top of page

O que é o ODS 13? Os Desafios para Combater as Mudanças Climáticas



O que são os ODS? 

No #BlogAdC de hoje, continuamos a explorar as metas definidas pela ONU e falaremos sobre um objetivo crucial para a sustentabilidade do planeta: ODS 13 - Ação Contra a Mudança Global do Clima. Acompanhe nosso blog e redes sociais para conhecer mais sobre cada ODS!


Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas lançou os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), conhecidos como Agenda 2030, com o propósito de construir um futuro mais equilibrado e sustentável, abordando desafios como a mudança climática, a preservação da biodiversidade, a proteção dos ecossistemas e a promoção do uso sustentável dos recursos naturais.


Esses objetivos representam um compromisso global para melhorar as condições de vida no planeta, orientando ações de governos, organizações e indivíduos. Com 169 metas específicas distribuídas entre os 17 objetivos, os ODS abrangem uma gama de questões ambientais, sociais e econômicas, cada uma interligada e fundamental para o próximo.


ODS 13 - O que é?


"Tomar medidas urgentes para combater a mudança climática e seus impactos" - essa é a essência do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável dedicado à Ação Climática.


A ONU reconhece que a mudança climática é um dos maiores desafios globais do nosso tempo e que suas consequências ameaçam o bem-estar humano e a saúde do planeta.



De acordo com Guterres, a humanidade “tem uma escolha”: “cooperar ou perecer”. Solicitou um pacto entre todos os países do G20 para acelerar a transição dos combustíveis fósseis, além de um financiamento para assegurar aos países pobres possam reduzir as emissões de gases e lidar com os impactos climáticos já presentes. As declarações foram dadas na COP27 em Sharm El-Sheikh, no Egito.


Apesar dos esforços para alcançar as metas estabelecidas para a Ação Climática até 2030, os desafios persistem. Entre 2015 e 2021, houve avanços em algumas áreas, como o aumento da conscientização sobre a importância da ação climática e a implementação de políticas de energia renovável. No entanto, as emissões de gases de efeito estufa continuam a subir, destacando a urgência de ações mais robustas e coordenadas.


Objetivos


As metas para o ODS 13 visam mitigar os impactos das mudanças climáticas e promover a resiliência. Alguns dos objetivos incluem:


13.1 Fortalecer a resiliência e a capacidade de adaptação a riscos relacionados ao clima e desastres naturais em todos os países.


13.2 Integrar medidas da mudança do clima nas políticas, estratégias e planejamentos nacionais.


13.3 Melhorar a educação, a conscientização e a capacidade humana e institucional sobre mitigação, adaptação, redução dos impactos e alerta precoce da mudança do clima.


13.A Implementar o compromisso assumido pelos países desenvolvidos de mobilizar conjuntamente US$ 100 bilhões anualmente até 2020, de todas as fontes, para atender às necessidades dos países em desenvolvimento no contexto de ações significativas de mitigação e transparência na implementação e operacionalizar o Fundo Verde para o Clima.


13.B Promover mecanismos para aumentar a capacidade de planejamento e gestão eficazes relacionados à mudança do clima nos países menos desenvolvidos e nos pequenos Estados insulares em desenvolvimento, incluindo o foco nas mulheres, jovens e comunidades locais e marginalizadas.


Quais seriam os grupos mais afetados?


As comunidades mais vulneráveis, incluindo populações indígenas, mulheres, crianças e aqueles que vivem em pequenas ilhas e regiões costeiras, enfrentam os impactos mais severos das mudanças climáticas. Essas populações dependem diretamente dos recursos naturais para sua subsistência e são mais suscetíveis a desastres naturais.


Ações Necessárias


É fundamental que os governos e as partes interessadas intensifiquem os esforços para mitigar as mudanças climáticas e aumentar a resiliência das comunidades vulneráveis. Isso requer medidas abrangentes, incluindo a implementação de políticas de energia renovável, o fortalecimento da infraestrutura verde e o envolvimento das comunidades locais na gestão sustentável dos recursos naturais.


Marcus Nakagawa, professor da ESPM e pesquisador científico em sustentabilidade, nos explicou que as empresas estão cada vez mais integrando a sustentabilidade como um núcleo essencial de seus negócios e estratégias. Ele ressaltou que, para isso, será necessário contar com executivos e líderes de alto escalão que possam formar equipes focadas em engajar e gerenciar diversos indicadores ambientais, sociais e de governança, sem perder de vista a sustentabilidade financeira.


Nakagawa destacou que as empresas precisarão criar departamentos e áreas dedicadas à sustentabilidade, que atuarão como suporte e supervisão. No entanto, o sucesso real virá quando esses temas forem abordados de maneira transversal, independentemente da existência de um departamento específico. Isso significa que áreas como RH, engenharia e produção precisarão incorporar indicadores sociais e ambientais em suas operações diárias. Ele afirmou que, para alcançar essa integração, será fundamental contar com profissionais internos ou consultores especializados em gestão e sustentabilidade.


''No mundo governamental cada vez mais isso vai ser pedido, agora com todos esses problemas que a gente teve, aparente que já vem anos e anos acontecendo, só que agora realmente foi muito trágico, que estamos falando do Rio Grande do Sul e todas as problemáticas que tiveram em função disso, dentro das cidades agora também será necessário ter pessoas especializadas em mudanças climáticas, numa gestão em que efetivamente retirem os riscos, tirem os riscos e mais no que isso seja pró-ativo dentro desse processo ligado ao desenvolvimento sustentável, que não é só de mudanças climáticas, mas também em profissões sociais, no investimento social privado, desenvolvimento comunitário, de empreendedorismo de impacto e todos esses processos.''


Marcus Nakagawa nos explicou que o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 13, é atualmente o tema mais urgente e predominante. Ele destacou a importância das conferências anuais da COP (Conferência das Partes), onde são discutidas questões como mudanças climáticas, aquecimento global e gestão de carbono. Nakagawa enfatizou que governos, empresas e ONGs devem incluir a ação climática em suas agendas de prioridades, seja por convicção na necessidade de mudança ou pela pressão das evidências científicas.

Ele ressaltou que muitos já compreenderam que a mudança climática é uma realidade comprovada por inúmeros estudos científicos, e não uma invenção dos negacionistas. Cientistas têm alertado há anos sobre o aquecimento global e suas consequências, e muitas previsões feitas em documentos anteriores já estão se concretizando. Portanto, é imperativo que todas as partes interessadas reconheçam a seriedade da situação e tomem medidas concretas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas.


''A gente precisa entender que esses tipos de investimentos, seja em minimizar carbono, começar a compensar carbono, seja nas grandes cidades começarem a preparar todo um processo de cuidado para as mudanças climáticas, seja de excesso de chuva, seja por calor extremo, seja por frio extremo, como em alguns lugares do planeta, a gente sabe o quanto isso vai acontecer. E, principalmente, nos lugares onde, historicamente, já aconteciam, por exemplo, as enchentes, uma vez que os rios cortam as cidades, isso vai acontecer. Então, as cidades, os países, precisam se preparar para essas situações emergenciais, principalmente a gente, o Brasil, que nunca foi preparado para tal. Se você pega países como lá no Oriente, Japão, ou países como os Estados Unidos, que já tem uma época de furacões, que tem terremotos, as cidades já são construídas com base nessas catástrofes naturais. E já tem sistemas de alerta, já tem sistemas de apoio, de ajuda, mas só quando a catástrofe se manifesta.''


 
 
bottom of page