o estagiário aprender a transitar entre essas diferenças. Entender que nem todos os públicos são iguais e cada um pede tratos diferentes abre uma porta para o estagiário fazer conexões realmente valiosas no setor. Abrir uma rede de contatos pode ajudar o estagiário futuramente, seja na tão sonhada efetivação, seja em indicações, referências e recomendações para vagas em outros locais. Um estágio, quando bem gerido, planejado e executado, pode ser mais do que uma obrigação curricular do MEC para a graduação de um aluno de comunicação. Através do aprendizado prático, o estagiário consegue se desenvolver de forma que não conseguiria em nenhum outro lugar. É o ambiente perfeito para aprender novas tendências e entender como elas se aplicam no ambiente corporativo, coisa que não se consegue dentro de uma sala de aula. Por fim, deixo meu apelo para você que tem algum estagiário na empresa ou na sua equipe. Obviamente que existem decisões e processos que são mais sensíveis e devem ser resolvidas em um fórum reduzido, mas na medida do possível, envolva o estagiário na sua rotina. Chama ele para as reuniões que você participa e entregue demandas que sejam realmente significativas para ele. Dê liberdade e espaço para o erro, estimule-o a desenvolver um projeto impactante para a área, aproveite que ele chega sem vícios da sua empresa e agarre essa oportunidade para melhorar sua empresa. Feliz dia dos estagiários para todos que ocupam essa posição tão importante! Supervisionado pela Profª Paula Franceschelli.

  • O posicionamento correto no tabuleiro

    Em mais um texto produzido a partir da colaboração entre a Agência Experimental Benjamin, da FECAP, e a Aventura de Construir, o Blog AdC desta semana traz o artigo “O posicionamento correto no tabuleiro”, escrito pelo aluno Pedro Gucciardi, sobre a importância do posicionamento de marca. Confira abaixo! Olá, leitores! Depois de dois anos sem poder curtir a folia mais brasileira que há, espero que todos tenham aproveitado e se divertido durante o carnaval. Dizem que agora o ano realmente começa para o brasileiro. Será mesmo? Para quem é empreendedor, o ano já começou faz tempo, certo? No texto de hoje, continuaremos abordando um pouco sobre o assunto do mês passado: planejamento, mas especificamente, posicionamento de marca. Primeiramente, vamos entender o que é o termo “posicionamento de marca”. De acordo com Al Ries e Jack Trout, no livro Posicionamento, “posicionamento de marca representa como você quer que a sua marca seja reconhecida por seus clientes”, ou seja, é algo que se aplica unicamente à vontade da empresa, isso quer dizer que não importa como os clientes reconheçam sua marca hoje, mas como o proprietário dela quer que ela seja reconhecida. Para definir o posicionamento da marca, é necessário ter a resposta de algumas perguntas na ponta do papel, entre elas: A quem seu produto/serviço se destina? Definir as pessoas que interagem e compram da sua empresa é o primeiro passo para entender seu público. É importante ressaltar que nem sempre seu público-alvo é seu público comprador, no caso de cereais infantis, por exemplo, por mais que o primeiro público sejam as crianças, quem compra são os pais, então, é necessário que o marketing e a comunicação trabalhem com os dois para garantir uma boa sustentabilidade das vendas. Qual é a dor que seu produto resolve? Uma marca como a Kopenhagen e a Tio João resolvem dores completamente diferentes, apesar de serem ambas do ramo alimentício. É preciso reconhecer as suas. Qual é seu diferencial? Por que os seus clientes compram da sua empresa ao invés da concorrência? Mais do que isso, é necessário entender se o que você trata como diferencial é realmente importante para seu público-alvo. Essas perguntas são desafiadoras e exigem um olhar diferenciado para dentro da empresa, por isso, estar munido com estudos de concorrência te ajudam a chegar as melhores respostas e, posteriormente, as melhores decisões. Ao levantar todas essas informações e colocar no papel uma boa estratégia integrada de posicionamento de marca envolve três pilares, comunicação e marketing, experiência do cliente e cultura organizacional. A comunicação diz respeito a sua principal vitrine com seus clientes e seu público como as redes sociais, sites, panfletos que são ferramentas capazes de mostrar o que seu negócio faz. Voltando um pouco ao que foi falado no mês passado, construa um planejamento para trabalhar sua comunicação de forma coerente, usando o tom que sua empresa precisa e entenda o que seus concorrentes estão fazendo nas redes. Suas campanhas de comunicação e marketing também devem servir ao seu posicionamento de marca. Caso você faça um evento ou participe de alguma feira, entenda o público presente e ajuste as suas ações de acordo com o público frequentador. Partindo para a experiência do cliente, entenda a jornada de compra dele e as interações com a sua cadeia logística. Seu produto é comprado diretamente do seu site, você distribui para lojas ou franquias. Por exemplo, se o seu posicionamento é ser um produto premium para compradores mais seletos, ter uma experiência personalizada deixa de ser um diferencial e passa a ser algo básico e necessário para conquistar esse público. Por fim, seu posicionamento externo precisa estar em sintonia com sua cultura organizacional e os valores da sua empresa. É fácil identificar uma mensagem que não é condizente com o que é tratado internamente. Cuide para ter um corpo de funcionários que estejam alinhados com sua cultura, sempre mantendo o compromisso do seu negócio. Espero que esse texto possa te ajudar a entender o que é o posicionamento de marca e sua importância para os diferentes tipos de negócios. Lembre-se, a forma como seu público enxerga sua empresa pode ser alterada. Um bom trabalho de posicionamento de marca pode virar um grande caso de sucesso para o seu negócio.  Pensei nisso e até o mês que vem! Supervisionado pela Profª Paula Franceschelli. #Empreendedorismo #estratégiademarca #Microempreendedores #posicionamentodemarca

  • O circuito da cooperação

    No Blog AdC de hoje, a Aventura de Construir traz uma conversa sobre redes de cooperação dentro do território do Jardim Lapena, principalmente entre os empreendedores que participam do Projeto Empreendendo com Causa, uma parceria entre a Fundação Tide Setubal e a AdC. Na voz, Everton da Silva Oliveira, Coordenador Geral da CicloLog, um empreendimento de impacto social que tem em sua fundação a concepção de coletividade! Confira abaixo a conversa na íntegra: Por Livia Picchi Aventura de Construir: Everton, me conte um pouco sobre você, sua trajetória... Boa tarde, meu nome é Everton da Silva, sou coordenador geral da CicloLog Leste, minha trajetória não é muito diferente dos jovens pretos periféricos. Sou nascido aqui, criado no território do Jardim Lapena, extremo Leste de São Paulo, passei por diversas dificuldades enquanto pessoa, falta de estrutura familiar, e isso foi uma alavanca para querer uma transformação social, não só individual, mas para as pessoas que estão à minha volta. Então minha trajetória vem muito desse trabalho de coletivo, de luta, de desenvolvimento de projetos que visem o bem comum. Eu já trabalhei muito como educador ambiental que é minha área, sou educador socioambiental, voltado à pauta do racismo ambiental, como combater o racismo ambiental na periferia. Trabalho com comunicação livre, já trabalhei com o jornal antimanicomial no RJ em uma ocupação que era dentro de um hospício. Depois eu fui para Mariana, MG, trabalhar com rádio livre após o crime da Samarco, do rompimento das barragens. Ali a gente foi trabalhar com os moradores que foram atingidos e trazer um pouco de informação não só na cidade, mas para fora dali, sobre o que realmente estava acontecendo. Então minha trajetória vem muito desse rolê de luta. Sou cofundador do projeto SOMA que fez dez anos esse ano. É um projeto que trabalha com pessoas em situação de rua, e também com jovens periféricos trazendo atividades socioculturais e ambientais para o território. Fui me desenvolvendo nessas questões até ser convidado a trabalhar com a Ciclolog Leste nesse rolê de mobilidade. O link que tenho para fazer sobre bicicleta é que em Mariana a gente utilizou a bicicleta como meio de transporte para percorrer todas as cidades que foram atingidas pela lama, levando informação. Então a bicicleta era não só mobilidade, mas também autonomia de informação. AdC: conta para a gente um pouco sobre como nasceu a CicloLog Leste e o trabalho que vocês realizam. A CicloLog Leste é anterior a mim. Ela nasceu na pandemia através de um questionamento sobre os entregadores de bicicleta e os demais entregadores estavam sobrecarregados de trabalho e tendo que bater de frente com o vírus, além de serem mal remunerados, porque o entregador hoje é muito explorado para poder chegar a um valor X de remuneração. Nesse momento, o Aro Meiazero que trabalha com mobilidade não só em São Paulo, mas em grande parte do território nacional, trouxe essa discussão do delivery justo, que é uma remuneração adequada aos trabalhadores conforme as horas de trabalho. Assim, através dessa metodologia do Livre Justo, trouxe para o Galpão uma parceria entre a Fundação Tide e o Aro Meiazero, usando o ponto de leitura como um projeto piloto, onde surgiu o Bike Literária. Era um projeto de entrega de livros, durante a pandemia, já que os pontos de leitura haviam fechado, e aqui no território do Lapena existem muitos leitores ativos que queriam continuar tendo acesso à leitura. Com isso, o projeto foi se desenvolvendo e precisava de um coletivo para tocar o Bike Literária, assim criou-se a CicloLog Leste. Nascemos dessa metodologia do Livre Justo e foi se criando mais coisas, como por exemplo o Bike Som, nosso “Bike Chefe”, que é a divulgação de comércios e instituições locais e de políticas públicas que acontecem no bairro. Então o Bike Som existe para levar informação para onde ela não chega, e assim foi se criando a CicloLog Leste até chegar ao ponto que ela está hoje. AdC: Legal! Então a ideia de coletividade já está intrínseca à CicloLog Leste. Para você, como é essa percepção da ideia de coletivo, de coletividade e de trabalhar com o outro, principalmente dentro do território que estão inseridos? Essa pergunta, para mim, vem antes da CicloLog Leste. Como eu já passei por diversos coletivos em diversas regiões - Mariana, Rio de Janeiro, São Paulo - e pela minha história de vida, acredito que se não for o coletivo, quem é da periferia, quem é pobre, não sobrevive. Então a coletividade é para além de um negócio, é para além de uma remuneração, ela é para a vida, é uma forma de nos manter vivos. Entendemos que a periferia é um ninho de coletividade, o problema que afeta um, afeta todos os outros. Aqui, por exemplo no Lapena, temos problema de enchentes todos os anos, então todo ano é necessário trabalharmos em coletivo para resolver esses problemas. A coletividade, hoje, trazendo para nosso negócio, para a CicloLog Leste, é uma grande engrenagem que faz a coisa acontecer, pois sem a coletividade não vai acontecer. Se eu não estiver bem coletivamente, não decidir as coisas coletivamente, será decidido de cima para baixo e não será sustentável. Então a coletividade faz parte da sustentabilidade do negócio. Ninguém deve trabalhar menos e ganhar mais, e assim por diante. Quem faz realmente o negócio funcionar é o trabalhador, então tudo precisa ser decidido coletivamente para que todo mundo se fortaleça e fortaleça o que estamos fazendo juntos. As decisões devem ser coletivas, cada um colocando seu ponto de vista para ser a melhor decisão tomada, conforme o respeito ao ponto de vista e experiência de cada um, visando o bem comum, para pensarmos juntos de uma forma melhor! AdC: Everton, o que você considera nessa lógica de coletividade, vindo dessa experiência que você tem com a CicloLog Leste, o que vocês almejam no sentido de formação de uma rede de cooperação e de serviços compartilhados entre os empreendedores do projeto da AdC, aqui dentro do território? Da perspectiva da CicloLog Leste, eu entendo que é de extrema importância. Eu entendo que a CicloLog passa por todos os coletivos e todos os negócios, principalmente dentro do projeto. De alguma forma podemos colaborar tanto com a nossa melhora quanto dos negócios que estão dentro do projeto. Isso porque há pessoas que fazem marmitas saudáveis, como no caso da Sulamita, elas precisam de alguém que entregue e a CicloLog faz entregas, há negócios que tem problema de divulgação, a CicloLog também faz divulgação. Partindo do ponto de todos, de olhar no coletivo e não só pensando na Ciclo nesse caso, existe a possibilidade da gestão de resíduos. Pode ser implementada uma logística reversa dentro disso, podemos lidar com o composto de quem produz alimento, da mesma forma que podemos lidar com a questão de quem trabalha com reciclagem. Por exemplo, o salão de beleza da Marleide recebe produtos, e esses produtos vêm em grandes embalagens, caixas de papelão, e há dentro do projeto quem trabalha com reciclagem de materiais, então podemos fazer essa ponte. Para além dos negócios que estão no projeto, a periferia em si tem muita riqueza e potencialidade aqui dentro, que passa por diversos setores, por diversos negócios que podem se agregar a esse coletivo da CicloLog, do que estamos fazendo e com essa rede que estamos tentando potencializar dentro do projeto, dentro do nosso trabalho. Então, se conseguirmos criar uma rede geral onde todo mundo consiga colocar seu serviço e usufruir do serviço do próximo, pensando na oferta e na demanda, a gente consegue gerar lucro para todo mundo, a gente consegue gerar benefícios para todos e principalmente para a região, para o território. Ou seja, conseguimos dar visibilidade para o território nesse sentido. Vão ver que aqui tem muitas pessoas, muitos núcleos, diversos negócios que trabalham em rede e ao trabalhar em rede conseguimos elevar o patamar do nosso próprio negócio. Eu consigo elevar o patamar da CicloLog de acordo com a parceria que tenho com a Marleide, ou que tenho com a Sulamita e vice-versa. Então, trabalhar em rede, trabalhar em coletivo, junção de negócios, faz com que a gente se eleve pensando que podemos trazer uma solução para o outro e potencializar isso! AdC: Por fim, tem alguma contribuição final que você gostaria de compartilhar com a gente, para falar para o pessoal dos outros projetos, nesse sentido de coletividade, que moram em outra comunidade e bairros e quais os aprendizados que você quer compartilhar. Dentro dessa questão da coletividade, vamos aprendendo a lidar com as nossas falhas. Se a gente tem uma decisão unitária e não consegue olhar para outros pontos sem fazer a autocrítica, sozinho a gente muitas vezes não consegue apontar isso. Mas quando estamos em coletivo e em rede, os outros conseguem nos mostrar onde estamos falhando, onde precisamos melhorar, ou mostrar nosso potencial, onde nós só precisamos potencializar aquilo que já fazemos bem. Então, hoje, dentro do território e principalmente com os coletivos que temos aqui, com os negócios que temos aqui e dentro do galpão, conseguimos nos espelhar no outro, compartilhar o que deu certo e o caminho para isso. Compartilhar experiências, somar esforços faz nos desenvolvermos de uma forma muito melhor. Trabalhar em rede faz com que a gente evolua muito e faz com que a gente faça autocrítica. Faz com que a gente veja e enfrente novos desafios de outra perspectiva, faz com que a gente juntos consigamos potencializar o que já está no território e o que precisa ser melhorado. Cada um com sua visão do território, quando compartilhamos essas visões juntos o quebra cabeça se monta. E é onde a gente consegue trazer o potencial para o indivíduo, para o coletivo e para o território! AdC: Está ótimo Everton, muito obrigada pela sua participação! Até a próxima!

  • Conheça as histórias das empreendedoras do projeto Decisão Empreendedora

    Para falar sobre o projeto “Decisão Empreendedora”, no blog AdC desta semana, trazemos o artigo escrito e publicado no site do Instituto Syn, financiador do projeto. A partir da visita realizada junto com a Aventura de Construir, representante do Instituto pode conhecer e ouvir a história de três empreendedoras e o impacto do projeto nos seus empreendimentos. Veja a visão pelo olhar do financiador e fique de olho sobre mais notícias. Confira, abaixo, o texto na íntegra! No dia 22 de junho, o Instituto SYN acompanhou a Associação Aventura de Construir em uma visita a três empreendedoras que participam do projeto Decisão Empreendedora. A iniciativa visa fortalecer e desenvolver empreendedores de baixa renda de regiões periféricas, sobretudo as do entorno do Tietê Plaza. Primeiramente, ao longo dessas visitas, pudemos notar o quanto essas pessoas sonham com um futuro melhor. Na mesma proporção, ficou claro o quanto elas depositam esperança de que este projeto irá ajudá-las a realizar esse sonho. Investindo e empreendendo com estética Nossa primeira visita foi na casa da esteticista Irani. Ela está no ramo há 30 anos e fez diversos cursos. Com isso, Irani domina técnicas de massagem, quiropraxia, acupuntura, drenagem, entre outras. Irani revelou pra nós que deseja ensinar o seu método. Porém, não tem ideia de como multiplicar sua metodologia. Ela relembra que trabalhou em Portugal de 2004 a 2008 e retornou ao Brasil em 2019. Porém, devido a pandemia, teve dificuldades para retomar seu negócio. De acordo com a esteticista, ela tomou decisões equivocadas e as repetiu. Entretanto, Irani decidiu investir em seu negócio e reiniciar seu trabalho. Ela conta que o curso do projeto Decisão Empreendedora está ajudado principalmente na parte de planejamento associado a tomada de decisões. “Embora eu domine a parte prática do meu negócio, ainda tenho dificuldade em separar os gastos pessoais do profissional”, compartilha Irani. Um ateliê para chamar de casa Dando sequência, a próxima parada foi no apartamento e ateliê da Silmeia. É nele que ela vive com o marido e a mãe, que está passando um tempo com ela para fazer um tratamento de saúde. No espaço de ateliê, Silmeia produz lindas bolsas e acessórios. A empreendedora revela que também fez diversos cursos, participou de diversos eventos e, como ela mesmo diz, “estar em rede faz toda a diferença para minhas vendas”. O que sentimos nela foi o desejo de fazer muita coisa! Ela quer produzir muito, mas faltam braços para ajudá-la. Isso porque ela atua sozinha e não tem capital para contratar outras costureiras. A joia entre as histórias Por fim, a última visita foi a mais impactante. Nem tanto pelo lado empreendedor de nossa anfitriã, a representante de vendas de semi joias, Shirley, mas sim por sua história de vida. Atualmente, Shirley se divide entre seu trabalho com as semi joias (em que tem uma equipe de revendedoras em bairros periféricos) e sua atuação como assistente em uma empresa. Entretanto, aqui entram alguns detalhes importantes da vida da empreendedora. De acordo com Shiley, até seus trinta e poucos anos de idade, ela não trabalhava ou estudava. Isso porque, na cultura de seu marido, ela tinha que ficar em casa. Porém, devido a crises financeiras, ela tomou as rédeas de sua vida e foi a luta, estudou e trabalhou. Com isso, Shirley conseguiu um emprego como faxineira. Após algum tempo, gestores da empresa perceberam sua dedicação e vontade de aprender. Depois disso, Shirley foi convidada para atuar em outra área, como assistente em laboratório químico. Hoje ela está feliz e realiza palestras de motivação na empresa. Entretanto, Shirley quer se dedicar somente ao seu próprio negócio. Ela demonstrou uma enorme gratidão ao projeto e ao Instituto SYN que, nas palavras dela: “está financiando seus sonhos de ser uma empreendedora”. Vale ressaltar que o projeto Decisão Empreendedora tem a duração de oito meses e está dentro do pilar Empreendedorismo. Os quatro pilares que norteiam o ISYN são: Empreendedorismo, Empregabilidade, Relacionamento & Cultura e Voluntariado.

  • O ambiente inteiro em prol do meio ambiente

    No mês do meio ambiente, a jornada de sustentabilidade de Junho vem a público compartilhar experiências do projeto “Protagonistas que Plantam Sustentabilidade”, coordenado pela Aventura de Construir em parceria com o Ministério da Cultura. Confira abaixo! PRÉ-PROJETO Esse projeto teve como base a experiência e aprendizados obtidos do projeto “Da Terra Nascem Protagonistas”, elaborado e desenvolvido com maestria em 2021. Ambos tiveram, em fase de pré-projeto, a mesma dinâmica e especificidades, as quais os tornaram igualmente bonitos e desafiadores: Relação com o Ministério da Cultura e com o Programa Nacional de Apoio à Cultura (PRONAC) Viabilização de um Documentário de 30 minutos para divulgação do projeto. Busca por empreendedores e empreendedoras vulneráveis que atendem ao nicho específico de trabalharem, de alguma forma, seja produzindo, comercializando ou educando, no setor de alimentos orgânicos. Os desafios aparecem para serem superados, e ficam como aprendizado a nível pessoal e da organização. Assim foi o resultado desses três pontos, executados de maneira consistente e preparando o terreno para a atividade fim da AdC, a mesma que mantém os coordenadores de projeto engajados, por vezes emocionados e sempre entendendo a missão pela qual todos nós trabalhamos! Foram longas e especiais cinco semanas de inscrições abertas, onde a área de comunicação coordenou a divulgação do formulário de inscrição. Em paralelo, uma busca incessante por cooperativas, associações, movimentos e grupos inseridos no contexto do projeto nos quais poderíamos nos conectar e alcançar os mais diversos beneficiários – uma vez que estava previsto em contrato que as cinco regiões do país fossem abarcadas. Aproveitamos para deixar aqui um agradecimento especial, então, à: Instituto Chão; Sítio Agroflorestal; Armazém do Campo; Quintessa; Mapa de Feiras Orgânicas e Centro de Estudos em Sustentabilidade da FGV (GVCes). Como é bonito e potente o poder da rede: Com 41 empreendedores e empreendedoras, em seus mais variados níveis de vulnerabilidade, condição social e escolaridade, das cinco regiões do país e inseridos no setor de orgânicos: estávamos munidos para começar, então, o “Protagonistas que plantam Sustentabilidade”. De início, foram feitas duas capacitações introdutórias, a fim de nos conhecermos, nos apresentarmos, gerar significado para o processo que o projeto se propõe a fazer ao longo de seus 12 meses e, principalmente, engajar os beneficiários para a realização do diagnóstico inicial. Esses diagnósticos representam uma etapa fundamental, a fim de mapear os principais gargalos e oportunidades de temas a serem abordados no projeto e para podermos mapear, de certa forma, a vulnerabilidade atual individual – a fim de nos possibilitar a metrificar se houve impacto, ou não, ao final do projeto. Primeira capacitação em grupo (20/04/2023) Primeira assessoria de Diagnóstico Nós, da Aventura de Construir, entendemos internamente que as Assessorias de Diagnóstico trazem vida e concretude a um projeto por muitos meses idealizado. No caso dos protagonistas que plantam sustentabilidade, o primeiro encontro representou tudo isso e muito mais: missão, emoção, propósito e alegria. Seu nome: Adriano Garbellini, ou, como prefere: Cumpad Driano. Foram duas horas de reflexões. A primeira delas? Fez questão de salientar, mais de uma vez, que por mais que ele esteja em um projeto cujo objetivo é melhorar seu negócio (e, por consequência, melhorar sua renda), isso nunca deve se sobrepor ao respeito e valorização dos saberes e da cultura tradicional da Serra da Mantiqueira. Ou seja, para ele, o sucesso de seu negócio só faz sentido caso haja um ganho real para a comunidade na qual se apaixonou, há muitos anos. Adriano é um senhor muito criativo e comunicativo e, juntos, refletimos sobre os personagens que ele continha dentro de si – tais personagens que o ajudarão tanto na concepção de negócio quanto como ele se mostrará para seu segmento de mercado. Esboço construído em Assessoria com Adriano Garbellini. Seu projeto, “Humanidades da Mantiqueira”, tem diversas vertentes, representadas por personagens. Para além desta assessoria, especial por ser a primeira, muitas outras foram igualmente potentes e significativas. Mapa de palavras citadas nos Diagnósticos, usadas para elaboração do cronograma. ENTREGAS Medir impacto é sempre uma tarefa complexa, uma vez que muito dos ganhos, contidos e obtidos no projeto, são subjetivos e intrínsecos. Muitas vezes, entendemos que o papel da Aventura de Construir, enquanto ONG, também é ser uma facilitadora para a discussão e cocriação entre os próprios beneficiários. Além disso, entende-se que um dos principais objetivos do nosso trabalho é poder oferecer um tempo concreto fora da operação do negócio, fora da correria do dia a dia, para, então, pensarmos em pontos estratégicos e fundamentais para o crescimento sustentável do negócio. Uma simples conversa de diagnóstico, às vezes, tem um poder inimaginável: Comentários acerca das assessorias de diagnóstico Porém, para além dos 20 encontros para capacitação, é um objetivo que proporcionemos o protagonismo em cada empreendedor e empreendedora, de modo que saiam com um documento concreto de sumarização do aprendizado. Este documento é o Plano de Negócios. Teremos assessorias coletivas e individuais, depois da etapa de capacitações, para construção do mesmo, podendo usar deste para aplicação em futuros Editais, financiamentos ou outros aspectos formais. “Não sabia até hoje, mas um plano de negócios é tudo o que eu preciso e sempre precisei”. Arthur Silva, um dos mais emblemáticos e participativos empreendedores, confeiteiro orgânico. CONCLUSÃO Nada mais oportuno para falar deste projeto, que tem a marca ESG contida nele, no mês de Junho. Este mês é conhecido por ser o mês em que se comemora e advoga pelo Meio Ambiente e a mitigação dos danos causados à ele. Não apenas contém o Dia Mundial do Meio Ambiente (5), como, também, o Dia Nacional da Educação Ambiental (3), Dia Nacional da Reciclagem (5), Dia da Ecologia (6) e Dia Mundial do Oceano (8). A produção orgânica tem uma relação direta e positiva com o meio ambiente. Ela é baseada em princípios que visam minimizar os impactos ambientais negativos, promover a sustentabilidade e preservar a biodiversidade. Junto com os empreendedores, pudemos entender algumas das principais maneiras pelas quais a produção orgânica está relacionada ao meio ambiente, justificando a porcentagem de 100% de respostas positivas para a pergunta relacionada à preocupação com o mesmo. Ausência de pesticidas sintéticos, manejo sustentável do solo, conservação da biodiversidade, proteção dos recursos hídricos, redução das emissões de gases de efeito estufa são alguns deles. E muito mais! Em geral, a agricultura orgânica busca criar um equilíbrio sustentável entre a produção de alimentos, a proteção ambiental e a saúde humana, levando em consideração o impacto global das práticas agrícolas no ecossistema. Será um prazer, enquanto ONG, coordenar este projeto tão relevante e potente sob a ótica nacional e global, atingindo resultados que escalem e motivem esses empreendimentos – confiando, também, no poder da rede para que tais conhecimentos sejam replicados. #projetosocial #Empreendedorismo #Microempreendedores #negóciosustentável

  • Relatório de Atividades e Impacto 2022

    Está no ar o Relatório de Atividades e Impacto 2022! Em um ano de retomada das atividades, como 2022, a Aventura de Construir intensificou o trabalhar COM. Juntos fortalecemos nossas ações entre microempreendedores, grandes empresas, governos e demais agentes sociais, percebendo que nossas iniciativas geram, mais do que tudo, transformação. Confira abaixo o belíssimo Relatório de Atividades e Impacto 2022 e descubra os resultados dessas mudanças. #desenvolvimento #Empreendedorismo #Microempreendedores #relatoriodeatividade

  • Rede de Relacionamento: Mapa de Stakeholders

    Você já ouviu falar em mapa de stakeholders? Qual é a sua funcionalidade e importância? Muito se fala sobre as ações com os stakeholders em uma instituição, mas identificar e saber o impacto de cada parte interessada nesse caminho faz toda a diferença. No Blog AdC de hoje vamos falar sobre como o mapeamento desses agentes pode auxiliar o seu negócio e como isso é trabalhado na Aventura de Construir. Para iniciarmos, você sabe identificar um stakeholders? Não é preciso fazer parte de uma empresa ou de outra organização para ser considerado um stakeholder. Eles podem ser indivíduos ou grupos que têm interesse direto ou indireto nas atividades e no desempenho da organização. Isso inclui clientes, funcionários, acionistas, fornecedores, comunidade local e até mesmo o governo. No caso do terceiro setor, podem ser beneficiários, voluntários, financiadores, doadores, etc. Porém existem diferentes graus de importância dentro desses grupos, podendo variar de acordo com o impacto que eles exercem sobre a instituição. É nesse momento que o mapa de stakeholders entra como uma ferramenta primordial na identificação de cada relacionamento. O mapa de stakeholders ajuda a criar uma representação visual das partes interessadas, identificando seus níveis de interesse, influência, necessidades, expectativas e relacionamentos entre si. Essas informações são geralmente representadas em uma escala, permitindo que os stakeholders sejam posicionados em diferentes categorias ou segmentos. Como representado na imagem abaixo: A importância do mapa de stakeholders podem ser muitas: Identificação abrangente de stakeholders: O mapa de stakeholders permite que uma organização identifique e compreenda de maneira sistemática todos os envolvidos relevantes em um projeto ou iniciativa. Isso evita que alguns stakeholders importantes sejam esquecidos ou negligenciados. Análise de interesses e expectativas: O mapa ajuda a analisar as necessidades, expectativas, demandas e interesses de cada stakeholder. Isso permite que a organização adote uma abordagem mais estratégica para gerenciar suas relações com os stakeholders e trabalhar para atender suas expectativas. Gerenciamento de relacionamentos: Ao mapear as interações e relacionamentos entre os stakeholders, a organização pode identificar pontos de convergência ou conflito de interesses. Isso permite o desenvolvimento de estratégias para fortalecer relacionamentos positivos e mitigar riscos associados a stakeholders com maior influência ou poder. Engajamento e comunicação eficazes: Compreender a importância relativa dos diferentes stakeholders auxilia na alocação adequada de recursos e esforços de engajamento. O mapa de stakeholders ajuda a determinar quem precisa ser informado, consultado, envolvido ou colaborar ativamente em um projeto ou iniciativa. Tomada de decisão informada: Ao considerar as necessidades e expectativas dos stakeholders, o mapa ajuda na tomada de decisões mais informadas e alinhadas com os interesses das partes interessadas relevantes. Isso pode levar a melhores resultados e redução de riscos relacionados à reputação ou sustentabilidade. Monitoramento e avaliação do impacto: O mapa de stakeholders facilita o monitoramento e avaliação do impacto das ações da organização. Permite que a organização acompanhe as percepções e expectativas dos stakeholders ao longo do tempo, avalie o sucesso de suas iniciativas e faça ajustes necessários para melhorar sua eficácia. Na Aventura de Construir esse mapa é representado em sete categorias, a partir da conexão de cada parceiro com a instituição. Você pode conferir o mapeamento no nosso Relatório de Atividades e Impacto 2022. Periodicamente são realizadas atividades entre as diferentes áreas da organização para identificar novos possíveis stakeholders. Além disso, é realizado pela área de gestão um trabalho para manter os contatos atualizados e uma boa relação com os interessados. Manter um relacionamento ativo com os stakeholders é fundamental para o estabelecimento de uma rede de apoio. Cada grupo de stakeholders possui interesses específicos e necessidades que devem ser atendidas. Ao manter canais de comunicação abertos e cultivar relacionamentos com eles, a instituição pode entender melhor essas demandas e se adaptar para atendê-las de forma mais eficaz garantindo a sua sustentabilidade e crescimento. #Empreendedorismo #Educação #desenvolvimento #relacionamento #mapadestakeholders #Microempreendedores

  • Sustentabilidade além do ambiental

    Para finalizar o mês do Meio Ambiente, o texto dessa semana, produzido a partir da colaboração entre a Agência Experimental Benjamin, da FECAP, e a Aventura de Construir, fala sobre os desafios para ser uma empresa sustentável. Escrito por Pedro Gucciardi, aluno de Relações Públicas da FECAP, o texto comenta sobre a importância dos três pilares da sustentabilidade e como eles são trabalhados. Confira abaixo! Por Pedro Gucciardi Olá, leitores! Junho foi um mês especial e temático aqui na Aventura de Construir. Falamos bastante sobre sustentabilidade, mas você sabe quais são os desafios para ser uma empresa sustentável? A sustentabilidade é um conceito cada vez mais relevante em nossa sociedade, à medida que reconhecemos a importância de preservar o meio ambiente e garantir um futuro saudável para as próximas gerações. Nesse sentido, os três pilares da sustentabilidade desempenham um papel fundamental. Esses pilares são o desenvolvimento econômico, a responsabilidade social e a proteção ambiental. – Desenvolvimento Econômico Sustentável: O primeiro pilar da sustentabilidade é o desenvolvimento econômico sustentável. Isso envolve a busca por um crescimento econômico que seja capaz de satisfazer as necessidades presentes, sem comprometer a capacidade das futuras gerações de suprirem suas próprias necessidades. É necessário procurar e adotar práticas comerciais responsáveis, que considerem não apenas o lucro imediato, mas também sua efetividade a longo prazo. Empresas que investem em tecnologias limpas, promovem a eficiência energética e adotam uma cadeia de suprimentos sustentável estão contribuindo para o desenvolvimento econômico sustentável. – Responsabilidade Social: O segundo pilar da sustentabilidade é a responsabilidade social. Ele se refere à necessidade de promover a equidade social e garantir que todos tenham acesso a condições de vida dignas. Isso implica em respeitar os direitos humanos, combater a pobreza, promover a igualdade de gênero e criar oportunidades para todos. Empresas socialmente responsáveis ​​investem em programas de responsabilidade social corporativa, como iniciativas de educação, treinamento profissional e projetos comunitários. Os consumidores também desempenham um papel importante, pois são eles que escolhem consumir de empresas socialmente responsáveis ​​e exigir transparência de quem compram. – Proteção Ambiental: O terceiro pilar da sustentabilidade é a proteção ambiental. Nossa sobrevivência e qualidade de vida dependem da preservação dos recursos naturais e da biodiversidade do nosso planeta. Para isso, é essencial adotar práticas sustentáveis ​​que minimizem o impacto no meio ambiente. Isso inclui a adoção de energias renováveis, a conservação da água, a gestão adequada de resíduos, a preservação de habitats naturais e a redução das emissões de gases de efeito estufa. Ao promover a proteção ambiental, estamos garantindo a saúde do planeta e criando um futuro mais sustentável para as próximas gerações. Os três pilares da sustentabilidade – desenvolvimento econômico sustentável, responsabilidade social e proteção ambiental – são interdependentes e essenciais para criar um futuro mais verde e sustentável. Ao adotar uma abordagem holística, que considera os aspectos econômicos, sociais e ambientais, podemos encontrar soluções que promovam o equilíbrio entre o crescimento econômico e a preservação do meio ambiente. Ser sustentável não é uma tarefa fácil, exige dedicação e esforços tanto no lado profissional como no pessoal. Comece pequeno, revise os seus hábitos e processos diários para descobrir onde é possível mudar. O melhor de tudo é que você não está sozinho, existem dezenas de livros espalhados pela internet e conteúdos especiais no site da Aventura de Construir para te ajudar a melhorar um dia após o outro. Supervisionado pela Profª Paula Franceschelli. #projetosocial #Empreendedorismo #negóciosustentável #Microempreendedores #sustentabilidade

  • Fortalecendo um método de trabalho para ampliar a força protagonista

    A Jornada de Sustentabilidade de fevereiro traz a experiência que a AdC desenvolveu durante esse mês com o novo projeto Lamberti Acelera, realizado em parceria com a empresa Lamberti. O projeto aposta na prática de aceleração dos empreendimentos após a participação dos empreendedores nos dois projetos iniciais voltados para capacitação dos participantes. Confira, o texto completo, abaixo Introdução/ apresentação Para compreender o impacto que o projeto Lamberti Acelera teve no aprendizado institucional da AdC, é preciso ter em mente seus antecedentes. O presente projeto é a finalização de outros dois momentos que desenvolvemos juntos à Lamberti, nos intitulados Lamberti Transforma I e II, que ocorreram em 2021 e 2022, onde acompanhamos uma média de 50 microempreendedores da região de Nova Odessa/ SP e algumas outras localidades. A partir da relação de confiança, reconhecimento e companheirismo desenvolvida entre AdC e Lamberti, as duas instituições decidiram trabalhar juntas por mais um ano, contudo com alguma coisa a mais. Para seguir em frente nessa jornada de 2023, a Lamberti fez um pedido para a AdC, que o novo projeto contasse com elementos ainda mais potentes daqueles que foram realizados nos anos anteriores, a fim de consolidar e finalizar toda a trajetória percorrida pelos microempreendedores. Foi dessa forma, portanto, que nasceu o Lamberti Acelera: concluindo a transformação. Nesse projeto de finalização, um grupo de 13 negócios foram selecionados para participarem de uma trilha de aceleração, que visa garantir neste período de tempo as condições de um crescimento acelerado, que poderá ser sentido por meio do um aumento de vendas, contratação de pessoas, melhoria no planejamento, na organização e a tão sonhada capacidade de exportação. Conversa coletiva realizada no dia 02 de fevereiro para apresentar o projeto Lamberti Acelera para os empreendedores selecionados. Ao final da trilha de aceleração, o projeto prevê um momento para a turma concorrer a um Edital que premiará as três melhores propostas com um Capital Semente. Este é uma ferramenta para criar as condições materiais para um crescimento e dessa forma poderem competir e gerar retornos cada vez mais sustentáveis ao negócio. Desse modo, o capital semente nada mais é que um valor que permite que o negócio se desenvolva e consiga se estruturar. Com uma nova proposta de trabalho sendo encabeçada, isso criou para a equipe da AdC uma nova demanda e uma nova questão: Como poderíamos aperfeiçoar nosso método de atuação para atender a turma com qualidade e cumprir com a nova lógica de trabalho? Desafios a vista: comentários sobre método, aprendizado e exemplos Conversas com apoiadores Para se estruturar uma Trilha de Aceleração adequada, que trouxesse elementos de aprofundamento teórico e prático para os microempreendedores, a equipe da AdC teve de desenvolver e experimentar uma série de atividades para conseguir alcançar seus objetivos. Um primeiro momento, foi uma conversa realizada com Miriam Vale, professora de empreendedorismo e coordenadora do Programa de Qualificação para Exportação (PEIEX), da Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), onde se voluntariou para nos ajudar a identificar quais os elementos que deveriam constar na formação do projeto. Nessa oportunidade, Miriam compartilhou que “seria interessante para o projeto trazer mais parceiros, mapeando instituições que poderiam dar suporte, como Redes e associações setoriais, ou ainda outros que ajudassem à facilitar crédito, fornecer apoio contábil, de comunicação e classificação fiscal”. Conversas com a turma Ao mesmo tempo, a equipe da AdC realizou junto aos empreendedores uma série de ligações para convidar a participar e apresentar pela primeira vez o projeto. Após esse momento, uma conversa coletiva online foi realizada no dia 02 de fevereiro para colocar todo mundo no mesmo patamar e apresentar de modo conciso e profundo a estrutura das atividades que serão desenvolvidas ao longo do ano. Nesse aspecto, o encontro coletivo foi fundamental para amarrar a inscrição e o interesse daqueles que foram convidados a ingressar no projeto. Conversa realizada com a professora Miriam Vale onde ela teve a oportunidade de expor suas ideias sobre o projeto Lamberti Acelera. É isso que mostra o depoimento de Marcela Masnello, que comentou: “estou muito feliz e grata pela oportunidade! Muito obrigada por terem se lembrado de mim!”. Ou ainda de Silvana Molina que disse: “agradeço ao projeto [Lamberti Transforma] pelo meu aprendizado que foi bem significativo, e espero continuar com esse trabalho [no Lamberti Acelera]”. Ambas as falas foram recebidas com um coro de concordância e algumas brincadeiras sobre o resultado do Edital de Capital Semente. Na semana seguinte, a equipe da AdC se dedicou a realizar uma conversa particular com cada uma das pessoas inscritas. A primeira conversa tinha como objetivo relatar individualmente a relação entre eles e a AdC, visto que desde o final do Lamberti Transforma 2 já haviam transcorrido dois meses. Novamente, esse momento foi de suma importância para valorizar o empenho de serem protagonistas bem como para indicar o que a AdC e a Lamberti esperam de cada um. Aprimorando indicadores e metodologias Concomitante a essas atividades, uma terceira, e não mesmo importante, teve de ser pensada, estruturada e implementada. Trata-se da identificação de novos indicadores de crescimento para monitorar e avaliar o impacto do projeto na vida daqueles que estão sendo acompanhados, e por consequência a realização da pesquisa de Linha de base, primeira etapa da avaliação de impacto. Foram semanas de intenso debate e estudo para aprimorar a Metodologia de Avaliação de Impacto que a AdC tanto se esforça para cumprir e que se via na condição de dar um passo à frente rumo ao pleno desenvolvimento do Lamberti Acelera. Nesse aspecto, criar novos indicadores foi um aprendizado institucional muito rico que garantiu à AdC uma nova perspectiva de acompanhar o crescimento de negócios e desenhar novas ferramentas de análise. Além disso, dentro da lógica do Lamberti Acelera, a AdC poderá entrar numa etapa mais elevada do acompanhamento que realizamos. Assessoria para aplicar a pesquisa de Linha de base realizada com Fabiana Olena, empreendedora que faz cosméticos naturais. Na oportunidade, Fabiana aproveitou para apresentar o laboratório onde faz doutorado. Por fim, um último aprendizado que a AdC teve nesse começo de 2023 que o Lamberti Acelera impôs foi sobre a metodologia de ensino. Ao refletir sobre o cronograma da Trilha de Aceleração, percebemos que não faria mais sentido, para os empreendedores, participarem de dinâmicas muito parecidas com aquelas que foram realizadas nas duas edições do Lamberti Transforma. Desse modo se tornava ainda mais nítido que a equipe da AdC poderia revisitar o método de trabalho, onde reconhecemos que é preciso gerar protagonismos acreditando na centralidade da pessoa. Assim, durante a Trilha, além de se aprofundar e trazer mais densidade para o conteúdo, aprendemos que a forma na qual deve ser apresentado e trabalhado pode ser melhor desenvolvida através de outras dinâmicas, colocando no centro da discussão os empreendedores, que deverão se responsabilizar sobre os exemplos e debates nos momentos coletivos, bem como na análise e estudos de caso, assumindo a equipe da AdC um papel mais voltado para mediação. Isso tem como principal objetivo torná-los ainda mais independentes e protagonistas, potencializando suas capacidades analíticas e responsivas. Conclusão Como vimos, o início de 2023 trouxe uma série de problemas e possibilidades que propiciaram à AdC e à sua equipe refletir sobre o seu método de trabalho, de atuação e procurar soluções. Isso fez com que nossa intervenção no início de projeto fosse cada vez mais criativa, potente e assertiva. Certamente, isso tornará o Lamberti Acelera uma ótima experiência de aprendizado para as duas partes envolvidas, as equipes da AdC e da Lamberti e os empreendedores. Ao caminhar de encontro com seu método e o seu fortalecimento, garantimos que teremos verdadeiras conquistas dentro da lógica de aceleração, promovendo, mais uma vez, um acompanhamento recheado de incentivo àqueles que são acompanhados a se tornarem protagonistas de suas vidas. #projetosocial #Empreendedorismo #Educação #desenvolvimento #Microempreendedores

  • Negócios de Impacto: o trabalho da Aventura de Construir

    Há duas semanas, publicamos no blog AdC uma conversa realizada com a professora da USP Graziella Comini, pesquisadora no tema de negócios de impacto. A partir de um encontro interno realizado com a equipe da Aventura de Construir, Graziella contou sobre a trajetória de sua pesquisa, explicou sobre o ecossistema de negócios de impacto e trouxe insights sobre a discussão entre abrangência e profundidade na área. Hoje trazemos a continuação deste encontro, incluindo os pontos que a própria equipe AdC trouxe para a conversa. Confira abaixo! Após Graziella Comini apresentar sua pesquisa, abriu-se o diálogo com a equipe da Aventura de Construir, para uma troca sobre as experiências vividas pela AdC. A partir de uma dúvida trazida pelo consultor da AdC Paulo Felletti, sobre organizações que foram citadas na pesquisa de Graziella, citou-se o case do Banco Palmas, banco comunitário brasileiro, fundado em 1998 na periferia de Fortaleza. Graziella explica as características de uma instituição desse tipo: “o Banco Palmas não só gera um impacto no mercado local, mas cria uma indústria. Quantos outros bancos populares criam sua moeda social a partir desta experiência. E é algo que tem uma influência enorme e cria algo bastante disruptivo”. “Por isso é um caso emblemático de como que, dentro de uma lógica de mercado, dentro da seara de mercado financeiro, é possível se posicionar de uma maneira bem diferenciada. Claro que neste caso, o próprio empreendedor é “empreendedor social puro sangue”, portanto ele não está querendo ser aceito pelo mercado financeiro. Ele quer simplesmente desenvolver aquela localidade.” Na continuação do diálogo, Paulo cita o caso do projeto Reciclando Oportunidades, realizado em 2022: “consigo relacionar o que você falou e trazer para realidade do nosso projeto. É muito interessante a categorização que realiza na pesquisa entre os empreendimentos mais mercadológicos e os mais sociais. A gente teve uma experiência com uma franquia na conjuntura de uma empreendedora que precisava de uma construção mais voltada para o social e a nível local, mas na prática acabou indo para o mercadológico. O que não era mais a categoria mais adequada para ela. Então a pesquisa fez total sentido e nos ajuda a analisar melhor o que acontece no dia a dia do nosso trabalho”. Negócios de Periferia Na sequência, Silvia Caironi, coordenadora-geral da AdC, questionou sobre a conexão entre o estudo com empreendimentos de impacto e a realidade da periferia, já que a Aventura de Construir trabalha justamente com esse público. Na pesquisa de Graziella, foram identificados empreendimentos que não foram criados por pessoas da periferia, mas que atendiam problemáticas na periferia. “A gente não tinha um olhar tão apurado sobre essa dinâmica e nem se comentava tanto nas periferias sobre o tema. Assim, toda iniciativa do Edgard Barki e do DJ Bola com a Articuladora ANIP foi algo realmente revolucionário. Identificaram que tem muito potencial na periferia e, mais do que fornecer mão de obra para empresas, devemos pensar em como fomentar empreendimentos nestes locais”. “A nossa pesquisa não foi reproduzida de fato na periferia, mas existem alunos que estudam e querem estudar empreendimentos periféricos. Para eles, sempre indico os estudos do Barki, pois acho que tem muita consistência, já que ele foi fazendo trabalhos na prática e então refletindo e criando alternativas.” Invertendo a lógica A equipe AdC trouxe então pontos citados no evento de lançamento do manual “Da Experiência, Um Método”. Entre eles, a tendência de se partir da experiência e da celebração de negócios tradicionais para depois levar esses aprendizados para negócios de periferia. Seria necessário inverter essa lógica e partir das especificidades e necessidades deste empreendimentos. Graziella concorda que há uma inversão de saberes: “acho que é necessário a gente aprender muito mais na dinâmica desses empreendedores. Aprendemos muito mais quando olhamos para trás e vemos o que foi possível e relevante desde a fase de construção. “Trabalhar no fortalecimento da capacidade e da potência de cada empreendedor é um aspecto fundamental. E é nisso que a Aventura de Construir trabalha quando lida com a questão da autoestima, de fazer o empreendedor acreditar. Ele sempre foi inserido num contexto no qual não se acreditava no seu potencial, e quando você entra numa aceleração de negócios tradicionais isso nem é trabalhado”, continua Graziella. A professora inclui também o elemento da cooperação na conversa: “eu acredito muito na colaboração como um princípio norteador da ação social, e ela deve estar posta nas suas várias possibilidades. Quando eu penso no empreendimento e eu crio um processo de aceleração onde eu vejo que eu tenho competências que podem ser complementares, porque não estimular isso?!”. O Trabalho em Rede Raquel Santos, coordenadora da área de Desenvolvimento de Projetos, retoma a questão do trabalho conjunto: “na AdC, temos como método partir da realidade, ou seja, partir da bagagem do outro. Então, em qualquer formação que vamos fazer o nosso objetivo é construir de uma forma coletiva, porque é muito mais interessante partir daquilo que a pessoa já sabe. Você fala muito da questão do cooperativismo e para a gente é um ponto muito forte que a gente vem tentando também incluir em todos os projetos, apesar de encontrarmos dificuldade em manter”. “No projeto Vi a Mão Empoderada de Mulheres Empreendedoras, realizado em Viamão/RS, existiu a criação de uma rede de mulheres empreendedoras com todo o fomento e o apoio da Lilian, como coordenadora do projeto. Mas quando acaba esse projeto existe uma dificuldade de manter essa rede e a cooperação, seja em função da rotina muito acelerada das participantes, por verem que não faz tanto sentido ou até uma falta de abertura para o outro”, afirma Raquel. Para Graziella é de fato um desafio. “Não é fácil fazer as pessoas perceberem o valor de estar atuando numa rede, pois quando elas percebem elas continuam, mesmo que sem um mediador. No início ainda se necessita desse orquestrador, mas precisamos que eles entendam que, apesar de viver ou de sobreviver sozinhos, com a rede possivelmente consigam fazer muito mais com menos esforços”. “Existem casos em que as pessoas se sentem meio “claustrofóbicas” e não querem ficar amarradas naquela situação, tendo a rede apenas como uma potencializadora. Mas é possível caminhar em paralelo com os cliente próprios e com a rede, se vai testando e identifica-se o formato em que se tenha mais compatibilidade”, afirma a professora. A partir da discussão, já surgem ideias. Silvia Caironi comenta: “de fato, nós nunca colocamos o tema da rede como alternativa a iniciativa individual mas, por exemplo, uma coisa que poderíamos fazer é dar ferramentas para que elas empreendedoras possam fazer um trabalho de comparação”. “Em outros projetos”, continua Silvia, “é evidente que esta forma de colaborar, de se relacionar, funciona muito mais. Por exemplo, o projeto com migrantes ProtagonizAqui, que o Bruno e o Paulo estão no desenvolvimento. Alguns participantes chegaram a apresentar planos de negócio conjuntos, para se candidatar ao capital semente. Nós tínhamos orientado-os para evitar que tivessem muitos negócios, o que geraria concorrência, então é super interessante ver  esse trabalho em conjunto”. “Outro exemplo é o projeto no Jardim Lapena, realizado em parceria com a Tide Setúbal. Os participantes são pessoas intelectualmente e humanamente muito vivas, preparadas e  com negócios que são complementares entre si. Isso nos possibilita até a desenvolver um mapa de relacionamento entre eles, para entendermos que tipo de sinergia podem se fortalecer. Podemos então desenvolver eles dentro de um contexto que pode promover um impacto significativo na comunidade”, completa Silvia. Graziella conclui: “às vezes as pessoas não querem trabalhar em conjunto, e devemos respeitar isso. Mas o espaço da Aventura de Construir é criar este mapa onde cada um saiba onde cada um está, fazendo o que em seus negócios. Identificar os principais diferenciais, as competências organizacionais. Assim já se consegue visualizar as possibilidades de criar grupos. Acho isso incrível em termos de impacto na localidade, no sentido de gerar pertencimento no território. Se cria todo um fomento naquele território. Esse é um dos grandes diferenciais da Aventura de Construir: esse olhar para o território de forma muito mais profunda que outras organizações”. Para conhecer mais sobre o assunto do ecossistema de impacto e o trabalho da Aventura de Construir com negócios de impacto de periferia, confira o e-book “Da experiência, um método: Manual Jornada Integral com Negócios de Impacto Social de Periferias“, realizado em parceria com a Fundação Tide Setúbal e o ICE (Instituto de Cidadania Empresarial). O projeto é a sistematização das experiências acumuladas, aos longos dos 11 anos de atuação com ações de impacto social, para que possam ser compartilhadas e multiplicadas.

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