top of page

Não dá pra ser criativo em uma sala branca

O que fazer quando a criatividade acaba? Pedro Gucciardi, aluno de Relações Públicas, da FECAP, nos conta como clarear as ideias no Blog AdC desta semana. Em mais uma produção realizada a partir da colaboração entre AdC e a Agência Experimental Benjamin.

Confira abaixo!

Por Pedro Gucciardi

Olá, caros leitores!

Diferentemente dos últimos meses, em que eu trouxe aqui alguns textos um pouco mais reflexivos sobre planejamento e como nossos vieses influenciam a nossa comunicação, para esse mês vou trazer um tema um pouco mais prático.

Em uma sociedade cada vez mais acelerada, que os conteúdos são mais rápidos e atenção é um recurso mais escasso, nós como comunicadores precisamos nos reformular constantemente para sempre estarmos um passo à frente das tendências, o que gera um diferencial competitivo nos algoritmos das mídias digitais.

Aproveitando o embalo de Abril, que geralmente traz consigo a revisão dos resultados do primeiro trimestre e a elaboração de novos projetos, é nessa hora que a nossa criatividade e capacidade de planejamento são colocados à prova. Como mencionei no primeiro texto de janeiro, um brainstorm é uma das etapas mais necessárias em qualquer planejamento. É nele em que surgem as melhores ou piores ideias e que todos tem liberdade para sugerir o que bem entenderem.

Antes de entrar no mérito de como um brainstorm pode ser bem executado, vamos destrinchar o que ele é. Proposto em 1953 pelo estadounidense Alex Faickney Osborn, é uma técnica de ideação que tem como objetivo gerar um grande volume de novas ideias livres de crítica ou julgamento, e em português também é conhecido como tempestade de ideias.

O brainstorm pode ser feito sozinho ou em equipe, mas é sempre melhor com mais pessoas presentes, é a ilustração do ditado “duas cabeças pensam melhor do que uma”. Para melhorar seus resultados gerais com um brainstorm, o Guia PMBOK, que é uma reunião de técnicas de gestão de projetos, traz uma metodologia completa, das quais eu vou me dar a liberdade de separar algumas dicas.

Marque com antecedência e prepare sua equipe – Uma das maiores necessidades de um brainstorm é a preparação prévia. Agende as sessões com a sua equipe com pelo menos duas semanas antes e, quando marcar, peça que todos tragam materiais de referência sobre o tema, pois assim a discussão mantém o foco e as ideias que surgem são mais fáceis de serem trabalhadas e analisadas posteriormente.

Saia do escritório – Ninguém da sua equipe vai conseguir dar ideias novas se todo mundo estiver no mesmo ambiente que eles estão todos os dias. Reúna seu time e aproveite para ter um dia diferenciado, faça um piquenique em um parque, passe um dia em um lugar lúdico, essas saídas da rotina ajudam a arejar a cabeça e trazer ideias mais frescas.

Guarde a crítica para outro momento – como vimos, durante uma sessão de brainstorm o objetivo principal é ter a maior quantidade de ideias possível. Portanto, para que todos possam se sentir livres o suficiente para se expressar, ninguém deve opinar se algo que foi dito é bom ou não, existem outros momentos para essas análises.

Combine o inusitado – a mistura de ideias que surgem em um brainstorm é bem variada. Tente encontrar ideias que podem ser combinadas tanto entre si quanto com o que já existe na sua empresa.

Lidere o processo – todo brainstorm precisa de alguém que lidere o processo e consiga coordenar a orquestra. Controle o tempo das conversas, providencie os materiais para que tudo seja devidamente anotado e medie os conflitos que aparecerem.

Coloque em prática e avalie os resultados – depois do seu brainstorm, faça uma nova reunião para, agora sim, ver a viabilidade e qualidade das ideias que foram dadas e como cada uma pode ser trabalhada. No acompanhamento de cada projeto, faça o levantamento de impacto esperado de cada ação e etapa e lembre-se sempre de comunicar à sua equipe.

Não existe uma fórmula mágica e cada grupo de pessoas flui de formas diferente, mas quanto mais brainstorm vocês realizarem, melhores serão.

Até o próximo mês!

Supervisionado pela Profª Paula Franceschelli.

bottom of page