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ODS em Pauta: Aventura de Construir e o ODS #1 Erradicação da Pobreza

Como uma organização do Terceiro Setor pode colaborar com a Erradicação da Pobreza? É possível desenvolver projetos e atividades que tenham sinergia com as metas da Agenda 2030 do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD)? Podemos mensurar o impacto das nossas ações relacionando-as com os indicadores da ONU?

Essas e muitas outras questões parecidas estão sempre presentes no cotidiano da Aventura de Construir (ADC) e de muitas organizações sociais que trabalham para melhorar a qualidade de vida de pessoas e comunidades de baixa renda. Nesse sentido, a ADC vem cumprindo um papel importante relacionado ao ODS #1. Além de fazer parte do Pacto Global, sendo uma das 110 organizações do terceiro setor a compor esse quadro no Brasil, a ADC trabalha para gerar condições sustentáveis no tempo, através do apoio ao microempreendedorismo de baixa renda, fortalecendo aspectos que permitam à cada pessoa sair da linha da pobreza e não voltar a este patamar no longo prazo.

Mas, afinal, o que são os ODS e essa tal de Agenda 2030? Se você ainda não está por dentro deste assunto, melhor se atualizar primeiro para continuar lendo esse artigo! Você pode conferir um texto especial já postado aqui no blog. Agora que você já se inteirou mais sobre esse importante desafio global, vamos entender melhor qual é a relação do trabalho da ADC com o ODS #1: Erradicação da Pobreza.

Quando falamos de desenvolvimento territorial como missão da ADC, estamos dizendo que nossa causa busca amenizar os efeitos socioeconômicos de períodos de recessão e fortalecer comunidades vulneráveis diante dos efeitos de qualquer crise, ao mesmo tempo em que colocamos os pilares para criar condições de crescimento no longo prazo. Nos últimos anos, diagnosticamos que a parcela da população mais afetada pelo desemprego é justamente a mais próxima à linha da pobreza, mas é também a parcela que busca empreender como alternativa à esta difícil realidade. Neste sentido, é preciso uma dedicação e esforço para que a jornada empreendedora seja bem sucedida, mantendo essas pessoas fora da linha da pobreza e, assim, fortalecendo o ODS #1.

Para compartilhar com maior detalhe qual é exatamente nossa colaboração à erradicação da pobreza, podemos tomar como exemplo o caso de uma microempreendedora que, depois de perder o emprego num restaurante, abriu um bar no qual passou a dedicar-se em tempo integral. Embora não tivesse nenhum treinamento ou preparação para tocar o negócio, ela começou a participar das capacitações da ADC em outubro de 2018. Desde então, começou a registrar receitas e despesas, abriu uma conta corrente e aos poucos começou a melhorar a aparência do local. No início, seus clientes eram os do bairro, mas as melhorias no espaço permitiram atrair e reter outros clientes, que passavam e ficavam atraídos pela localização e pela genuinidade de seus produtos orgânicos e pratos preparados na hora.

Ela participou do nosso concurso pelo melhor plano de comunicação no projeto ISC (março 2019). Não sabendo usar o computador, a primeira versão foi escrita à mão, mas logo depois ela procurou ajuda para apresentá-lo da maneira mais profissional possível. Além da forma, os conteúdos eram extremamente adequados à sua situação e ao seu público, com ações muito focadas na divulgação da imagem com forma física (faixas a serem vistas da rua, toalhas de mesa, camisetas, xícaras, etc.) e, no final, avaliada por um júri de profissionais do setor, do qual saiu entre os vencedores. Os resultados dessas progressivas melhorias não demoraram a chegar e logo a microempreendedora demonstrou ser capaz de valorizar uma situação de vulnerabilidade, evidenciando que é possível sair da crise de forma criativa com a orientação de outros profissionais mais experientes.

A história dessa microempreendedora é um caso de sustentabilidade no tempo, que colabora diretamente com as metas de erradicação da pobreza do ODS #1. “Acabar com a pobreza em todas as suas formas, em todos os lugares” é um objetivo ambicioso, mas extremamente relevante à dignidade humana. Para saber mais sobre as metas, acesse o site das Nações Unidas. Para cada uma dessas metas, há indicadores que orientam como as organizações (de qualquer setor) podem mensurar seu impacto socioambiental, colaborando ainda mais com a Agenda 2030. Eles podem ser consultados no Instituto de Pesquisa e Economia Aplicada (IPEA).

Agora que você já conhece bem o ODS #1 e como mensurar o impacto da sua organização relacionada à esta meta da Agenda 2030, mãos à obra para transformar o mundo! Se todos fizerem um pouco, poderemos comemorar juntos muitas conquistas na próxima década!!!


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