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Novidade e uma reflexão sobre a juventude!

Você tem entre 14 e 20 anos e quer ser desafiado a pensar soluções inovadoras para problemas complexos? E você que está lendo este texto e não se encaixa nesta faixa etária: você conhece algum jovem desta idade? Filha, filho, enteado, sobrinha, amigo, vizinho?

Então aproveita que temos uma novidade na área: o Innovation Camp!

Olha, está aí uma capacidade em alta: a percepção cada vez mais profunda da realidade, capaz de encontrar soluções que respondam às necessidades observadas. Seja no mercado de trabalho formal ou em uma trajetória empreendedora, essa é uma capacidade a ser desenvolvida para a vida – e central na metodologia do Innovation Camp.

O programa estimula jovens que estão cursando o ensino médio a pensarem soluções inovadoras para os problemas complexos – uma formação em Design Thinking nos moldes de aprender fazendo! Com duração de 8 horas e emissão de certificado, serão abordados temas relacionados a inovação, tecnologia e ferramentas ágeis. Além disso, o encontro é 100% online e gratuito. Durante o processo, os alunos contam com a ajuda de mentores e voluntários que vão auxiliá-los durante o desenvolvimento da ideia.

Um dos nossos métodos de trabalho é a atuação de redes. Assim como um radar, ficamos sempre atentos a tudo a nossa volta, filtrando aquilo que responde às necessidades reais dos protagonistas nessa Aventura: os microempreendedores. Nosso radar disparou com o trabalho da Junior Achievement, uma das maiores organizações incentivadores de jovens do mundo. Assim como nós, trabalha a partir da realidade de seu público. A AdC com os microempreendedores, a J.A., com os jovens.

Fundada em 1919, a J.A. é uma das primeiras organizações a trazer programas de empreendedorismo para crianças e jovens da América Latina. Hoje, a JA trabalha para preparar os jovens para o futuro do trabalho por meio de programas de empreendedorismo, educação financeira e preparação para o mercado de trabalho.

A cada ano, a rede da JA Worldwide capacita mais de 10 milhões de alunos em mais de 100 países. Nos mais de 35 anos no Brasil, a JA leva conteúdo para todos os estados brasileiros e já capacitou mais de 5 milhões de alunos com o apoio de mais de 150 mil voluntários.

A atuação em rede nos permite potencializar nosso trabalho e de nossos parceiros. Essa parceria se inicia com o Innovation Camp. Potencializar o trabalho é fortalecer nossas redes. Um empreendedor que está no Crescendo em Rede, por exemplo, compartilha a experiência com o vizinho e, desta forma, uma hora eles estarão juntos conversando sobre temas parecidos. Uma rede de conhecimento que transborda as aulas, o curso e alcança de forma mais profunda a vida das pessoas.

As inscrições estão abertas e podem ser feitas pelo http://bit.ly/ic-adc. Os encontros vão rolar nos dias 20 e 21 de outubro, das 14h às 18h. Acione a sua rede, esperamos vocês!

Trabalho, apostar na pessoa

O trabalho fica no centro de qualquer desenvolvimento. E deve ser valorizado, partindo da pessoa e mirando nos conhecimentos, competências e capacidades transversais. O comentário de Giorgio Vittadini.

Um amigo de uma empresa social que se ocupa de formação e serviços para o trabalho me escreve: “Ocorreu-me frequentemente nas últimas semanas encontrar jovens em estado de “dispersão”, seja escolar, seja empregatícia, estando já faz tempo fora da órbita da escola e sem requisitos para serem inseridos no mercado de trabalho.

Nestes casos, em geral se escolhe entre duas opções: empurrá-los de volta para a escola e descarregar o “problema” sobre quem deverá ocupar-se com eles na sala de aula, ou então tentar a inserção numa empresa mediante programas de financiamento para o desemprego juvenil. Afinal, se a colocação não funciona, alguma coisa de qualquer jeito “eu trouxe para casa”. Não sei qual das duas soluções é a mais errada. Nenhuma das duas enfrenta de verdade o problema, ambas o deslocam.

Confrontando-me com uma colega que vive o meu mesmo sentido de impotência, decidimos tomar iniciativa para tentar realizar percursos para jovens como estes, que preveem um primeiro período de alternância escola-trabalho, útil para dar uma estrutura profissional e pessoal, e que finalize depois com um contrato de aprendizagem que lhes permita trabalhar e estudar ao mesmo tempo.

Encontramos a maneira de obter o financiamento do projeto e em breve partirá a primeira turma. Trabalhar e viver aceitando sair da “zona de conforto”, traz criatividade, ideias, vontade, e torna tudo muito mais interessante. É um início, veremos o que vai suceder».

O relato de meu amigo parece ter a ver só com os temas da nova qualificação e da formação continuada, mas se coloca em um contexto cada vez mais perturbador. O mundo do trabalho, já faz tempo em estado de choque devido ao rápido desenvolvimento tecnológico e à abertura dos mercados globais, reintroduziu sistemas de exploração: grandes empresas de trabalho temporário oferecem estágios a 350 euros mensais a sujeitos formados por 42 horas semanais; advogados que já superaram o exame são retribuídos com 250 euros mensais; os horários de trabalho para muitos se prolongam com frequência até às 23h sem contar como horas-extras…

Em momento geral de repensar o papel e a responsabilidade das empresas, dos trabalhadores e dos sindicatos, não é supérfluo lembrar que o trabalho permanece o centro de qualquer desenvolvimento econômico e social. De uma parte, deve ser criado e valorizado; da outra, deve ser abordado pondo no centro conhecimentos e competências, bem como as capacidades transversais, tais como o espírito de iniciativa, a confiança, a abertura mental.

Aquilo que serve talvez, de uma parte e da outra, é lembrar que não existem recursos humanos a serem explorados, mas que é o homem o recurso.

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Publicação: 02.10.2020 – Giorgio Vittadini

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