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Empreendedorismo e Estudo Conciliado




Por Gabriel H. Guimarães, da Liga De Empreendedorismo - Ibmec SP


O que é o empreendedorismo

Dentre as áreas facultativas encontradas atualmente, não limitando-se de sua similaridade ou distância de atuação, um termo em particular se destaca cada vez mais na realidade estudantil moderna: empreendedorismo.


Portanto, em priori de qualquer ligação ao mundo na qual milhares de jovens encaram diariamente, fica necessário a explicação comum do que significa e classifica-se como empreender. Empreender significa quebrar paradigmas de forma clara e direta, isto é, arriscar-se a falha comumente encontradas em estágios iniciais de todo e qualquer negócio.


No Brasil estabelece-se ainda uma ideia de que empreendedor seria aquele com espírito arrojado e arriscado, todas atribuições passadas juntam ao encontro da criatividade como terra natal de toda e qualquer ideia/projeto.


Características de um empreendedor

Entre tantos talentos dispostos no mercado, um empreendedor possui a compreensão de que apenas talento não é o bastante, portanto ele adapta-se a sua circunstância e prevê o que precisa ter como habilidade antes mesmo de o requisitado, logo encontram-se as “soft skills” como um diferencial de peso nestas pessoas.


Nas competências primordiais estão a curiosidade: inapta a um indivíduo que queira desbravar um caminho antes não encolhido; a flexibilidade e adaptabilidade: reconhecer quando métodos antigos não entregam e geram os melhores resultados e mudá-los antes mesmo que gerem resultados negativos; poder de decisão: sobrepõe aqueles na qual não sabem agir sob pressão em tomadas de decisões cruciais para o desenvolvimento do Leaders-board; julgamento de risco: um bom empreendedor arrisca-se a medida que toma consciência de um potencial sucesso, portanto ele deverá medir os riscos aceitos.


No cenário acadêmico

Outrora em âmbito estudantil, seja em grau superior ou não, estudantes encontram a árdua tarefa de conciliar um meio entre empreender e atuar em cada área respectiva de seu interesse, contudo o ato de empreender segundo características intrínsecas ao mesmo não exige distinção de meio, logo empreender torna-se um conjunto de características e posturas inerente a qualquer atuação, até mesmo no meio acadêmico.


O ato de estudar potencializa-se a uma reconstrução conceitual voltada a resolução de problemas e capacidade crítica individual ou em grupo, em outros termos, o estudo passa de ser apenas um processo de memorização e repetição e encontra eventual autonomia em cada um de seus praticantes como empreendedorismo, assim tornando o estudo abrangente, prazeroso e principalmente desmistificando o conceito que empreender requere meio econômicos e segregação por área do conhecimento.


A congruência entre o mundo mercadológico e estudantil

O encontro entre duas realidades ocorre ao passo que a maioria dos grandes empreendedores mundiais desenvolveram suas “soft skills” nos anos menos longínquos de seu estrondoso sucesso, habilidades naturais que foram instigadas por aulas tão simples quanto matemática básica ou análise de texto no ensino médio.


Desde organizar sua própria agenda a realizar pequenas apresentações para uma banca de professores, o ato de deslanchar e colocar-se ao plano de atuação ocorre primordialmente no ambiente acadêmico, seja pela exposição maciça ou pela oportunidade ao erro, na qual não desmentiria qualquer chance ao sucesso.


O que torna um grande empresário são habilidades interpessoais combinadas a

conhecimentos técnicos, este em segundo plano devido a potencialidade de se aprender em necessidade individual, assim qualquer prestador de serviços pode alterar seus métodos, mas nem todo pode adaptar-se a condições pautadas desde o período acadêmico. Entretanto em cenário nacional encontra-se uma necessidade ainda em falta.


Toma-se como exemplo propostas de redações negadas ao mérito por desviarem do modelo de redação e não pela falta de uma proposta, segundo corretores de vestibulares do Enem e Fuvest, milhares de propostas são negadas por terem de se enquadrar no pensamento comunitário ideal, coincidentemente o empreendedor destaca-se por não agir assim como os demais. Vira-se ao ponto de congruência, ou falta de na convergência de duas realidades.


O currículo escolar atual conta com grades entre 10 e 14 matérias, contendo aulas difundidas por métodos não autônomos, isto é, alunos não são instruídos a tomada de decisões importantes sem aval de seus superiores, sejam eles majoritariamente seus professores(a).


Toma-se de tal fato como verdade parcial pela dependência da autoridade na escolha de projetos escolares, assim impedindo o surgimento da análise de risco e de uma criticidade natural de cada empreendedor. Tal medida “contentiva” acaba inibindo a capacidade de jovens analisarem caminhos inovadores a resoluções de problemáticas das mais simples as mais avançadas.

 
 
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