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Já ouviu falar sobre Moda Sustentável?

A indústria da moda ocupa o segundo lugar no ranking dos mais poluentes do mundo segundo a BBC. Esse fato se dá pela produção rápida de peças e o estímulo ao consumo frequente, compondo o chamado fast fashion (uma alusão ao conhecido fast food). As pessoas consomem, em média, 60% mais peças do que há 15 anos, e cada item é mantido no armário por metade do tempo que no passado, segundo Aliança das Nações Unidas para Moda Sustentável. A combinação desses fatores resulta em imagens como a que segue:

O quadro pintado não é dos mais agradáveis, não é mesmo? Natália Guasso, de Porto Alegre, definitivamente acha que não. E mais: acredita que nós, hoje, temos meios para transformar essa realidade.

Neste ano de 2020 seu empreendimento, o Brick de Desapegos, completa 9 anos. A feira de moda sustentável pioneira na capital gaúcha começou em 2011 no maior estilo ativismo. A missão central era (e continua sendo) incentivar o desapego de peças e o consumo sustentável.

Como? Realizando feiras com brechós da cidade, “que na época ainda não estavam na moda como estão hoje”, relembra Guasso, além de incentivar os próprios frequentadores da feira a levarem seus desapegos. “Ofereço o espaço. Quem quiser expor, paga uma taxa fixa na entrada, retendo o lucro de suas vendas.”

A ideia é realmente simplificar, incentivando as pessoas a olharem para o armário com um olhar crítico, oferecendo uma alternativa sustentável.

As feiras também contam com eventos paralelos, como atividades em parceria com universidades que levam conteúdos e oficinas para o evento. O que começou em 2011 como atividade paralela se tornou o sustento e atividade principal da empreendedora há 4 anos. Em 2019 realizam mais de 100 eventos, de pequeno a grande porte.

E em março de 2020, chega a pandemia do Coronavírus, paralisando qualquer possibilidade de eventos presencias. Após o choque inicial, sentido por todos e todas, Natália respirou fundo e viu a possibilidade se planejar e reorganizar.

“O Brick aconteceu e se consolidou de forma muito orgânica, conforme aconteceu. Com a pandemia, vi a possibilidade de fazer cursos e estruturar um planejamento estratégico para o Brick.”

Agora com a nova realidade imposta aos negócios que viviam especificamente de maneira presencial, o Brick Desapego também precisa se adequar ao mercado e mundo on-line para realizar seus eventos.

Ao longo das oficinas e assessorias do Crescendo em Rede, assim como outras que participou, o Brick vem estruturando seu plano de negócios adaptado à realidade digital, como necessidades de expertises específicas do novo mercado, planejamento de captação de recursos e estruturação de parcerias e, principalmente, realização da migração das feiras para o online.

O aprendizado de Natália pode mostrar sua força também na aplicação ao edital criado pela AdC no Crescendo em Rede (para saber mais, basta acessar aqui o link completo do blog que conta sobre esta jornada). Da análise minuciosa dos 25 projetos finais, 8 foram os vencedores e Natália estava entre eles! A empreendedora foi uma das ganhadoras do capital semente para continuar seu projeto e adaptá-lo conforme as necessidades deste outro normal.

Neste momento o Crescendo em Rede está na etapa de acompanhamento através de assessorias individuais (fase de incubação e aceleração de negócios) com os ganhadores do prêmio e até agora já foram realizadas 3 sessões de um total de 6.

A alegria de Natália ao ver seu trabalho reconhecido trouxe ainda mais fôlego para continuar seu processo de aprendizado e prática! Na busca de parcerias para contribuir com o desenvolvimento das feiras on-line, Natália conseguiu negociar com o Sebrae-RS, o fomento de 105 stands on-line no período de 3 meses. Os expositores interessados contribuem com uma taxa social, possibilitada pela parceria com o Sebrae.

Hoje, o @brickdedesapegos_ já está na sua 7ª edição online, fora as lives que acontecem frequentemente no Instagram do Brick. “As feiras já estão se pagando nesse novo formato, e os expositores estão vendendo. Existe uma dificuldade de adaptação de alguns, mas acredito que o online veio para ficar. Quando o contexto permitir, o Brick avaliará se e como voltar para o presencial”.

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