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Storytelling: como uma boa história pode agregar valor e inspirar pessoas

Em mais uma produção realizada a partir da parceria com a Agência Experimental Benjamin, da FECAP, o Blog AdC desta semana traz o artigo “Storytelling: como uma boa história pode agregar valor e inspirar pessoas“, produzido pelas estudantes de Relações Públicas Anna Longo e Bruna Ferreira, com supervisão da professora Paula Barros.

Confira abaixo!

No último texto, abordamos os diferentes tipos de mídias sociais e exemplificamos como aproveitar a especificidade de cada uma de forma a gerar retorno positivo ao seu negócio. Já no texto deste mês, falaremos sobre uma técnica que, se bem aplicada em todo o conteúdo produzido nas mídias, pode refletir diretamente em sua empresa: o storytelling. 

Você já ouviu falar nessa técnica? Sabe como funciona, e porque é tão eficaz na humanização de uma empresa, ou ainda, para aproximar financiadores e stakeholders de uma ONG da realidade que estão apoiando? Acompanhe para entender um pouco mais e conhecer exemplos reais de como histórias podem servir de inspiração para outras pessoas.

Mas afinal, o que é Storytelling?

Também chamado de “a arte de contar histórias”, o storytelling é uma técnica narrativa que pode ser usada em diversos formatos de comunicação: seja um texto, uma palestra, um vídeo institucional, entre outros. Em sua estrutura básica, a técnica tem o objetivo de contar uma história que possui começo, meio e fim, personagens bem definidos, situados em um espaço e tempo, que viverão situações de conflito, clímax e então terão um desfecho que traz uma mensagem inspiradora que envolve, agrega informações úteis e traz sensações que ficarão marcadas na memória da audiência.

E para que serve?

Thais Mara, ex-diretora criativa do YouPix, classifica que o storytelling serve para humanizar a empresa, buscando trazer a identificação e empatia do público com a instituição. Um bom storytelling sempre causará sentimentos, passará uma mensagem inspiradora e proporcionará mudanças naqueles que foram impactados pela narrativa, além de oferecer informações úteis e verídicas a aqueles que a estão consumindo.

O storytelling nunca terá o objetivo final de incentivar uma venda ou o consumo de determinado produto ou serviço, mas sim de servir de estratégia para aumentar a relevância de uma marca. Porém, se alinhado com outras estratégias persuasivas ligadas à venda, o storytelling pode oferecer apoio para que o consumidor venha a preferir a marca no momento de escolha de compra. Isso acontece quando a marca aposta em uma história bem contada que fica marcada na mente da audiência.

Como estruturar e aplicar um bom storytelling para sua empresa

Para escrever um bom storytelling é necessário ter em mente qual será o objetivo a ser alcançado com a narrativa contada, para qual público a história será destinada, qual será o conteúdo tratado dentro da história, como ela será narrada e por quais meios ela será contada e reproduzida.

1. Definindo objetivos e intenções:

Tenha sempre em mente que o storytelling é responsável por gerar emoções boas ou ruins em quem está consumindo o conteúdo. Quais sentimentos serão exaltados e trazidos à tona em sua história? Angústia, felicidade, comoção, medo… Preocupe-se em seguir uma sequência argumentativa que irá embasar e provar os seus pontos de vista.

2. Definindo o público:

Entender qual é o seu público-alvo é um facilitador para saber por qual meio a história será contada, qual linguagem será utilizada e de que forma a mensagem será passada.

3. Definindo o conteúdo:

Após os passos anteriores, é necessário escolher e planejar o conteúdo a ser desenvolvido. Tenha em mente que focar nas partes que possuam mais relevância e mostrar o desenvolvimento do personagem juntamente da história é importante, mas focar só na parte boa não vai causar comoção e empatia nas pessoas. Assim, é de extrema importância que a trajetória tortuosa, as dificuldades e desafios sejam explorados de maneira a atrair e criar conexões com o espectador.

4. Como a história será narrada e por onde será reproduzida?

Tendo o conteúdo já definido, é importante ter sempre em vista a visão de mundo de seu interlocutor, já que é possível seguir diversos caminhos ao utilizar o storytelling. A atenção sobre qual meio de reprodução do conteúdo será utilizado é importante para ajudar a construir esse tom de voz que a narrativa precisa e deve ser trabalhado junto com a definição do público alvo. Não esqueça: O storytelling pode ser trabalhado desde em um powerpoint a uma super-produção audiovisual, mas analise sempre por onde e qual será o método mais fácil de alcançar o seu público-alvo, e o mais importante: a história pode ser produzida, mas nunca mentirosa ou inventada.

E como aplicar o storytelling no dia a dia?

De nada adianta saber todos os tópicos anteriormente mencionados se os seus olhos não estão “treinados” para enxergar uma boa história no dia a dia. Para criar um bom storytelling tendo como inspiração atividades corriqueiras, tente enxergar as instituições com mais sensibilidade e entenda que todas as empresas são constituídas por pessoas que passaram por grandes desafios e experiências ricas em sua jornada. Então por que não se inspirar nessas histórias? Atribua sempre um olhar humanizado para com as pessoas à sua volta e tenha os ouvidos apurados para entender se é possível adaptar essas experiências em uma história que gere identificação.

O Projeto Aventure-se II como exemplo da utilização do Storytelling para inspirar outras pessoas

A ONG Aventura de Construir é um exemplo de instituição que durante esses anos de atuação junto ao microempreendedor pôde acompanhar histórias de pessoas reais, cheias de desafios, mas também de conquistas. Tendo o olhar apurado para enxergar essas experiências como fonte de inspiração, a ONG apresenta o Projeto Aventure-se II que tem como principal objetivo divulgar exemplos positivos de pessoas que se tornam protagonistas em seus negócios, além de difundir a importância da formação para o empreendedorismo na periferia. 

Em cartazes espalhados por estações das linhas amarela e lilás do metrô de São Paulo, são apresentadas imagens de empreendedores que são atendidos pela ONG, onde são acompanhados humanamente e orientados tecnicamente, Nas artes expostas também estão histórias de dificuldades e exemplos positivos de quem conseguiu se sustentar e crescer. O QR Code disponibilizado em cada cartaz leva o leitor a conhecer mais sobre essas histórias e aprofundar a jornada dessas pessoas, além de levá-lo a conhecer os serviços oferecidos pela AdC.

A ação mencionada é a pura materialização do conceito de storytelling abordado no artigo e realizado com o suporte de várias tecnologias. É notável como as experiências de pessoas reais foram vistas com o olhar atento de quem entende que a história mais valiosa de ser contada é aquela que traz a realidade das pessoas, as dificuldades, mas também as reviravoltas e casos de sucesso, que por fim podem servir como fonte de inspiração e que agrega valor tanto para a instituição como para a sociedade.

Supervisionado pela Profª Paula Franchischelli.

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