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- Preservação ecossistêmica: a chave para o futuro do planeta
A Aventura de Construir, em parceria com a Fundação Escola de Comércio Álvares Penteado (FECAP), desenvolveu um projeto para envolver os alunos da instituição no empreendedorismo social. Como parte dessa iniciativa, foi criada uma atividade complementar voluntária para os estudantes do curso de Relações Públicas. Nessa atividade, os alunos produzem textos relacionados ao trabalho da AdC, que são revisados pelos professores e publicados periodicamente no nosso blog. Por Veronica dos Santos Silva - Estudante do 1º semestre de Relações Pública Sejamos sinceros, quem nunca se perguntou se realmente deveria dedicar seu tempo e esforço para abraçar a causa da preservação e conservação da Terra? Ouvimos, há anos, sobre a importância dessa pauta, contudo, será que realmente sabemos o porquê precisamos nos dedicar a isso? O enfrentamento da crise climática no estado do Rio Grande do Sul é uma das consequências da desregulação ambiental no estado e, infelizmente, não são recentes. O estado também enfrentou quatro desastres climáticos só em 2023. Neste mesmo ano, o Litoral Norte de São Paulo sofreu uma tempestade considerada a segunda maior tragédia no estado dos últimos cinquenta anos. A ocorrência desses eventos persiste por diversas causas e o aumento da população urbana, é uma delas. Os impactos das atividades no meio ambiente desencadearam uma crise que afeta todos os seres vivos terra, inclusive nós. O fato é que esquecemos o quanto a humanidade e a natureza estão conectadas e o assunto deste mês é sobre como inserir essa preocupação no seu empreendimento. Para ter melhor compreensão sobre as mudanças climáticas que impactam a nossa vida, é preciso entender o que são os Serviços Ecossistêmicos. Mas o que são então serviços ecossistêmicos? Os serviços ecossistêmicos (SE) são serviços que o meio ambiente desempenha naturalmente e beneficiam a nós, seres humanos. A Avaliação Ecossistêmica do Milênio os dividiu em serviços de provisão, de regulação, culturais e de suporte, conforme ilustrado na figura abaixo: Figura: Classificação dos Serviços Ambientais. – Fonte: Millennium Ecosystem Assessment O papel dessas funções ecossistêmicas é regular o clima e evitar o aumento de eventos climáticos extremos, como inundações ou secas. E qual é o meu e o seu papel diante disso? É importante entendermos que a conservação não se limita somente aos cientistas e pesquisadores, nem somente as políticas públicas, pois existe sim uma responsabilidade que envolve pessoas de todas as esferas. Nós como indivíduos de uma sociedade, podemos ajudar fazendo escolhas conscientes diariamente, seja reduzindo o consumo de plástico ou dar preferência por produtos sustentáveis. Já para os empreendedores um bom começo seria implementar práticas sustentáveis, como às diretrizes ESG, ou seguir o exemplo da Aventura de Construir, que é comprometida com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, e participa ativamente para o seu cumprimento. A conscientização do público interno do seu negócio também é uma opção útil para contribuir com a causa. É inegável que responsabilidades compartilhadas constroem um futuro sustentável; desta forma, seu papel é crucial. Agora que sabemos um pouco mais da real importância do ecossistema, suas muitas funções e benefícios para o nosso bem-estar, te convido a refletir comigo, que tipo de futuro nos aguarda? Um mundo onde somente tentaremos sobreviver a todas as consequências humanas no meio ambiente? Ainda acha que nos cabe duvidar que a conservação e preservação da terra valem o nosso tempo, esforço e dedicação? Para mim, não restam dúvidas. Desejo que lembremos todos os dias: o planeta que habitaremos no futuro está escondido nas atitudes que temos hoje e, de verdade, espero que essa reflexão nos conduza a um futuro em que todos possam viver com a qualidade, dignidade e paz.
- Fortalecendo Vínculos e Empreendimentos: Um Olhar Sobre a Resiliência em Tempos de Crise
As enchentes no estado do Rio Grande do Sul já afetaram 449 dos seus 497 municípios. A catástrofe climática já causou 149 mortes, 806 feridos e há pelo menos 108 pessoas desaparecidas. No momento, o RS tem 538,2 mil desalojados e 76,5 mil em abrigos. O fornecimento de água tratada e energia elétrica foram afetados em centenas de milhares de imóveis. Mas esse desastre sem precedentes não se baseia apenas em números. São vidas, memórias, bens materiais adquiridos ao longo de uma vida e que contam a história dessas pessoas. São empreendimentos que muitas vezes servem de sustento para as famílias. Tudo isso debaixo d'água. Mesmo quem não foi afetado diretamente sofre e sofrerá as consequências da crise na região. Neste momento se ajuda quem pode, com abrigo, doações, trabalho voluntário. Mas fica a dúvida, como e quando retornar ao meu negócio? Quais são as prioridades em um estado inteiro necessitando de reconstrução? Pensando nisso, a Aventura de Construir, comprometida com a capacitação, assessoria e empoderamento de empreendedoras periféricas, sob missão macro do desenvolvimento territorial local inclusivo, foi confrontada com uma realidade que nos fez readequar e repensar, de forma estruturada, sólida e concreta, o projeto "Vi a Mão Protagonista de Mulheres Empreendedoras". O projeto é coordenado e tem como público empreendedoras de Viamão, cidade próxima a Porto Alegre, e teve que se adaptar às circunstâncias urgentes, garantindo, primeiramente, estruturas básicas de moradia e acesso à água, antes de promover o desenvolvimento dos negócios. Compreendemos isso metodologicamente, entendendo que há uma linha clara de desenvolvimento humano integral e, consequentemente, ele requer bases sólidas. Em um encontro com as empreendedoras, apesar de não residirem na região mais afetada, entendemos que estão inseridas no contexto urgente que assola a região - seja por conhecer alguém que perdeu suas casas, seja por um papel social necessário. No encontro, entretanto, emergiram discussões cruciais sobre a complexa interseção entre compaixão e respeito ao momento vivido, e a necessidade premente de sustento econômico através de seus negócios - em um cenário onde, para algumas pessoas, o esforço deveria estar apenas na ajuda humanitária. Muitas delas se veem impulsionadas a empreender por necessidade, enquanto enfrentam o desafio de conciliar a prosperidade de seus negócios com ações sociais significativas. Nesse sentido, entendemos que o empreendimento responde, sempre a uma necessidade. Exploramos formas de associar os empreendimentos à causa e as demandas sociais da região, considerando aspectos de responsabilidade social corporativa e a importância da comunicação eficaz para garantir apoio social. Além disso, discutimos estratégias não financeiras de apoio, como: Doações ou confecções de roupas; Diversas formas de voluntariado; Parcerias para oferecer espaços de acolhimento e/ou produção para aqueles que perderam tudo. No cerne do encontro, e possivelmente o aspecto mais importante percebido, reconhecemos a necessidade de um espaço seguro de acolhimento, onde as pessoas possam compartilhar suas experiências, visões, aprendizados e soluções. Esse ambiente se revelou fundamental para promover o protagonismo pessoal, entendendo de forma concreta a realidade de cada empreendedora - trabalho que será mais sistematizado e individualizado a partir de momentos individuais e mensurados de forma sistêmica. Durante o encontro, entretanto, conexões valiosas foram estabelecidas, como o exemplo uma empreendedora de floricultura encontrando apoio para superar seus medos e uma coordenadora de feira redescobrindo seu propósito através da reconexão com redes de apoio. As palavras marcantes das participantes ressaltam a transformação pessoal e profissional que ocorreu: "Vi que não sou forte", expressou uma empreendedora, referindo-se ao medo inicial, mas logo concluiu: "Vi que aprendi a ser". Essa jornada de autodescoberta e resiliência demonstra a força e a capacidade de adaptação de cada indivíduo diante das adversidades. Reafirmamos e percebemos, principalmente em momentos de crises, a importância de uma abordagem centrada na pessoa. Este encontro não só fortaleceu os laços entre empreendedores, mas também reforçou nosso compromisso com a construção de comunidades resilientes, solidárias, e em constante desenvolvimento. O desafio será, então, entender as novas necessidades, articular uma resposta e buscar um impacto concreto, permitindo a estas mulheres serem protagonistas também em uma emergência como esta.
- O que é o ODS 15? Os Desafios para Garantir a Vida Terrestre
O que são os ODS? No #BlogAdC de hoje, continuamos a explorar as metas definidas pela ONU e falaremos sobre um objetivo crucial para a sustentabilidade do planeta: ODS 15 - Vida Terrestre. Acompanhe nosso blog e redes sociais para conhecer mais sobre cada ODS! Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas lançou os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) , conhecidos como Agenda 2030, com o propósito de construir um futuro mais equilibrado e sustentável , abordando desafios como a preservação da biodiversidade, o combate à desertificação, a proteção dos ecossistemas terrestres e a promoção do uso sustentável dos recursos naturais. Esses objetivos representam um compromisso global para melhorar as condições de vida no planeta, orientando ações de governos, organizações e indivíduos. Com 169 metas específicas distribuídas entre os 17 objetivos , os ODS abrangem uma gama de questões ambientais, sociais e econômicas, cada uma interligada e fundamental para o próximo. ODS 15 - O que é? "Proteger, restaurar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, gerir de forma sustentável as florestas, combater a desertificação, deter e reverter a degradação da terra e deter a perda de biodiversidade" - essa é a essência do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável dedicado à Vida Terrestre. A ONU reconhece a importância crítica dos ecossistemas terrestres para o bem-estar humano e a saúde do planeta como um todo. Um estudo recente constatou que a degradação dos ecossistemas terrestres continua avançando em ritmo alarmante. Se medidas eficazes não forem tomadas, estimativas indicam que mais de um milhão de espécies podem enfrentar extinção nas próximas décadas , comprometendo irremediavelmente os serviços ecossistêmicos vitais para a vida humana. Apesar dos esforços para alcançar as metas estabelecidas para a Vida Terrestre até 2030, os desafios persistem. Entre 2015 e 2021, houve avanços em algumas áreas, como a expansão das áreas protegidas e a redução do desmatamento em certas regiões. No entanto, a perda de biodiversidade continua em ritmo acelerado, destacando a urgência de ações mais robustas e coordenadas. Objetivos As metas para o ODS 15 visam promover a conservação e o uso sustentável dos recursos terrestres . Alguns dos objetivos incluem: 15.1 Assegurar a conservação, a recuperação e o uso sustentável dos ecossistemas terrestres, em particular florestas, áreas secas, montanhas e terras áridas, até 2030. 15.2 Promover a implementação da gestão sustentável de todos os tipos de florestas, deter o desmatamento, restaurar florestas degradadas e aumentar substancialmente o reflorestamento global até 2030. 15.3 Combater a desertificação, restaurar terras degradadas e solos, incluindo terras afetadas pela desertificação, secas e inundações, e esforçar-se para alcançar um mundo neutro em degradação da terra até 2030. 15.4 Assegurar a conservação dos ecossistemas de montanhas, incluindo sua biodiversidade, para melhorar sua capacidade de proporcionar benefícios que são essenciais para o desenvolvimento sustentável. 15.5 Tomar medidas urgentes e significativas para reduzir a perda de biodiversidade, protegendo espécies ameaçadas e áreas importantes para a biodiversidade. 15.6 Promover o acesso justo e equitativo aos recursos genéticos e partilha justa e equitativa dos benefícios derivados da sua utilização. 15.7 Tomar medidas imediatas e significativas para conter a caça ilegal e o tráfico de espécies protegidas de flora e fauna e abordar tanto a demanda quanto a oferta ilegal. Quais seriam os grupos mais afetados? As comunidades indígenas e locais muitas vezes enfrentam os impactos mais severos da degradação ambiental e da perda de biodiversidade, uma vez que dependem diretamente dos recursos naturais para subsistência e identidade cultural. Ações Necessárias É fundamental que os governos e as partes interessadas intensifiquem os esforços para proteger e restaurar os ecossistemas terrestres. Isso requer medidas abrangentes, incluindo a implementação de políticas de conservação, o fortalecimento da fiscalização ambiental e o envolvimento das comunidades locais na gestão sustentável dos recursos naturais. A Aventura de Construir e os ODS A Aventura de Construir é uma instituição que , como membro do Global Compact e do Catalyst 2030, se compromete a colaborar com os ODS em cada ação que realiza . A trajetória de Diego Cruz e a OKÊ Aventura ilustram vividamente os princípios e objetivos que a Aventura de Construir (AdC) promove em suas atividades. Ao enfocar o turismo sustentável e o ecoturismo, Diego oferece experiências aos seus clientes e educa e conscientiza sobre a importância da preservação ambiental, alinhando-se diretamente com os ideais da ODS 15. Assim como Diego, a AdC trabalha para capacitar empreendedores, fornecendo-lhes não apenas recursos práticos, mas também uma compreensão profunda dos impactos sociais e ambientais de suas operações. Ao promover a responsabilidade ambiental e a educação sobre práticas sustentáveis, tanto Diego quanto a AdC exemplificam como o empreendedorismo pode ser uma força positiva na realização dos objetivos de desenvolvimento sustentável . Suas iniciativas destacam o papel vital das empresas em contribuir para a proteção dos ecossistemas terrestres e na promoção da sustentabilidade em suas comunidades e além delas.
- Construindo a Estrutura do seu Negócio com Comunicação Eficiente
Autora: Mikaely Alves de Oliveira - Estudante do 3º semestre de Relações Públicas – FECAP Começo o blog de hoje com uma frase emblemática feita pelo Paulo Freire - filósofo e pedagogo brasileiro - considerado um símbolo da luta pela educação. Em sua obra “Educação como prática da liberdade”, publicado em 1979, ele diz: “Educação não transforma o mundo. Educação muda as pessoas. Pessoas transformam o mundo”. Com isso, vale ressaltar o trabalho que a Aventura de Construir (AdC) está fazendo ao longo dos anos que apoia o crescimento profissional dos microempreendedores de baixa renda nas periferias do Brasil, através do compartilhamento de conhecimentos em cursos, networking e assessoria para construir e dar continuidade nos empreendimentos que fazem parte da ONG, sendo assim, prevalecendo na prática a mudança que o autor enfatiza em sua obra. Como empreendedor, você também pode fazer parte desta corrente ao contribuir com o acesso à educação como meio para que os colaboradores transformem o mundo com o trabalho que exercem em seu negócio. O investimento de seu empreendimento ao longo prazo exige treinamento dos funcionários para adquirirem capacitação técnica e comportamental sobre a área que estão atuando, tendo como objetivo o aprimoramento e desenvolvimento para novas formas de resoluções dos problemas dentro do mercado de trabalho que está em constante mudanças. Por outro lado, você pode se perguntar como é possível ofertar cursos para os colaboradores se o seu empreendimento ainda não tem condições financeiras para investir em contratação de parceiros de ensino? Saiba que o investimento não é necessariamente só em valor monetário, também é possível ocorrer em forma de ação, como por exemplo: você sabia que o Ministério da Educação (MEC) tem uma plataforma on-line chamada “Aprenda Mais” que oferece cursos on-line e gratuitos com temáticas voltadas para gestão, negócios, desenvolvimento educacional, social, idiomas? Além disso, você sabia que existe a plataforma on-line da Escola Nacional de Administração Pública (ENAP), chamado de “Escola Virtual.Gov”? A capacitação é voltada para adquirir conhecimentos sobre os serviços públicos, como também é possível encontrar temas voltados para o desenvolvimento pessoal, ética, transparência, meio ambiente e entre outros. Os cursos gratuitos disponíveis na internet oferecem uma oportunidade valiosa para que os colaboradores ampliem seus conhecimentos. Nesse contexto, a comunicação interna desempenha um papel crucial, não apenas para explicar o propósito dessa iniciativa, mas também para destacar os benefícios que ela traz para o crescimento profissional. É essencial garantir que essas informações sejam compreendidas de maneira clara e acessível, pois isso estimula a participação e o engajamento dos colaboradores nesse processo de aprendizado. A forma estratégica para comunicar é através de um newsletter que tem como função divulgar as novidades ou iniciativas da empresa: · É possível pesquisar na internet para encontrar modelos que podem servir como inspiração para fazer a arte do documento; · Importante se atentar na hora de produzir o documento de acordo com as cores da identidade visual do logo de seu empreendimento; · O texto do newsletter deve abordar a motivação que levou para trazer a novidade e como isso beneficiará o colaborador; · O documento em formato digital, como por exemplo em PDF ou em imagem, pode ser enviado para o e-mail pessoal dos funcionários ou através de outro meio de comunicação que é utilizado para o contato entre a empresa e o empregado; · Caso optem pela impressão, procurem utilizar o papel reciclável e biodegradável, pois além de comprometerem com a promoção da educação dentro de seu empreendimento, também se comprometerá com o meio ambiente. Convém lembrar um fator importante que deve ser discutido dentro da organização, é a possibilidade de oferecer um espaço para os funcionários fazerem as aulas e atividades on-line em algum lugar na empresa, então se possível, separe um espaço físico do seu empreendimento que possa ser utilizado como sala de informática para que os colaboradores que não tiverem acesso à estrutura em casa, consiga ter aproveitamento do ensino durante ou após o horário de trabalho. Então, caso a possibilidade seja realidade, deixe claro ao comunicar para o trabalhador ao redigir o newsletter. O conjunto de dicas e ações dito anteriormente reflete na imagem da empresa pelo fato de estarem colocando os valores e crenças da organização em prática através do incentivo ao crescimento profissional e acesso à educação, consequentemente, isso impacta na opinião pública sobre como estão conduzindo os negócios. É essencial que não deixem de acompanhar esse processo de aprendizagem, afinal, todo suporte e visto como ato de incentivo.
- QUAL É O PROPÓSITO DE UM FUNDO PATRIMONIAL - Entrevista Diego Martins, Pragma - parte 2
Em março, a Aventura de Construir lançou o Fundo Patrimonial Aventura de Construir “Já, Devagar e Sempre”. É uma nova forma de apoiar o nosso trabalho e a educação de qualidade promovida pela AdC. Você pode colaborar com o fundo por aqui. Mas você sabe como funciona um Fundo Patrimonial? Para responder a estas perguntas, conversamos com Diego Martins, da Pragma. Confira a primeira parte desta conversa neste link, e abaixo a continuação da entrevista. AdC: Diego, retomando o assunto do Fundo Patrimonial da Aventura de Construir, qual é a importância deste mecanismo para a perenidade de uma organização? Diego Martins: Eu bato bastante na importância de um mecanismo de investimento bem estruturado, de uma governança bem estruturada e da destinação dos recursos de maneira clara. Isso porque quando falamos de endowment, ou Fundo Patrimonial, a gente fala em uma instituição que deve existir para os próximos 100, 200, 300 anos. O endowment é perene, é um fundo perpétuo. E algo que almeja ser perpétuo precisa ter uma estrutura de governança muito robusta. No meio desse caminho todo, desses séculos e séculos, as pessoas passam, mas a organização precisa continuar existindo. Então, se você não tiver um mecanismo muito bem desenhado de governança, das pessoas que passam pelo endowment, você terá muita dificuldade em perenizar o mecanismo de investimento. Ter uma boa governança ajuda primeiro porque você precisa convencer o seu investidor, seu doador, de que aquele fundo vai existir para sempre. E segundo, porque ele precisa existir para sempre, senão o próprio objetivo dele não vai ser atingido. Então este é aspecto fundamental, a pedra angular para que o fundo exista. Porque, mais uma vez, algo que almeja ser secular, não pode depender de pessoas. As pessoas vão passar pela organização, mas o fundo tem que ficar e continuar executando o seu objetivo. E além da estrutura de governança, há outros elementos, como uma boa política de investimentos, de resgates, mecanismos adequados de rotatividade do comitê de investimentos, com uma longevidade bem definida, etc. Se você coloca períodos muito curtos de mandato para os membros de governança de um endowment, por exemplo, a responsabilização das pessoas fica prejudicada. Como um membro que vai ficar dois anos no comitê vai tomar decisões que vão maturar daqui a 10 anos? Como ele toma decisões para um negócio que ele não vai mais estar quando o resultado chegar? Então, por fim, essas coisas precisam estar alinhadas, esse horizonte longo de investimentos com os ciclos de governança da organização. E tendo tudo isso muito bem amarrado ajudar na captação, porque você precisa mostrar para o seu doador que você tem uma estrutura robusta e de fato perene. AdC: O que você achou do nome do Fundo da Aventura de Construir: “Já, Devagar e Sempre”? Diego Martins: Eu gostei bastante do nome! Acho super adequado porque um fundo patrimonial é exatamente isso, o “devagar e sempre”. Devagar porque a mecânica do endowment prevê que, se tudo der certo, a organização vai ter um patrimônio super relevante, mas que você não pode usar completamente. Se em algum momento um fundo chega a 100 milhões de reais, você sabe que ano após ano irá poder usar apenas o rendimento, porque você precisa perenizar os 100 milhões, e corrigir pela inflação. Esse passo a passo é o “devagar”. A perenidade que falávamos é o “sempre”. O “já” é bom por causa do impacto. Existe uma pressão saudável do lado organização de querer utilizar os recursos, que é esse “já” do nome. Apesar do fundo existir para sempre, eu tenho que apoiar minha causa agora, a minha causa precisa de recursos agora. Por isso que eu gosto dessa tensão do nome de vocês, porque essa tensão ela precisa e vai acontecer. Você precisa ter uma organização que demanda o limite do possível para o comitê de investimentos, e um comitê de investimentos que faça a gestão do fundo no limite do possível para apoiar ao máximo a causa. Eu acredito que esse equilíbrio é saudável, porque assim você chega de fato em um meio do caminho que cause o maior impacto possível. Esse cabo de guerra precisa acontecer, da organização pedindo por mais recursos e o comitê de investimento sendo prudente e segurando recursos. AdC: A partir da sua experiência com o Fundo dos Amigos da Poli, e da sua experiência profissional, que conselhos você daria para fazer o Fundo da Aventura de Construir crescer? Não se pode perder de vista o objetivo do endowment. O objetivo do endowment não é render, não é fazer o patrimônio crescer por crescer. O objetivo do endowment é perenizar a causa. Mas acho que já comentei alguns conselhos quando falei sobre a governança, sobre ter uma estratégia muito bem amarrada e conseguir comunicar isso pro doador. Assim você consegue facilitar seu processo de captação. Outra coisa que facilita muito este processo é mostrar o impacto do endowment. Na Amigos da Poli a gente percebeu que, obviamente, o doador gosta de ver resultado. Então não adianta querer ficar captando para o endowment por 10 anos, para só depois mostrar ao doador o uso desse recurso. Não. Deve-se tentar ao máximo mostrar que o mecanismo inteiro funciona, que o dinheiro que entra é dinheiro sendo gerido, e é dinheiro voltando pra causa. Se esse ciclo se completa, você mostra que o endowment é sadio e funciona bem. Isso precisa ser mostrado para o doador, para não se perder o vínculo com ele. Tenha pressa, vamos dizer assim, em mostrar o mecanismo funcionando. E você não precisa ter 10 milhões para mostrar o mecanismo funcionando. Se você já tiver 50 mil, mostre o que pode ser feito com esse dinheiro. E se ano que vem o valor dobrar, você poderá fazer o dobro e esse valor segue rendendo. Assim você consegue tangibilizar para o doador o poder do mecanismo. Se hoje muitas pessoas já entendem o modelo de doação, agora elas precisam entender o poder deste modelo e o impacto que pode causar. Captação de Recursos Obviamente, o endowment sem dinheiro não é nada. Ele é um mecanismo financeiro, então precisa ser capitalizado. E a minha grande dica para captação, mais uma vez é estratégia. É preciso conhecer o seu público, conhecer o seu potencial doador e ter uma estratégia para tornar os doadores em potencial em captadores de causa. Convencendo-o da causa, mostrando o impacto, você pede ajuda para apresentar o fundo a outras pessoas, aos amigos dele, sócios, e isso vai se tornando um círculo virtuoso. Para isso é preciso conhecer muito bem esse “funil de captação” e ter uma estratégia definida para que se gaste energia onde o potencial de captação for maior. Gastar muita energia sem ver resultado acaba dando uma desmotivada no time de captação, na organização, no conselho. Então, mais uma vez, eu continuo acreditando que organizações com impacto positivo bem geridas e com uma estrutura adequada de endowment, ou seja, com modelo de endowment adequado, elas entram num círculo virtuoso. Eu tenho visto isso e fico muito feliz ao ver algumas organizações que têm entrado no círculo virtuoso de doação. E isso vira um problema bom. Se fala “puxa, e agora? Estou escalando muito rápido, como eu organizo isso?” AdC: Então, não é preciso ter um valor altíssimo para começar a utilizar os rendimentos e demonstrar os resultados? Diego Martins: Às vezes é difícil você mostrar o poder de impacto com um patrimônio muito baixo. O que eu sugiro para as organizações que ainda tem essa insegurança de começar a usar o endowment, quando o patrimônio ainda é muito pequeno, é que pelo menos você tenha a governança em prática, ou seja, demonstre ter as devidas políticas de investimento e resgate. Assim, você consegue dar visibilidade ao menos a como o fundo está desenhado, quanto deve render acima da inflação e quanto pode ser resgatado. Explicar que “se nós quiséssemos usar os rendimentos neste ano, teríamos x valor para a instituição”. Se a organização está de fato retirando do endowment ou se preferiu manter o excedente no fundo para aumentar, é muito mais uma questão de comunicação. Mas você consegue chegar para o seu doador e falar: "olha, este meu endowment já gera 50 mil por ano, que eu posso aplicar nas minhas causas". Você consegue tangibilizar isso para o doador e dar visibilidade que o mecanismo funciona. No caso da Aventura de Construir, vocês já têm apoiadores, projetos sendo executados. O nosso caso no Amigos da Poli era um pouco particular, porque criamos um endowment em um mundo em que não existia endowments. A gente precisou mostrar que o modelo funcionava e que era uma maneira eficiente de inserir dinheiro em uma universidade pública. Para isso precisamos retirar dinheiro do fundo, botar dinheiro na escola, para mostrar que o ciclo se fechava. Vocês já fecham o ciclo sem precisar dos recursos do endowment, vocês já sabem como fazer a execução de projetos na ponta final. Então, por fim, reforço que é preciso transmitir essa mensagem que o endowment está funcionando. E vocês conseguem demonstrar esse impacto na ponta, gerado pelos projetos. Você pode colaborar com o Fundo Patrimonial da Aventura de Construir! Acesse o link e apoie! Já, devagar e sempre!
- O que é o ODS 4? Os Desafios para garantir uma Educação de Qualidade
O que são os ODS? No #BlogAdC de hoje, continuamos a explorar as metas definidas pela ONU e falaremos de um objetivo muito importante para a AdC: ODS 4 – Educação de Qualidade. Fique ligado no nosso blog e nas nossas redes para saber mais sobre cada um! Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas estabeleceu os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), também conhecidos como Agenda 2030, visando criar um futuro mais sustentável e equitativo, abordando desafios como pobreza, fome, desigualdade, mudanças climáticas e paz. Esses objetivos representam um pacto global para promover melhorias tanto para as pessoas quanto para o planeta, orientando ações de governos, empresas, organizações da sociedade civil e indivíduos. Com 169 metas específicas distribuídas entre os 17 objetivos, os ODS abrangem aspectos econômicos, sociais e ecológicos, cada um interligado e servindo como alicerce para o próximo. ODS 4 – O que é? " Garantir uma educação inclusiva, equitativa e de qualidade, bem como fomentar oportunidades de aprendizagem contínua para todos " - esta é a essência do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável dedicado à educação. A ONU reconhece que o acesso a um ensino de excelência é fundamental para o pleno exercício de outros direitos. Em um estudo envolvendo 104 países, constatou-se que quatro de cada cinco nações experimentaram perdas de aprendizado. Se continuarmos nesse padrão, até 84 milhões de crianças e jovens estarão fora da escola em 2030, e cerca de 300 milhões de estudantes carecerão das habilidades básicas de leitura e matemática essenciais para o sucesso na vida. Apesar dos esforços em direção aos objetivos educacionais delineados pela ONU para 2030, avanços substanciais são necessários para enfrentar os desafios persistentes. Durante o período de 2015 a 2021, houve um aumento na conclusão do ensino primário e secundário em todo o mundo. Entretanto, esses progressos foram notadamente mais lentos em comparação com os 15 anos anteriores. Objetivos Os objetivos nacionais indicam um aumento esperado na porcentagem de alunos com habilidades básicas de leitura até 2030, porém, estima-se que ainda haverá cerca de 300 milhões de crianças e jovens sem competências básicas de ensino nesse ano. Restrições econômicas, juntamente com desafios relacionados aos resultados de aprendizagem e taxas de abandono, persistem em áreas marginalizadas, destacando a necessidade de um compromisso global contínuo. Quais são as metas definidas para o ano de 2030? 4.1 Garantir que todas as meninas e meninos completem o ensino fundamental e médio, equitativo e de qualidade, na idade adequada, assegurando a oferta gratuita na rede pública e que conduza a resultados de aprendizagem satisfatórios e relevantes. 4.2 Assegurar a todas as meninas e meninos o desenvolvimento integral na primeira infância, acesso a cuidados e à educação infantil de qualidade, de modo que estejam preparados para o ensino fundamental. 4.3 Assegurar a igualdade de acesso para todos os homens e mulheres à educação técnica, profissional e superior de qualidade, a preços acessíveis, incluindo universidade. 4.4 Aumentar substancialmente o número de jovens e adultos que tenham habilidades relevantes, inclusive competências técnicas e profissionais, para emprego, trabalho decente e empreendedorismo. 4.5 Eliminar as disparidades de gênero na educação e garantir a igualdade de acesso a todos os níveis de educação e formação profissional para os mais vulneráveis, incluindo as pessoas com deficiência, povos indígenas e as crianças em situação de vulnerabilidade. 4.6 Garantir que todos os jovens e uma substancial proporção dos adultos, homens e mulheres estejam alfabetizados e tenham adquirido o conhecimento básico de matemática. 4.7 Garantir que todos os alunos adquiram conhecimentos e habilidades necessárias para promover o desenvolvimento sustentável, inclusive, entre outros, por meio da educação para o desenvolvimento sustentável e estilos de vida sustentáveis, direitos humanos, igualdade de gênero, promoção de uma cultura de paz e não violência, cidadania global e valorização da diversidade cultural e da contribuição da cultura para o desenvolvimento sustentável. Quais seriam os grupos mais afetados? Mulheres e meninas representam um grupo vulnerável com dificuldades significativas de acesso à educação. Cerca de 40% dos países ainda não alcançaram a paridade de gênero no ensino primário, o que limita suas oportunidades de emprego e crescimento profissional. Ações Necessárias É fundamental que os governos priorizem a educação em suas políticas e práticas. Compromissos robustos são necessários para garantir que todos tenham acesso à educação primária e secundária gratuita e de qualidade até 2030. É crucial investir em infraestrutura escolar, formação de professores e integração digital para cumprir o Objetivo 4 das Nações Unidas. Algumas ações nacionais Expansão da Educação Infantil: O Brasil tem trabalhado para ampliar o acesso à educação na primeira infância, reconhecendo a importância dessa fase para o desenvolvimento cognitivo e socioemocional das crianças. Programas como o "Creche para Todas as Crianças" têm sido implementados para aumentar o número de vagas em creches e pré-escolas. Iniciativas de Alfabetização: O Programa Nacional de Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) têm sido implementadas para reduzir o analfabetismo e promover o sucesso escolar desde os primeiros anos de escolaridade. Uso de Tecnologia na Educação: O Programa Nacional de Tecnologia Educacional (ProInfo) têm sido adotadas para equipar as escolas com recursos tecnológicos e promover a inclusão digital dos alunos. Permanecia escolar: O Pé-de-Meia é um programa de incentivo financeiro-educacional, na modalidade de poupança, destinado a promover a permanência e a conclusão escolar de estudantes matriculados no ensino médio público. Por meio do incentivo à permanência escolar, o programa quer democratizar o acesso e reduzir a desigualdade social entre os jovens do ensino médio, além de promover mais inclusão social pela educação, estimulando a mobilidade social. Aventura de Construir e a Educação A quarta meta definida pelas Nações Unidas, dentro do tema da educação de qualidade é onde a AdC foca sua atuação: “Aumentar substancialmente o número de jovens e adultos que tenham habilidades relevantes, inclusive competências técnicas e profissionais, para emprego, trabalho decente e empreendedorismo”. Por meio de assessorias e capacitações realizadas dentro de cada projeto que executamos, nós disseminamos o conhecimento e a ampliação de oportunidades por meio de uma educação de qualidade pensada para a realidade da pessoa. Ao longo de 12 anos de história, a Aventura de Construir já atendeu 7.870 microempreendedores, impactando indiretamente quase 40 mil pessoas. Isso se faz sempre partindo do primeiro ponto do método de trabalho da AdC: “entender a realidade do empreendedor e do seu contexto é essencial para identificar as necessidades e responder de forma mais adequada”. Você pode colaborar para que a Aventura de Construir continue oferecendo uma educação de qualidade para empreendedores e empreendedoras. Acesse o link e apoie ! Já, devagar e sempre!
- Mulheres na liderança: como construir caminhos que desafiam os obstáculos?
Por Mikaely Alves Para começar, quero que todos reflitam sobre a palavra "liderança". Refletiu? E então no que você pensou? Ao pensarmos no significado, podemos contextualizar em: ser um profissional que motiva, leva ensinamentos, incentiva a equipe, dá o exemplo, ofereça recompensas, seja democrático, é querido, tem um ótimo relacionamento com os colaboradores e entre outros termos. Mas ao falarmos de pessoas que estão na liderança, também podemos imaginar mais homens ocupando esse lugar do que as mulheres, não é mesmo? A realidade das profissionais mulheres do país ainda é uma luta árdua para alcançar certas posições e você, microempreendedor ou microempreendedora, tem um papel fundamental na mudança deste cenário. Para isso, é preciso entender as barreiras e como podem solucioná-las. Em um estudo feito em 2022 pelo IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística - e publicado pelo O Globo, foi divulgado que as mulheres em cargos de alta posição recebem em média 22% a menos em comparação aos homens que exercem a mesma função. Este dado revela que os valores da sociedade moldadas ao longo de muito tempo atrás, reproduz uma estrutura de invisibilidade e inferiorização das mulheres no papel de relevância no atual mercado de trabalho. Mulheres que eram vistas no papel de subordinação aos chefes de família e sem deveres trabalhistas que levasse aos altos cargos que qualquer outro homem pode ocupar, sendo assim, a sua função baseava-se em gerar e cuidar dos filhos ou das filhas. Dessa forma, os estereótipos - a imagem de alguém ou algo sendo atribuído como padrão - que são construídos ao longo dos séculos, conduzem os resultados obtidos para explicar o atual cenário trabalhista. No Brasil, as mulheres representam 51,5% da população de acordo com o estudo do Censo Demográfico de 2022. O dado revela que por mais que as mulheres sejam a maioria em nosso país, ainda há impasses para as empresas terem um olhar interno em rever se a cultura organizacional - conjunto de valores, crenças e comportamentos da sua empresa - sejam colocados em prática ou até mesmo passar por atualizações de políticas internas que reflitam o cenário atual. Afinal, ter uma cultura organizacional mais inclusiva, que promove diferentes perspectivas para inovação, resolução de problemas, criatividade, além de inspirar outras mulheres a estarem na mesma posição de liderança, resulta em melhor desempenho nos negócios. Com base no que foi dito, quero saber se de fato você está comprometido em mudar este cenário? Se sim, então aqui vai algumas dicas de como podem avaliar as práticas internas do seu negócio: Faça uma pesquisa interna e de forma anônima em conjunto com os colaboradores para entender a representação das mulheres em cada nível hierárquico em comparação com os homens e identifique qual a percepção dos funcionários sobre inclusão, igualdade de oportunidades, suporte pessoal e profissional; Reavaliem a cultura do seu negócio se de fato refletem no compromisso da promoção das mulheres na liderança; ·Analise as políticas e práticas se tratando do processo seletivo de contratação e identifique a forma como recruta, conduz e promove a seleção e o desenvolvimento de novos membros. Depois de obter as respostas, aqui vai algumas dicas de como podem fazer novas mudanças, tendo como objetivo promover mais mulheres na liderança: Criar um espaço para debates dedicados à igualdade de gênero e liderança feminina, em que as mulheres possam fornecer e compartilhar experiências de como o seu negócio pode melhorar nas práticas e condutas; Fornecer feedback construtivo e oportunidades para as mulheres estudarem e se desenvolverem de acordo com o cargo atual até ao cargo que almejam, tendo como objetivo aprimorar seus conhecimentos e crescer profissionalmente; Promover flexibilidade no trabalho que permita as mulheres equilibrar as responsabilidades do trabalho profissional com o pessoal; Promover uma política salarial em que as mulheres que ocupam os mesmos cargos que os homens recebam os mesmos salários; Estabelecer metas para que as mulheres em cargos de liderança consigam ser no mínimo a metade em relação aos homens. Comunicar as mudanças: Através de uma reunião com todos os funcionários, você pode fazer uma apresentação de forma descontraída, mostrando todos os pontos de alteração e seu objetivo com isso. Tente demonstrar leveza ao abordar o assunto e mostre que está disposto a trabalhar colaborativamente a fim de promover um espaço acolhedor, diverso, inclusivo e respeitoso. Uma comunicação eficaz é fundamental para o êxito do seu empreendimento. Isso envolve não apenas compreender e atender às necessidades dos colaboradores, mas também colaborar com eles para identificar e implementar melhorias. Em seguida, é crucial comunicar claramente as mudanças realizadas, especialmente aquelas direcionadas para promover a presença das mulheres em cargos de liderança. Essa abordagem não apenas fortalece a reputação do seu negócio, mas também contribui para a criação de um ambiente de trabalho mais inclusivo e valorizado. Isso, por sua vez, tende a impulsionar o desempenho geral da empresa, aumentando a atração e retenção de talentos femininos qualificados, que são incentivados a buscar crescimento profissional dentro da organização. Por hoje é só e espero que vocês tenham gostado da discussão sobre o tema que é tão importante promover. Te vejo na próxima!
- QUAL É O PROPÓSITO DE UM FUNDO PATRIMONIAL - Entrevista Diego Martins, Pragma - parte 1
Neste mês, a AdC lançou o Fundo Patrimonial Aventura de Construir “Já, Devagar e Sempre”. Trata-se de uma nova forma de apoiar o nosso trabalho, e de apoiar a transformação de mulheres e homens protagonistas de suas histórias. Você pode colaborar com o fundo por aqui. Mas o que é um Fundo Patrimonial ou Fundo de Endowment? Qual a importância dele para ajudar instituições do 3º setor? Para responder a estas perguntas, conversamos com Diego Martins, da Pragma. Confira abaixo o nosso Blog AdC com a primeira parte da entrevista. Aventura de Construir: Diego, por favor se apresente para nossos leitores. Diego Martins: Eu me chamo Diego Martins. Trabalho hoje como sócio de uma empresa que faz gestão de patrimônio de famílias e de investidores institucionais aqui no Brasil, chamada Pragma. Além disso, sou um dos fundadores do Fundo Patrimonial Amigos da Poli. Fui um dos primeiros diretores, o primeiro diretor financeiro do fundo. Tive esse cargo por lá durante seis anos: dois mandatos consecutivos, depois um terceiro. Do lado filantrópico, ainda hoje sou membro do conselho fiscal do Amigos da Poli e também membro do comitê de investimentos do Fundo Brasil de Direitos Humanos, que também detém um endowment aqui no Brasil. Particularmente, aqui na Pragma, sou responsável pelas áreas de Asset Allocation, ou seja, pela definição da alocação dos ativos para o portfólio dos nossos clientes, e também pelo atendimento da nossa carteira de investidores institucionais, portanto, de instituições que possuem endowment funds e, às vezes, fundos de reserva. AdC: A partir da experiência bem ampla que você tem, evidentemente, com a criação e a gestão de fundos patrimoniais. Qual é o valor de criar um fundo patrimonial quando falamos de organizações do terceiro setor? Diego Martins: Eu tenho até que me conter um pouco para responder esse tipo de pergunta, porque eu sou um entusiasta dos Fundos patrimoniais. Isso porque eu sei que uma das maiores dores que as organizações filantrópicas têm é justamente a captação. É a dificuldade de, todo ano, se organizar para poder passar o chapéu e recolher recursos para poder manter a sua causa. Acho que captar faz sentido para você escalar o projeto. Mas você precisa, todo ano, captar recursos para sobreviver. Isso é uma atividade muito pesada para as organizações filantrópicas, porque no fim do dia a instituição em si deveria gastar muito mais a sua energia na causa do que necessariamente conseguindo meios para causa. Mas não é isso que acontece. As organizações precisam dedicar uma energia muito grande para a captação, e o fundo patrimonial é um veículo excelente de perenização de causas. Por exemplo, assumindo que um fundo patrimonial seja capaz de render 5% ao ano acima da inflação, a cada 100 reais que você conseguiu de doação, você passou a ter cinco reais eternamente destinados à causa e corrigidos pela inflação. Então, um endowment que funciona bem, ele pereniza a causa. E para todas aquelas organizações que têm causas que precisam se manter por um horizonte razoavelmente grande, ter um fundo patrimonial faz muito sentido. A perenidade das instituições Isso me remete inclusive à origem dos Fundos patrimoniais. Quando a gente volta historicamente, tenta encontrar os primeiros exemplos de fundos patrimoniais da história, a gente vai ver lá que o imperador Marco Aurélio fez doações para as escolas de filosofia atenienses. Ele, como um filósofo estoico, gostava muito da filosofia, acreditava no poder do desenvolvimento da filosofia. Quando ele viu as escolas em Atenas, ele pensou: "Puxa, isso aqui tem que existir para sempre". Então ele doou terra para essas escolas, porque naquele momento, terra era a maneira de se investir garantindo poder de compra. A terra produz alimento, o alimento está diretamente ligado com ciclos e preço de alimento diretamente ligado com ciclos inflacionários. Então, a terra produz alimento, você vende o alimento, consegue uma renda corrigida pela inflação. E o que você faz com essa renda corrigida pela inflação? Paga salário de professor, que tem que ser corrigido pela inflação também, para manter poder de compra no tempo. Então, perceba o poder da perenização de uma causa através de uma dotação patrimonial permanente. Então, eu acredito muito no poder dos endowments para dar fôlego às organizações, para que elas consigam de fato focar no seu objetivo social. E não que você tenha que deixar de lado a captação, né? Mas eu acredito muito no círculo virtuoso que isso cria. A gente sabe que doadores em geral gostam muito de doar para causa, de saber que o dinheiro deles está chegando lá no fim, que o dinheiro deles não é só meio. No entanto, as organizações precisam existir, e quando você tem um endowment, capaz de gerar verba livre para ela, ou seja, rendimentos para que ela possa decidir a melhor maneira de alocar isso, é poderosíssimo. O endowment, como investimento intergeracional, tem essa capacidade. Eles cresceram muito no meio educacional e, hoje, os grandes endowments do mundo pertencem a grandes universidades. É difícil estabelecer qual a relação de causalidade, se as melhores universidades do mundo são as melhores porque têm bons endowments ou se elas têm bons endowments porque são as melhores. Independente disso, o que eu consigo compartilhar com vocês é que estes endowments garantem uma coisa importantíssima para as universidades, que é a independência intelectual. Porque quando uma universidade depende de captação todo ano para se manter, ela pode estar vinculada ao doador, querendo ou não, ela vai ter que fazer coisas para atrair a atenção dele. Quando ela está sentada em cima de um endowment bilionário que todo ano garante 30% ou 40% do orçamento dela, ela abre o leque de possibilidades de pesquisa, de desenvolvimento intelectual, etc. Ou seja, independência. Ter um endowment traz perenização e independência para as causas. AdC: Como você considera a receptividade do mercado brasileiro diante destes tipos de fundos? E o que você acha que seria interessante levar em conta para fazer conhecer o nosso fundo patrimonial? Diego Martins: Eu vou dar uma resposta otimista com a perspectiva histórica sobre Fundos patrimoniais no Brasil. Até porque eu tive o prazer e a honra de participar da criação de um dos primeiros, senão o primeiro endowment universitário do Brasil. Lá fora, principalmente nas culturas anglo-saxônicas, nos Estados Unidos e na Inglaterra, os endowments universitários já são um veículo de doação super tradicional. E aqui no Brasil, há 14 anos atrás, quando a gente começou a gestar a ideia do Amigos da Poli, esse veículo não existia. Há 10 anos atrás, ou há 14 anos atrás, a gente tinha que sentar com o potencial doador e explicar o que era um endowment, como ele funcionava e porque a gente acreditava que esse projeto pararia de pé. Olhando 14 anos depois, hoje a gente pega o anuário de endowments que o IDIS fez, com algumas parcerias, e nele já consta mais de 60, 50 e tantos endowments. Quase 60 endowments no próprio site do IDIS. Ou seja, era um veículo que praticamente inexistia, ou que quase não se falava nele. Hoje é mais popular. A gente conseguiu vencer no Brasil a primeira barreira, da popularização do endowment como uma ferramenta de doação. Hoje o doador vê matéria sobre isso no valor econômico, no Estadão, ele vê matérias em jornal. Desde 2019 a gente já tem uma lei específica para endowments no Brasil, e isso colocou o assunto em pauta. Acho que estamos começando até bem rápido, e faz parte desse nosso trabalho como agentes do terceiro setor de popularizar o mecanismo. O exemplo de Harvard E como realizamos isso? Uma vez, conversando com captadores do endowment de Harvard, eu ouvi uma explicação muito interessante sobre os ciclos de captação deles. Os números de captação de Harvard são absurdos, bilhões de dólares captados em cada ciclo de captação e doações de centenas de milhares de americanos. E aí, fica a questão: o doador médio americano pode conhecer Harvard, saber do impacto da instituição, mas não dá para acreditar que essas centenas de milhares de lares acreditem que um dia o seu filho vai estudar nessa universidade. Por que eles doam se não tem um objetivo direto, se não vai materializar algum benefício próprio? Então, perguntando isso para o captador de lá, o que ouvi foi o seguinte: “o que você tem que entender é que as pessoas não doam para Harvard, elas doam através de Harvard.” Ou seja, elas veem no endowment um mecanismo tão poderoso de doação que o mecanismo em si atrai a doação. Então, não é realizada a doação querendo um objetivo direto em Harvard, mas vendo que essa organização está tão bem preparada, tem um endowment tão bem estruturado, que eu sei que a minha doação ali vai ser bem gerida e vai ser bem aplicada. Para mim, esse é o objetivo máximo e o termômetro de que chegamos lá: o dia que o doador olhar para os endowments das nossas organizações, ver que há um mecanismo eficiente de doação, e isso atrair a captação. Momento atual No Brasil, como eu disse, estamos começando a popularizar esses fundos. As dúvidas em relação a segurança jurídica, a questão regulatória, ao mecanismo em si estão sendo superadas. No entanto, eu ainda acredito que a gente pode melhorar na visibilidade de que o veículo é super eficiente. Se eu tenho 100 reais na minha mão e quero doar, as duas decisões são super válidas com impactos diferentes. A primeira é querer ver agora, imediatamente, o impacto do meu dinheiro. Então eu pego esses 100 reais e dou para uma causa e falo gaste tudo hoje. Existe outra maneira de contribuir por uma causa que eu acredito que é séria, que é bem gerida, e que vai existir pelos próximos 100 anos. Esses meus 100 reais vão gerar 5 reais todos os anos, então daqui a 10 anos os meus 100 já viraram 50 a mais, e daqui a 20 anos, 100 e assim por diante. Por fim, eu diria que estamos no meio do caminho ainda. O modelo já é bem entendido, mas acho que ainda falta o terceiro setor conseguir dar clareza para as pessoas do potencial poderosíssimo que isso tem. AdC: O Fundo Patrimonial da Aventura de Construir trata-se do primeiro Fundo Patrimonial ativo no Brasil para operar sobre a missão de desenvolvimento territorial inclusivo, diretamente alinhado ao Estatuto da AdC: “promoção do desenvolvimento econômico e social e combate à pobreza; experimentação, não lucrativa, de novos modelos socioprodutivos e de sistemas alternativos de produção, comércio, emprego e crédito.” Você acredita que o mercado está pronto para uma proposta como esta e com este escopo? Diego Martins: Pela minha experiência com o terceiro setor, eu acredito que existem pessoas com desejo de doar para as mais diversas causas possíveis. Então temos uma questão de foco, pois às vezes temos apenas que tentar encontrar essas pessoas. Nesses meus quase 14 anos envolvido com o terceiro setor, eu percebo que existem pessoas que querem dedicar o seu patrimônio de uma maneira mais imediata e para causas mais assistencialistas, e acho super válido pois temos necessidades emergenciais no Brasil, e a gente tem que cobrir isso. Ao mesmo tempo, isso não significa que a gente tem que deixar de lado outras causas de mais longo prazo. Então, por exemplo, nesse aspecto mais de empreendedorismo, crédito etc. da AdC, eu colocaria dentro da mesma categoria, do mesmo poder transformacional de educação, que é um poder transformacional geracional, não é um poder transformacional imediatista. Não é colocar comida na mesa das pessoas, que é super importante, pois segurança alimentar é um negócio básico, assim como a mortalidade infantil, outro negócio básico. Mas também podemos pensar na primeira infância, e em outros momentos da vida. A gente não precisa esperar mais uma geração para construir isso. Então assim, o meu principal ponto é: eu acredito que existe potencial de captação para toda e qualquer causa que seja bem estruturada, bem gerida e que tenha os mecanismos adequados para poder transmitir segurança para o doador. A gente sabe que o maior problema do doador brasileiro é que ele é um doador ressabiado, um doador que desconfia e confia desconfiando. Por que? Porque a gente vê muito mais na imprensa os maus exemplos. Isso gera desconfiança. No entanto, eu tenho visto o sucesso de causas bem estruturadas nos seus movimentos de captação. E uma vez que uma organização entra numa atração positiva é de bons resultados, um doador atrai o outro, um doador fala bem pro outro. Porque geralmente essas pessoas que têm afinidades com uma mesma causa elas se conhecem. A gente vê isso no Amigos da Poli. Temos um vínculo muito mais emotivo, que é com a escola onde nos formamos de maneira gratuita, então assim tem todo um vínculo que a gente utiliza para poder captar. Mas querendo ou não, quando falamos com o doador uma das perguntas que sempre fazemos para ele é “qual que é o próximo? Quem você pode nos indicar?” As pessoas têm afinidades então eu acredito que toda boa causa bem estruturada bem gerida tem espaço para a captação. E mais do que isso, no caso da causa de vocês eu vejo como uma causa extremamente relevante em termos de transformação social. Tem espaço para todo mundo Existem problemas básicos no Brasil sim, mas precisamos ter alguém pensando no passo seguinte. Eu converso com diversas organizações e sempre digo isso: “existem organizações ambientais, organizações educacionais, organizações de assistência social… meus caros, acho que tem espaço para todo mundo. Infelizmente o que não falta no Brasil são problemas sociais, ambientais etc”. Então tendo instituições sérias para tocar essas causas, e tendo uma boa estrutura de governança eu não vejo problema de captação para o endowment. A captação, assim como quase tudo na vida, é uma questão de estratégia, de entender o seu público, entender o valor do seu trabalho, dos seus projetos, da sua organização e saber ligar essas duas pontes. É preciso ter uma visão mais marqueteira mesmo, em pensamento lógico de marketing. Entender o seu “produto”, entender o seu público, entender que valor você consegue transferir para o seu público, mesmo que seja uma instituição filantrópica. Precisamos pensar em captação de maneira estratégica para que você não gaste energia no lugar errado. Então, resumindo, eu não vejo problema nos diferentes tipos de causa. Eu acho que tem espaço para todo mundo com projetos bem organizados, com sistemas de captação bem pensados, e com mecanismos de investimento, no caso de um endowment, bem estruturados para transmitir segurança para investidor. Confira, no mês que vem, a segunda parte desta entrevista! E você pode colaborar com o Fundo Patrimonial da Aventura de Construir. Acesse o link e apoie! Já, devagar e sempre!
- O que é o ODS 5 e por que a Igualdade de Gênero importa?
No #BlogAdC de hoje, continuamos a analisar os ODS da ONU . Todos os meses iremos falar sobre um objetivo específico aqui no nosso blog e nas nossas redes sociais . Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas definiu os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), também conhecidos como Agenda 2030. Essa iniciativa global visa um futuro mais sustentável e equitativo para todos , abordando questões como pobreza, fome, desigualdade, mudanças climáticas e paz . Hoje, inspirados pelo Dia Internacional da Mulher, iremos falar sobre o 5º ODS, definido pelas Nações Unidas como “alcançar a igualdade de gênero e empoderar todas as mulheres e meninas" . Este objetivo reconhece que combater a desigualdade entre homens e mulheres é fundamental para o desenvolvimento sustentável e a construção de sociedades pacíficas e prósperas. Desigualdade no Brasil Não são poucas as pesquisas que indicam a desigualdade no nosso país. Como citamos nas nossas redes , o Brasil está na 57ª posição do ranking global de desigualdade de gênero , realizado pelo Fórum Econômico Mundial. O mesmo relatório indica que podemos demorar até 53 anos para alcançar condições de equidade. As empreendedoras brasileiras, mesmo com mais escolaridade, faturam na média menos que os homens , e quando resolvem abrir um negócio, recebem menos ajuda de instituições . Soma-se isso às diferenças salariais ainda existentes e ao trabalho de assistência e doméstico não remunerado e pode-se notar a distância que estamos de alcançar a igualdade de gênero. O tema não é apenas um imperativo moral, mas também uma questão de justiça social e econômica. Quando as mulheres e as meninas são capacitadas e têm acesso igual a oportunidades, elas não apenas melhoram suas próprias vidas, mas também contribuem para o progresso de suas comunidades e nações como um todo. Objetivos do ODS 5 Dentro do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 5, as Nações Unidas estipularam 9 metas para acompanhar o progresso global : 5.1 Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas em toda parte; 5.2 Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos; 5.3 Eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e de crianças e mutilações genitais femininas; 5.4 Reconhecer e valorizar o trabalho de assistência e doméstico não remunerado, por meio da disponibilização de serviços públicos, infraestrutura e políticas de proteção social, bem como a promoção da responsabilidade compartilhada dentro do lar e da família, conforme os contextos nacionais; 5.5 Garantir a participação plena e efetiva das mulheres e a igualdade de oportunidades para a liderança em todos os níveis de tomada de decisão na vida política, econômica e pública; 5.6 Assegurar o acesso universal à saúde sexual e reprodutiva e os direitos reprodutivos, como acordado em conformidade com o Programa de Ação da Conferência Internacional sobre População e Desenvolvimento e com a Plataforma de Ação de Pequim e os documentos resultantes de suas conferências de revisão; 5.a Realizar reformas para dar às mulheres direitos iguais aos recursos econômicos, bem como o acesso à propriedade e controle sobre a terra e outras formas de propriedade, serviços financeiros, herança e os recursos naturais, de acordo com as leis nacionais; 5.b Aumentar o uso de tecnologias de base, em particular as tecnologias de informação e comunicação, para promover o empoderamento das mulheres; 5.c Adotar e fortalecer políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de gênero e o empoderamento de todas as mulheres e meninas em todos os níveis; A Aventura de Construir e os ODS A Aventura de Construir é uma instituição que , como membro do Global Compact e do Catalyst 2030, se compromete a colaborar com os ODS em cada ação que realiza . Contribuímos em especial para o ODS 5 por meio das empreendedoras que acompanhamos. Em 12 anos de história, a nossa instituição já impactou diretamente quase 8 mil pessoas, sendo 71% delas mulheres. Dentro deste público, atendemos 60% de mulheres negras. Seja em projetos específicos para mulheres ou não, elas são a maioria das empreendedoras que passam pela AdC. E nos orgulhamos de capacitá-las para evoluírem seus negócios. O ODS 5 não é apenas uma meta isolada, mas um catalisador para um mundo mais justo, igualitário e próspero para todos. Devemos continuar trabalhando juntos, tanto a nível individual quanto coletivo, para garantir que todas as mulheres e meninas tenham as mesmas oportunidades e sejam verdadeiramente empoderadas em todas as esferas da vida. E você também pode colaborar para que a Aventura de Construir continue apoiando e formando empreendedoras ! Acesse o link e apoie ! Já, devagar e sempre!
- Como construir conteúdo para impulsionar sua história e fortalecer os negócios?
Por Mikaely Alves No blog do mês de janeiro, tratamos sobre a importância de registrar e guardar a memória de seu empreendimento. Poder contar a história da jornada do seu negócio para outras gerações definindo o que foram ontem, o que são hoje, e o que podem ser no amanhã é muito importante para a solidez do seu comércio e um grande trunfo de comunicação. Estabelecer o posicionamento do seu negócio pode diferenciar o seu empreendimento diante da sua concorrência. Sabendo disso, agora é hora de colocar em prática! Afinal, como podem contar sua história? As redes sociais e o site via web surgem como ferramenta para publicar esse conteúdo. As formas como podem fazer isso variam entre gravações de vídeos, publicações nas redes sociais ou até mesmo no próprio site do seu empreendimento. Aliás, o que não é visto, não será lembrado. É aqui que irei dar dicas de como podem fazer: Vídeos Pensem em qual história gostariam de mostrar: comemorações, metas, projetos, resultados de suas ações e entre outras. Em seguida, elaborem um rascunho no papel, celular ou computador de quais cenários seriam importantes para dar ênfase no que querem transmitir de sua narrativa. Depois, resgate os vídeos e fotos guardados em armazenamento em nuvem para poder fazer a edição da peça de vídeo. As edições podem ser feitas em aplicativos de fácil acesso e gratuitamente na loja de download em seu aparelho smartphone ou computador, apenas escrevendo na barra de pesquisa a palavra “editor de vídeo” que aparecerá várias opções, mas lembre-se de ler a descrição para verificar que está baixando o aplicativo de forma gratuita. Caso tenham dificuldade para juntar os arquivos e editar, existem tutoriais disponível no YouTube que podem ajudar no seu aprendizado para fazer isso. Com o vídeo pronto, é possível ser divulgado internamente em sua empresa, porém vai depender se é realmente o público que querem atingir, como também podem publicar nas redes sociais ou no site da empresa se o objetivo seja atingir o público externo. Então, sempre mapeiem a quem querem atingir com a narrativa construída não só em formato de vídeo, como também em formato de texto ou até mesmo com suas ações. Lembre-se: tenham autorização do uso da imagem de outras pessoas, afinal a legislação brasileira protege o direito de cada cidadão no caso de sua utilização indevida. Redes Sociais De acordo com a Forbes Brasil, o nosso país é o terceiro maior consumidor de redes sociais e em um mundo dentro da conectividade, internet, avanços tecnológicos e digitais, você não pode ficar de fora para aproveitar este momento como forma de expandir seus negócios. Cada rede social tem uma finalidade e tem um público que você pode atingir. Através do aplicativo WhatsApp, você consegue ter mais proximidade com o seu cliente pelo fato de ser algo prático e rápido para responder as dúvidas, gerando uma maior conexão e confiança com os clientes que já existem e com os futuros. Levando em consideração as redes sociais do Facebook e Instagram, você consegue atrair novos clientes, mas é preciso ter um perfil atraente, sendo assim é necessário planejar os conteúdos relacionados ao seu negócio que representem os valores, as crenças e o propósito. Por exemplo, as ações que fazem ao longo do dia, conquistas alcançadas, datas especiais, projetos e entre outros, são pautas importantes que podem gerar conteúdo no perfil de seu negócio. Depois de planejado o conteúdo que vai ser mostrado, registrem esses acontecimentos e construam uma narrativa para aquele momento. Pensem em qual mensagem querem que os seus seguidores tenham a percepção ao lerem a descrição da legenda. Escrevam de forma clara e objetiva. Não se esqueçam de utilizar palavras para hashtags que se relacionem ao texto escrito, afinal é possível que através desta ação a sua publicação possa alcançar outras contas de perfis que se interessam pelo mesmo assunto e queiram conhecer melhor o trabalho que fazem. Por fim, não deixem de interagir nas publicações ou através do chat, mesmo sendo comentários negativo, afinal a empresa precisa demonstrar que todos os públicos são importantes, que respeitam as opiniões que não são criminosas e estão dispostos a ajudar a solucionar o problema da mesma maneira que também recebem os elogios. Os stories de ambas redes sociais também é uma ótima oportunidade de contarem as novidades do dia a dia de forma rápida pelo tempo de duração da gravação ser curto e sua reprodução em até 24 horas. Caso seja um storie relevante, não deixe de anexar nos destaques do perfil, com o intuito de ser reproduzido depois do tempo limite quantas vezes quiserem, assim outras pessoas vão conseguir ter o conhecimento do assunto abordado. Site O site via web é um local de compartilhamento mais aprofundado e detalhado das ações que a empresa toma, sejam elas relacionadas a projetos, metas alcançadas, novidades, conteúdos relevantes e entre outras. É uma das formas de colocar a empresa no radar do público que estão em busca de mais informações além do básico, assim reforçando sua marca no meio em que está inserido. É válido reforçar que saber mapear seu público estratégico reforça o direcionamento da narrativa de seu conteúdo. Se o seu empreendimento é voltado para ações sustentáveis, sociais ou até mesmo são uma empresa que possuí uma cultura inclusiva, reporte essas mensagens através de vídeos institucionais, fotos das ações ou projetos que fazem dentro e fora da empresa. Se as práticas e condutas não forem compartilhados, o público não vai conseguir ter a mesma percepção de imagem como você dono do negócio tem. Então, é importante mapear seu público estratégico, traçar qual narrativa quer contar, seja para admirar, motivar ou transcender barreiras, na finalidade de atingir esse público. Aqui vai algumas dicas: · Planejar o conteúdo é imprescindível para organizar sua rotina, então busquem saber os acontecimentos do mês que será importante registrar e comunicar para o público; · Selecionem vídeos e/ou fotos de qualidade para demonstrar o que foi feito naquela ação e lembre-se de obter autorização do uso de imagem de outras pessoas se for o caso; · Ao redigir o texto, descravam os acontecimentos, objetivo e resultado daquele dia; · Os textos devem ter clareza para fácil compreendimento; · Evitem usar palavras com duplo sentido ou frases com dupla interpretação para que o público não entenda de maneira errada; · Se possível, utilizem hashtag como forma de interligar o conteúdo atual com outros textos postados no site que tenham a mesma relação de tema. Desta maneira, as dicas que foram dadas têm como objetivo dar mais visibilidade para os acontecimentos da sua empresa através da construção das narrativas de sua história, a fim de obter aproximação com o público que gostariam de conhecer melhor o trabalho feito, além de conseguir atrair novos talentos que acreditam no trabalho desempenhado por vocês. Espero que as dicas tenham ajudado e até a próxima!
- Da experiência, Novas oportunidades. Entrevista com Gisela Solymos.
Em janeiro deste ano, foi realizado em Davos, na Suíça, o 54° Encontro Anual do Fórum Econômico Mundial, que abordou diversos temas relevantes como Inteligência Artificial, Alterações Climáticas e o Trabalho. Sob o lema "Reconstruindo Confiança", o evento visa estimular a cooperação internacional de diferentes setores, em prol de alcançar objetivos globais como os ODS. Estar atento a esse ecossistema proporciona a uma organização enxergar oportunidades e aberturas, para que possa adaptar todas essas mudanças na realidade em que atua. Como fala o 5º ponto do método de trabalho da Aventura de Construir, devemos ter uma visão global e uma atuação local. Nessa lógica, o Blog AdC de hoje conversou com Gisela Solymos, doutora em Psicologia, cofundadora do Catalyst 2030, chair do Catalyst 2030 Brasil e cofundadora do CREN. Gisela esteve presente em Davos e traz as experiências e aprendizados que surgiram através dessas reflexões. Confira a entrevista abaixo. Aventura de Construir: Gisela, nos conte sobre você, sobre os cargos e papéis que você exerce. Gisela Solymos: Ultimamente tenho me apresentado como empreendedora social, mas sou psicóloga de formação e me interesso muito pelo ser humano e por pessoas em situação de vulnerabilidade. A partir disso, fiz mestrado e doutorado nessas áreas. Durante a vida toda trabalhei com projetos de intervenção social na área de desnutrição e pobreza. Sou cofundadora de uma organização chamada CREN (Centro de Recuperação e Educação Nutricional) que no ano passado completou 30 anos de existência e que teve, e ainda tem, um papel muito importante em entender o problema da desnutrição e como enfrentá-la. Como a desnutrição é apenas a ponta de um iceberg chamado pobreza, eu comecei a me interessar muito por essa área e comecei a fazer vários projetos para enfrentar esse desafio. Além disso também sou cofundadora do Catalyst 2030, um movimento global de empreendedores sociais que tem como objetivo criar abordagens inovadoras para acelerar a implementação dos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável), promover a colaboração e enfrentar as travas no ecossistema que dificultam que essa agenda avance. AdC: Neste ano você esteve presente no Fórum Econômico Mundial em Davos. Qual é o seu papel participando do fórum e qual a importância dessa atuação conjunta? Gisela: Essa é a segunda vez que eu vou. Em 2011/2012 eu ganhei o prêmio “Empreendedor Social do Ano” que é organizado pela Fundação Schwab. Klaus Schwab, um dos fundadores, é também quem iniciou o Fórum Econômico Mundial. Ao receber esse prêmio, eu comecei a fazer parte do que eles chamam de “Comunidade”, que é um grupo com esses empreendedores sociais do mundo inteiro, com acesso a diversas oportunidades, como por exemplo participar do Fórum. Eles sempre convidam membros dessa Comunidade para colaborarem em momento diferentes, e eu fui convidada a participar desta edição por estar junto ao movimento global Catalyst 2030, especialmente pela minha participação como líder no Brasil. Também no ano passado junto com o Fórum Econômico Mundial e o Ministério de Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) lançamos um relatório chamado “Desbloqueando a economia social” em Brasília, elaborado pelo Fórum e traduzido para o português e adaptado à realidade brasileira por nós. Ou seja, toda essa atuação em conjunto traz diversos fatores de Inovação e Impacto Social. São pessoas que em diferentes situações estão trabalhando em conjunto para desenvolverem uma contribuição maior na construção do bem comum. AdC: Que pontos você destacaria desta edição do fórum, de uma forma geral, e dentro do tema de negócios de impacto? Gisela: Em relação a primeira vez que fui, em 2015, eu destacaria uma maior abertura aos temais sociais em toda a programação. Na minha primeira experiência percebi que havia diversas interações com outros grupos (grandes empresas, por exemplo) mas as pautas não evoluíam, justamente pela diferença entre os interesses dos empresários e dos empreendedores sociais. As ideias não avançavam. Já na minha participação no 54º encontro, a pauta social mostrou-se cada vez mais entrelaçada com as empresas e com os governos, eles percebem que existe uma necessidade em dialogar com os empreendedores sociais. É possível notar que as empresas estão entendendo que gerar valor não é sobre o produto que ela produz, mas sim a forma como ela produz e como ela impacta o local que está presente. Como isso incide no bom desempenho mundial. E a melhor forma de aprender a fazer isso é com quem já faz há muito tempo, ou com quem vê quem sofre com isso a muito tempo. AdC: Em algumas metas globais como o ODS 13, que fala das ações contra as mudanças climáticas, é mais evidente a importância e a necessidade de uma cooperação internacional em prol deste objetivo. Mas em outros casos como o ODS 8, que fala sobre trabalho decente e crescimento econômico, como um evento multilateral, multinacional como o Fórum Econômico Mundial pode contribuir com este tema em cada país? Gisela: O trabalho decente foi um dos temas verticais que foram discutidos, em paralelo com o tema da Inteligência Artificial e as mudanças no modelo de trabalho a partir dela. Mas uma das questões que as empresas falaram, e que eu nunca tinha visto ser dita com tanta clareza no Fórum (principalmente como preocupação geral) foi: precisamos investir nas pessoas, ressaltando o capital humano e trazendo a importância em investir em diversas habilidades. Todos os dias haviam mesas discutindo sobre o acesso ao trabalho. É um tema super atual e existe uma preocupação gigante sobre ele. Certamente existe muita oportunidade para uma organização como Aventura de Construir em pensar e até oferecer para empresas capacitações para qualificarem seu RH, com o foco na interação humana, habilidade social e capacidade criativa. Por exemplo, uma das tendências mundiais é que em 2027, 44% dos core skills dos trabalhadores vão estar comprometidos. A tecnologia está se movendo mais rápido do que as companhias podem desenhar e escalar os seus programas de treinamento. Então isso se torna uma preocupação, como vai ficar o mercado de trabalho e como ajudar os trabalhadores nessa transição. AdC: Na Aventura de Construir nós falamos bastante sobre visão global e atuação local. Mas na sua opinião, o que o Fórum pode trazer para o Brasil, para as periferias brasileiras e para os negócios de impacto social? Gisela: Primeiro, eu diria que a presença brasileira foi enorme no 54º encontro. Em 2015 não tinha absolutamente ninguém, o Brasil pouco considerava o Fórum Econômico Mundial. Talvez essa maior presença agora tenha a ver com a abertura do atual presidente para o exterior. Destacam-se também os grandes temas tratados, que foram Inteligência Artificial, Trabalho e Mudanças Climáticas, principalmente. Pelo fato de que boa parte da Amazônia pertence ao Brasil, quando o tema surgia as atenções eram para o nós, e para Marina Silva (Ministra do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas) que passava informações sobre o trabalho desenvolvido. Mas o que isso tudo tem a ver com a nossa periferia? Na minha percepção, o primeiro ponto importante é o fato de que o IBGE não chama mais as favelas de assentamentos subnormais mas sim de favela e comunidades, ou seja, reconhecendo uma realidade, e é um passo gigante porque há 30 anos atrás a favela era uma mancha verde no mapa, não reconhecida como uma área habitável. E em segundo lugar, percebo que existe essa oportunidade para a Aventura de Construir, estando presente nessa realidade, pensar como as empresas podem contribuir e fazer essa ponte, pois existe uma abertura e um desejo das organizações em conectar oportunidades de treinamento, capacitação, conhecimento e levar para as comunidades. Pensando no trabalho que a Aventura de Construir desenvolve e na necessidade que existe (e que poucas pessoas fazem), devemos pensar em como construir essas pontes entre a população e as oportunidades que grandes players, como enormes corporações, estão querendo entregar (empregos, conhecimento, capacitações) e não conseguem por não terem capilaridade.
- Construindo um futuro melhor: ODS 8 e o Trabalho Decente para todos
O que são os ODS? No #BlogAdC de hoje, continuamos a explorar as metas definidas pela ONU e falaremos de um objetivo muito importante para a AdC: ODS 8 - Trabalho Decente e Crescimento Econômico. Fique ligado no nosso blog e nas nossas redes para saber mais sobre cada um! Em 2015, a Assembleia Geral das Nações Unidas definiu os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), também conhecidos como Agenda 2030. Essa iniciativa global visa um futuro mais sustentável e equitativo para todos, abordando questões como pobreza, fome, desigualdade, mudanças climáticas e paz. Os ODS representam um compromisso global para construir um mundo melhor para as pessoas e para o planeta. Eles servem como um guia para governos, empresas, organizações da sociedade civil e indivíduos em seus esforços para alcançar um desenvolvimento sustentável. Os objetivos são amplos e interconectados, mas cada um tem uma lista separada de metas a serem alcançadas. Ao todo, são 169 alvos dentro dos 17 objetivos. No modelo abaixo é possível visualizar os aspectos econômicos, sociais e ecológicos dos ODS, cada um servindo de base para o anterior. Trabalho Decente e Crescimento Econômico O ODS 8 se concentra na promoção do crescimento econômico inclusivo e sustentável, emprego pleno e produtivo e trabalho decente para todos. Esse objetivo é fundamental para a erradicação da pobreza e a construção de sociedades mais justas e prósperas. Trabalho decente significa ter acesso a um emprego que ofereça: salário digno e condições de trabalho seguras; proteção social e direitos trabalhistas; oportunidades de desenvolvimento profissional; igualdade de oportunidades e não discriminação. Esses pontos são essenciais para o desenvolvimento individual e coletivo. Ele permite que as pessoas atendam às suas necessidades básicas e melhorem sua qualidade de vida, contribuam para o desenvolvimento econômico de seus países e participem ativamente da sociedade. Objetivos do ODS 8 O ODS 8 possui 12 metas para acompanhar o progresso global. Entre elas, podemos destacar: Alcançar até 2030 pleno emprego e trabalho decente para todos, incluindo mulheres e jovens; Proteger os direitos trabalhistas e promover ambientes de trabalho seguros e saudáveis; Erradicar o trabalho forçado, a escravidão moderna e o tráfico de pessoas; Promover o turismo sustentável que gere empregos e renda. Apesar dos desafios, alguns progressos já foram alcançados. Entre 2010 e 2019, a taxa global de desemprego caiu de 6,3% para 5,5%, depois aumentando em função da pandemia de Covid-19 e chegando a 5,8% em 2022. Além disso, o número de crianças em trabalho infantil diminuiu significativamente. A Aventura de Construir e os ODS A Aventura de Construir é uma instituição que, como membro do Global Compact e do Catalyst 2030, se compromete a colaborar com os ODS em cada ação que realiza. Trabalhamos frequentemente em pelo menos 9 ODS diferentes, como pode ser visualizado abaixo no gráfico de distribuição dos objetivos em nossos projetos de 2022: Todavia, acreditamos que o trabalho é mais preciso quando focamos em uma meta principal. No caso da AdC, é o ODS 8, Trabalho Decente e Crescimento Econômico, que se relaciona diretamente com a nossa missão: "Apoiar o crescimento pessoal e a transformação socioeconômica. Promover o desenvolvimento territorial local e inclusivo, focando em microempreendedores de baixa renda de periferias". O que podemos fazer para alcançar o ODS 8? O ODS 8 é fundamental para a construção de um futuro mais justo e próspero para todos. Através do trabalho conjunto de governos, empresas, organizações da sociedade civil e indivíduos, podemos alcançar um mundo com trabalho decente para todos. Todos nós podemos contribuir para o alcance do ODS 8. Algumas ações que podemos tomar: Consumir produtos e serviços de empresas que promovem o trabalho decente; Apoiar iniciativas que incentivam o emprego e a geração de renda; Cobrar dos governos e empresas o cumprimento dos direitos trabalhistas; Educar e conscientizar a sociedade sobre a importância do trabalho decente. E você também pode colaborar para que a Aventura de Construir continue apoiando e formando microempreendedores de periferia. Acesse este link e ajude!











